Evento, híbrido, recebe inscrições com e sem apresentação de trabalhos
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em 2024, está congregando cinco eventos científicos da grande área de Línguas em um só momento: do 29 ao 31 de outubro, no Campus São Carlos da UFSCar e remotamente, acontece a primeira edição do Colir, o Congresso Línguas e Representações que nos unem (www.colir.ufscar.br), uma união estabelecida entre:
- V Semana de Linguística (SeL), organizada pelo curso de bacharelado em Linguística;
- IX Semana TILSP, organizada pelo curso de bacharelado em Tradução e Interpretação em Libras - Língua Portuguesa (TILSP);
- XI Seminário de Literatura (SELit), organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura (PPGLit);
- XVII Seminário de Pesquisas da Pós-Graduação em Linguística (SPLIN), organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL); e
- XXVII Jornada de Letras (JoL), organizada pelo curso de licenciatura em Letras.
O evento, gratuito e voltado para discentes, docentes e demais interessados nos temas, será realizado tanto na modalidade remota quanto presencial, abrindo a possibilidade de participação para pesquisadores de outras regiões. O Congresso contará com minicursos, mesas-redondas, atividades culturais, apresentação de trabalhos e conferências. Além disso, é inteiramente acessível à comunidade surda, pois contará com o trabalho de apoio dos profissionais do Serviço de Tradução e Interpretação em Libras/Língua Portuguesa (SeTILS), bem como dos estagiários do curso de graduação em TILSP, todos da UFSCar.
Inscrições e informações
As inscrições na modalidade de ouvinte vão até 10 de outubro; já as inscrições com apresentação de trabalhos, exclusivamente para discentes da UFSCar, foram prorrogadas até o dia 31 de agosto. Todas as informações, incluindo inscrições nas diferentes modalidades e programação preliminar, podem ser acessadas no site do evento, em www.colir.ufscar.br. Demais informações podem ser solicitadas pelo Instagram @colir.ufscar, pelo site www.colir.ufscar.br e/ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Estudo da UFSCar convida voluntários para avaliação e orientação gratuitas
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de iniciação científica, realizada no Laboratório de Pesquisa sobre Movimento e Dor (LabMovDor) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo investigar se pessoas com dor crônica na coluna (cervical e lombar) apresentam menores níveis de sensibilidade à dor quando realizam maiores níveis de atividade física, comparadas a pessoas que realizam menores níveis de exercício. A pesquisa convida voluntários com dor e assintomáticos para participarem de avaliação gratuita no Laboratório
O estudo é conduzido por Leonardo Felipe de Souza Morais, sob orientação de Thais Cristina Chaves, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar. De acordo com o graduando, há estudos que sugerem que pacientes com dor crônica apresentam alterações em mecanismos do corpo que, de uma forma natural, têm capacidade de controlar a dor. "De maneira simples, o cérebro tem uma 'rede de freios' para diminuir os sinais que vem do corpo e são interpretados como dor. No entanto, a influência do nível de atividade física sobre esse mecanismo ainda não está claramente estabelecida na literatura, evidenciando a necessidade de mais pesquisas", explica Morais destacando a importância do projeto.
Nesse estudo, será avaliado se esse mecanismo está funcionando corretamente por meio do teste de modulação condicionada à dor. Além disso, os participantes do estudo farão uma visita ao LabMovDor para responderem a questionários e receberem orientações. Todos receberão uma cartilha de exercícios com orientações sobre os cuidados da coluna lombar cervical.
Podem participar da pesquisa pessoas entre 18 e 60 anos com, ou sem, dor na lombar e na cervical. A pesquisa será dividida em dois grupos - um de participantes com dor e com diferentes níveis de atividade física e outro grupo com pessoas assintomáticas e com diferentes níveis de atividade física.
Interessados em participar da pesquisa devem entrar em contato pelo telefone (16) 99645-1496 ou pelo e-mail leonardomorais@estudante.
Evento, promovido pelo grupo de pesquisa Interfaces, terá palestra sobre ferramenta de manipulação da percepção pública e formação na área de inferência causal
SÃO CARLOS/SP - O Interfaces - Núcleo de Estudos Sociopolíticos dos Algoritmos e da Inteligência Artificial, grupo de pesquisa coordenado pela professora Sylvia Iasulaitis, do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), promove o Encontro Internacional de Ciência Política Computacional. O evento, que acontece no dia 30 de agosto, no Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP), localizado na área Sul do Campus São Carlos, é gratuito e contará com a emissão de certificados. As vagas são limitadas. Confira abaixo as duas atividades que compõem o evento:
Na parte da manhã, às 9h30, será promovida a formação em "Inferência Causal com Do-Calculus" pelo pesquisador e professor Eanes Torres Pereira, Departamento de Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), especialista em causalidade e colaborador nacional do Interfaces. As inscrições para essa atividade podem ser feitas através de formulário online, em https://bit.ly/
Na parte da tarde, com início às 15 horas, o professor Brett Drury, da Liverpool Hope University, na Inglaterra, e colaborador internacional do Interfaces, irá proferir a palestra "Hedging Language: A proxy of Deception in public discourse" ("Linguagem de proteção: um proxy de engano no discurso público"), que terá tradução simultânea para o Português. Na palestra, Drury discutirá a linguagem de proteção e os métodos computacionais de detecção de linguagem manipuladora no discurso público. Hedging é uma ferramenta estratégica empregada para manipular a percepção pública e dar ao falante uma negação plausível se elas forem mostradas incorretas. Consequentemente, as elites políticas, líderes de empresas públicas e agentes partidários empregam essa estratégia retórica para manipular a percepção de sua organização sem consequências. A identificação automática do uso excessivo de linguagem de proteção é frequentemente um indicador de problemas mais amplos dentro de uma instituição.
Mais informações no Instagram @interfacesufscar. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Além da biografia, professor Wilson Alves-Bezerra lança tradução do maior livro de contos de Horacio Quiroga
SÃO CARLOS/SP - No dia 27 de agosto, terça-feira, acontece na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) o primeiro de vários eventos de lançamento da primeira biografia, em Língua Portuguesa, sobre o primeiro grande contista da América Latina, o uruguaio Horacio Quiroga. O livro “O anarquista solitário: uma biografia de Horacio Quiroga” tem autoria do professor do Departamento de Letras (DL) da UFSCar, Wilson Alves-Bezerra. Na ocasião, também será lançada a obra “Os desterrados”, o maior livro de contos de Quiroga, de 1926, com tradução de Alves-Bezerra.
Horacio Quiroga (Salto, 1878-1937) foi um precursor do conto na América Latina. Influenciou autores tão diversos quanto Monteiro Lobato, Julio Cortázar, Ricardo Piglia, Enrique Vila Matas e Alan Pauls. Escreveu contos que se tornaram clássicos do terror, como “O travesseiro de pena”, “A galinha degolada” e “O solitário”. Foi um dos primeiros críticos de cinema do continente. Teve uma vida cheia de aventuras: passou parte dela na selva de Misiones, no nordeste da Argentina; viajou ao Brasil para as celebrações do centenário da Independência; conheceu pessoalmente Monteiro Lobato e Oswald de Andrade; foi namorado, durante anos, da poeta suíço-argentina Alfonsina Storni.
A biografia escrita por Wilson Alves-Bezerra busca reconsiderar o papel das mulheres na vida do contista, invisibilizado por seus biógrafos clássicos, como Asdrúbal Delgado, Brignole e Emir Rodríguez Monegal. A dimensão íntima do autor, aliada ao processo de publicação de seus principais livros, suas sucessivas mudanças de casas, viagens e análise de seu legado, tornam esse um livro obrigatório para pensar sobre a literatura das primeiras décadas do século 20.
No lançamento das obras, participarão como debatedores os docentes do Departamento de Letras (DL) da UFSCar Cilza Bignotto e Gustavo Borghi. O evento é promovido pela Editora Iluminuras e, na ocasião, a Livraria da EdUFSCar fará a venda dos livros. O debate será no auditório do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), no edifício AT 2, localizado na área Sul do Campus São Carlos, a partir das 19 horas.
Atividade integra ciclo que aborda a Universidade para o futuro e será aberta ao público
SÃO CARLOS/SP - No próximo dia 27 de agosto, o Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos (IEAE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza a terceira conferência do ciclo "Universidade para o futuro". O evento é aberto a todo o público e abordará a temática "O futuro da Universidade: os desafios da pesquisa e da inovação". A atividade é gratuita e tem início às 14h30, no auditório do edifício Sérgio Mascarenhas, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. O evento também será transmitido pelo canal UFSCar Oficial no YouTube.
O tema será apresentado por Helena Nader, Presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e membro do Conselho do IEAE, e por Igor Manhães, Diretor de Planejamento e Relações Institucionais da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A curadoria da conferência é dos professores da UFSCar Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, diretor do IEAE, e Ernesto Pereira, coordenadora da Embrapii UFSCar-Materiais.
De acordo com Adilson de Oliveira, o tema da atividade coloca em debate dois aspectos fundamentais que merecem atenção especial. "No caso da pesquisa, é importante frisar que a ela não é algo apenas associado ao pesquisador, mas que a universidade deve pensar em direcionamento para os projetos de pesquisa assim como fazem grandes instituições do exterior", destaca Adilson, reforçando que a inovação será abordada a partir da Embrapii, que financia importantes projetos de pesquisa.
O ciclo "Universidade para o futuro" teve início no ano passado e a iniciativa pretende refletir sobre como a universidade - no Brasil e no mundo - precisa se repensar a partir das várias crises que a sociedade enfrenta, como política, sanitária, de desinformação, além da emergência climática. Para Oliveira, "a universidade é uma instituição que não mudou muito nos últimos séculos, e é preciso que se olhe de um novo ponto de vista, para que também a sociedade a veja de forma diferente, para que perceba sua relevância, busque o espaço acadêmico para compartilhar e buscar soluções para os seus problemas, confie no potencial do conhecimento especializado, dentre outras interações possíveis".
Embrapii-UFSCar e Amazon AgroSciences fecham parceria inovadora para superação de dependência da importação
SÃO CARLOS/SP - O uso de fertilizantes e defensivos agrícolas é essencial na citricultura, atividade importante para o agronegócio brasileiro, responsável por 75% da produção mundial de suco de laranja. No entanto, o setor - que oferece 400 mil empregos em toda a cadeia produtiva - enfrenta um grande desafio: o combate ao greening, enfermidade que já afeta 20% dos cerca de 200 milhões de pés de laranja e outros citros cultivados nas principais regiões produtoras do Brasil.
Projeto em parceria entre a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - Embrapii-UFSCar Materiais - e a Amazon AgroSciences, empresa também sediada em São Carlos, busca responder a necessidade importante nesse contexto. Visando o combate ao greening, a Amazon AgroSciences lançou no mercado formulações que contêm a molécula N-acetilcisteína (NAC), tecnologias que ajudam a mitigar impactos negativos de estresses bióticos e abióticos e, assim, promovem a saúde das plantas. No entanto, o Brasil depende da importação dessa molécula, o que gera vulnerabilidade à sua disponibilidade e à flutuação de preços no mercado internacional. Assim, a parceria com a UFSCar busca o desenvolvimento de um modelo de produção nacional de NAC.
"Nosso diferencial tecnológico vem de um olhar direcionado aos princípios de sustentabilidade, empregando catalisadores e outros materiais sustentáveis em todo o processo", explica Marcio Weber Paixão, docente no Departamento de Química (DQ) da UFSCar e coordenador do projeto.
O greening dos citros é uma doença bacteriana, transmitida principalmente pelo inseto psilídeo, que compromete significativamente a qualidade e a quantidade da produção de frutas. Embora não haja cura, tecnologias integradas de manejo e formulações específicas ajudam a mitigar o avanço da doença. Manuel Palma, CEO da Amazon AgroSciences, expressa grande expectativa em relação à parceria com a Embrapii-UFSCar Materiais. "O resultado deste projeto permitirá que a Amazon AgroSciences leve ao Brasil e ao mundo um produto, ou melhor, produtos vitais para uma agricultura resiliente. Com a produção local desta molécula, não dependeremos da importação deste princípio ativo, e isto é fundamental para a autossuficiência do agro brasileiro", afirma.
Além de viabilizar a produção nacional de NAC, a iniciativa permitirá à Amazon expandir o uso da molécula em novos produtos, garantir total controle de qualidade de sua matéria-prima e monitorar possíveis infrações relacionadas ao uso indevido da tecnologia. Isso é possível porque a empresa, em parceria com a startup CiaCamp, possui o licenciamento da patente do uso de NAC na agricultura, registrada sob o número PI1101176-9 A2, pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). "Os procedimentos e suas operações unitárias - inicialmente em escalas laboratoriais - serão desenvolvidos e otimizados com vistas à futura implementação em larga escala.
Além disso, todos os insumos e a NAC terão sua pureza, teor e potência rigorosamente avaliados por meio de um conjunto abrangente de técnicas analíticas", detalha o coordenador do projeto.
O projeto tem início neste segundo semestre de 2024 e terá duração de 16 meses. "É uma pesquisa desafiadora, mas com a expertise que temos entregaremos um resultado de sucesso para a nossa parceira", afirma Marcio Paixão. Ele aponta que, ao longo do projeto, cientistas de outros departamentos da UFSCar também participarão da pesquisa. "A maneira como trabalhamos dentro da Embrapii-UFSCar permite a colaboração multidisciplinar, demonstrando maturidade e organização que conquistamos", complementa.
A escolha da parceria com a Embrapii-UFSCar considerou o apoio que a unidade oferece a pesquisas inovadoras dentro da indústria. "Para atingir nosso objetivo precisamos de uma instituição de excelência como a UFSCar, por ter pesquisadores do mais alto nível e laboratórios avançados que são fundamentais para o nosso projeto", celebra Palma.
O projeto promete abrir novas oportunidades para a unidade da Embrapii-UFSCar. Com foco em um princípio ativo de alto valor agregado, amplamente utilizado também na saúde humana, a iniciativa destaca-se no mercado por seu potencial inovador. "A produção nacional desse composto a um preço competitivo permitirá que a empresa amplie seu uso em outras formulações, com aplicações diversas", avalia Paixão. Segundo ele, a Amazon AgroSciences já sinalizou interesse em expandir a parceria, motivada pelo tratamento diferenciado que recebeu da Embrapii-UFSCar. "Esse reconhecimento reforça o papel estratégico da nossa unidade na condução de colaborações inovadoras", acrescenta o pesquisador da UFSCar.
Embrapii
Criada em 2020, a Unidade Embrapii UFSCar-Materiais é vinculada ao Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), no Campus São Carlos da Universidade.
Dentre seus objetivos permanentes, estão a realização de pesquisa, inovação e desenvolvimento na área de Materiais; busca de novos parceiros e empresas para o desenvolvimento de projetos; e a formação de pessoal qualificado, incluindo estudantes de graduação e pós-graduação. A Unidade foi criada no âmbito de um expressivo histórico de pesquisa, inovação e desenvolvimento na área de Materiais, em projetos executados por diferentes departamentos ligados ao CCET, muitos deles em parceria com empresas de diferentes ramos. Atualmente, a Embrapii UFSCar já contabiliza mais de 15 projetos, em andamento e já finalizados, e conta com 150 integrantes, entre servidores docentes e técnico-administrativos e estudantes de graduação e pós-graduandos. Todas as informações sobre a Unidade podem ser acessadas em www.embrapii.ufscar.br ou no Instagram (@embrapii_ufscar_materiais).
Pesquisa da UFSCar poderá indicar tratamento mais adequado e eficaz para pacientes que sofrem com o problema
SÃO CARLOS/SP - A osteoartrite de joelho (OAJ), também conhecida como artrose, é uma doença musculoesquelética degenerativa que acomete a articulação e oferece importantes impactos na qualidade de vida das pessoas, sendo uma das condições de saúde mais prevalente na população. A OAJ não tem cura, mas pode ser tratada com a prática de exercícios físicos adequados e com orientação de médicos e profissionais de saúde. Devido à dor, muitos pacientes acabam tendo limitações físicas o que impacta o condicionamento cardiorrespiratório desses indivíduos. É nesse contexto que uma pesquisa de mestrado em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende atuar para entender o perfil cardiorrespiratório da população com a doença. O estudo transversal convida voluntários que receberão avaliações gratuitas e receberão cartilhas com orientações de atividades físicas adequadas para a condição de artrose.
A pesquisa é conduzida pela mestranda Ana Karoline Nazario, sob orientações de Paula Regina Serrão, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar. A pesquisadora indica que ainda não há estudos voltados a esse contexto. "O que sabemos é que devido à dor e à limitação de movimento, pessoas com OAJ geralmente têm menor capacidade aeróbica e níveis mais baixos de atividade física, o que pode levar a uma diminuição na capacidade cardiorrespiratória em comparação com a população saudável", explica a Nazario.
A mestranda da UFSCar aponta que entender o perfil cardiorrespiratório de pessoas com OAJ é crucial porque a capacidade cardiorrespiratória está intimamente ligada à funcionalidade geral e à qualidade de vida desses pacientes. "A osteroartrite é uma condição debilitante que causa dor, rigidez e limitações de movimento, o que pode levar a um estilo de vida sedentário e, consequentemente, à deterioração da capacidade cardiorrespiratória. Avaliar precisamente esse perfil ajuda na prescrição de exercícios aeróbicos adequados, que são fundamentais para a reabilitação e manutenção da saúde desses indivíduos", destaca Nazario.
Dentre os impactos que a diminuição da capacidade cardiorrespiratória e o sedentarismo decorrentes da OAJ podem causar aos pacientes estão a redução da qualidade de vida, incluindo a dificuldade em realizar atividades diárias e de lazer; maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade; maior dependência de cuidadores e familiares; isolamento social devido à limitação física, o que pode ocasionar depressão e ansiedade; além da progressão da doença uma vez que o sedentarismo pode exacerbar os sintomas da artrose e limitar ainda mais a mobilidade da pessoa. Diante desses impactos negativos da OAJ, Ana Karoline Nazario aponta a importância do estudo: "o resultado da avaliação da capacidade cardiorrespiratória e da resposta ao exercício nesses pacientes pode fornecer diretrizes específicas para a prescrição de programas de exercícios. Isso inclui identificar o tipo, a intensidade e a frequência dos exercícios mais eficazes para melhorar a capacidade aeróbica, aliviar a dor e melhorar a funcionalidade", esclarece.
Voluntários
Para realizar a pesquisa estão sendo convidadas pessoas, entre 40 e 65 anos, com ou sem artrose no joelho, que desejam avaliar a saúde do coração e pulmões. Todos os participantes passarão por avaliações funcionais, incluindo a análise de variáveis cardiorrespiratórias e a aplicação do Teste de Exercício Cardiopulmonar (TECP).
Além disso, serão aplicados questionários e analisado o comportamento sedentário dos participantes. As pessoas voluntárias receberão todos os laudos dos testes realizados e uma cartilha com exercícios específicos para o joelho.
As pessoas interessadas em participar do estudo podem entrar em contato com a pesquisadora até o final deste ano pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo whatsapp (16) 99731-3008. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 78105624.7.0000.5504).
Professora da Itália que participará do III Encontro Internacional em Democracia Ambiental fala sobre o tema
SÃO CARLOS/SP - Você se considera um ativista ambiental? Conhece pessoas que exercem, de alguma forma, o direito de buscar justiça em questões ambientais? Sabe como pode exercer a democracia ambiental para melhorar a sociedade?
"Ativismo é o conjunto de ações e esforços empreendidos por indivíduos ou grupos para promover mudanças sociais, políticas ou ambientais. Trata-se de uma forma de participação cidadã que visa influenciar decisões e políticas públicas, conscientizar a sociedade sobre determinadas causas e mobilizar pessoas para ações coletivas", explica a professora Giulia Parola, da Universidade de Turim, na Itália. Ela será uma das palestrantes do III Encontro Internacional em Democracia Ambiental, que acontece no Campus São Carlos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), de 15 a 17 de outubro.
"Exercer ativismo ambiental pode variar de ações simples a iniciativas mais complexas", detalha a professora. Entre as mais simples estão ações que podem ser praticadas no dia-a-dia tais como reduzir o uso de plástico, separar o lixo para reciclagem e promover a educação ambiental nas redes sociais. Plantar árvores e participar de campanhas de limpeza de praias e parques também são outros exemplos.
Já em um nível intermediário, as atividades incluem organizar e participar de manifestações e protestos, apoiar organizações ambientais por meio de doações ou voluntariado, e participar de conselhos municipais ou audiências públicas sobre questões ambientais. No topo do engajamento, esclarece a professora, estão ações como o desenvolvimento de projetos de sustentabilidade em comunidades e a realização de pesquisas científicas para embasar políticas ambientais; também inclui engajar-se em litígios ambientais para responsabilizar poluidores e criar e liderar ONGs ambientais - como a SOS Mata Atlântica, o Instituto Socioambiental (ISA), o Instituto Terra, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), entre outras.
Tipos de ativismo
A professora da Universidade de Turim detalha que, no campo ambiental, o ativismo pode ser fragmentado em várias áreas específicas. Um deles é o Ativismo Climático, focado em combater as mudanças climáticas e promover ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa; o Ativismo Normativo, por sua vez, está envolvido na criação e defesa de leis e regulamentações ambientais mais rigorosas; voltado à melhoria do ambiente urbano está o Ativismo Urbano, que inclui a promoção de espaços verdes, mobilidade sustentável e qualidade do ar.
Esses serão alguns temas dos GTs (Grupos de Trabalho) do III Encontro Internacional em Democracia Ambiental, que, este ano, tem como foco o ativismo ambiental como parte da solução. "O ativismo ambiental é uma manifestação prática da democracia ambiental, no qual os cidadãos usam seu direito de participação para influenciar políticas, promover a conscientização e pressionar por mudanças que protejam o meio ambiente", relaciona a professora; ela será uma das coordenadoras do GT 7 - Populações Tradicionais, Ambiente e Ativismo durante o Encontro.
Além da participação de ouvintes, o Encontro está recebendo a submissão de trabalho, que pode ser feita até 31 de agosto. Os trabalhos apresentados durante o evento serão analisados e os selecionados serão publicados em revistas indexadas.
O Encontro é voltado a juristas, sociólogos, antropólogos, cientistas políticos, cientistas ambientais, engenheiros, arquitetos e urbanistas, técnicos e demais profissionais especializados; pesquisadores, professores, alunos de graduação e pós-graduação; membros do Ministério Público Estadual e Federal, profissionais do Poder Judiciário Estadual e Federal e demais interessados no tema. Os participantes receberão certificado.
O evento, que já foi realizado em Coimbra, em Portugal, e em São Luís (MA), apresenta palestras, oficinas e apresentação de trabalhos. A organização é do Instituto Jurídico da Universidade de Coimbra (IJ) e do Centro de Estudos em Democracia Ambiental (CEDA) da UFSCar. Confira todas as informações no edital, disponível no site www.ceda.ufscar.br. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo Instagram @cedaufscar e também pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Obra, que já vendeu mais de 50 mil exemplares, passou por nova revisão
SÃO CARLOS/SP - Depois de mais de vinte e três anos, quatro revisões, várias reimpressões e mais de cinquenta mil exemplares vendidos, o livro "Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado", de autoria de Roberto Chust Carvalho e Jasson Rodrigues de Figueiredo Filho, ambos pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e publicado pela EdUFSCar, tem sua quinta edição lançada.
"A publicação completa 23 anos de publicação e isso se deve ao fato de que é, sem dúvida, um livro didático cujo conteúdo faz parte daquilo que se espera que um aluno tenha para se formar Engenheiro Civil no Brasil, além de também ser adequado para quem se inicia a trabalhar em projetos ou construções de concreto armado", afirmou Carvalho.
Os assuntos tratados na obra estão: especificações estruturais para garantia de durabilidade que alcance a vida útil; cálculo de armaduras na flexão simples; lajes nervuradas unidirecionais de vigotas pré-moldadas; detalhamento da armadura longitudinal nas seções transversais de vigas; verificações dos estados de serviço; detalhamento da armadura longitudinal ao longo das vigas; cálculo e detalhamento de armadura transversal e cálculo e detalhamento de pavimentos com lajes maciças apoiadas em vigas. Todos abordados com a precisão normativa, mas de forma prática e objetiva com exemplos numéricos.
"Em 23 anos de desenvolvimento na área surgiram muitos programas gratuitos, educacionais e proprietários. Aos poucos as edições foram se adaptando a esta nova situação, em que os procedimentos repetitivos podem e devem ser executados por programas. Exercícios usando programas livres são empregados na nova edição. Foi necessário adaptar os exercícios, também, para as novas medidas de alvenarias cerâmicas utilizadas hoje em dia", afirmou o autor
Foi mantido o formato das edições anteriores, trocando-se a ordem entre os capítulos dois e três para tornar mais prático o dimensionamento das lajes unidirecionais, colocando-se também, em alguns trechos, comentários sobre o uso de programas empregados para calcular estruturas de concreto.
Para facilitar o uso e a aplicação dos assuntos contidos, foram mantidos adendos (para cada capítulo), em que se reúnem as formulas empregadas. Uma revisão ampla do texto e a inserção de exercícios foram realizadas para adaptar o conteúdo às prescrições da norma da ABNT NBR 6118:2023. Continua sendo um livro didático destinado a alunos de cursos de graduação em engenharia civil e profissionais que desejarem aprofundar conhecimentos no cálculo e detalhamento de estruturas de concreto armado.
"Nós, autores, imaginamos que os leitores devem se beneficiar com a leitura do livro novo com a experiência de 23 anos. É um livro para quem projeta ou executa estruturas de concreto armado ter na sua mesa para consulta, bem melhor, ou confiável que os buscadores de internet, pois é feito com todo rigor técnico e científico", concluiu Carvalho.
Mais informações no site da EdUFSCar (edufscar.com.br).
São ofertadas 30 vagas, preenchidas por ordem de inscrição
SÃO CARLOS/SP - No próximo dia 27 de agosto, terça-feira, a atividade de extensão "Visitas Orientadas à Trilha da Natureza: Disseminando Cultura Ambiental" promoverá uma visita aberta monitorada ao fragmento de Cerrado da UFSCar. A atividade está vinculada ao Departamento de Apoio à Educação Ambiental (DeAEA), da Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS), e ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), todos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP.
A visita tem o objetivo de aproximar a comunidade da UFSCar e externa dessa importante área natural remanescente e protegida no Campus de São Carlos, promovendo, assim, uma sensibilização para a importância da conservação do Cerrado de forma específica e para o debate ambiental de forma mais ampla. O local de encontro é o DeAEA, junto ao Departamento de Gestão de Resíduos (DeGR), na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar, às 17h45. A visita tem início às 18 horas e terá duração aproximada de duas horas e meia.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através de formulário no link https://bit.ly/
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