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Além da agressão física, comentários inadequados, piadas, invisibilidade e até olhares inquisidores são também formas de violência

 

SÃO CARLOS/SP - Piadas que aparentemente não ofendem. Falas que parecem inofensivas. Olhares que julgam. Essas são algumas situações vividas cotidianamente pelas pessoas trans. Mas e você: já exerceu alguma dessas violências? A prática, inaceitável, tem nome: transfobia, e é um dos temas da campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime", lançada no mês de outubro pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
"A palavra fobia tem sua origem no grego phobos, que significa 'medo' ou 'terror'", esclarece Thiago Loureiro, coordenador de Diversidade e Gênero da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da UFSCar. Segundo ele, a LGBTFobia, como o nome indica, consiste em "comportamentos ou práticas que violentam pessoas que possuem orientações afetivas-sexuais e/ou identidades de gênero dissidentes da matriz cisheteronormativa, isto é, violências cometidas contra pessoas que não se enquadram no padrão de cisgênero e/ou padrão de sexualidade heterossexual. Atos de transfobia são caracterizados por sentimentos e ações como medos, preconceitos, discriminações, estigmas, aversão ou ódio às pessoas que fogem desse padrão dito cisheteronormativo".
Para Loureiro, as violências não são apenas físicas ou diretas, mas também se realizam a partir de comentários inadequados, de piadas, da invisibilidade, de olhares inquisidores e até do apagamento da memória. "Estamos em 2023 e ainda existe muita desinformação em nossa sociedade, fato que contribui para a perpetuação de estigmas e de violências à população LGBTQIA+". Ele explica que isso não se dá por acaso, mas deriva de "um histórico sociocultural de diferentes instâncias reguladoras dessas vidas, seja no âmbito religioso (pecado), jurídico (criminalização) ou das ciências biomédicas (produção de um tipo específico de conhecimento/patologização)".
Quando olhamos para a comunidade LGBTQIA+, as pessoas trans, representadas pela letra T da sigla, sem dúvidas são as que merecem maior atenção. Os dados não deixam dúvidas: o Brasil ainda está muito atrasado quando se fala de direitos da população trans. Segundo o dossiê "Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras (2023)", citado por Loureiro, o Brasil figura como o país que mais assassinou pessoas trans pelo 14º ano consecutivo, sendo que 76% das mortes foram de travestis negras. "Tal fato decorre, entre outros fatores, pelo desamparo familiar, as restrições ao acesso e à permanência em escolas, universidades e no mercado de trabalho, lançando parte relevante dessas vidas à precariedade existencial e, compulsoriamente, à marginalização", explica ele.
O coordenador de Diversidade e Gênero da UFSCar ainda destaca: "apenas 0,02% da população trans consegue acessar o Ensino Superior público em nosso País, o que não garante a permanência, nem tampouco a conclusão dos estudos. Na UFSCar, recebemos denúncias frequentes de desrespeito ao nome social e de constrangimentos para usar o banheiro. Há casos em que estudantes evitam tomar água com o receio de usar o banheiro, com graves implicações para a saúde. A realidade marcada por constantes violências e impedimentos afeta diretamente o acesso dessas pessoas aos serviços públicos, entre eles, educação, saúde, meios sociais e segurança pública. Ao longo do período de formação básica, a evasão escolar é muito comum na vida de pessoas trans, uma vez que o desrespeito às suas identidades, assim como as condições financeiras dessa população, interferem incisivamente na continuidade dos estudos".
E como é ser trans nesse cenário? "É difícil em todos os aspectos, mas acredito que a marginalização seja um dos mais dolorosos. Nesse lugar, você não está somente separado, mas impedido de ter a mesma cidadania das outras pessoas", relata Marc Tristão, estudante do curso de Licenciatura em Matemática da UFSCar. Para ele, esse preconceito deriva de "questões histórico-culturais, e principalmente de um obscurantismo e negacionismo da ciência que podemos observar em várias épocas". 
As consequências da violência contra pessoas trans também têm efeitos na saúde. "Em decorrência dos desamparos, injúrias e violências a que está submetida, a população LGBTQIA+ apresenta maior suscetibilidade a desenvolver transtornos mentais, ideação suicida e suicídio. Muitas das pessoas LGBTQIA+ deixam de procurar serviços de saúde pública devido à falta de preparo dos profissionais, tanto no acolhimento, quanto na abordagem e conduta dessas pessoas", explicita Loureiro. 

Como combater a transfobia?
Para o estudante Marc Tristão, o primeiro passo que as pessoas poderiam dar no sentido de contribuir para uma cultura mais acolhedora para pessoas trans seria "enxergar que, assim como as pessoas cis, possuímos subjetividades". Outra recomendação é "procurar vínculos e contato com pessoas trans, pois na vivência acabamos não só obtendo material pra discutir, mas de fato criamos redes de apoio efetivas".
No âmbito mais estrutural, o coordenador de Diversidade e Gênero da Universidade ressalta que "é urgente a promoção de políticas públicas e ações afirmativas que possibilitem às pessoas trans o acesso à educação e ao mercado de trabalho no Brasil, além do avanço nas esferas legais - o reconhecimento e a reivindicação imediata do direito a ter direitos". 
Para ele, "é importante que consideremos aspectos interseccionais, como identidade de gênero e orientação afetivo-sexual, associados a outros marcadores sociais, como a raça, a idade, o território e a classe social. O nosso País carece de um mapeamento apurado desses dados para a construção de uma agenda efetiva em prol da comunidade LGBTQIA+, bem como a elaboração, implementação, avaliação e acompanhamento de políticas públicas direcionadas".
"Novamente, mudanças culturais são lentas e a educação é a chave para se repensar essas e outras questões. (...) É preciso lutar por reconhecimento e investir massivamente em educação, passando, inclusive, por reformulações curriculares, bem como na educação continuada dos ambientes corporativos e também no desenvolvimento de mecanismos que garantam a inclusão e a permanência desta população em escolas, universidades e no mercado de trabalho", completa.
Para Tristão, que integra o Grupo de Trabalho Transformação (GT Trans) da UFSCar, a inclusão vai além de falas: "A maioria das pessoas hoje adota um discurso em que sinalizam virtude, mas na prática continuam excluindo (não só) pessoas trans dos afetos e dos locais de prestígio e destaque. Escutem pessoas trans não só quando elas estiverem falando sobre ser trans!".

Serviço
Transfobia é crime. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que atos de homofobia e transfobia sejam enquadrados como crime de injúria racial, definido na Lei de Racismo. Por isso, em caso de emergência, acione a Polícia Militar pelo Disque 190. Se o crime já aconteceu, procure uma autoridade policial para registrar a ocorrência. 
Para mais orientações sobre o assunto, acesse a cartilha "Comunicação não violenta - uma abordagem trans inclusiva" (https://bit.ly/46XA8uA), disponível gratuitamente em texto e áudio, numa produção da UFSCar, por iniciativa do Grupo de Trabalho Transformar (GT Trans) e da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), e também os vídeos da campanha Transformação no canal de YouTube UFSCarOficial.

Sobre a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar"
A campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" é uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade, a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas, mudando seu comportamento. Ela também tem o papel de mostrar que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei. 
A Campanha apresenta temas diversos: racismo, transfobia, machismo, gordofobia, etarismo, assédio e capacitismo. Os conteúdos estão sendo veiculados no Portal da UFSCar e nas redes da UFSCar Oficial no Facebook e Instagram (@ufscaroficial), além de contar com a participação da Rádio UFSCar. 
"Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir com que as diferentes visões de mundo se encontrem e permitam, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento.
"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da Universidade.

Entendendo a sigla LGBTQIA+
O termo LGBTfobia foi estabelecido durante a III Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos LGBT, ocorrida em abril de 2016, em Brasília. Segundo Loureiro, é importante conhecer o significado do acrônimo LGBTQIA+. "Trata-se de uma terminologia referente aos grupos de pessoas de diferentes orientações afetivo-sexuais e/ou identidades de gênero", explica. Ele ainda detalha: "já sabemos que orientação afetivo-sexual e identidade de gênero não são a mesma coisa, nem tampouco possuem uma correlação 'automática'. Por exemplo, uma mulher transgênero pode se atrair sexualmente ou afetivamente tanto por homens (cis ou trans), como por mulheres (cis ou trans), por ambos, tanto como por pessoas não-binárias, ou ainda, não sentirem qualquer atração sexual ou afetiva por outras pessoas". Ele também faz uma diferenciação: sexo tem um cunho estritamente biológico, enquanto gênero tem escopo psicossocial. "É no gênero que nos tornamos, vivemos e existimos como homem e mulher", complementa. Assim, a sigla LGBTQIA+ compreende grupos de pessoas organizadas tanto em relação à orientação afetivo-sexual como às identidades de gêneros.
Por orientação afetivo-sexual (este é o termo correto e não opção sexual), entende-se a atração ou a ligação afetiva ou sexual que se sente por outra(s) pessoa(s), isto é, para quem se direciona o desejo. De uma maneira simplificada, existem as seguintes possibilidades:

- Heterossexual: pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas do sexo/gênero oposto.
- Homossexual (Gays e Lésbicas): pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero.
- Bissexual: pessoa que se sente atraída afetiva e/ou sexualmente por pessoas de ambos os sexos/gêneros.
- Assexual: em geral, possui pouca ou nenhuma atração sexual, mas pode se envolver afetivamente com outras pessoas;
- Pansexual: o prefixo pan vem do grego e se traduz como "tudo". Significa que as pessoas pansexuais podem desenvolver atração física, amor e desejo sexual por outras pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou sexo biológico. A pansexualidade é uma orientação que rejeita especificamente a noção de dois gêneros e até de orientação sexual específica. 

Já a identidade de gênero diz respeito à percepção íntima que uma pessoa tem de si como sendo do gênero masculino, feminino, de alguma combinação dos dois, ou mesmo de nenhum deles, independente do sexo biológico. "A identidade traduz o entendimento que a pessoa tem sobre ela mesma, como ela se descreve, reconhece-se e deseja ser reconhecida socialmente", ressalta Thiago Loureiro.
"É importante compreender que o gênero não está somente relacionado à anatomia dos órgãos genitais. A autoimagem da pessoa é o fator que mais se sobressai já que ela se define conforme a sua percepção de si mesma. Além de envolver a maneira como a pessoa se enxerga no mundo, engloba também o modo de expressão, como as roupas e a aparência. Consequentemente, o seu comportamento, linguagem corporal, modo de falar e até modo de pensar também são influenciados pela identidade com a qual se identifica. Em suma, é a identificação subjetiva da pessoa, ou seja, é a forma como ela se identifica no mundo e para o mundo", conclui. 
De forma geral, podemos encontrar as seguintes identidades de gênero:

- Cisgênero: pessoa cuja identidade de gênero está alinhada ao seu sexo biológico. Aquelas que são biologicamente definidas como mulheres e possuem identidade de gênero feminina ou biologicamente definidas como homens que possuem identidade de gênero masculina.
- Transgênero: terminologia normalmente utilizada para descrever pessoas que não se identificam com o gênero com o qual foram designadas com base em seu sexo biológico. Assim, identifica-se (ou pode se identificar, a partir de determinado momento da vida) com um gênero diferente daquele que lhe foi atribuído no nascimento. Por exemplo, ao nascer, por causa de seu sexo biológico, uma pessoa pode ser considerada de um gênero - homem/masculino -, mas esse gênero não corresponde a como ela se entende e se identifica; nesse caso, essa pessoa trans pode se identificar como feminina/mulher.
- Travesti: utilizado apenas por pessoas trans com identidades femininas. Foi designada homem ao nascer, mas se entende como uma pessoa feminina que não necessariamente se encaixa no conceito tradicional (binário) de mulher. Trata-se de uma identidade predominantemente latino-americana. No Brasil, possui um forte cunho político de resistência contra a opressão e a marginalização. 
- Não-binário: é alguém que não se identifica completamente com o "gênero de nascença" nem com outro gênero. Esta pessoa pode não se ver em nenhum dos papéis comuns associados aos homens e às mulheres (pessoa agênero), bem como pode vivenciar uma mistura de ambos (pessoa gênero fluido).

Letras da sigla LGBTQIA+
Entenda, abaixo, o significado de cada letra da sigla LGBTQIA+:
- L (Lésbicas): Mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres;
- G (Gays): Homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens;
- B (Bissexuais): Homens e mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelos gêneros masculino e feminino;
- T (Pessoas Trans): Termo guarda-chuva para uma gama de pessoas que não se identificam com o gênero com o qual foram designadas com base em seu sexo biológico e na binaridade. Elas podem ser transgênero/transexual (homem ou mulher), travesti (identidade feminina) ou pessoa não-binária, que se compreende além da divisão "homem e mulher";
- Q (Queer): termo de origem inglesa que diz respeito a quem não se identifica e não se rotula em nenhum gênero. Transitam entre as noções de gênero e questionam a cisheteronormatividade;
- I (Intersexuais): pessoas que têm características sexuais congênitas, não se enquadrando nas normas médicas e sociais para corpos femininos ou masculinos, por exemplo, pessoas com genitália ambígua;
- A (Assexuais): pessoas que têm como principal característica a falta de atração sexual por outra pessoa, independentemente de gênero;
- +: Demais possibilidades de orientações afetivo-sexuais e identidades de gênero.

"É importante frisar que a sigla tem passado por mudanças ao longo do tempo, tanto pelos avanços no campo de estudos de gênero e sexualidades, mas, também, pela consolidação dos Movimentos Sociais Organizados desses coletivos. Não há uma instância oficial de validação das siglas, nem tampouco um consenso na sua utilização. Trata-se de uma convenção para usos específicos, a depender do que e a quem quer comunicar", salienta o coordenador de Diversidade e Gênero da UFSCar.
A partir de 2024, para ingressar no curso, será necessário se submeter às provas do Enem

 

SÃO CARLOS/SP - A partir de 2024, para ingressar no Curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), será necessário que os candidatos se submetam às provas do Enem - Exame Nacional do Ensino Médio e realizem a inscrição no SiSU - Sistema de Seleção Unificada. Antes os candidatos deveriam prestar as provas do Enem e também a Prova de Habilidades Musicais para ingressarem no curso de Música da UFSCar.
O curso de Música constará no próximo Termo de Adesão ao SiSU, a ser publicado nas próximas semanas. As pessoas interessadas em ingressar poderão ter informações como a distribuição de vagas pela reserva de vagas e ampla concorrência bem como os pesos das notas em cada uma das habilidades do Enem.
A Licenciatura em Música da UFSCar é um curso de graduação presencial, oferecido em período integral, com previsão de duração de 4 anos (8 semestres). O curso oferta 24 vagas anuais e é voltado para a formação de professoras e professores de música aptos a atuar na Educação Básica e/ou em outros espaços de ensino musical (projetos educacionais, escolas de música, conservatórios).
Confira os cursos oferecidos pela UFSCar no site www.prograd.ufscar.br/cursos/cursos-oferecidos. Mais informações também podem ser consultadas na página da Coordenadoria de Ingresso na Graduação, em www.ingresso.ufscar.br. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Evento é aberto a todo o público e conta com a participação de 14 editoras

 

SOROCABA/SP - Nos dia 5 e 6 de dezembro, a Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) promove a VIII Feira do Livro do Campus Sorocaba. Participam do evento, além da própria EdUFSCar, as editoras Blucher, Companhia das Letras, Record, L&PM, Unesp, Boitempo, Rocco, HarperCollins, Girassol, Edições Sesc, Aleph, Lafonte e Palas Athena.
Os títulos estarão com 20% de desconto e também haverá obras da EdUFSCar a partir de R$10.
A VIII Feira do Livro do Campus Sorocaba da UFSCar é aberta a todo o público e acontece das 9 às 20 horas, no saguão do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) - ponto final do ônibus 80.

“É viver pensando que você pode ajudar as pessoas”

 

SÃO CARLOS/SP - O programa “Vem Saber”, da Universidade de São Paulo e desenvolvido no Campus USP de São Carlos (Área-2) é uma iniciativa onde ocorrem atividades de ciência e tecnologia que têm o intuito de transformar as pessoas, principalmente os jovens, por meio da educação, um projeto que, segundo o seu criador e atual coordenador, o docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Antonio Carlos Hernandes, tem os seus primórdios no ano 2000.

Tudo começou no laboratório de pesquisa em física dos materiais do IFSC/USP com uma ação focada nos alunos das escolas da cidade de São Carlos, cujo objetivo foi incentivá-los a visitar o campus da USP de São Carlos e sentirem o verdadeiro ambiente que se vive na Universidade de São Paulo. E, de fato, ao longo destes anos foram criados vários programas, até se chegar no que é hoje o programa “Vem Saber”, onde se busca focar o trabalho nos alunos do Ensino Médio das 1ª, 2ª e 3ª séries, sempre tendo em vistas duas motivações principais: a primeira, para que esses jovens não parem de estudar, porque é isso que vai fazer uma transformação social neles, em suas famílias e em todos quantos orbitam em seu redor. A segunda motivação é propiciar ferramentas para que eles possam conquistar o ensino superior público, ou seja, serem estudantes da USP, UFSCAR, UNESP, UNICAMP, ou de qualquer universidade federal. O Prof. Antonio Carlos Hernandes explica qual foi o motivo desses dois focos principais. “O motivo tem a ver com um processo relativo à questão social dos alunos das escolas públicas. Então, o trabalho é focado nos alunos do ensino médio das escolas públicas, mas sempre pensando que esses jovens, que na grande maioria das vezes desconhecem o que é uma universidade e o que ela faz, passem a ter a chance de se voluntariarem a um processo de transformação - transformação social -, que é o que aconteceu comigo mesmo e aconteceu com muitos dos que estão hoje na universidade e que também foram os primeiros de suas famílias a fazer um curso no ensino superior. E não estamos falando de um curso específico; estamos falando de todos os cursos, de qualquer curso que o aluno tenha interesse em fazer. Então, o resultado desses nossos objetivos foi ver alunos que, sem quaisquer projetos de vida, passaram a ter interesse em estudar numa universidade, em passar por um processo seletivo do vestibular, a entrar numa universidade, se formando e se transformando em um exemplo para toda a família”, sublinha o pesquisador.

Um processo amplificador

Essa “corrente” acaba por se amplificar, influenciando outros jovens dentro da mesma família. “Aconteceu recentemente, que um jovem que está fazendo agora a universidade, disse assim: ‘Ah! Você foi a pessoa que ajudou meu irmão a entrar na universidade! Ele já se formou, sabe? Aí, eu vim aqui para este projeto e foi pelo meu irmão que estudei’. Então, esse é o grande mote deste programa e isso é o que eu chamo de transformação social.  Inclusive, temos um aluno aqui, de São Carlos, que está trabalhando comigo agora, sendo que o irmão dele, mais velho, fez um dos projetos”, pontua o Prof. Hernandes, recordando um  projeto mais antigo, consubstanciado em uma visita ao campus e que ainda está em curso, que acontece na designada “Sala do Conhecimento” - igualmente localizada na Área-2 do Campus USP de São Carlos -, chamado “Universitário por um Dia”. O início desse projeto começou exclusivamente com alunos de São Carlos, só que esse cenário mudou com o passar do tempo, já que hoje o citado projeto recebe alunos de todo o Estado de São Paulo. E o “Universitário ´por um Dia” não se caracteriza por ser uma simples visita, ou seja, não é um processo qualquer. Os alunos vão na Área-2 do campus USP de São Carlos para sentirem e verem o que é a vida de um universitário durante um dia inteiro. Eles ficam sete horas no campus e a equipe do “Universitário por um Dia”, explica o que é uma universidade, o que é que se faz no Campus da USP de São Carlos, bem como todas as particularidades que existem na UFSCar, na UNICAMP, na UNESP... “Além disso, explicamos quem pode ajudá-los, como podem ganhar uma bolsa de estudo, onde podem morar,  etc.. E, esses alunos vão almoçar no restaurante da USP junto com os universitários, vão dialogar com eles e vão sentir que podem, sim, ser os próximos alunos da universidade. É um projeto onde damos sustentação para que tudo isso aconteça, para que os alunos se sintam motivados em se transformar”, sublinha o pesquisador.

O futuro do “Vem Saber”

Atualmente, abrangendo todo o Estado de São Paulo, o programa “Vem Saber” tem todas as condições para se expandir para todo o país, bem como outros projetos que se encontram em execução. “Temos um outro projeto que acontece nos 645 municípios do Estado de São Paulo, que é a designada ‘Competição USP de Conhecimentos e Oportunidades’ e que, na verdade, está dentro dessa lógica de transformação social que eu falei. Você faz uma competição em cada escola e os ganhadores são só daquelas escolas. Então, você tem 3.900 escolas, você tem até 9 ganhadores por escola, equivalendo a dizer que quase 36 mil jovens se sagram vencedores porque eles competem apenas com os amigos, com os seus colegas. E, qual é a ideia? Que esses alunos treinem... Que eles treinem para abrir portas para o futuro. Então, por que nós não fazemos isso no Brasil todo? Vamos pensar muito sobre essa hipótese”, pontua o Prof. Hernandes.

Quanto ao programa “Vem Saber”, o Prof. Antonio Carlos Hernandes admite que ele pode também ficar focado nos professores em um futuro muito próximo, sendo que a ideia é trabalhar no processo de formação dos professores, de ajudá-los a desenvolver as atividades dentro da sala de aula. Da mesma forma  que é feita com os alunos, com o intuito de incentivá-los a ingressar no ensino superior, a intenção é prover instrumentos para esses professores possam desenvolver aulas de Física ou de Química de uma maneira muito mais tranquila para que os alunos se sintam entusiasmados, e para que possa haver, também, uma transformação na forma de ensinar.

Nestes 23 anos de trabalho ininterrupto em prol da Educação e dos mais jovens, o Prof. Antonio Carlos Hernandes não tem dúvidas em afirmar que: “É viver pensando que você pode ajudar as pessoas”.

Estudo convida pais de crianças de 5 a 12 anos de idade para participação online

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo na área de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está investigando as percepções paternas acerca das práticas educacionais positivas e negativas com seus filhos e filhas. Para isso, convida pais para preencherem um formulário online.
"As práticas educativas parentais são um conjunto de estratégias específicas utilizadas pelos pais em diferentes contextos e que tem como objetivo educar, socializar e regular determinados comportamentos que podem ser considerados inadequados", explica Thais F. Accica, graduanda em Psicologia na UFSCar e responsável pelo estudo. "Nesse sentido, existem práticas que são consideradas positivas e que colaboram para com o desenvolvimento da criança, e práticas negativas, que podem causar impactos desfavoráveis à mesma", complementa.
Segundo a pesquisadora, as mudanças sociais e rearranjos familiares impactam diretamente a forma com a qual as crianças são educadas e se desenvolvem, sendo assim, essencial pesquisar o tema para que a literatura esteja sempre atualizada. "A escolha de contemplar apenas a percepção paterna acerca do assunto vem da lacuna existente na literatura de pesquisas que são voltadas para o público de pais e/ou responsáveis que se consideram figuras paternas. Mesmo em pesquisas que são abertas para ambas as figuras parentais, percebe-se que a maior parte dos respondentes são figuras maternas", relata a pesquisadora.
Podem participar pais de crianças de 5 a 12 anos de idade. A participação é online, em uma única etapa, e consiste no preenchimento do formulário online disponível em https://bit.ly/3ul612e. O tempo estimado de resposta é de 15 a 25 minutos. Dúvidas podem ser esclarecidas com a pesquisadora Thais Accica pelo telefone (19) 97409-4069 (com WhatsApp) ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..br
A pesquisa, intitulada "Explorando o outro lado: percepção paterna de práticas parentais positivas e negativas", tem orientação da professora Débora de Hollanda Souza, do Departamento de Psicologia (DPsi), e consiste numa monografia de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 71323223.1.0000.5504).
Entrevistados falaram sobre vestibular indígena, conquistas e demandas na Universidade e atuação no mercado de trabalho

 

SÃO CARLOS/SP - A UFSCar lançou no último dia 28 de novembro, o minidocumentário "Presença Indígena na UFSCar - 15 anos de história". O objetivo é mostrar, em cenas e depoimentos, um pouco da trajetória dos estudantes indígenas nos quatro campi da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. 
Thaís Palomino, Coordenadora de Acompanhamento Acadêmico e Pedagógico para Estudantes (CAAPE) da Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) da UFSCar, é uma das entrevistadas do programa. Ela conta como teve início o vestibular indígena na UFSCar, aprovado em 2007, e como foi a mudança das provas - que antes eram realizadas em São Carlos e, atualmente, são descentralizadas, para atender uma demanda dos próprios povos indígenas. 
Ela também falou dos alunos que se formaram na UFSCar e atuam em diversas áreas. "Hoje temos 73 profissionais formados na UFSCar e nos quatro cantos do Brasil. Eles são de 21 cursos diferentes, cidades diferentes, áreas diferentes", elenca. Um deles é Edinaldo dos Santos Rodrigues, estudante egresso do curso de graduação em Psicologia. "Atualmente eu faço parte de uma organização que é a Articulação Brasileira de Indígenas Psicólogos(as), na qual reunimos psicólogos para pensar uma Psicologia que realmente respeite as especificidades indígenas e que tenha cuidado ao se aproximar dessas questões para não ser uma área de conhecimento invasiva. Então, pensar uma Psicologia hoje pintada a jenipapo e urucum é fundamental para a gente atuar nos territórios indígenas", explica Rodrigues.
E foi seguindo esse pensamento que os estudantes indígenas criaram, dentro da UFSCar, o Centro de Culturas Indígenas (CCI), "com o intuito também da gente se juntar, já que estamos em um ambiente diferente, com cultura diferente, e também para tratar questões de demandas dentro da Universidade", relata, na produção audiovisual, Vanessa Na’naio, estudante do curso de graduação em Terapia Ocupacional da UFSCar, e uma das representantes do CCI. Ela também falou sobre as demandas e conquistas dos estudantes indígenas ao longo desse tempo e de sua própria vivência como estudante na UFSCar. "Eu, particularmente, sempre quis fazer uma graduação e continuar os estudos porque o meu pai sempre me incentivou. Então, para eu sair da minha comunidade, da minha cidade, de um lugar muito distante, que é o Amazonas, é desafiador. A gente tem um pouquinho de medo", conta a estudante. 
Confira o minidocumentário "Presença Indígena na UFSCar - 15 anos de história" no canal oficial da UFSCar no YouTube (www.youtube.com/@UFSCarOficial). Saiba mais também nas redes sociais da UFSCar (@ufscaroficial).

ARARAQUARA/SP - A Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Anna de Oliveira Ferraz, de Araraquara, promove uma ação de cadastro de doadores de medula óssea nesta quinta-feira (30), entre 9h30 e 14h.

Todos os estudantes do curso técnico de Enfermagem estão à frente da campanha, em parceria com a prefeitura, o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), o Hemocentro da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) – responsável pelo transporte e tipagem HLA das amostras colhidas – e a Universidade Paulista (Unip), que cederá o espaço para a ação.

Idade menor para os doadores

É a terceira vez que a Etec de Araraquara se engaja nessa mobilização. É a primeira vez, no entanto, que a unidade participa com a nova norma do Ministério da Saúde em vigor, que limita em até 35 anos a idade para quem pretende fazer o cadastro. A portaria nº 685, de 16 de julho de 2021, estabelece que os doadores tenham entre 18 e 35 anos. O limite anterior era de 54 anos. A medida, embora restrinja o número de doadores, garante a eficácia do transplante, já que o receptor de uma medula mais jovem tem maior possibilidade de obter uma boa resposta do organismo.

Se esse movimento é importante para os pacientes, também é benéfico para os alunos. “Trata-se de uma atividade extraclasse integradora em que os alunos adquirem conhecimento, desenvolvem habilidades e valores importantes, como cooperação e filantropia”, explica Célio Tiago Marcato, diretor da unidade.

Quem precisa de doação e quem pode doar

O transplante de medula óssea, um dos pouquíssimos tipos de doação que se pode fazer em vida, beneficia pacientes com leucemia e cerca de outras 80 doenças. Quando o paciente não encontra um doador compatível na própria família, tem como opção recorrer ao banco do Redome.

Além de ter entre 18 e 35 anos, os candidatos ao cadastro não podem ter ou ter tido câncer ou outras doenças – confira aqui.

É preciso estar em boas condições de saúde, levar um documento oficial com foto e preencher um cadastro básico. Depois disso, uma quantidade mínima de sangue é coletada: apenas 10 mililitros. Caso haja um paciente compatível, o doador é consultado antes de se decidir sobre a doação.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que estão abertas as inscrições para alfabetização e ensino fundamental da EJA (Educação de Pessoas Jovens e Adultos) e do MOVA (Movimento Popular de Alfabetização). Podem participar da EJA pessoas jovens e adultas com idade igual ou superior a 15 anos para o ensino fundamental do 6º ao 9º ano. O principal objetivo é a luta pela superação do analfabetismo.
Para a inscrição tanto na EJA quanto no MOVA os interessados devem apresentar os documentos pessoais RG, CPF, comprovante de residência e carteira de vacinação. Os interessados também podem se inscrever através de um formulário online acessando o link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd0tRN3_8OEfb-1GYqxl_O0Z2_uJpQSHo8mCZQdcFb5sS4TSw/viewform?pli=1
As inscrições na EJA para o ensino fundamental I (1º ao 5º ano) é anual e recebe matrículas durante todo o ano. Já o ensino fundamental II (6º ao 9º ano) é semestral e as matrículas ocorrem no final de cada semestre letivo. Já para o MOVA a inscrição é contínua, portanto pode ser feita durante todo o ano.
A EJA  oferece educação gratuita para  estudantes jovens adultos do 1º ao 9º ano com a certificação aos educandos, dividida da seguinte forma: Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) é oferecida pela Escola Municipal de Jovens e Adultos (EMEJA) “Austero Manjerora” e nas Escolas Municipais de Educação Básica (EMEB’s) “Afonso Fiocca Vitali” (Caic), no bairro Cidade Aracy, “Arthur Natalino Deriggi”, no bairro  Antenor Garcia, “Carmine Botta”, no Boa Vista, “Dalila Galli”, no bairro Jockey Clube, “Ulysses Ferreira Picolo”, no Residencial Eduardo Abdelnur, no CEMEI “Professor Vicente de Paula Rocha Keppe”, no Santa Felícia e na Igreja Nossa Senhora Aparecida, localizada na rua Dr. João Sabino, nº 1.514, no Boa Vista.
No Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) a EJA é oferecida nas EMEB’s “Arthur Natalino Deriggi”, no bairro Antenor Garcia, “Carmine Botta”, no Boa Vista e “Dalila Galli”, no Jockey Clube, no período da noite.
O MOVA acontece em São Carlos desde 2002, e as aulas ocorrem nas regiões periféricas do município e em áreas rurais como o Assentamento Santa Helena, Capão das Antas, nos distritos de Santa Eudóxia (com núcleos pela manhã e noite) e Água Vermelha (com núcleo noturno).
As aulas no MOVA acontecem de segunda a quinta-feira com duração de 2h, nos períodos da manhã, tarde e noite porque os processos são sempre articulados com os estudantes e educandos adequando aos horários que esses trabalhadores possam estar presentes. O material escolar e as aulas escolares do MOVA são oferecidos gratuitamente.
O MOVA é realizado em parceria com a SME e o Instituto Acorde e alfabetiza o público mais idoso que não conseguiu frequentar a escola na época de infância e acabam voltando para poder concluir sua escolarização e poder ser encaminhado para a EJA, ou seja, a educação formal do município.
“São Carlos investe na alfabetização e na inserção das pessoas jovens e adultas que estão fora do universo escolar para retornar as aulas, via EJA, com certificação aprovada pelo MEC, contribuindo para a diminuição do analfabetismo, além de promover a transformação na vida das pessoas.  As ações tanto da EJA quanto do MOVA tem como meta a contribuição para a superação do analfabetismo, promovendo a melhoria da capacitação profissional, da renda familiar e autonomia para poder realizar as suas próprias escolhas”, ressaltou Roselei Françoso, secretário municipal de Educação.
Outras informações podem ser obtidas na EMEJA através do telefone e whatsapp (16) 3364-2434 ou (16) 99235-2190. Para saber mais sobre o MOVA basta ligar no telefone (16) 3416-0832.

Além do aperfeiçoamento em recursos digitais, curso apresenta estratégias de ensino ativas

 

SÃO CARLOS/SP - O período de ensino remoto provocado pela pandemia de Covid-19 impactou o setor educacional em todo o mundo de diversas maneiras, transformando a forma como os professores ensinam e os estudantes aprendem. O uso de recursos educacionais digitais, como plataformas de aprendizado online, vídeos, jogos e outros aplicativos, que tornam o aprendizado mais envolvente e interativo, abriram caminhos para melhorar a educação, porém também surgiram novos desafios, como o próprio desenvolvimento profissional dos educadores, que necessitam se aperfeiçoar para usar os recursos digitais de forma eficaz.
De acordo com os especialistas, saber usar a tecnologias em conjunto com estratégias de ensino que incentivem os estudantes a aprenderem de forma autônoma e participativa, por meio de problemas e situações reais, realizando tarefas que os estimulem a refletir, tornam as aulas mais atraentes e interativas, aumentando, assim, o engajamento dos alunos. Para que os educadores possam se adaptar ao cenário atual, estão abertas as inscrições no Curso Online de Aperfeiçoamento em Tecnologias Digitais e Metodologias Ativas no Ensino Híbrido da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O curso aborda os principais recursos tecnológicos atuais e suas relações com a educação, no contexto do ensino híbrido. A grade visa preparar os profissionais para refletirem sobre novas metodologias de ensino e aplicarem os conhecimentos adquiridos no desenvolvimento de conteúdos para diferentes áreas de ensino. Dentre os conteúdos presentes na capacitação, estão diversas facetas construídas ao longo da história para interpretar a tecnologia e suas relações com o desenvolvimento social. Ainda são apresentadas aplicações de recursos digitais de comunicação e informação e como elas têm contribuído para modificar diferentes segmentos da sociedade.
Os profissionais serão capacitados para agregar elementos próprios da tecnologia no contexto educativo, seja empregando artefatos ou ainda tomando como base os princípios norteadores do processo de concepção e desenvolvimento de tecnologias que têm por base a interdisciplinaridade e colaboração como elementos fundamentais. Neste sentido, o Curso de Aperfeiçoamento em Tecnologias Digitais e Metodologias Ativas no Ensino Híbrido da UFSCar não apenas mostra modernos recursos tecnológicos, suas aplicações e perspectivas futuras, mas principalmente busca difundir o interesse por uma prática educativa inovadora.
As aulas começam no dia 4 de dezembro e o curso tem duração de três meses. Profissionais da área de educação podem participar. Os interessados devem se inscrever pela Plataforma Box UFSCar, em www.box.ufscar.br. Na página, há mais informações.
Obra tem autores de diferentes países e grupos de pesquisa e pode ser acessada gratuitamente

 

SÃO CARLOS/SP - O livro "Políticas públicas sobre el envejecimiento" foi lançado recentemente, como fruto da edição 2022 do Congresso Internacional de Longevidade. O livro é resultado do trabalho coletivo de diferentes pesquisadores e um dos temas abordados - envelhecimento ativo - é parte do trabalho premiado do professor Wilson José Alves Pedro, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
A pesquisa do docente foi premiada durante o Congresso, realizado no ano passado, e propõe estratégias metodológicas para a realização de diagnósticos organizacionais e situacionais no contexto do envelhecimento humano que sirvam para promover o envelhecimento ativo, enfatizando o trabalho e a participação social. 
"As mudanças na legislação previdenciária e trabalhista brasileira, bem como os impactos da pandemia de Covid-19 na vida das pessoas idosas em especial, requer esforços no melhor conhecimento da realidade, no âmbito da saúde e cidadania, pois afetam o mundo do trabalho. O conhecimento das condições de vida da população, a promoção da autonomia e a independência  nesta etapa do curso da vida precisam ser apreendidos e fomentados pelas políticas públicas. É neste sentido que a obra se apresenta, com grande aderência às nossas ações de ensino, pesquisa e extensão na UFSCar", afirma Wilson Pedro. 
A obra está organizada em dois blocos: no primeiro, vários pesquisadores do grupo levantaram a questão da longevidade a partir de diferentes perspectivas e metodologias e, no segundo, estão os trabalhos premiados nos diferentes grupos de trabalho do Congresso. O livro propõe apresentar como diferentes países encaram e resolvem o envelhecimento de suas populações, a partir de uma perspectiva transversal e interdisciplinar por meio de políticas públicas. 
O grupo multidisciplinar internacional de pesquisadores que organizaram o evento e o livro inclui representantes da Universidade de Valência, Universidade Federal de Viçosa, Universidade da Amazônia e de outras instituições. O acesso ao livro é gratuito e pode ser feito por este link (https://bit.ly/3QVvMPu).

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