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BRASÍLIA/DF - Estão abertas as inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2023. Os interessados poderão se inscrever pelo Sistema Encceja até o dia 2 de junho.

O prazo também vale para as solicitações de atendimento especializado e de tratamento por nome social.

O Encceja é destinado a jovens e adultos que não concluíram seus estudos na idade adequada para cada etapa de ensino, desde que tenham, no mínimo, 15 anos completos para o ensino fundamental e 18 anos completos no caso do ensino médio, na data de realização do exame.

A aplicação das provas para os ensinos fundamental e médio está prevista para 27 de agosto, em todos os estados e no Distrito Federal.

A participação é voluntária e gratuita, exceto para aqueles que se inscreveram na edição anterior e não compareceram, não justificaram a ausência ou tiveram a justificativa reprovada. Nesse caso, caso queira fazer o exame de 2023, o estudante deverá ressarcir ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) o valor de R$ 40. O pagamento deve ser feito por meio de boleto, que será gerado no sistema de inscrição e poderá ser pago em qualquer banco ou casa lotérica até 9 de junho.

Após realizar a inscrição, para acessar a página do participante, o inscrito deve utilizar o login único de acesso à plataforma Gov.br. Ele é necessário, por exemplo, para consultar o local de prova e outras informações do cartão de confirmação de inscrição, como os horários da aplicação.

O Encceja é constituído por quatro provas objetivas, por nível de ensino, cada uma contendo 30 questões de múltipla escolha e uma proposta de redação.

O Inep, ligado ao Ministério da Educação (MEC), é o responsável pela realização do exame, que é aplicado desde 2002, em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de Educação. A emissão do certificado e da declaração de proficiência é responsabilidade das secretarias de Educação e dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia que firmam Termo de Adesão ao Encceja.

Atendimento especializado

Neste ano, o exame contará com algumas novidades para quem precisa de atendimento especializado. A primeira delas é a possibilidade de optar por um cartão-resposta com fonte ampliada. A opção, voltada a pessoas com deficiência visual, pode ser feita no sistema de inscrição.

Pessoas com transtorno do espectro autista também terão uma correção diferenciada da prova de redação.

Outra novidade é que os laudos aprovados em 2022 para o mesmo tipo de atendimento especial solicitado em 2023 não precisam ser reenviados para nova análise. Por fim, participantes travestis, transexuais ou transgêneros com nome social cadastrado na Receita Federal não precisarão enviar documentação comprobatória.

 

 

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Tese foi premiada na categoria Planeta Terra e Meio Ambiente

 

SÃO CARLOS/SP - Flávio Baleeiro iniciou seus estudos de graduação em Engenharia Química na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em 2008 e finalizou em 2014. A vocação da pesquisa científica o levou aos estudos na pós-graduação no Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental (Leipzig, Alemanha), em parceria com o Instituto Karlsruhe de Tecnologia (Karlsruhe, Alemanha), com financiamento da bolsa CAPES de doutorado pleno. Ano passado, defendeu sua tese que, recentemente, foi escolhida no âmbito do "Prêmio Helmholtz de Doutorado 2022" na categoria Planeta Terra e Meio Ambiente, um prêmio dado anualmente para teses de doutorado que contribuem para os objetivos da Associação Helmholtz de enfrentar os grandes desafios da humanidade.
A tese de Baleeiro contribuiu para o desenvolvimento de um processo chamado "Fermentação mixotrófica". "Biorrefinarias são alternativas sustentáveis interessantes a vários derivados do petróleo. Porém, elas são limitadas pelas biomassas e restos orgânicos disponíveis nas proximidades. A Fermentação Mixotrófica usa a capacidade de comunidades bacterianas naturais de converter gases (H2, CO2 e CO) e restos orgânicos a químicos valiosos, fazendo com que Biorrefinarias não fiquem limitadas a biomassas locais e que possam ser integradas com a fixação do CO2 e a economia de H2 verde", explicou o pesquisador, que, junto com os orientadores, colegas e orientandos, publicou seis artigos científicos em periódicos internacionais durante o período do doutorado.
Alguns dos resultados da tese foram: o desenvolvimento de um biorreator especializado para desenvolvimento de microbiomas que consomem gases e restos orgânicos ao mesmo tempo; a identificação das bactérias responsáveis pela produção dos químicos mais promissores; definição das condições de cultivos desses microbiomas para produção estável dos químicos; e aumento da escala deste processo até biorreatores de 10 litros.
"Eu espero que a fermentação mixotrófica ajude na transição da atual economia baseada em recursos fósseis a uma economia circular, que se baseia em recursos renováveis. Por exemplo, através da construção de biorrefinarias menos limitadas às biomassas locais e integradas com as redes de hidrogênio verde, ou através da integração de biorrefinarias absorvedoras de carbono com outras indústrias poluidoras, como a do cimento e do aço", afirmou Baleeiro.
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 13 de julho. "Além de gratificante, o prêmio dá novo fôlego e suporte a essa pesquisa e à transferência da tecnologia à indústria para que seja aplicada. Sigo trabalhando e desenvolvendo essa tecnologia como pesquisador no Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental em Leipzig, na Alemanha. Porém, o objetivo é aplicar a tecnologia no Brasil assim que encontrar financiamento e parceiros", complementou o pesquisador.
Baleeiro destacou a importância da UFSCar na continuidade da sua trajetória acadêmica e neste prêmio. "Meus professores da UFSCar, em especial, meus ex-professores do Departamento de Engenharia Química (DEQ), não foram só inspiração. Eles também me ensinaram a pensar como engenheiro químico para poder aprimorar as ‘engrenagens’ da indústria que sustenta a nossa sociedade. Tenho orgulho de ter estudado na UFSCar", finalizou.
Atividade será presencial, com transmissão ao vivo, e as inscrições já estão abertas para participantes de todo o Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 23 e 25 de junho, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sedia a I Conferência para Trocas de Saberes sobre a Amazônia Legal. O evento terá atividades presenciais no Campus São Carlos da UFSCar e também será transmitido ao vivo. A atividade é aberta a profissionais, estudantes, pesquisadores e a todas as pessoas interessadas pela temática de todo o Brasil. As inscrições estão abertas (há descontos para inscrições de grupos de participantes) e todas as informações estão no site www.napra.org.br.
O objetivo do evento é contribuir para aquisição e difusão de conhecimentos sobre a Amazônia brasileira, desde o período pré-colonial até os desafios contemporâneos, buscando a compreensão da complexidade das temáticas que atravessam esse território, sua biodiversidade, seus povos e sua organização. A programação terá palestras teóricas e expositivas, mesa-redonda, oficinas teórico-práticas, roda de conversa e debate, comunicação científica e exposições audiovisuais e artísticas. As atividades serão conduzidas por professores, pesquisadores, artistas e ativistas de movimentos sociais de diferentes regiões do Brasil.
A Conferência também recebe resumos de trabalho para apresentação durante a programação. Interessados podem enviar seus trabalhos até 31 de maio, conforme as instruções disponíveis no link https://bit.ly/42WSwSs. As inscrições para atividades online (https://bit.ly/3M7RsnW) e presenciais (https://bit.ly/3W3xTBC) também estão abertas. O evento é organizado pelo Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia (NAPRA) em colaboração com a Rede de Estudos Socioecônomicos e Organizacionais da Amazônia (RESOA-UFSCar) e o Centro de Culturas Indígenas (CCI), também da UFSCar.

Contexto
A Amazônia é um bioma de extrema importância para o planeta, mas essa região historicamente sofre violências contra seu ambiente e seus povos. Ainda existem muitas lacunas no conhecimento da historiografia da Amazônia e a difusão dos conhecimentos obtidos até o momento ainda é muita restrita. Nesse sentido, a Conferência será uma reunião educacional-científica de alcance nacional que buscará a promoção de intenso e produtivo debate sobre os potenciais científicos, acadêmicos, sociais e políticos das contribuições de diversos grupos de pesquisas, educadores e organizações sociais para as temáticas que envolvam a região Amazônica. 
Os temas abordados durante o evento serão relativos à historiografia da Amazônia pré-colonial, colonial e contemporânea, etnocídio, organização social, impactos biopsicossociais e ambientais das obras de infraestrutura, desafios contemporâneos e perspectivas futuras, além disso, serão abordadas ferramentas disponíveis na luta anticolonial para manutenção da floresta e seus povos.
Todas as informações sobre o evento podem ser acessadas no site napra.org.br, no Instagram (@napra.br) ou solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

SÃO CARLOS/SP - Tecnologia com recursos que garantem a inclusão dos estudantes, os 70 óculos especiais possuem câmeras que escaneiam textos e transformam em áudio. 
Escolas e bibliotecas municipais, além da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, receberam óculos especiais com inteligência artificial, chamados Orcam MyEye. A tecnologia criada em Israel é capaz de fazer o reconhecimento de textos e imagens e transformar em audiodescrição, permitindo transformar textos de livros ou de qualquer superfície, em voz alta, sem necessitar de conexão à internet.
Atualmente, a Rede Municipal de Ensino possui 16 mil alunos e a compra dos dispositivos foi anunciada pela Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME). Segundo a pasta, a aquisição das 70 unidades custou R$ 1 milhão.
Ferramenta inclusiva no processo de ensino para as pessoas que possuem deficiência visual, o equipamento conta com uma câmera acoplada na haste que escaneia e faz a leitura de tudo que tiver escrito externamente, como placas e indicações. Também é possível identificar cédulas de dinheiro, produtos que estão previamente cadastrados, além da leitura de rostos, armazenando a identificação de até 150 pessoas. 
A tecnologia revolucionária permite que qualquer pessoa que antes não tinha acesso à leitura possa ler o livro que quiser e usufruir do vasto acervo das bibliotecas municipais abrindo as portas de mundos diferentes.

Como funciona Orcam MyEye - O sensor óptico captura a imagem e através da inteligência artificial converte as informações instantaneamente em áudio por meio de um pequeno alto-falante localizado acima do ouvido. O dispositivo é do tamanho de um dedo e se conecta a todo tipo de armação de óculos. Basta apontar o dedo onde quer que se faça a leitura. A tecnologia tem sistema adaptado em três idiomas: português, inglês e espanhol.
O secretário municipal de Educação, Roselei Françoso, ressaltou que se trata de uma tecnologia assistiva. O município fez a aquisição de 70 óculos e estamos disponibilizamos o equipamento para as salas de recursos das escolas e também para o espaço braile, além das bibliotecas.
“O objetivo é incluir, ainda mais, os nossos alunos com baixa visão ou cegos no ensino municipal. Também repassamos 10 unidades para a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade para inserir e dar autonomia para todas as pessoas com deficiência visual da nossa cidade”, disse o secretário Roselei Françoso.
“Além dessa tecnologia também adquirimos kits 3D para auxiliar na formação dos estudantes da rede municipal de ensino. Todos os kits já entregues contam com notebooks, projetores 3D de alta tecnologia, óculos 3D com visão digital, sistema de som com qualidade de cinema, móveis compactos para manejo do equipamento e cadernos de atividade. Agora conseguimos oferecer mais esse dispositivo de inteligência e visão artificial que permite o acesso fácil, intuitivo e instantâneo à informação disponível em tempo real e funciona totalmente offline”, finaliza o secretário de Educação.

Inscrições estão abertas até 4 de junho

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGEc-So), do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), abriu processo seletivo para o curso de mestrado, com ingresso no segundo semestre de 2023. Serão oferecidas 15 vagas, divididas em duas linhas de pesquisa: "Desenvolvimento Econômico, Sociedade e Meio Ambiente" e "Eficiência Econômica, Organizações e Mercados".
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 4 de junho, mediante envio da ficha de inscrição e dos documentos solicitados no edital (bit.ly/3Ln1ZLy). As informações completas estão disponíveis no site www.ppgec.ufscar.br.
O processo seletivo será realizado em duas etapas: i) análise do projeto de pesquisa, análise de currículo e histórico escolar; e ii) entrevista. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Sobre o Programa
O PPGEc-So, com área de concentração em Economia Aplicada, tem como objetivo formar pesquisadores que possam desenvolver estudos econômicos rigorosos, atuando tanto no setor público quanto no setor privado. Para tal, o Programa oferece sólida formação em teoria econômica e métodos quantitativos, além de estudos mais específicos nas principais áreas aplicadas da economia.
A área de Economia Aplicada pode ser definida como a aplicação da análise econômica a problemas específicos que afetam tanto o setor público como o privado. Tipicamente, os estudos nessa área lançam mão de métodos quantitativos e da análise de dados empíricos para uma melhor compreensão dos problemas do mundo real e o delineamento de políticas públicas e estratégias empresariais mais eficientes.
Evento ocorre na modalidade online; inscrições são gratuitas

 

SÃO CARLOS/SP - O grupo de pesquisa "Sociologia, Trabalho e Educação" da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas para submissão de trabalhos para a III Jornada Diálogos em Pierre Bourdieu, que acontece de 8 a 10 de novembro, no formato online, através do YouTube e Google Meet. 
A proposta do evento é discutir as contribuições da teoria de Pierre Bourdieu para a compreensão de temáticas de diferentes áreas do conhecimento. As inscrições são gratuitas. Interessados podem submeter trabalhos, para apresentação em forma de comunicação oral, até o dia 30 de junho. 
Todas as informações, incluindo a programação completa, devem ser conferidas no site https://sites.google.com/view/dialogos-em-pierre-bourdieu. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail dialogosempierrebourdieu@ufscar.br.
Marcia Cominetti, do Departamento de Gerontologia (DGero), esclarece conceitos na temática, com base em evidências científicas

 

SÃO CARLOS/SP - Tony Bennett, Robin Williams e Bruce Willys: o que esses três têm em comum, além de serem celebridades? 
Todos foram diagnosticados com algum tipo de demência, termo geral para a capacidade cognitiva prejudicada. Mas será que demência é tudo igual? Só depende de fatores genéticos, ou existem estratégias para preveni-la?
Estas foram as reflexões trazidas no artigo mensal de Marcia Regina Cominetti, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), para a coluna "EnvelheCiência", uma parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição. A iniciativa visa divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando assim o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo.
Na publicação do mês - "Demência é tudo igual?" -, a pesquisadora enumera alguns tipos de demência (como doença de Alzheimer, demência com corpos de Levy e demência frontotemporal), explicando suas características mais marcantes, e menciona estratégias para preveni-la o quanto antes em nosso dia a dia - já que, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas vivem com alguma forma de demência, e esse número irá triplicar até 2050.
O artigo na íntegra está disponível para leitura no site do ICC (https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia/demencia-e-tudo-igual).
Mais informações sobre o projeto EnvelheCiência estão disponíveis em https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia.

BRASÍLIA/DF - Quase 40% dos estudantes brasileiros do 4º ano do ensino fundamental (EF) não dominam habilidades básicas de leitura, ou seja, apresentam dificuldades em recuperar e reproduzir parte da informação declarada no texto.

Os dados são do Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS) de 2021. Ele foi realizado em 65 países e regiões do mundo pela Associação Internacional para Avaliação do Desempenho Educacional (IEA), responsável por avaliar habilidades de leitura dos estudantes matriculados no 4º ano de escolarização. Os técnicos entendem que nessa fase da trajetória escolar, o aluno, normalmente, já aprendeu a ler e essa leitura é um instrumento para novos aprendizados.

Enquanto, no Brasil, 38% dos estudantes não dominam a leitura, em outros 21 países esse percentual não passa de 5%. Dentre eles, Irlanda (2%), Finlândia (4%), Inglaterra (3%), Singapura (3%) e Espanha (5%).

O relatório mostra ainda que cerca de 24% dos alunos brasileiros dominam apenas as habilidades básicas de leitura. Somente 13% dos avaliados no país podem ser considerados proficientes em compreensão da leitura no 4º ano de escolarização, pois alcançaram nível alto ou avançado desta habilidade.

Participantes

O estudo avaliou mais de 400 mil estudantes em mais de 13 mil escolas, em 57 países e oito regiões classificadas como “padrões de referência”, como localidades do Canadá, dos Emirados Árabes (Abu Dhabi e Dubai) e Moscou, na Rússia.

A pontuação média alcançada pelos estudantes brasileiros (419 pontos) está no nível mais baixo da escala pedagógica de proficiência, com quatro níveis. De acordo com relatório do PIRLS 2021, o desempenho dos estudantes brasileiros na leitura “é significativamente inferior a outros 58 países, de total de 65 países e regiões de referência participantes”.

O Brasil teve desempenho semelhante ao dos estudantes do Kosovo (421) e Irã (413), e superior somente aos desempenhos da Jordânia (381), Egito (378), Marrocos (372) e África e do Sul (288). No outro extremo, no nível Avançado, com os melhores resultados, estão: Singapura (587 pontos); Irlanda (577 pontos) e Hong Kong (573).

A edição de 2021 contou com participação do Brasil pela primeira vez. Ao todo, 187 escolas brasileiras participaram das avaliações, com 248 turmas de 4º ano do ensino fundamental e 4.941 estudantes, distribuídos em 143 municípios de 24 estados.

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Martins, destacou a importância de o país integrar uma pesquisa educacional comparativa. “É um marco o Brasil participar do PIRLS, essa avaliação de leitura, porque é importante o Brasil se comparar com o mundo para a gente ver de fato se a aprendizagem, o ensino que a gente está fazendo aqui, está bem na perspectiva internacional”.

Desigualdades educacionais

O PIRLS 2021 mostrou que o Brasil, além de se destacar negativamente pelo baixo desempenho na qualidade da leitura, também apresenta desigualdades no sistema educacional associadas às origens socioeconômicas dos estudantes, ao sexo e à cor.

No Brasil, o levantamento internacional de 2021 apontou que as meninas se sobressaem no desempenho em compreensão leitora com um resultado médio de 431 pontos, significativamente superior ao resultado médio dos meninos (408 pontos). Os estudantes autodeclarados brancos e amarelos apresentaram desempenho médio em compreensão leitora de 457 pontos, enquanto os estudantes pretos, pardos e indígenas têm uma estimativa pontual média de 399 pontos.

Pandemia

Em relação ao Brasil, o PIRLS declarou que a pandemia de covid-19 impactou na aplicação dos testes no país, uma vez que a maioria das escolas operavam em regime remoto ou híbrido com o presencial, o que reduziu a participação das unidades de ensino e dos alunos.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela logística da aplicação da avaliação internacional no Brasil, ressaltou o contexto dessa avaliação, ocorrida durante a pandemia.

Já o diretor do Iede, Ernesto Martins, discorda e argumenta que os resultados ruins são anteriores à pandemia. “É uma pena a gente não ter aderido ao PIRLS antes da pandemia. Seria bom a gente entender melhor qual foi o efeito da pandemia e o que é efeito de uma etapa que já não funcionava tão bem antes da pandemia. Acho difícil imaginar que o resultado ruim do Brasil se deve só à pandemia, porque o Brasil está muito atrás dos países desenvolvidos”.

Desafios

O PIRLS recomendou intervenção do governo brasileiro por meio de políticas públicas ainda na etapa educacional avaliada pelo PIRLS, mas também pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) do 2º e 5º ano para evitar a repetição do baixo desempenho dos estudantes do primeiro ciclo do ensino fundamental ao longo de sua trajetória educacional.

O diretor do Iede elegeu prioridades ao governo brasileiro na gestão da educação para diminuir a distância para o desempenho de nações desenvolvidas. “Precisamos de um sistema de ensino que dê muito suporte aos estudantes, acompanhe de perto, entendendo o contexto das crianças. Além de criar o hábito de leitura desde cedo. Porque esse estudante pode não ter o hábito de ser leitor fora do ambiente escolar, até por questões de família”. Ele acrescentou ser necessário trabalhar em políticas estruturantes, como formação de professores, para garantir uma melhora.

Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou a ampliação de vagas de tempo integral em escolas do ensino fundamental. O governo federal planeja também o lançamento de um novo Pacto pela Alfabetização na Idade Certa e realiza uma pesquisa nacional com professores alfabetizadores para compreender quais são os conhecimentos e as habilidades que uma criança alfabetizada deve ter.

Avaliações nacionais e internacionais

O diretor do Iede, Ernesto Martins, comparou a avaliação internacional do PIRLS às avaliações nacionais gerenciadas pelo Inep: o Saeb e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que, de acordo com ele, avaliam apenas alguns domínios da educação básica brasileira.

“Temos uma preocupação em relação ao Saeb ser pouco exigente. Se você comparar o Saeb com o PIRLS, por exemplo, não vê no Saeb textos tão longos como existem no PIRLS. Então, tem uma questão de complexidade diferente das avaliações”.

Para Martins, a solução passa por aumentar o nível de exigência das avaliações nacionais. “Acho que o Saeb e Ideb trouxeram uma grande contribuição para a gente fazer um monitoramento maior das aprendizagens. Ajudou as escolas a garantirem habilidades básicas que antes não estavam sendo garantidas, mas a gente precisa puxar a barra da avaliação [para cima]. Porque tem uma avaliação externa dizendo que o Brasil está muito mal nos anos iniciais. E, ao mesmo tempo, há uma avaliação nacional que diz que os alunos vão muito bem. Tem um problema com a nossa régua”, conclui.

Em resposta, o Inep destacou o rigor técnico das avaliações nacionais e internacionais sob responsabilidade do instituto vinculado ao Ministério da Educação (MEC). “[As avaliações] têm características próprias, mas todas são realizadas com o rigor técnico necessário para garantir a fidedignidade da medida. O que se deve observar é que, de fato, o Saeb e o PIRLS avaliam públicos diferentes com metodologias diferentes. Mas não se verifica contradição entre os resultados. As informações são complementares e ajudam a entender melhor o cenário educacional, a fim de planejar intervenções mais eficientes para sanar as lacunas de aprendizagem identificadas”.

O Inep detalhou que os resultados da última edição do Saeb, em 2021, mostram que, no 2º ano do ensino fundamental, 33,6% dos estudantes ainda leem apenas palavras isoladas. E, no 5º ano, 28,4% dos estudantes localizam informações explícitas em textos narrativos curtos, informativos e anúncios, e interpretam linguagem verbal e não verbal em tirinhas de ilustrações quadrinhos, mas, de fato, ainda não compreendem o sentido de palavras e expressões, por exemplo.

PIRLS

O PIRLS é realizado desde 2001 pela Associação Internacional para Avaliação do Desempenho Educacional (IEA), que reúne instituições de pesquisa, órgãos governamentais e especialistas que se dedicam à realização de diferentes estudos e pesquisas educacionais comparativas.

A avaliação das habilidades de leitura pelo PIRLS está dividida em dois eixos. A experiência literária, com textos com função estética e lúdica. E a leitura de textos informativos que têm o objetivo de comunicar e esclarecer sobre um determinado tema. As provas aplicadas no fim de 2021 e início de 2022 foram nos formatos digital e em papel, conforme a localidade do mundo. No Brasil, o modelo adotado pelo Inep foi no papel.

 

 

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) - CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP -, em colaboração com colegas de outras instituições científicas, dentre elas cientistas do Tyndall National Institute, University College Cork (Irlanda), realizaram um estudo abrangente para tratamento do zumbido no ouvido, cujos resultados apontaram que a aplicação de laser dentro do pavilhão auditivo tem um efeito anti-inflamatório e de relaxamento. O conteúdo desse estudo e os resultados obtidos foram publicados em março último na revista “Journal of Personalized Medicine”, uma publicação cujo escopo é o desenvolvimento de tratamentos personalizados dentro da área da medicina.

O zumbido no ouvido é um sintoma cuja causa específica ainda não foi identificada, com tratamentos que nem sempre são eficientes, pois cada caso é um caso, o que se sugere o uso de protocolos personalizados. Insuficiência da irrigação periférica nos tecidos próximos ao labirinto (aparelho auditivo interno), lesões, insuficiência microcirculatória originada por oclusão devido a embolia ou hemorragia, diabetes mellitus, ou hipertensão arterial, são alguns dos casos onde pode ocorrer o zumbido no ouvido.

O estudo acima citado envolveu uma vasta equipe de profissionais multidisciplinares, liderados pelo pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, que se concentraram em aplicar possíveis modalidades alternativas de tratamento com o intuito de identificar qual a metodologia mais eficaz. Neste sentido, os pesquisadores aplicaram diversos tipos de protocolos em um grupo constituído por mais de uma centena de pacientes voluntários, que ficaram divididos em dez sub-grupos e que se submeteram a oito sessões, com os seguintes resultados:

Um grupo de pacientes foi tratado apenas Flunarizina - medicamento indicado para zumbido no ouvido -, enquanto outro grupo foi tratado apenas com Ginkgo biloba - medicamento fitoterápico indicado para o mesmo fim. Já outros grupos foram tratados com aplicação de laser conjugado com ultrassom, enquanto a outro grupo foi aplicado laser conjugado com vacuoterapia. Dois outros grupos receberam aplicação de laser combinado com acupuntura (laserpuntura). O melhor resultado foi a aplicação de laser dentro do pavilhão auditivo, conforme descreve o pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e um dos autores do estudo, Dr. Vitor Hugo Panhoca. “Com a aplicação de laser nessa região do ouvido atingiu-se um efeito anti-inflamatório e de relaxamento. Com estes resultados, acreditamos que o laser tenha esse efeito, podendo também aumentar a irrigação periférica, obtendo dessa forma, resultados ainda maiores na luta contra o zumbido no ouvido.”

Este estudo e seus resultados foram igualmente publicados no  “PubMed” plataforma do National Institute of Health (NIH), instituição mantida pelo governo norte-americano.

São 13 vagas e as inscrições podem ser feitas de 16 a 28 de maio

 

SÃO CARLOS/SP - Foi publicado o edital para o Processo Seletivo Público Simplificado, realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), para contratação temporária de médicos para atuarem no Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh). Ao todo, foram abertas 13 vagas nas especialidades médicas Pediatria, Anestesiologia, Medicina Intensiva Pediátrica e Cirurgia Pediátrica. A carga horária semanal será de 24 horas e a remuneração é de R$ 9.973,12.
As inscrições devem ser realizadas de 16 a 28 de maio pelo link https://bit.ly/453BvYi, em que podem ser acessados o edital e outras informações da seleção.

Sobre a Ebserh
O HU-UFSCar faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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