Caros Cidadãos e Cidadãs de São Carlos:
Olhando este ano que agora termina, vemos com orgulho a atuação da Universidade de São Paulo, Campus de São Carlos, na melhoria das condições severas impostas à nossa sociedade pela pandemia.
Foram muitos desafios enfrentados para podermos manter a entrega da Educação e Instrução aos nossos alunos, ao mesmo tempo que mantivemos ativas as diversas pesquisas.
Em atendimento à demanda para apoio a atenuar a crise, foram várias as soluções oferecidas, muitas das quais visaram produtos que já se encontram disponíveis à nossa sociedade, alimentando a economia.
Procuramos manter ao máximo a integridade física de nossos alunos e servidores, sem deixar de oferecer os serviços essenciais e a preservação de toda a infraestrutura da USP de São Carlos.
Queremos estar cada vez mais próximos de nossa sociedade com projetos de extensão que tornem a vida de todos melhor.
A USP tem orgulho de estar inserida em São Carlos e espera que a cidade tenha orgulho de ter a USP em seu seio.
Desejamos a todos um Feliz 2021.
Dos Diretores da USP - São Carlos, através da Presidência do Conselho Gestor do Campus.
Prof. Vanderlei S. Bagnato
Os dois primeiros volumes trazem orientação inicial e um passo-a-passo para a criação de projetos de extensão na UFSCar
SÃO CARLOS/SP - O que é um projeto de extensão? Como criar um projeto de extensão? Como criar um orçamento para um projeto de extensão? Como criar e como executar um curso de especialização? Para orientar a comunidade universitária sobre estes e outros temas, a Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) está lançando os Tutoriais ProEx UFSCar.
Os dois primeiros volumes dos Tutoriais ProEx UFSCar já estão disponíveis: "Volume 1 - O que é um projeto de extensão" e "Volume 2 - Como criar um projeto de extensão". O Volume I apresenta, em linguagem simples, o propósito das ações de extensão, os tipos de ações extensionistas, como estas podem ser organizadas e propostas na UFSCar. Apresenta, ainda, uma visão geral das ações de extensão na UFSCar, os regimentos e as dúvidas frequentes. Já o Volume II traz um passo-a-passo sobre como criar um projeto de extensão na UFSCar por meio do Sistema ProExWeb.
Além destes dois já disponibilizados, estão previstos outros 12 volumes, orientando diversos aspectos da extensão como elaboração de orçamento, proposição de cursos, ACIEPEs, solicitação de bolsas por meio de editais, dentre outros temas. Ao propor a série de Tutoriais, a ProEx espera facilitar a elaboração de propostas de ações de extensão na UFSCar, aprimorar sua avaliação, execução e, com isso, aumentar o impacto das ações extensionistas na Universidade e na sociedade.
Os Tutoriais ProEx podem ser consultados no Portal da ProEx (https://www.proex.ufscar.br/
Versão livro on-line:
Volume 1 - O que é um projeto de extensão - clique aqui (http://revista.ufscar.br/
Volume 2 - Como criar um projeto de extensão - clique aqui (http://revista.ufscar.br/
Versão para download:
Volume 1 - O que é um projeto de extensão - clique aqui (https://www.proex.ufscar.br/
Volume 2 - Como criar um projeto de extensão - clique aqui (https://www.proex.ufscar.br/
Ensino Médio Técnico do Senac São Carlos contempla tanto a formação técnica quanto o aprimoramento do olhar crítico para experiências pessoais e profissionais
SÃO CARLOS/SP - Mais do que aptidões tecnológicas, o relatório do Fórum Econômico Mundial de 2019 destaca outros pontos importantes de aprendizado para os profissionais do futuro. As habilidades comportamentais estão em destaque, entre elas, o pensamento crítico, a criatividade e a inteligência emocional. O relatório também indica que algumas das competências mais valorizadas pelo mercado são: ética profissional, comunicação, atitude colaborativa, flexibilidade, gestão do tempo, liderança, visão holística e crítica e resiliência.
Esse olhar atento para o desenvolvimento integral dos futuros profissionais faz parte da metodologia do Ensino Médio Técnico em Informática do Senac São Carlos. O estudante, além de concluir o ensino médio e poder iniciar uma graduação, torna-se apto a ingressar no mundo do trabalho com conhecimento em tecnologia e com características pessoais bem fomentadas, com a autoconfiança e a criatividade.
A coordenadora do Ensino Médio Técnico em Informática da unidade, Thamara Moretti Jurado, reforça que a proposta do curso vem ao encontro das novas necessidades do mercado e do mundo. “O cenário atual tem demandado uma grande quantidade de pessoas aptas a atuar na área de informática e que possuam, além do domínio técnico, visão sistêmica, capacidade de trabalhar em equipe, propor soluções e resolver problemas, dentre outras habilidades.”
Tanto essas habilidades quanto as competências valorizadas pelo mercado, conforme apontamento do Fórum Econômico Mundial de 2019, estão contempladas na proposta pedagógica do Senac para o Ensino Médio Técnico, que está organizado em áreas do conhecimento e focado em competências e projetos. Um deles é o Projeto de Vida, que trata do exercício contínuo e orientado para o planejamento de ações que contribuam para o desenvolvimento pessoal e profissional do estudante.
“Todas as reflexões propostas durante esse percurso de autoconhecimento contribuem para a construção de sentido e significado para a vida dos alunos, seja no universo próprio, seja na relação com os outros, bem como na definição de sonhos e metas”, diz Thamara. Já nos projetos coletivos, além da pesquisa e análise crítica, os jovens exercitam o diálogo para compor as construções. Portanto, a visão de futuro e de mundo passam por um redimensionamento, ganhando novas perspectivas e responsabilidades.
A coordenadora do curso ressalta ainda que a primeira aula de projeto do Ensino Médio Técnico parte de uma problematização que instiga os estudantes a trazerem à tona os seus sonhos, reflexões, questionamentos e olhares. “São sempre as perguntas dos jovens, bem como seus interesses e curiosidades que direcionam o trabalho de pesquisa e as etapas de desenvolvimento dos projetos.”
Nessa imersão, o estudante se torna criador de perspectivas, soluções e possibilidades inéditas, entendendo na prática, por exemplo, a relação entre conhecimento técnico-científico e a realidade na qual está inserido. “Cria-se um cidadão profissional proativo, com pensamento crítico, participativo e pesquisador. Com os projetos, trabalhamos tanto as habilidades comportamentais, que já permitem que eles se destaquem inicialmente como seres humanos melhores e conscientes de seus direitos e deveres, quanto a habilidades profissionais, que os ajudarão a enfrentar os desafios que o mundo corporativo trará”, explica Thamara.
Entre os projetos coletivos em desenvolvimento no Ensino Médio Técnico em Informática do Senac São Carlos estão:
- Cidacity: jogo para conscientização ambiental, no qual o personagem precisa apagar os incêndios de uma floresta enquanto resgata os animais silvestres que estão em perigo.
- Conscientiza São Carlos: tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos da poluição no meio ambiente.
- Sinalização de Enchentes On-line: a proposta é melhorar a sinalização da cidade referente às enchentes.
- Instituto da Felicidade: desenvolve brinquedos por meio da coleta de lixo e reciclagem.
Novas turmas para 2021
Interessados no Ensino Médio Técnico em Informática do Senac São Carlos já podem entrar em contato com a instituição, por meio do Portal www.sp.senac.br/ensinomedio, para verificarem as novas turmas disponíveis para 2021. As inscrições estão abertas.
Egressos de escolas públicas (estudantes concluintes do 9º ano do ensino fundamental), alunos, ex-alunos e dependentes de contribuintes do Senac têm desconto de 20% no curso. Para obter informações sobre o Programa de Descontos e Bolsa de Estudo, basta acessar www.sp.senac.br/descontos.
Mestrado profissional é desenvolvido em rede nacional, e UFSCar tem vagas em São Carlos e Sorocaba
SÃO CARLOS/SP - Até o dia 18 de dezembro, às 17 horas, estão abertas as inscrições no exame nacional de acesso para ingresso em 2021 (ENA 2021) no Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat). O curso tem como objetivo proporcionar formação matemática aprofundada relevante para o exercício da docência na Educação Básica, especialmente a docentes de escolas públicas que buscam aprimoramento.
O Profmat é desenvolvido por meio de uma rede de instituições de Ensino Superior que, para 2021, estão oferecendo um total de 1.400 vagas. Destas, 20 são para a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sendo 10 no Campus São Carlos e 10 no Campus Sorocaba. O curso é semipresencial, e as aulas em São Carlos e Sorocaba estão previstas para acontecer às sextas-feiras. O Mestrado Profissional foi avaliado com conceito 5 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), nota máxima para programas com curso de mestrado apenas.
Excepcionalmente no contexto da pandemia de Covid-19, o exame nacional para as vagas de algumas instituições, incluindo a UFSCar, será realizado em duas fases. A primeira, eliminatória, será realizada online no dia 9 de janeiro, com questões de múltipla escolha. Uma segunda fase, com prova discursiva, está prevista para o dia 30 de janeiro, e acontecerá presencialmente se as condições sanitárias no momento assim o permitirem (caso contrário, também será online).
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela Internet, em www.profmat-sbm.org.br, onde também estão mais informações sobre o Profmat e o edital do processo seletivo. O Profmat é oferecido no contexto do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), da Capes, sob a coordenação da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e com apoio do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).
PPGECE
Além das 20 vagas oferecidas pela UFSCar no âmbito do próprio Profmat, o ENA 2021 também constituirá o processo seletivo para outras 20 vagas, 10 em São Carlos e 10 em Sorocaba, oferecidas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas (PPGECE) da Instituição. Os detalhes deste processo podem ser conferidos no site do PPGECE, em www.ppgece.ufscar.br.
SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está selecionando voluntários de ambos os sexos, com idades entre 18 e 60 anos, para participarem da pesquisa de tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM), com o equipamento Vacumlaser, que promove a pressão negativa associada ao laser, e um outro equipamento – o Recúpero – que é constituído de ultrassom associado ao laser.
A DTM está muitas vezes associada a dores fortes na articulação temporomandibular, dor nos músculos da mastigação, dor ou desconforto para abrir a boca, pacientes que rangem os dentes e tem dor na face.
Esta é uma iniciativa do IFSC/USP, com o apoio da FAPESP e da empresa MMOPTICS, onde estarão vetados de participar pessoas com as seguintes características:
– Portadores de diabetes;
– Portadores de marca-passo;
– Pessoas com alterações de pressão arterial;
– Pessoas sob suspeita de infeção por COVID-19
– Grávidas;
– Portadores de fibromialgia;
Este tratamento está aprovado pelo Comité de Ética da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) sob o número CAE-09096219000008148.
Esta pesquisa de tratamento será realizada pela doutoranda Patricia Tamae, com supervisão do Dr. Vitor Hugo Panhoca e Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, pesquisadores do IFSC/USP.
Os interessados em participar desta pesquisa para tratamento da DTM deverão se inscrever, para realizar a triagem, enviando mensagem no whatsapp da pesquisadora Profa. Patricia Tamae, no número 16-99798-4665.
*Por: Rui Sintra - IFSC/USP
Obra está disponível para download gratuito
SOROCABA/SP - "Interações entre escalas climáticas na cidade de Sorocaba, São Paulo" é o título do capítulo escrito por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que integra o e-book "Climatologia Geográfica: do local ao regional e dimensões socioambientais", organizado por Marcelo de Oliveira Moura, Daisy Beserra Lucena, Camila Cunico e Christiane Maria da Silva Moura, docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e publicado pela Editora da mesma instituição.
A coletânea é uma proposta dos membros do Laboratório de Climatologia Geográfica (Climageo) e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Física e Dinâmicas Socioambientais (Geofisa) da UFPB de reunir contribuições de pesquisadores que atuam direta e indiretamente no campo da Climatologia Geográfica, em especial, no Brasil e no Chile. Com a finalidade de associar essas contribuições aos campos do saber de maior vazão da produção da Climatologia Geográfica, os capítulos da coletânea foram distribuídos em três partes: Clima das cidades; Climatologia regional; e Riscos, vulnerabilidade socioambiental e desastres hidroclimáticos.
O capítulo - escrito por Edelci Nunes da Silva, docente do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So), Paulo Lopes Rodrigues, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGeo), e Andressa Fernanda de Souza Pistili, mestranda do PPGGeo, todos do Campus Sorocaba da UFSCar - apresenta aspectos do clima e do clima urbano de Sorocaba, como o comportamento e dinâmica das temperaturas do ar e seus impactos (a exemplo das ondas de calor), o conforto térmico e caracterização da ilha de calor e da precipitação. O objetivo foi refletir sobre as interações dos elementos e fatores climáticos definidores do clima nas diferentes escalas em uma região tropical.
"O município de Sorocaba é marcado por uma grande complexidade não somente do ponto de vista social, mas também ambiental. Localizado próximo ao Trópico de Capricórnio, o município está em uma área de transição climática, proporcionando características muito próprias que precisam ser compreendidas. Há poucos estudos relacionados à compreensão climática da região", explica Silva sobre a escolha da cidade como objeto de estudo.
O capítulo traz na introdução uma breve discussão acerca das escalas climáticas e depois contextualiza o município de Sorocaba do ponto de vista de sua localização e das suas características físicas, sociais e ambientais. Em seguida, aborda o comportamento dos elementos climáticos, como a temperatura do ar, a chuva e seus impactos e, finalmente, foca especificamente sobre o clima urbano da cidade, a partir do estudo da ilha de calor e da análise microclimática em um bairro periférico.
"As pesquisas apontaram alterações nos elementos climáticos na escala local e micro que podem também se relacionar com alterações ocorridas nas outras escalas. Do ponto de vista do urbano, indica necessidade da ampliação de espaços verdes que propiciem melhorar as condições do conforto térmico e da qualidade ambiental urbana", resume Silva sobre os resultados da pesquisa.
O livro está disponível para download gratuito no site da Editora da UFPB (https://bit.ly/3nk3Gwd).
Aulas serão realizadas a distância, com início em janeiro de 2021
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições no curso de especialização em Fisiologia Clínica do Exercício, ofertado pelo Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As aulas serão realizadas a distância a partir de janeiro de 2021, com previsão de término em novembro do mesmo ano.
A Fisiologia Clínica do Exercício é a área responsável pelo estudo dos efeitos do exercício físico sobre as funções do corpo humano, com o objetivo de prevenir o desenvolvimento de doenças e promover a recuperação funcional de pacientes. A especialização visa capacitar profissionais para utilizar o exercício físico como recurso terapêutico para o tratamento de hipertensão, diabetes, obesidade, câncer, doenças autoimunes, doenças articulares etc. Os egressos do curso poderão atuar em academias, clínicas de reabilitação, hospitais e consultórios próprios.
O público-alvo da especialização é formado por profissionais de Educação Física, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, psicólogos, gerontólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, biólogos, farmacêuticos, entre outros. A carga horária total é de 360 horas e as aulas teóricas e práticas serão disponibilizadas em plataforma virtual de ensino, além de encontros ao vivo com o professor e tutor. As datas e horários dos encontros serão definidos em acordo com os alunos.
As informações completas sobre o curso - disciplinas, corpo docente e investimento - e o link para a inscrição estão disponíveis na boxUFSCar (https://bit.ly/fisioead). Outras informações podem ser consultadas no Facebook (facebook.com/
Processo seletivo será realizado de forma remota; inscrições vão até 4 de janeiro
SOROCABA/SP - O Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGEc-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas na seleção de alunos regulares ao curso de mestrado, com ingresso no primeiro semestre de 2021.
O PPGEc-So conta com duas linhas de pesquisa: Desenvolvimento econômico, sociedade e meio ambiente; e Eficiência econômica, organizações e mercados. São ofertadas 10 vagas no processo seletivo, que será online e contará com três etapas: análise de projeto de pesquisa; análise de currículo e histórico escolar; e entrevista.
As inscrições devem ser realizadas até o dia 4 de janeiro, exclusivamente pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Os procedimentos de inscrição e demais informações devem ser conferidos no edital, disponível no site www.ppgec.ufscar.br. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (15) 3229-5991
Conclusão está em estudo com coautoria de professor da UFSCar
SÃO CARLOS/SP - O ambiente urbano pode agir como um filtro ecológico e impor diversos impactos negativos no comportamento de pássaros. Nesse contexto, para investigar como a poluição sonora afeta os bem-te-vis, uma pesquisa orientada pelo professor Rhainer Guillermo Nascimento Ferreira, do Departamento de Hidrobiologia (DHb) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizou experimentos em áreas rurais e urbanas e concluiu que a poluição sonora pode interferir na comunicação e afetar o comportamento territorial do bem-te-vi.
O estudo foi fruto do trabalho de conclusão de curso da bióloga e mestra em Biodiversidade Patricia Roseti Lenis, coautora do artigo "Effect of noise on behavioural response to simulated territorial intrusion in the Great Kiskadee (Pitangus sulphuratus) (Aves: Tyrannidae)", publicado na plataforma Springer Link, da editora Springer. "Ainda que muitas espécies sejam bem adaptadas para ambientes urbanos, outras são sensíveis aos efeitos dos distúrbios humanos", afirmam os pesquisadores no artigo.
Para o estudo, os pesquisadores utilizaram um modelo de chamariz a partir de uma gravação com o som de pássaros, a 10 metros de distância, simulando uma invasão de território. O método foi usado para estimular o comportamento territorial dos bem-te-vis e verificar o tempo que levam para responder ao estímulo, de forma comparada, em ambientes urbanos e não-urbanos, com diferentes níveis de ruído.
Durante a pesquisa, foram feitas observações em 24 dias, entre janeiro e março de 2015, nos períodos de atividades das aves (das 8 às 10 horas e das 16 às 18 horas). "Os animais observados eram territoriais defendendo ninhos em árvores. Antes do experimento, selecionamos previamente 15 ninhos em áreas urbanas e 15 em áreas não urbanas. As áreas não urbanas consistiram em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no entorno da cidade de Dourados - MS, bem como áreas rurais", descrevem. Os resultados mostraram uma correlação entre o tempo de resposta e o nível de poluição sonora.
"Os exemplos mais extremos foram um ambiente de Mata Atlântica com cerca de 40 decibéis de ruídos e 20 segundos de resposta da ave, enquanto no meio urbano tivemos ruídos em torno de 90 decibéis e respostas com mais de dois minutos de latência", compara o docente.
"O que mais nos chamou a atenção foi a dificuldade de alguns indivíduos em encontrar o 'intruso'. Alguns deles voavam, trocando de poleiro e pareciam olhar para todos os lados procurando a fonte do som. Outro comportamento que nos chamou a atenção foi observado quando as aves encontravam o falso intruso, uma réplica de bem-te-vi. Nesse caso, observamos vocalizações agressivas e movimentos rápidos das asas, como se tentasse espantar o 'intruso'", conta o professor da UFSCar.
Os bem-te-vis (Pitangus sulphuratus) são aves da família Tyrannidae e ocorrem desde o Texas até a Argentina, sendo muito comuns no Brasil. "É uma ave generalista que ocupou os ambientes urbanos, principalmente pelo seu hábito alimentar oportunista. São conspícuos, com uma coloração que nos chama a atenção, assim como a sua vocalização que faz inclusive parte de nossa cultura. São territorialistas e defendem o ninho contra outros bem-te-vis, predadores e outras aves", detalha o pesquisador.
Segundo Ferreira, o maior problema da poluição sonora é que a ave pode não identificar um intruso ou um predador a tempo, o que levaria à perda dos ovos ou dos filhotes. "Não sabemos ao certo como isso pode afetar as espécies a longo prazo, mas sabemos o efeito negativo sobre o equilíbrio ecológico por causa dos impactos que geramos nas populações dessas espécies", avalia. "Estudos como esse mostram o nosso impacto sobre os animais. Mostram como nossa poluição não se restringe a um papel de bala jogado na rua, mas também se estende ao ruído que produzimos com nossos carros, nossas aglomerações e nossas máquinas. Esperamos que estudos como esse chamem a atenção da população para que, quem sabe num futuro próximo, medidas sejam tomadas para reduzir a poluição que produzimos, inclusive a sonora", alerta Ferreira.
O artigo sobre o estudo está disponível na íntegra em https://bit.ly/38Xi74U.
BRASÍLIA/DF - A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do Projeto de Lei Complementar nº 4372/20 que regulamenta o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), estabelecido pela Emenda Constitucional nº 108/20 promulgada em agosto.
A regulamentação é necessária para que os recursos do fundo estejam disponíveis em janeiro do próximo ano. O Fundeb se torna permanente a partir de 2021 para financiar a educação infantil e os ensinos fundamental e médio nas redes públicas. O fundo é composto de 20% da receita de oito impostos estaduais e municipais e de valores transferidos de impostos federais. Em 2019, o Fundeb custeou R$ 156,3 bilhões para a rede pública.
Com o novo Fundeb, o Congresso aumentou a participação da União no financiamento da educação básica. A participação federal passa dos atuais 10% para 23%. O aumento é escalonado. No ano que vem, o percentual passa para 12%. Em 2022, 15%; em 2023, 17%; em 2024, 19%; em 2025, 21%; e a partir de 2026, 23%.
Os valores alocados pelo governo federal serão distribuídos para os municípios que não alcançarem o valor anual mínimo aplicado por aluno na educação. O Fundeb permanente adota o Valor Aluno Ano Total (Vaat) como referência de cálculo para distribuição de recursos da complementação da União.
Na aprovação, a Câmara dos Deputados incluiu, por meio de emenda de destaque, a possibilidade de destinação de 10% dos recursos do Fundeb para instituições filantrópicas comunitárias, confessionais e para educação profissionalizante, inclusive promovida por entidades do Sistema S (Senai e Senac) - já financiadas pela taxação de 2,5% sobre a folha de pagamento das empresas brasileiras. Esses valores são recolhidos com os tributos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
*Por: Agência Brasil
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