Jornalista/Radialista
SÃO PAULO/SP - A Amazon Prime Video divulgou o primeiro trailer da novela “A Infância de Romeu e Julieta”, sua primeira parceria com o SBT. A prévia mostra imagens de Romeu Monteiro e Julieta Campos enquanto a protagonista explica que, apesar de ter muito em comum com o garoto, as famílias dos dois se odeiam – e, aparentemente, sem explicações.
A novela infantil que substitui “Poliana Moça” na grade da SBT faz uma releitura do casal icônico de William Shakespeare, adaptado para o Brasil de hoje. A trama se passa no bairro Castanheiras, onde as famílias Campos e Monteiro brigam há gerações. Escondidos dos conhecidos, Romeu Monteiro e Julieta Campos inventam um plano para acabar com a inimizade entre os amigos e as famílias.
O elenco inclui Vittória Seixas (“O Sétimo Guardião”) como Julieta e Miguel Ângelo (“Barba, Cabelo e Bigode”) como Romeu, André Matos (“Tropa de Elite 2”) como Fausto, Fábio Ventura (“Rio Connected”) como Bernardo Monteiro – pai de Romeu-, Bianca Rinaldi (“Malhação”) como Vera Monteiro – mãe de Romeu – Lú Grimaldi (“Nos Tempos do Imperador”) como Clara Campos – avó de Julieta – e Luiz Guilherme (“Família Paraíso”) como Hélio – avô de Julieta.
A produção terá seus primeiros cinco episódios liberados no dia 8 de maio no serviço de streaming, mesma data da estreia no SBT, às 20h45 da noite. Já o canal vai exibir os outros quatro capítulos diariamente em sua programação na TV aberta. A partir daí, os episódios seguintes serão liberados semanalmente às sextas-feiras no Prime Video a partir do dia 12 de maio, repetindo o processo no SBT.
por Letícia Araújo / PIPOCA MODERNA
UCRÂNIA - Sob o ruído das bombas e diante das paredes que tremem em um refúgio militar subterrâneo, um soldado ucraniano é evacuado em uma ambulância em Bakhmut, o atual epicentro da guerra da Ucrânia onde o Exército ucraniano tenta resistir ao avanço russo.
Militares e enfermeiros fazem neste soldado ferido, com o rosto ensanguentado, os primeiras curativos antes de se esconderem de novo, enquanto prossegue um intenso bombardeio russo.
“Doutor, por que sinto tanto frio? Sinto como se estivesse indo embora”, afirma o soldado deitado em um colchão cheio de lama.
No domingo, uma equipe da AFP pôde trabalhar em Bakhmut, uma oportunidade rara para a imprensa de verificar a devastação nesta localidade do leste da Ucrânia.
Antes do conflito, viviam ali cerca de 70.000 pessoas, mas, agora, ela se transformou em símbolo da guerra de atrito que se tornou a invasão russa da Ucrânia.
Os jornalistas acompanharam soldados ucranianos e ouviram o ruído constante dos disparos da artilharia russa durante o tempo em que estiveram em Bakhmut.
No entorno de imóveis residenciais já não há nenhum rastro de seus moradores e a sombra da guerra é onipresente, desde as ruínas e estilhaços de vidro espalhados pelo chão, até as cruzes fincadas que indicam a localização dos túmulos improvisados de soldados mortos em combate.
Diante do Exército russo e dos paramilitares do Grupo Wagner, que controlam 80% de Bakhmut, as tropas ucranianas resistem como podem na parte ocidental desta cidade do Donbass.
Ambos os lados sofreram baixas importantes nesta batalha, a mais longa da guerra na Ucrânia e que monopoliza atualmente os esforços bélicos, à espera de que comece a contraofensiva ucraniana, anunciada em diversas ocasiões, mas depois adiada.
– ‘Estamos cansados’ –
“Eles não param de nos atacar, dia e noite. Só param quando os atacamos e estão ocupados evacuando seus mortos e feridos”, explica um comandante adjunto de uma unidade ucraniana, cujo apelido de guerra é o “Filósofo”.
“Pouco a pouco, vão capturando áreas” da cidade, afirma de um posto de comando subterrâneo em Bakhmut.
“Estamos cansados e as tropas esgotadas”, reconhece o “Filósofo”, que explica que seus homens da 93ª brigada, às vezes, chegam a ficar a menos de três metros do inimigo.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, advertiu, em março, que a queda de Bakhmut abriria caminho para o Exército russo para avançar no Donbass, com a mira posta nas cidades de Sloviansk e Kramatorsk.
A decisão do governo ucraniano de não desistir de Bakhmut traz custos importantes para o Exército ucraniano, que sofre diariamente com as baixas de soldados que morrem ou ficam feridos.
“A cada dia que resistimos aqui, damos uma oportunidade para outras unidades para se prepararem para uma contraofensiva”, opina este comandante adjunto, que, assim como muitos dos soldados ucranianos presentes no local, se queixa da falta de munição.
– ‘Nenhum lugar para se esconder’ –
Não obstante, a defesa da cidade está por um fio, mais precisamente, por uma estrada.
A rodovia T 0504, rebatizada “a estrada da vida”, é a única via da cidade que permanece sob controle das tropas ucranianas e que serve para abastecê-las.
Imagens gravadas com drones pelas equipes de reconhecimento do Exército ucraniano, e que a AFP pôde ver, mostram uma sucessão interminável de construções em ruínas, além de veículos e árvores carbonizadas nas margens desta última estrada em disputa.
“Fortificamos nossas posições e os russos chegam lançando tudo o que têm e tudo o que podem. Bombardeiam tudo com mísseis, obuses de morteiro e com tanques. Não há nenhum lugar para se esconder”, reconhece Andriy, outro soldado de 38 anos.
O comandante Andriy, de 26 anos, maneja um canhão no meio de um terreno encharcado perto de Bakhmut.
Seu trabalho é essencial: evitar um ataque russo pela estrada.
“Se conseguirem bloqueá-la [a estrada], todo o mundo em Bakhmut vai morrer. Não teremos provisões, nem munições, nem comida. Nada. Ficaremos completamente isolados”, explica, enquanto seus homens dedicam-se a juntar os obuses que acabam de receber.
AFP
ORLANDO - A Walt Disney começará uma segunda onda de demissões em massa nesta segunda-feira envolvendo milhares de posições, como parte dos esforços para eliminar 7 mil cargos e economizar 5,5 bilhões de dólares em custos, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
A empresa cortará "milhares" de empregos até quinta-feira, com a última rodada de reduções levando o número total de empregos cortados para 4 mil, disseram funcionários da Disney.
Os cortes ocorrerão nos segmentos de negócios da empresa, incluindo Disney Entertainment, ESPN e Disney Parks, Experiences and Products, segundo as fontes, mas não devem afetar os trabalhadores da linha de frente empregados nos parques e resorts da companhia.
Um memorando interno visto pela Reuters disse que os avisos de demissão continuarão nos próximos dias.
"As equipes de liderança sênior têm trabalhado diligentemente para definir nossa futura organização, e nossa maior prioridade é fazer isso direito, em vez de rapidamente", escreveram os co-presidentes da Disney Entertainment, Alan Bergman e Dana Walden, no memorando à equipe.
"Reconhecemos que foi um período de incerteza e agradecemos a todos pela compreensão e paciência", disseram.
A Disney anunciou seu plano de demissão em fevereiro, junto com uma reorganização que trouxe a tomada de decisões de volta a seus executivos criativos. O objetivo é criar uma abordagem mais simplificada para seus negócios.
Reportagem de Dawn Chmielewski / REUTERS
MAYOTTE - Começou na segunda-feira (24) uma polêmica operação policial que promete desmontar favelas e expulsar até 10 mil imigrantes clandestinos do arquipélago de Mayotte. O governo francês enviou centenas de policiais para a operação "Wuambushu", de combate a imigração ilegal e ao crime no departamento francês situado entre Moçambique e Madagascar. Bem recebida pelos políticos locais, a operação repressiva, no entanto, é contestada por defensores de direitos humanos.
Na favela de Kawéni, os moradores estão em pânico. A questão não é mais se a polícia virá, mas quando virá. Com medo de serem despejados, ou por medo da violência, muitos deles já desmontaram suas próprias casas.
Na beira da estrada, na entrada da favela, Ali tenta vender seus quatro patos a qualquer custo. Ele quer sair antes da chegada dos policiais da operação "Wuambushu". "Os vizinhos estão se preparando. Isto vai ser catastrófico. Como não queremos nenhum problema, estamos fazendo as malas tranquilamente enquanto esperamos para sair de casa", relata. "Não quero ficar aqui e ver a violência."
A população das favelas está com medo entre duas ameaças: a megaoperação policial, anunciada na semana passada pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, e os grupos armados que têm aterrorizado o arquipélago.
No final de semana, diversos confrontos aconteceram em Tsoundzou, ao sul de Mamoudzou. Um total de 1.800 membros da força policial estão mobilizados para a Operação Wuambushu e alguns moradores temem uma repetição dos tumultos de 2011.
Nesta segunda (24), diversas operações policiais começaram nas localidades de Majicavo e Combani. Nos assentamentos informais, a população tem certeza que a destruição das favelas é iminente.
Para Daniel Gros, representante da Liga dos Direitos Humanos em Mayotte, a operação policial para destruir casas de favelas é inaceitável.
"Destruir as favelas é estigmatizar os pobres. É dizer que quem está em favelas são pessoas sempre em situação de clandestinidade, ligadas à delinquência. Eles são pobres e não têm casa, é isso", critica Gros.
"Esta "ação espetacular" de destruição de favelas e expulsões maciças prometidas por Gérald Darmanin anuncia múltiplas violências e violações da lei", diz a associação de proteção aos migrantes UCIJ-2023, que reúne 400 ONGs de defesa dos direitos humanos.
Crise de migração e de segurança
O departamento francês vive uma crise de migração simultânea a um aumento da violência.
O território, próximo ao Oceano Índico, tem recebido há anos grandes quantidades de imigrantes da África e da Ásia. Quase metade dos estimados 350.000 habitantes de Mayotte não tem nacionalidade francesa, segundo o INSEE (Instituto Nacional de Estatísticas), mas um terço dos estrangeiros nasceu na ilha.
Os imigrantes, que vivem em bairros pobres atormentados pela violência e pelo tráfico, são em sua maioria empregados em trabalhos manuais na ilha e seus filhos estão matriculados nas escolas.
No entanto, parte da população e dos políticos de Mayotte culpam os imigrantes pelos problemas de infraestrutura e pelas ondas de criminalidade.
"É uma operação para recuperar os espaços perdidos da República", afirmou Mansour Kamardine, membro do Parlamento de Mayotte.
Gérald Darmanin disse que espera destruir mil bangas, ou casebres, em dois meses. O ministro afirma que as pessoas serão realojadas, de acordo com a lei. No entanto, quem não tiver visto para permanecer em território francês não deve ter a mesma sorte.
A França planeja retirar os imigrantes clandestinos das favelas do departamento francês e expulsar os comorianos presentes ilegalmente no território para a ilha comoriana mais próxima, Anjouan, a apenas 70 km de distância.
As Comores impediram que o primeiro barco que transportava migrantes de Mayotte atracasse nesta segunda-feira. O tráfego de passageiros no porto onde os deportados geralmente são desembarcados foi suspenso.
Com informações de Romain Philips, enviado especial da RFI
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