ARARAQUARA/SP - O investimento privado em esporte no Brasil alcançou um patamar histórico e estratégico. O setor movimenta R$ 183,4 bilhões e emprega mais de 3 milhões de pessoas, representando cerca de 1% do PIB nacional. Apenas em 2024, mais de R$ 1,13 bilhão foram destinados via Lei de Incentivo ao Esporte para financiar mais de 2.500 projetos em todo o país, reforçando a percepção de que esporte não é apenas lazer, mas também uma ferramenta de impacto econômico e social. Para Gustavo Assis, CEO da Asset Bank, esse avanço reflete uma mudança de mentalidade. “O incentivo ao esporte é uma forma de devolver à sociedade parte do que construímos como empresa. Promover saúde, disciplina e bem-estar é também investir em pessoas, que são a base de qualquer desenvolvimento econômico sustentável”, afirma.

    Esse movimento se materializa em iniciativas locais de grande relevância. É nesse contexto que Araraquara receberá, no dia 31 de agosto, a 2ª Corrida Asset Bank. O evento deve superar a marca de 1.000 participantes e contará com atletas profissionais e amadores, reforçando o papel das empresas como catalisadoras de transformações sociais nas comunidades em que atuam. O investimento, de mais de R$ 100 mil, é direcionado para além da atividade esportiva em si: carrega a simbologia de aproximação entre empresa, cidadãos e poder público, em um modelo que vem sendo replicado em diversas cidades brasileiras.

    Embora promovida por uma gestora financeira, a corrida não se limita ao campo corporativo. Trata-se de um exemplo de como empresas de diferentes setores estão utilizando o esporte para criar ambientes mais saudáveis e engajados. Iniciativas como corridas de rua, campeonatos escolares e projetos sociais voltados à inclusão esportiva crescem em ritmo acelerado, atraindo o apoio de companhias que compreendem o potencial dessa ferramenta. “Mais do que um evento esportivo, a corrida simboliza valores que acreditamos: saúde, disciplina, superação e comunidade. Queremos que esse encontro represente a união entre o crescimento da empresa e o desenvolvimento da cidade”, explica Assis.

    A experiência de Araraquara também ilustra uma tendência que vai além do interior paulista: a descentralização dos investimentos sociais empresariais. Ao patrocinar projetos de esporte e bem-estar, empresas não apenas fortalecem sua imagem institucional, mas principalmente ampliam a rede de benefícios que atingem desde trabalhadores até famílias inteiras, criando um ciclo de impacto positivo para a economia local. Em um cenário em que a saúde preventiva ganha espaço e o esporte se torna cada vez mais valorizado como vetor de desenvolvimento humano, iniciativas dessa natureza revelam que responsabilidade social e estratégia de negócios podem caminhar lado a lado.