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IRÃ - Mísseis lançados pelo governo israelense atingiram o Irã na noite de quinta-feira (18). A informação foi divulgada pela rede de televisão norte-americana ABC News, que citou um oficial dos Estados Unidos como fonte.

Explosões foram ouvidas perto do Aeroporto Central da cidade de Isfahan, a 450 quilômetros da capital Teerã. A oitava base de caça da Força Aérea do Exército também está próxima ao local onde as explosões foram ouvidas, informou a Fars News, agência de notícias do Irã.

A Iranian Press TV também está relatando que uma explosão foi ouvida perto do centro da cidade.

Os sistemas de defesa aérea do Irã foram ativados em várias províncias do país. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal IRNA na madrugada de sexta-feira (horário local).

Várias instalações nucleares iranianas estão localizadas na província de Isfahan. Entre elas, a Natanz, peça central do programa de enriquecimento de urânio do Irã.

Irã diz que voos para as cidades de Teerã, Isfahan e Shiraz estão suspensos. A suspensão entrou em vigor imediatamente, mas não houve cancelamento de voos, segundo o diretor de relações públicas do Irã em entrevista à Mehr TV. "Os passageiros devem verificar as informações do voo antes da partida", acrescentou.

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Ao menos oito voos foram desviados do espaço aéreo iraniano, segundo a CNN. O site Flight Radar 24, de rastreamento de voos em tempo real, mostra diversos voos sendo desviados do espaço aéreo iraniano na manhã de sexta-feira (horário local; noite de quinta-feira, no horário de Brasília).

Ataque pode ter sido uma resposta israelense à ofensiva iraniana. Israel havia prometido responder ao ataque sem precedentes com drones e mísseis de sábado à noite executado pelo Irã contra o seu território.

 

 

POR FOLHAPRESS

IRÃ - O ataque do Irã a Israel representa uma mudança na situação do Oriente Médio e pode levar a uma escalada nos conflitos na região, de acordo com especialistas entrevistados pela Agência Brasil. O ataque evidenciou alianças e mostrou claramente um posicionamento iraniano.

“O que aconteceu ontem muda a situação do Oriente Médio”, diz o professor do Departamento de Sociologia e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Michel Gherman. “Não é novo que Israel e Irã se ataquem mutuamente nos últimos 40 anos, mas eles fazem isso de maneira a usar intermediários. O que aconteceu ontem é que o Irã ataca diretamente Israel”, acrescenta.

Segundo Gherman, o ataque marca o posicionamento iraniano na região. “Um reposicionamento se colocando frente à frente com Israel, em algum sentido se preparando para uma guerra regional em algum momento”, diz.

“Então o que o Irã mostrou é que ele está no jogo, que ele está disposto a avançar algumas casas, mas em algum sentido ele apostou no ataque médio. Não foi um ataque pequeno, foi longe de ser pequeno, mas não foi um ataque no limite das possibilidades do Irã. O Irã poderia ter lançado 3,5 mil mísseis e lançou 350”, destaca Michel Gherman.

No início do mês, aviões de combate supostamente israelenses bombardearam a Embaixada do Irã na Síria. O ataque matou sete conselheiros militares iranianos e três comandantes seniores. No sábado (13), a ofensiva foi do Irã, que atacou o território israelense com mísseis e drones, que em grande parte foram interceptados pelas forças de defesa israelenses.

A professora do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Rashmi Singh diz que é importante contextualizar o ataque. “Precisamos lembrar que o Irã não está fazendo isso do nada, é uma retaliação do bombardeamento do consulado em Damasco, que foi uma coisa muito inaceitável em termos de normas internacionais. Ninguém pode tocar em consulados de outro país em um terceiro país. Então isso foi uma coisa bem errada do lado do Israel”, diz.

Rashmi Singh, que é codiretora da Rede de Pesquisa Colaborativa sobre Terrorismo, Radicalização e Crime Organizado e autora do livro Hamas e o Terrorismo Suicida, chama atenção ainda para uma falta de resposta do Conselho de Segurança das Nações Unidas em relação a esse ataque feito por Israel. “Então, isso já foi um problema em termos de a reposta do Ocidente, do Norte Global, que nós estamos vendo claramente, que não está tratando o conflito Oriente Médio de forma equilibrada, é totalmente em apoio do Israel, sem ver exatamente o que está acontecendo, e tentando pintar ou colocar qualquer país, especialmente o Irã, como se este fosse um ato irracional. Até agora o ato mais irracional nessa situação é de Israel. Então, nós precisamos colocar isso também no contexto”, enfatiza.

O pesquisador e professor do curso de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Bruno Huberman acrescenta que o ataque do Irã respeitou as normas internacionais. “O Irã faz essa resposta previsível, essa informação já tinha sido vazada na sexta-feira, nos jornais, que isso poderia acontecer. No sábado, estava todo mundo esperando isso acontecer e, quando aconteceu, demorou horas para de fato acontecer o início do ataque e a realização dele. Então, teve toda uma preparação, que foi revelada. E esse ataque do Irã, ele respeita o direito internacional”, avalia.

Rio de Janeiro (RJ) 14/04/2024 - Arte Mapa Israel x Irã
Arte EBC

 

Alianças em evidência

Para Gherman, o ataque evidenciou o apoio que Israel tem de outros países. “Os aliados foram aliados novos e velhos. Os novos, eu diria que tem o reposicionamento da Jordânia e da Arábia Saudita, e os velhos aliados que se colocaram ao lado de Israel foram Grã-Bretanha e Estados Unidos. Então, em algum sentido, o Irã produziu uma coalizão de apoio a Israel contra ele”, diz.

Apesar da aliança, Huberman ressalta que os Estados Unidos mostraram que não estão dispostos a uma ofensiva.

“Isso colocaria Israel sozinho nesse contra-ataque. Porque os Estados Unidos parecem dispostos a auxiliar na defesa israelense, mas não na ofensiva israelense. E esse ataque feito pelo Irã foi extremamente moderado”, destaca Bruno Huberman

O pesquisador enfatiza que não se conhece ao certo as capacidades bélicas iranianas. O conflito poderia levar ainda a um envolvimento da Rússia. “A gente não sabe das capacidades defensivas e ofensivas iranianas. E um movimento diretamente de Israel em território iraniano certamente levaria ao envolvimento russo nesse conflito.” A aliança entre Irã e Rússia vem da Guerra Civil de Síria, permanece e se torna uma aliança estratégica entre os dois atores, de acordo com o pesquisador. “Então, um escalonamento será certamente desastroso. E vai gerar diversas repercussões”, alerta.

O professor chama atenção ainda a outras possíveis repercussões para além dos conflitos externos. O apoio dado pela Jordânia a Israel pode gerar um descontentamento interno. “A Jordânia auxiliou Israel na defesa, o que vai contra completamente os interesses da sua população. Eu acredito que nos próximos dias, semanas, a gente vai ver revoltas populares bastante duras na Jordânia contra a manutenção do atual Reino Haxemita. A maior parte da população jordaniana é de descendência palestina, por exemplo. Então, essa aliança da Jordânia com Israel e com os Estados Unidos não é bem-vista pela população. Então, pode gerar diversos desdobramentos para além do confronto militar em si”.

De acordo com Gherman, a nova configuração pode gerar pressão para o fim do genocídio que Israel está promovendo em Gaza. “Essa guerra em Gaza tem que acabar, porque, enquanto ela não acaba, você tem a produção de mortes em Gaza, é uma situação de produção de instabilidade regional”, diz. “Eu acho que hoje, mostrando como o mundo está instável naquela região, é preciso que a haja um cessar-fogo imediato em Gaza para evitar um alastramento efetivo de uma guerra regional, que seria ruim para todo mundo, inclusive para Israel.”

A guerra teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um ataque surpresa a Israel, que deixou 1,4 mil mortos e capturou cerca de 200 reféns. Desde então, mais de 32 mil pessoas perderam a vida em toda a Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo 13 mil crianças, e mais de 74 mil ficaram feridos, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Cerca de 1,7 milhão, quase 80% da população da Faixa de Gaza, foram deslocadas. Dessas, 850 mil são crianças.

Na análise do pesquisador, embora o ataque iraniano não impacte diretamente em Gaza, os países que apoiaram Israel nesse contexto podem também pressionar o país para o fim desse massacre. “Eu vejo possibilidades concretas agora de avanço, de esforços para o final do que está acontecendo em Gaza. O que está acontecendo em Gaza tem que parar. Eu acho que é isso que os países envolvidos na defesa de Israel ontem, inclusive Jordânia e Arábia Saudita, de algum jeito, podem avançar numa pressão junto com Biden [presidente dos Estados Unidos, Joe Biden] para que Netanyahu [primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu] se retire definitivamente e Gaza deixe de ser um locus de instabilidade no Oriente Médio.”

Posicionamento brasileiro

Após o ataque iraniano, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou, no sábado (13) à noite, uma nota no qual o governo brasileiro manifesta "grave preocupação" com relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel. De acordo com a nota, a ação militar deixou em alerta países vizinhos e exige que a comunidade internacional mobilize esforços para evitar uma escalada no conflito.

Na avaliação da pesquisadora Rashmi Singh, a resposta do Brasil foi equilibrada.

“Eu acho que a posição do Brasil ficou bem clara. O Brasil está criando um espaço próprio dentro do sistema internacional onde ele está claramente se colocando em uma posição de moralidade em termos do que está acontecendo contra os palestinos, ao mesmo tempo ele está tentando colocar um pouco mais de responsabilidade em ações de Israel”, diz a pesquisadora. “Foi [uma nota] muito equilibrada, que nós podemos perceber que eles não condenaram o ataque, mas ficaram bem preocupados com o ataque em termos da escalada do conflito regionalmente.”

Já para Gherman, o posicionamento do Brasil deixou a desejar. “É uma nota que diz pouco e em um momento em que ela poderia dizer muito mais. Eu acho que o Brasil tem que se colocar publicamente como uma alternativa concreta para o avanço da paz e de acordos na região. Não está fazendo isso. Está resolvendo as questões, tentando manter alianças que já tinha constituído. Parece que é pouco perto do papel que o Brasil pode exercer”, avalia.

 

 

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

RÚSSIA - Na véspera do início da eleição presidencial russa, forças de Kiev voltaram a invadir o sul do país de Vladimir Putin, enquanto Moscou lançou uma grande onda de ataques com drones e artilharia, derrubando o sinal de TV e internet no norte da Ucrânia.

A troca de fogo tem escalado durante esta semana devido à proximidade do pleito, que durará três dias até o domingo (17) e irá dar a Putin seu quinto mandato como presidente -restando na prática saber qual será a abstenção, dado que o Kremlin trabalha para garantir ao menos 70% de comparecimento.

Assim, o governo de Volodimir Zelenski optou por ações mais espetaculares, visando lembrar o público russo de que há uma guerra em sua vizinhança.

Os ataques de quinta (14) ocorreram nas regiões de Kursk e Belgorodo, próximos da fronteira ucraniana, e envolveram supostamente unidades da chamada Legião da Rússia, um grupo de opositores ao governo de Putin bancados por Kiev e, segundo relatos, pela CIA (Agência Central de Inteligência, dos EUA).

Vídeos emergiram em redes sociais de tiroteios em ruas nevadas de cidadelas próximas da fronteira. O Ministério da Defesa da Rússia disse que as duas incursões foram debeladas, assim como havia ocorrido na quarta (13). Não há como confirmar isso de forma independente.

Também em Belgorodo, duas pessoas morreram devido a uma salva de oito mísseis balísticos disparados desde o território ucraniano, cerca de 40 km distante.

Ao longo da semana, os ucranianos também miraram a infraestrutura energética russa, atingindo com drones de longo alcance três refinarias. Segundo o governo, elas já voltaram a operar, embora haja relatos de que a produção em Riazan não está normaliza.

Em Zaporíjia, área no sul ucraniano quase toda ocupada pelos russos, a usina nuclear que leva o nome da região foi atingida por uma forte explosão na quinta. Segundo a administração russa da central, forças ucranianas colocaram uma bomba perto de tanques de combustível que abastecem o local.

Ninguém ficou ferido, e Kiev não comentou o incidente. A usina de Zaporíjia é a maior da Europa, e a Agência Internacional de Energia Atômica mantém uma equipe permanente lá para averiguar as condições.

Na semana passada, Putin havia discutido com o diretor do órgão, o argentino Rafael Grossi, como elevar a segurança no local. À Folha de S.Paulo, Grossi havia dito em janeiro que a situação é precária.

Na mão inversa, os russos fizeram um bombardeio coordenado com 36 drones suicidas de origem iraniana Shahed-136 em seis regiões ucranianas. Kiev disse ter derrubado 22 deles, mas os destroços também atingiram casas. Não há relatos de feridos.

Em Sumi, uma central de comunicações foi destruída, e parte da região norte da Ucrânia está sem sinal de internet ou TV. Em Kharkiv, perto de lá, prédios foram alvejados por mísseis balísticos do sistema antiaéreo S-300, adaptados para atacar alvos em terra.

O Exército ucraniano disse que 150 vilarejos foram alvo de bombardeios com artilharia ao longo da noite e na manhã.

 

NÃO TEMAM PUTIN, DIZ KREMLIN

O Kremlin reagiu nesta quinta às afirmações do presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, de que seu país não temia Putin. O político comentava o ataque a marteladas contra Leonid Volkov, um assessor do ativista Alexei Navalni que está exilado em Vilnius -o líder opositor morreu na cadeia no mês passado.

Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, não há motivo para os lituanos temerem o presidente russo, mas que ele deve ser "ouvido e respeitado". Ele também negou que o comentário de Putin em uma entrevista de que a Rússia estava pronta para uma guerra nuclear tenha sido uma ameaça ao Ocidente.

Aliados de Navalin convocaram um protesto para o domingo, dia final da eleição, instando apoiadores do opositor a irem votar todos ao meio-dia, gerando filas em seções eleitorais que teoricamente serão imunes à repressão policial.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - Militares de Israel se disfarçaram de médicos e pacientes, invadiram um hospital na Cisjordânia ocupada e mataram três palestinos que estariam armados durante uma operação ocorrida na terça-feira (30).

Imagens divulgadas pela rede chinesa CCTV mostram uma dúzia de soldados, alguns usando trajes femininos e outros vestidos de profissionais de saúde, andando por um corredor da unidade médica com armas em punho. A operação foi coordenada por uma unidade secreta das forças israelenses.

Ao menos três palestinos foram mortos durante a invasão ao hospital Ibn Sina, localizado na cidade de Jenin. Um deles foi identificado por Tel Aviv como Mohammed Jalamneh, 27, e acusado de manter contatos com o quartel-general do Hamas no exterior e de planejar um novo ataque contra Israel inspirado nos atentados de 7 de outubro, quando terroristas assassinaram cerca de 1.200 pessoas.

Líderes do Hamas admitiram que um dos mortos pertencia ao grupo. Os outros dois seriam irmãos e integrantes da facção Jihad Islâmico, que também atua na Faixa de Gaza. O hospital Ibn Sina comunicou que um deles recebia tratamento para um ferimento que havia paralisado suas pernas.

Segundo Tel Aviv, a operação comprova que os terroristas do Hamas se abrigam em áreas civis, incluindo hospitais, e usam a população como escudo. A facção já rejeitou várias vezes as acusações.

A operação é mais um sinal de que a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza está se espalhando para outras frentes. Embora a Cisjordânia -uma área que os palestinos pretendem que faça parte de um Estado independente- tenha registrado um aumento da violência mesmo antes da eclosão da guerra de Gaza, o ataque ao hospital pode estimular uma fase mais intensa no conflito.

Em Gaza, as forças israelenses voltaram a travar batalhas contra membros do Hamas no norte do território, enquanto regiões do sul foram atingidos por bombardeios. Desde o início da guerra, 26.637 palestinos foram mortos e mais de 65 mil ficaram feridos, segundo a organização terrorista. O número de mortes aumenta a cada dia.

Israel, por sua vez, afirma que suas forças em Gaza mataram cerca de 9.000 pessoas que estariam envolvidas em ações terroristas, e que 221 de seus soldados foram mortos nos combates. Enquanto isso, os Estados Unidos estavam avaliando uma resposta a um ataque de drone realizado por grupos apoiados pelo Irã, que matou três soldados americanos na Jordânia na noite de sábado (27).

 

 

POR FOLHAPRESS

IRÃ - O Irã executou por enforcamento, nesta segunda-feira (29), quatro pessoas condenadas à morte por espionagem a favor de Israel. As vítimas eram três homens e uma mulher, que foram identificados como Vafa Hanareh, Aram Omari, Rahman Parhazo e Nasim Namazi.

Segundo o governo iraniano, o grupo foi condenado por "guerra contra Deus" e "corrupção na Terra", por sua "colaboração com o regime sionista". As execuções aconteceram na província de Azerbaijão Ocidental, no noroeste do Irã.

O Irã não reconhece Israel e ambos os países estão em conflito há anos. O atual conflito entre o movimento palestino Hamas e Israel na Faixa de Gaza agravou ainda mais as tensões entre os dois países.

Em dezembro de 2023, um homem também foi executado no Irã por trabalhar para o Mossad. Segundo grupos de direitos humanos, a República Islâmica executa mais pessoas todos os anos do que qualquer outro país, com exceção da China.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - A terça-feira (23) foi o pior dia para Israel em termos de baixas militares desde que o Estado judeu começou a atacar a Faixa de Gaza em retaliação ao mega-ataque terrorista do grupo palestino Hamas, que comanda a área desde 2007. Vinte e quatro soldados morreram em duas ações separadas.

As perdas aumentam a pressão sobre o governo do Binyamin Netanyahu para achar uma saída para o conflito iniciado há 109 dias. Reportagens sobre as dificuldades militares de Israel e negociações para um cessar-fogo se multiplicam, apesar das negativas do premiê.

Ele mantém o tom desafiador, dizendo no X que apesar de ter tido "um dos piores dias desde que a guerra estourou", Israel "não parará de lutar até a vitória absoluta". "Temos de tirar as lições necessárias e fazer tudo para preservar a vida de nossos guerreiros", afirmou.

Na véspera, um grupo de parentes dos 132 reféns que Israel diz ainda estarem nas mãos do Hamas invadiu o Knesset (Parlamento) para exigir a libertação deles. As mortes dos soldados acentuam a percepção de crise, numa guerra que já é a mais mortífera para Israel em 50 anos.

Em 1973, 2.656 militares morreram na Guerra do Yom Kippur. Até esta terça, as perdas israelenses contabilizadas no atual conflito eram 545, sendo que 217 ocorreram depois que Israel iniciou sua inédita invasão terrestre de Gaza, no fim de outubro.

Os números são pálidos, em termos de fria contabilidade macabra, ante as mortes de palestinos -mas protestos contra elas são minoritários no Estado judeu após o massacre sem precedentes promovido pelo Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos.

Na segunda (22), o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, registrou 195 mortes, sem diferenciar civis de combatentes. Ao todo, ele conta 25.490 falecidos na guerra, uma média de 234 por dia, desde o início dos enfrentamentos.

Dos 24 soldados mortos, 21 caíram quando um prédio em que instalavam explosivos para demolição no sul da faixa foi atingido por uma granada propelida por foguete, famoso RPG na sigla inglesa e arma-símbolo do Hamas. Outros três morreram em uma ação paralela.

O sul tem concentrado alguns dos mais sangrentos combates na guerra desde a virtual obliteração do norte da faixa, onde o Hamas supostamente mantinha seus centros de comando e toda a estrutura de governo sobre o território.

As Forças de Defesa de Israel dizem ter completado o cerco ao centro urbano de Khan Yunis, principal cidade do sul que foi invadida em dezembro por Tel Aviv. O hospital Nasser, o maior ainda em funcionamento em toda a região, é um dos principais alvos das forças -Israel diz que há túneis e infraestrutura do Hamas sob o prédio, como de resto ocorreu em unidades semelhantes na cidade de Gaza e outros pontos ao norte.

A ação tem gerado protestos internacionais acentuados, com a ONU falando em massacre e a OMS (Organização Mundial da Saúde) condenando combates em áreas hospitalares. Israel aponta para a presença de terroristas imiscuídos nessa infraestrutura, o que é verdade, mas é fato igualmente que pacientes são expostos a riscos, o que é proibido pelas leis de guerra.

Além do drama humanitário e as dúvidas sobre o futuro de Gaza, que Israel promete controlar sem dizer o que fará com seus 2,3 milhões de habitantes em termos de status político, há preocupação generalizada com os riscos do espraiamento claro do conflito: de ataques diários do Hezbollah na fronteira norte às ações houthis no mar Vermelho, passando por bombardeios do Irã contra vizinhos.

 

A pressão vem também dos Estados Unidos, maiores aliados de Israel. Netanyahu causou desconforto na semana passada ao rebater o presidente Joe Biden, que tem mobilizado grandes recursos militares para dissuadir o Irã de escalar a ação de seus prepostos contra Tel Aviv.

Após Biden voltar a dizer que apenas uma solução em que um Estado palestino conviva com o judeu trará paz à região, Netanyahu reafirmou que considera isso impossível em termos de segurança para Israel.

Enquanto o drama se desenrola e Netanyahu diz seguir em frente, relatos acerca de um cessar-fogo se tornaram quase diários. O site americano Axios afirma que Israel ofereceu ao Hamas dois meses de pausa nos combates em troca da libertação de todos os reféns -houve uma pausa de uma semana no ano passado, na qual a maioria presumida dos civis foram soltos, restando militares com os terroristas.

O The Wall Street Journal, por sua vez, publicou reportagem afirmando que cinco Estados árabes, incluindo a crucial Arábia Saudita, ofereceram um acordo para estabelecer relações diplomáticas com Israel em troca da criação da Palestina. Hoje, ela é uma protonação governada pela Autoridade Nacional Palestina de forma precária na Cisjordânia, com Gaza nas mãos do Hamas.

Já a rede americana CNN disse que Netanyahu ofereceu exílio para toda a liderança do Hamas ainda em Gaza em troca da soltura dos reféns. Hoje, a chefia do grupo mora primordialmente no Qatar, mas transita pela Turquia, Rússia, Líbano e outros países. Até aqui, Tel Aviv negou condições para cessar-fogo.

"Não haverá cessar-fogo que deixe reféns em Gaza e o Hamas, no poder", disse nesta terça o porta-voz do governo Eylon Levy.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - Uma pessoa morreu e ao menos 17 ficaram feridas na segunda-feira (15) em ataques na região central de Israel. As autoridades afirmaram que os dois suspeitos, palestinos e moradores da Cisjordânia ocupada, entraram em território israelense de maneira ilegal.

O ataque ocorreu na cidade de Ra'anana, localizada a 20 km de Tel Aviv, por volta das 13h30 no horário local (9h30 em Brasília). Segundo a polícia, os criminosos roubaram um carro e atropelaram pedestres em três locais. Eles ainda esfaquearam civis. Os suspeitos moram na região de Hebron, na Cisjordânia, e foram detidos pela polícia após o atentado.

O hospital Meir, em Kfar Saba, informou que uma mulher de aproximadamente 70 anos chegou à unidade em estado grave e morreu apesar dos esforços de ressuscitação. Em relatório inicial, os serviços de resgate disseram que ao menos outras 13 pessoas tinham sido atropeladas e que duas delas estavam em estado grave. Mais tarde, o número de feridos aumentou para 17.

Pelo menos sete crianças e adolescentes foram atingidos, de acordo com o jornal The Times of Israel. Um adolescente de 16 anos passava por cirurgia, sedado e entubado, devido a um traumatismo craniano.

Avi Bitton, comandante da polícia, descreveu o caso como um "atentado terrorista muito grave" e disse que a inteligência não descarta a participação de mais pessoas. Dezenas de policiais patrulhavam e faziam buscas na região de Ra'anana após os crimes.

Os suspeitos foram identificados como Mahmoud Zidat, 44, e seu sobrinho Ahmed Zidat, 25. Segundo investigação preliminar da polícia, mencionada pelo jornal israelense Haaretz, o suspeito esfaqueou uma mulher e assumiu o controle do carro dela. O suspeito perdeu o controle do veículo após atropelar as primeiras vítimas, mas ainda conseguiu roubar outro carro, com o qual continuou a atropelar pedestres.

As tensões em Israel e nos territórios palestinos aumentaram desde o ataque do Hamas no dia 7 de outubro, no qual terroristas mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 200, a maioria civis, em território israelense, de acordo com balanço de Tel Aviv.

Em resposta, Israel declarou guerra e faz bombardeios diários que devastam grande parte da Faixa de Gaza, matando mais de 24 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde local, e expulsando quase toda a população de 2,3 milhões de palestinos de suas casas. Um "bloqueio total" imposto por Tel Aviv restringiu o fornecimento de alimentos, combustível e medicamentos ao território.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - Israel intensificou na segunda-feira (8) os bombardeios no sul da Faixa de Gaza, atingindo cerca de 30 alvos do Hamas, segundo Tel Aviv, após as Forças Armadas do país afirmarem ter "concluído o desmantelamento" da estrutura militar do grupo terrorista na região norte do território palestino.

As ofensivas indicam uma nova fase na guerra iniciada em 7 de outubro, quando extremistas da facção romperam barreiras e assassinaram aproximadamente 1.200 pessoas em Israel. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse ao americano The Wall Street Journal que as forças do país passarão para uma "etapa menos intensa" no norte de Gaza, enquanto ações "mais direcionadas" se concentrarão nas regiões central e sul do território.

O governo de Israel disse em nota que a transição começaria em breve, mas sem estabelecer uma data. Segundo o New York Times, autoridades israelenses disseram sob condição de anonimato que esperam concluir a transição até o fim de janeiro, mas que o cronograma pode mudar.

"A guerra mudou de etapa", afirmou o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari. "Mas a transição será feita sem nenhuma cerimônia. Não são anúncios dramáticos."

Autoridades americanas disseram esperar que a nova fase da guerra concentre missões de grupos menores das forças de elite israelense, que entrariam e sairiam dos centros populacionais de Gaza para encontrar e matar líderes do Hamas, resgatar reféns e destruir túneis, segundo o New York Times.

Também dizem acreditar que o número de tropas israelenses no norte de Gaza caiu para menos da metade dos cerca de 50 mil soldados que estavam na região no mês passado, durante o auge da campanha.

Embora Israel tenha a intenção de reduzir o escopo da ofensiva, o premiê Binyamin Netanyahu voltou a descartar o fim da guerra no domingo (7). Ao dar início à reunião semanal do gabinete de guerra, ele afirmou que os enfrentamentos seguirão até que o país tenha alcançado todos os seus objetivos, incluindo a "eliminação completa" do Hamas e das ameaças militares em Gaza, além da devolução ou resgate dos reféns ainda mantidos em cativeiros.

Já nesta segunda, Tel Aviv disse ter atingido "alvos significativos" do Hamas em ataques feitos por caças. Os alvos incluíram instalações subterrâneas, depósitos de armas e outras infraestruturas do Hamas. As ações ajudaram as forças que estão "manobrando na área a continuar lutando", disse comunicado divulgado pelo governo.

Uma incursão militar no sul de Israel teria descoberto um túnel usado por terroristas próximo a uma escola de Khan Yunis, maior cidade da região sul do território. Armas, explosivos, equipamentos para comunicação e documentos teriam sido apreendidos em outras infraestruturas localizadas ao lado de residências civis.

Segundo o Times of Israel, durante a operação, vários foguetes foram disparados contra as tropas, que, em resposta, direcionaram fogo de tanques e um ataque aéreo contra a célula terrorista responsável. Em outra região de Khan Yunis, as tropas se envolveram em batalhas com terroristas escondidos na cidade, direcionando ataques de drones enquanto caças as apoiavam pelo alto.

O Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, disse nesta segunda que 73 palestinos foram mortos em Gaza nas últimas 24 horas. Ainda segundo o órgão, no total mais de 23 mil pessoas morreram em ataques atribuídos a Israel desde o começo da guerra, e ao menos 58 mil ficaram feridas.

Sob pressão internacional em razão desses óbitos, de civis em sua maioria, autoridades israelenses anunciaram no dia 1º a retirada de parte de suas tropas de Gaza. Embora a maioria dos soldados deva voltar à vida civil, relatos na imprensa israelense sugerem que pode haver um deslocamento de efetivo para reforçar a fronteira norte com o Líbano, onde tropas com frequência trocam fogo com extremistas do Hezbollah, grupo extremista islâmico que assim como o Hamas é patrocinado pelo Irã.

As escaramuças diárias ficaram mais tensas depois de 2 de janeiro, quando Israel matou Saleh al-Arouri, o número dois da ala política do Hamas, em um ataque com drone no sul de Beirute, território controlado pelo Hezbollah. O grupo extremista jurou vingança, e o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, afirmou que Tel Aviv tentava arrastar o Líbano para a guerra contra os palestinos.

Apesar das ameaças, outro comandante do Hezbollah foi morto em um ataque atribuído a Israel nesta segunda. Líderes da facção o identificaram como Wissam al-Tawil, um dos chefes da força de elite do grupo Radwan. Eles disseram que ele e outro combatente foram atingidos em um bombardeio na região de Majdal Selm, no sul libanês.

Ataques israelenses já mataram mais de 130 combatentes do Hezbollah em território libanês desde o começo da guerra contra o Hamas, em 7 de outubro. Outros 19 foram mortos na Síria. A facção, contudo, tem evitado expandir o conflito -o último combate aberto entre ambos os lados ocorreu em 2006. Mas os acontecimentos recentes aumentam o temor de que a guerra Israel-Hamas se espalhe.

Na semana passada, Gallant, o ministro da Defesa israelense, disse que há "um curto espaço de tempo para que se chegue a um entendimento diplomático" com o Hezbollah. Antes, o líder do grupo extremista, xeque Hassan Nasrallah, havia dito ser inevitável uma resposta a Tel Aviv após o ataque do dia 2 na capital libanesa.

Os Estados Unidos e aliados do G7, o grupo que reúne algumas das principais economias do mundo, estão buscando uma saída rápida da fase militar do conflito de Gaza, disse a Itália em comunicado nesta segunda, enquanto o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e os seus homólogos da União Europeia rodam o Oriente Médio numa tentativa de arrefecer a crise.

Blinken se reuniu com autoridades dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita nesta segunda, antes de seguir para Israel. Ele busca, segundo Washington, dar início a esforços de paz que são necessários para evitar uma propagação do conflito.

O americano iniciou um esforço diplomático de cinco dias no Oriente Médio por Jordânia e Qatar no domingo (7), em sua quarta visita à região desde os ataques de 7 de outubro. "Este é um momento de profunda tensão. Trata-se de um conflito que pode facilmente se transformar em uma metástase, causando ainda mais insegurança e sofrimento", afirmou Blinken.

 

 

POR FOLHAPRESS

CISJORDÂNIA - Oito palestinos foram mortos em um tiroteio realizado pelas forças israelenses na Cisjordânia ocupada, entre sábado à noite e domingo de manhã, conforme informou o Ministério da Saúde palestino. Cinco dessas mortes ocorreram em Jenin, onde cerca de seis pessoas também ficaram feridas.

Dezenas de palestinos participaram do funeral das cinco vítimas em Jenin neste domingo. A cidade foi invadida no sábado à noite por um grande contingente de tropas israelenses, em mais uma operação militar que tem ocorrido quase diariamente na região, considerada a mais tensa da Cisjordânia recentemente.

Nesta ocasião, as tropas israelenses invadiram várias casas na zona rural e arredores, enfrentando-se em confrontos armados com palestinos, resultando na morte a tiros de quatro palestinos, incluindo um menor.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram em comunicado que "cinco terroristas foram eliminados" e "21 pessoas procuradas foram presas" durante essa operação, mencionando que o apoio aéreo visava um "esquadrão terrorista armado que ameaçava as forças da IDF". Essas alegações ainda não foram verificadas de forma independente.

Após o ataque surpresa do Hamas contra o território israelense, chamado de 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou instalações do grupo armado na Faixa de Gaza a partir do ar, em uma operação denominada 'Espadas de Ferro'. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, concordando com a oposição na criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - O Exército de Israel declarou na segunda-feira (20) que suas tropas na Faixa de Gaza prenderam "mais de 300 terroristas" e extraíram informações importantes deles, incluindo a localização de túneis, esconderijos de armas e informações sobre as táticas do grupo terrorista palestino Hamas.

"Até o momento, prendemos mais de 300 membros de organizações terroristas durante a operação terrestre [na Faixa de Gaza], que foram levados para o território israelense para posterior interrogatório. As informações que surgem do interrogatório de terroristas são muito valiosas, pois levam à eliminação de milicianos e à preservação da segurança de nossas forças", relatou o porta-voz militar israelense em comunicado.

O texto detalha que, durante os interrogatórios, os milicianos capturados "forneceram a localização de túneis subterrâneos e depósitos de armas dos terroristas, além de expor os métodos de ataque do inimigo e seus esforços para se assimilarem à população civil".

Além disso, o Exército também observou que as informações obtidas levaram à identificação de mais de 300 novos alvos na Faixa de Gaza e à eliminação de outros cem.

Um militar de alta patente explicou nesta segunda-feira, durante uma videoconferência, que esses interrogatórios deram às forças "muitas informações que elas não tinham antes e novas maneiras de operar".

O oficial também informou que a ofensiva israelense causou baixas significativas em muitos dos 24 batalhões nos quais, segundo ele, o braço armado do Hamas está dividido e estimou em "alguns milhares" o número de terroristas mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, sem fornecer números específicos.

Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, após um ataque do grupo terrorista que incluiu disparos de foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 milicianos que massacraram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 240.

Os militares israelenses contra-atacaram imediatamente com forças aéreas e navais e, desde o final de outubro, também com uma ofensiva terrestre, durante a qual 66 soldados foram mortos.

Em 45 dias de guerra, a ofensiva israelense deixou mais de 13.000 mortos na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde local, que estima, no entanto, que, devido a milhares de pessoas sob os escombros, o número de mortos já supera 16.000.

Além disso, há dezenas de milhares de feridos, principalmente crianças, mulheres e idosos, assim como mais de 1,7 milhão de pessoas deslocadas — mais de dois terços da população total — que vivem em meio a uma grave crise humanitária devido à escassez de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.

 

 

por AFP

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