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EUA - eAntes das eleições americanas do ano passado, o atual presidente Donald Trump proclamou que “tarifa” era “a palavra mais bonita do dicionário”.

Reforçando as mensagens proferidas durante o seu primeiro mandato, o líder republicano protestou contra a influência estrangeira nos EUA, defendendo uma abordagem “América em primeiro lugar”.

Uma das pedras angulares da política comercial de Trump é o facto de favorecer as empresas americanas - uma estratégia concebida para fazer crescer a economia e aumentar o emprego.

Embora os especialistas alertem para o facto de isto pode não funcionar na prática, o presidente tomou agora medidas para reduzir as importações estrangeiras.

No fim de semana, foi anunciada uma série de tarifas alfandegárias e espera-se que outras se sigam.

A Euronews descreve os principais parceiros comerciais dos EUA e analisa quem poderá ser afetado por estas taxas.

 

Comércio externo com os EUA

De acordo com os dados mais recentes, o México foi o principal parceiro comercial dos EUA no ano passado, representando 776 mil milhões de euros de negócios (apenas mercadorias). Isto representa 15,9% do total do comércio dos EUA.

Em segundo lugar, o Canadá representou 14,3% do comércio dos EUA. Seguem-se a China e a Alemanha, com 10,9% e 4,4%, respetivamente.

O valor do comércio entre países pode ser dividido em totais de exportação e importação.

Os Estados Unidos, por exemplo, importam mais do México do que exportam, com entradas de bens no valor de 466,6 mil milhões de euros e saídas de bens no valor de 309,4 mil milhões de euros.

Isto significa que os EUA têm um défice comercial com o México.

Os EUA também têm um défice comercial com o Canadá, com importações no valor de 377,2 mil milhões de euros e exportações para o Canadá no valor de 322,4 mil milhões de euros.

As importações da China para os EUA ascendem a 401,4 mil milhões de euros, enquanto as exportações ascenderam a 131,0 mil milhões de euros no ano passado.

Os EUA têm um défice comercial com muitos países, o que significa que compram mais do que enviam.

Não é o caso de países como os Países Baixos, para onde enviam mais do que compram.

 

De acordo com um site do governo neerlandês, estima-se que as relações comerciais e de investimento com os Países Baixos em 2023 tenham apoiado 1.077.956 empregos americanos.

Este valor tem em conta as empresas neerlandesas que trabalham nos Estados Unidos, bem como a exportação de bens e serviços dos Países Baixos para os Estados Unidos.

No que diz respeito ao Reino Unido, os dados dos EUA sugerem um excedente comercial, o que significa que os britânicos estão a comprar mais aos EUA do que a exportar. Mesmo assim, os dados do outro lado do Atlântico mostram um quadro diferente.

O Office for National Statistics do Reino Unido observou que o Reino Unido teve um superávit comercial com os EUA em 2023 de £ 71.4 mil milhões ($ 88.19 mil milhões). Isto diz respeito a bens e serviços.

O Escritório de Análise Económica dos Estados Unidos (BEA), por outro lado, relatou um superávit de US $ 14,5 mil milhões (€ 14,2 mil milhões) - sugerindo que os EUA estão a enviar mais para o Reino Unido do que a importar de lá.

Os economistas dos EUA e do Reino Unido têm estado a trabalhar para reajustar os dados desde 2017.

 

O raciocínio de Trump

Na terça-feira, entrará em vigor um imposto de importação de 25% sobre os produtos provenientes do Canadá, bem como uma taxa de 10% sobre os produtos provenientes da China.

O México estava a preparar-se para ser atingido com uma tarifa de 25%, embora Trump tenha retirado esta ameaça esta segunda-feira.

A presidente mexicana Claudia Sheinbaum concordou em enviar 10.000 soldados para a fronteira para resolver o problema, o que levou Trump a suspender temporariamente os planos de aplicação de tarifas.

Em relação aos produtos da UE, o presidente Trump afirmou que as tarifas estão “definitivamente” a caminho.

Ele disse aos jornalistas em Maryland: “Eles não levam os nossos carros, não levam os nossos produtos agrícolas, não levam quase nada e nós levamos tudo deles”.

Uma das razões para o apoio de Trump às tarifas é o seu desejo de promover as empresas e os trabalhadores americanos.

“De acordo com o meu plano, os trabalhadores americanos deixarão de se preocupar com a perda dos seus empregos para os países estrangeiros, em vez disso, os países estrangeiros preocupar-se-ão com a perda dos seus empregos para a América”, disse ele na campanha do ano passado.

Embora a luta contra a concorrência estrangeira possa ajudar as empresas norte-americanas, os peritos salientaram uma série de riscos. Nomeadamente, se as empresas americanas continuarem a comprar bens no estrangeiro, verão os seus custos aumentar se os fornecedores estrangeiros mantiverem os seus preços.

Algumas empresas americanas poderão optar por transferir esta despesa para os consumidores, o que significa que o custo dos bens e serviços poderá aumentar.

Se os preços aumentarem de forma suficientemente significativa, tal poderá também resultar em aumentos das taxas de juro, se a Reserva Federal o considerar necessário para controlar a inflação.

Isto restringe os empréstimos e pode ter um impacto negativo no emprego se as empresas forem obrigadas a despedir trabalhadores.

Outro efeito dos direitos aduaneiros é que, em geral, provocam uma valorização do dólar, o que pode tornar os produtos dos exportadores americanos menos competitivos a nível mundial.

Tal deve-se ao facto de os produtos serem relativamente mais caros para os consumidores estrangeiros, o que poderá aumentar os défices comerciais.

“Os novos direitos aduaneiros anunciados pelos EUA terão um impacto global limitado na Europa”, afirmou Julian Hinz, economista do Instituto de Kiel e da Universidade de Bielefeld.

“Embora o aumento dos preços e as perturbações na cadeia de abastecimento constituam um desafio, algumas empresas europeias poderão beneficiar de desvios comerciais se os produtos canadianos ou mexicanos se tornarem mais caros”, disse à Euronews.

No entanto, Hinz acrescenta que este cenário poderá mudar se a ameaça de tarifas sobre a UE se concretizar.

 

 

Eleanor Butler / Euronews Português

EUA - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou sua decisão de aplicar tarifas sobre produtos vindos do Canadá, alegando que os norte-americanos "não precisam de nada" do país, que "deveria se tornar o querido 51º Estado".

"Pagamos centenas de bilhões de dólares para SUBSIDIAR o Canadá. Por quê? Não há motivo algum. Não precisamos de nada do que eles têm", escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.

O republicano argumentou que os Estados Unidos possuem "energia ilimitada", podem "fabricar seus próprios carros" e têm "mais madeira do que jamais poderão usar".

"Sem esse enorme subsídio, o Canadá deixaria de existir como um país viável. É duro, mas é verdade! Portanto, o Canadá deveria se tornar nosso querido 51º Estado. Impostos muito mais baixos e uma proteção militar muito melhor para o povo canadense – E SEM TARIFAS!", declarou Trump.

A polêmica começou quando Trump cumpriu sua ameaça de impor tarifas – variando entre 10% e 25% – sobre produtos importados do Canadá, México e China.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, já anunciou que o país retaliará e aplicará tarifas equivalentes sobre produtos norte-americanos.

Além disso, esta não é a primeira vez que Trump menciona a ideia de anexar o Canadá. Ele também atacou Trudeau repetidamente nas redes sociais, chamando-o de "governador" do suposto 51º Estado dos Estados Unidos.

Trump expressou essa ideia pela primeira vez durante um jantar com Trudeau em Mar-a-Lago, na Flórida, em 29 de novembro, em uma conversa que posteriormente se tornou pública.

No entanto, o primeiro-ministro canadense, que está de saída do cargo, já garantiu que "nunca, jamais" o Canadá fará parte dos Estados Unidos.

 

NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

SÃO PAULO/SP - O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) encontrou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomou posse no cargo na segunda-feira, 20.

Em um vídeo de poucos segundos publicado no perfil do ex-coach no Instragram, ele aparece ao lado de Trump, e diz para o americano "salvar o Brasil". "Donald Trump, save America, save Brazil." Trump olha para a câmera e diz que "gosta" do Brasil.

O político do PRTB afirma, na mesma publicação, que esteve com o presidente americano em três ocasiões. Nos comentários da publicação, se referiu ao encontro como o "acesso mais difícil de toda" a sua vida, afirmando que o "serviço secreto não deixa chegar perto de Trump" e que foi "quase impossível gravar esse vídeo".

A assessoria de imprensa de Marçal não informou quando e onde o rápido encontro ocorreu. O ex-coach pretendia encontrar Trump para "discutir iniciativas voltadas ao empreendedorismo, valores cristãos e o fortalecimento das economias de ambas as nações".

Nesta segunda, durante seus primeiros minutos sentado à mesa do Salão Oval da Casa Branca para um segundo mandato, Donald Trump afirmou que Brasil e América Latina precisam "mais dos EUA do que os EUA precisam deles" e questionou o envolvimento do Brasil em conversas de negociações entre Rússia e Ucrânia.

Ao ser interrogado sobre uma proposta apresentada por China e Brasil, no ano passado, para promover conversas de paz no leste europeu, Trump afirmou: "Isso é bom, é bom. Eu estou pronto", em resposta à jornalista brasileira Raquel Krahenbuhl, correspondente da TV Globo.

 

POR ESTADAO CONTEUDO

EUA - Donald Trump voltou à Casa Branca nesta segunda-feira (20/1) com uma agenda de grandes mudanças nos Estados Unidos.

"Governarei com um lema simples: promessas feitas, promessas cumpridas", declarou o republicano em seu primeiro discurso após as eleições presidenciais de 5 de novembro.

Naquela noite, Trump disse que faria dos Estados Unidos o melhor país do mundo.

Entre as suas propostas, está continuar a construir o muro na fronteira com o México para fechar as fronteiras do país e, acima de tudo, expulsar 1 milhão de migrantes indocumentados, no que ele afirma ser a "maior deportação" da história dos EUA.

Ele também prometeu reduzir a burocracia do governo, diminuir os impostos e impor um sistema de tarifas de importação de 10% a 20% sobre a maioria dos produtos estrangeiros, chegando a 60% no caso da China.

Para atingir estes objetivos, Trump conta com o Partido Republicano unido à sua volta e com maioria tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, formando o que os americanos chamam de "trifeta" ou governo unificado.

Isso significa que as coisas começam a funcionar no estilo dos sistemas parlamentares unicamerais, em que uma maioria assume o controle do Congresso e do governo, agindo como um todo unificado que pode fazer praticamente o que quiser, afirmou Mark Peterson, professor de políticas públicas, ciências políticas e direito na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.

Além disso, a Suprema Corte — que lidera o terceiro poder independente do Estado — conta atualmente com uma maioria de seis juízes conservadores (três deles nomeados por Trump durante seu primeiro mandato), em comparação com três juízes liberais, o que aumenta as chances de que as iniciativas do governo recebam sinal verde por parte da mais alta corte do país.

Isso significa que Donald Trump vai governar sem qualquer tipo de contrapeso? Não.

 

 

BBC

BRASÍLIA/DF - Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) as informações apresentadas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o convite para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A PGR analisará o caso e emitirá parecer, e a decisão final caberá ao ministro.

Bolsonaro aguarda decisão sobre a liberação da viagem para ir ao evento, que está marcado para segunda-feira, 20. O ex-presidente está com o passaporte retido desde 8 de fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, por suspeita de envolvimento em um plano de golpe após as eleições de 2022.

A solicitação de Bolsonaro inclui a liberação do passaporte e foi acompanhada de documentos que, segundo seus advogados, comprovam o convite oficial para a posse. Moraes havia solicitado mais detalhes, alegando que o e-mail apresentado inicialmente carecia de informações sobre horário e programação.

A defesa afirma que o convite foi enviado a Eduardo Bolsonaro em 8 de janeiro pelo domínio oficial "t47inaugural.com", registrado exclusivamente para os eventos de posse. "Em eventos inaugurais nos Estados Unidos, é prática comum a adoção de domínios específicos para comunicações formais", argumentaram os advogados.

Os advogados também anexaram imagens do convite e destacaram declarações no site oficial do comitê inaugural. Segundo a defesa, esses documentos reforçam a autenticidade do convite e sua relevância.

Segundo a defesa, o evento organizado pelo comitê de Trump e JD Vance, que assumirão como presidente e vice, terá início no sábado, 18, e se estenderá até o dia 21. A posse está marcada para segunda-feira, 20.

POR NOTÍCIAS AO MINUTO

BRASÍLIA/DF - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou suas redes sociais no sábado, 11, para criticar o pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que os advogados de Jair Bolsonaro (PL) apresentem o "convite oficial" que diz ter recebido para a posse de Donald Trump. A cerimônia nos Estados Unidos está marcada para o próximo dia 20.

Em um vídeo de quase sete minutos, o parlamentar lê a decisão do ministro, que solicita mais informações sobre o convite para decidir se libera ou não a ida do ex-presidente para Washington. Moraes apontou que Bolsonaro apresentou um e-mail enviado por um endereço não identificado, sem qualquer horário ou programação do evento.

"O e-mail que eu recebi, então, não valeu de nada. Então talvez eu, agora, esteja falsificando o documento, protocolando no STF, e a imprensa internacional inteira noticiando, sem que ninguém da transição do Donald Trump emitiu o convite para Bolsonaro", ironizou o deputado.

No mesmo vídeo, Eduardo diz ainda não estar "fazendo gracinha" e que fez a intermediação com a família Trump e com o gabinete de transição para Bolsonaro receber o convite. "Eu esperava muito por esse convite. Se fosse para falsificar alguma coisa, eu teria feito lá atrás, não agora que, inclusive, não falta muito para a posse."

Na última quarta-feira, 8, Bolsonaro afirmou ter recebido o convite para acompanhar a posse do presidente eleito dos Estados Unidos. Como está com o passaporte retido desde 8 de fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal para investigar uma tentativa de golpe de Estado em 2022, o ex-presidente indiciado pediu a devolução do documento para Moraes.

Além das críticas ao inquérito que apura a suposta participação ativa do pai na intentona golpista e ao fato de os bolsonaristas da invasão de 8 de Janeiro não terem sido presos com "nenhuma arma", o congressista ainda afirma não haver motivos para o passaporte ter sido apreendido. Ele cita como exemplo a ida - e o retorno - do pai para a posse de Javier Milei, na Argentina, em dezembro de 2023, como "prova" de que o pai não usaria o benefício para fugir do País.

Jair Bolsonaro já afirmou, em entrevistas, que se sente "perseguido" pela Justiça e não descarta o refúgio em uma embaixada. Após ser obrigado a entregar o documento à Justiça, o ex-presidente passou pelo menos duas noites na Embaixada da Hungria, entre 12 e 14 de fevereiro de 2024.

"Quais são os documentos necessários? Será que é necessário vir em um envelope especial, num papel de cartolina, com algum detalhe suntuoso? Ou assinado de próprio punho do presidente eleito Donald Trump? Um vídeo?", disse o deputado.

Ao pedir autorização para ir à posse, Bolsonaro apresentou ao STF uma cópia de um e-mail enviado pelo endereço "Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo." para Eduardo Bolsonaro, endereço do site do comitê que organiza o evento. O ex-presidente quer ficar nos EUA entre 17 e 22 de janeiro, e além da posse, também pediu autorização para ir a dois bailes que fazem parte do cronograma de eventos do comitê do presidente eleito dos EUA.

 

NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EUA - Na quarta-feira (1º), um atropelamento mortal em Nova Orleans e a explosão de um Tesla em frente ao Hotel Trump, em Las Vegas, abalaram os EUA.

O primeiro ataque, que matou 15 pessoas, teria tido uma motivação terrorista, sendo que as autoridades afirmaram que suspeitavam que o responsável não teria agido sozinho.

Entretanto, a explosão de um carro em Las Vegas viria também a tornar-se objeto de investigação das autoridades norte-americanas, que afirmaram que estãoanalisando se havia alguma relação entre os dois incidentes.

Sabe-se agora, que o homem que se explodiu dentro do veículo em frente ao Hotel do presidente eleito dos EUA serviu na mesma base militar que o responsável pelo ataque de Nova Orleans.

O suspeito do incidente com o Tesla é Matthew Livelsberger, um homem de 37 anos, natural do Colorado.

Vale lembrar que um veículo Tesla Cybertruck, da marca automóvel de Elon Musk, explodiu esta quarta-feira em frente do hotel Trump de Las Vegas, deixando um morto e sete feridos. Segundo a rede de televisão ABC News, as autoridades estão avaliando o incidente como um possível ato terrorista.

A explosão ocorreu horas depois de um ataque em Nova Orleans, no qual um suposto ex-militar norte-americano, identificado pelo FBI como Shamsud Din Jabbar, de 42 anos, jogou o carro contra uma multidão que festejava o Ano Novo no histórico Bairro Francês, fazendo pelo menos 15 mortos e 25 feridos.

 

 

NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EUA - Os advogados de Trump haviam invocado a presunção de imunidade penal concedida ao presidente dos Estados Unidos pelo Supremo Tribunal, em 1º de julho, para solicitar a anulação da sentença proferida contra ele em 30 de maio.

Trump foi considerado culpado por "falsificação de registros comerciais para ocultar uma conspiração com o intuito de interferir nas eleições de 2016", mas a sentença foi adiada várias vezes.

Após sua vitória nas eleições de 5 de novembro, seus advogados apresentaram um novo recurso, alegando que seu status de presidente eleito deveria ser incompatível com a decisão judicial.

No início deste mês, o juiz Merchan pediu que ambas as partes apresentassem seus argumentos sobre o recurso, mas ainda não se pronunciou sobre a questão.

O caso envolve pagamentos de 130 mil dólares (aproximadamente 124 mil euros) feitos a Stormy Daniels antes das eleições presidenciais de 2016, para que ela mantivesse silêncio sobre um suposto caso extraconjugal ocorrido uma década antes. Trump sempre negou essa relação.

Entre os quatro processos penais contra Donald Trump, este foi o único em que ocorreu um julgamento para o ex-presidente, um evento inédito na história do país.

 

 

NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EUA - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor novas tarifas sobre importações do México, Canadá e China assim que assumir o cargo. A medida seria parte de seus esforços para conter a imigração ilegal e o tráfico de drogas.

Se aplicadas, as tarifas podem elevar significativamente os preços de produtos para os consumidores americanos, desde combustíveis até automóveis. Atualmente, os Estados Unidos são o maior importador de bens do mundo, com o México, China e Canadá como seus principais fornecedores.

Trump utilizou a rede social Truth Social para fazer as declarações, criticando o aumento da imigração ilegal, apesar de dados recentes apontarem que as travessias na fronteira sul registraram o menor número em quatro anos.

"No dia 20 de janeiro, como uma das minhas primeiras ordens executivas, assinarei todos os documentos necessários para impor ao México e ao Canadá uma tarifa de 25% sobre TODOS os produtos que entram nos Estados Unidos, devido às suas fronteiras abertas e ridículas", escreveu.

O republicano afirmou que essas tarifas continuarão em vigor "até que as drogas, especialmente o fentanil, e todos os imigrantes ilegais parem de invadir nosso país". Ele também acusou o México e o Canadá de permitirem a entrada de "crime e drogas em níveis nunca antes vistos", embora os índices de criminalidade violenta tenham caído desde os picos registrados durante a pandemia.

Trump ainda direcionou críticas à China, alegando ter realizado "muitas conversas" com o governo chinês sobre o envio de drogas como o fentanil para os Estados Unidos, mas "sem sucesso". Ele anunciou que planeja implementar uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, além das tarifas já existentes.

Não está claro se Trump levará as ameaças adiante ou se as utiliza como estratégia de negociação antes de assumir o cargo. Especialistas afirmam que tarifas punitivas poderiam afetar significativamente as economias do Canadá e do México, além de colocar em xeque o acordo comercial de 2020, mediado por Trump e que deve ser revisado em 2026.

Scott Bessent, indicado por Trump para o cargo de secretário do Tesouro, defendeu as tarifas como "uma ferramenta importante para atingir os objetivos de política externa". Ele argumentou que tarifas podem ajudar a pressionar aliados a aumentarem seus gastos com defesa, abrir mercados estrangeiros para exportações americanas e combater a imigração ilegal e o tráfico de drogas.

Embora Trump insista que drogas e imigrantes ilegais estejam entrando em níveis alarmantes, dados oficiais mostram uma redução significativa nas travessias ilegais. Em outubro, foram registradas 56.530 detenções na fronteira sul, menos de um terço das ocorrências no mesmo mês do ano passado.

Além disso, apreensões de fentanil na fronteira aumentaram drasticamente durante o governo Biden. Em 2024, cerca de 12.247 quilos da droga foram interceptados, em comparação com 1.154 quilos apreendidos em 2019, durante o mandato de Trump.

Se implementadas, as tarifas prometidas por Trump poderiam representar um grande desafio econômico para os parceiros comerciais dos Estados Unidos e criar tensões no cenário internacional, colocando em xeque os esforços anteriores de cooperação econômica e diplomática.

 

NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

BRASÍLIA/DF - Michel Temer (MDB) era presidente quando Donald Trump se elegeu pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2016. Manteve uma relação institucional com o americano e, agora, avalia que um segundo mandato do republicano terá efeitos limitados sobre o Brasil -o que inclui uma eventual pressão para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).

"Eleito Trump nos EUA, isso vai influenciar o Judiciário daqui? Eu não acredito", afirma Temer, que em 2021 atuou como ponte para reduzir tensões entre o então presidente e o STF (Supremo Tribunal Federal).

"Veja o que o Alexandre [de Moraes] fez no caso do Elon Musk. A posição dele foi firme", diz.

Temer também classifica de "brincadeira" informações que circularam de que ele poderia ser vice de Bolsonaro caso ele revertesse sua inelegibilidade. "Achei esquisitíssimo".

PERGUNTA - O Sr. era presidente durante os primeiros anos de Trump. Como um novo mandato do republicano afeta a relação com o Brasil?

MICHEL TEMER - A relação que haverá não será Lula com Trump. É o presidente da República Federativa do Brasil com o presidente dos EUA, uma relação institucional.

A pergunta que ouço é: isso vai prejudicar a relação com o Brasil? Não prejudica coisa nenhuma. Basta que o governo brasileiro tenha previdência, e o presidente Lula já mandou cumprimentar o Trump. Não se deve alimentar nem um lado nem outro, como aquilo que o Lula disse antes da eleição, que preferia a Kamala [Harris, candidata democrata], acho que não vale a pena.

P - Não vê impactos nem das políticas propostas por Trump para a economia?

MT - Isso é o tempo que vai dizer. Não é a eleição dele que vai definir, agora. Pode haver impactos caso haja uma redução de importações, e ainda assim no plano institucional, de Estado para Estado.

P - A vitória de Trump pode mudar a situação da inelegibilidade de Bolsonaro, como gostariam aliados dele, a partir de uma pressão americana sobre o STF?

MT - Eu não acho que isso vá acontecer. Pode eventualmente ser usado como argumento, mas não no campo jurisdicional. Se ele se tornar elegível, será por uma eventual disposição do Judiciário.

Efetivamente, para você cuidar dessa questão da inelegibilidade, tem que contar com o Poder Judiciário. Eleito Trump nos EUA, isso vai influenciar o Judiciário daqui? Eu não acredito. Você veja o que o Alexandre [de Moraes, ministro do STF] fez no caso do Elon Musk [empresário dono do X]. Por mais pressões variadas que existissem, a posição dele foi firme.

P - O sr. já fez o papel de ponte entre Bolsonaro e o STF. Faria isso de novo para ajudá-lo, neste caso?

MT - Naquele 7 de Setembro [de 2021], Bolsonaro pediu meu auxílio, falei com Alexandre, combinamos uma fórmula que resultou naquele comunicado à nação [em que Bolsonaro negou "intenção de agredir" outros Poderes, dois dias depois de chamar Moraes de "canalha"]. Era, na verdade, para pacificar o país, porque aquilo poderia dar num grande conflito civil. Agora, eu não vou entrar, a não ser que me peçam para opinar, e isso não ocorreu.

Eu acho que o Judiciário fez muito bem de apenar [impor pena] aquelas pessoas que tentaram, não sei se golpe de Estado ou não, mas que violaram os Poderes de Estado, porque invadiram fisicamente as sedes. O Supremo não tinha outra solução.

O que pode ocorrer é, por medida judicial, num dado momento, o Judiciário dar uma solução redutora da pena, por exemplo. Mas eu aplaudo a decisão do Supremo e, no particular, do Alexandre.

P - Nos últimos dias, circularam rumores de uma chapa Bolsonaro-Temer caso ele recupere o direito de se candidatar. Essas conversas existem?

MT - Aquilo é uma brincadeira, só pode ser. Achei esquisitíssimo.

P - Bolsonaro diz que não descartaria essa hipótese.

MT - Se ele disse isso, então ele foi delicado. Se ele falasse que descarta, poderiam achar que sou eu que estou querendo...

 

POR FOLHAPRESS

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