SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), convida pessoas que tenham útero - cisgênero, transgênero e não-binárias - para participarem de estudo que pretende desenvolver e validar instrumentos que avaliem o presenteísmo e a funcionalidade da cólica menstrual. A pesquisa é feita pelo doutorando Guilherme Tavares de Arruda, sob orientação de Mariana Arias Avila, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.
De acordo com o pesquisador, não existem instrumentos que avaliem presenteísmo e funcionalidade relacionados à cólica menstrual, especialmente para outras populações além da mulher cisgênero (que nasce com o sexo biológico feminino). O presenteísmo é ir ao trabalho ou escola, por exemplo, e ter o rendimento afetado devido a um problema de saúde, no caso do estudo a cólica menstrual. A funcionalidade está relacionada a realização de atividades e participação social. "Os instrumentos dessa pesquisa serão desenvolvidos para avaliar o quanto a cólica menstrual gera presenteísmo da pessoa e afeta negativamente a sua funcionalidade", aponta Guilherme Arruda.
Como a cólica menstrual é muito presente no cotidiano de pessoas que têm útero, a aplicação desses instrumentos pode auxiliar na avaliação mais abrangente e adequada da interferência da cólica menstrual sobre a vida dessas pessoas.
O pesquisador aponta que este é um estudo de desenvolvimento de instrumentos de avaliação em saúde e seu diferencial de destaque é que ele inclui também pessoas transgênero (que nasceram com o sexo biológico feminino e preservaram o útero, mas que estão em transição para outro gênero) e não-binárias (pessoas que não se identificam com o gênero binário feminino ou masculino, mas que possuem o útero preservado).
Para realizar a pesquisa, estão convidadas pessoas cisgênero, transgênero e não-binárias, entre 10 e 50 anos, que tiveram, ao menos, um episódio de cólica menstrual nos últimos três meses, para responderem perguntas sobre o tema. O questionário eletrônico pode ser acessado no link https://bit.ly/3XmNqMR até o final de junho de 2023. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52928921.2.1001.5504).
SÃO CARLOS/SP - Cientistas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram uma nova rota para obtenção de ácido glicônico que pode facilitar a produção nacional desta matéria-prima importante em diferentes indústrias, desde a alimentícia (como regulador de acidez) e a farmacêutica (como fonte para suplementação de cálcio e ferro) até a construção civil (como aditivo de concreto) e de produtos de limpeza, dentre outras. A tecnologia desenvolvida e testada por grupo vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PPGEQ) da UFSCar resulta na conversão de amido solúvel - de milho, batata, mandioca e outros - em ácido glicônico e sais derivados, em etapa única e com elevados rendimentos.
As duas técnicas mais utilizadas para a produção do ácido glicônico e sais derivados são a utilização de enzimas comerciais isoladas e purificadas e, principalmente, cultivos aeróbios utilizando o fungo Aspergillus niger.
O que o grupo da UFSCar desenvolveu foi um sistema em que as células do A. niger, em condição de não crescimento (células inteiras inativas), atuam como biocatalisadores, associadas, em um biorreator pneumático, a enzimas comerciais amilolíticas (α-amilase e amiloglucosidase). Assim, é dispensada a necessidade de suplementação do meio com nutrientes - para manutenção da viabilidade do fungo - e, também, de condições rigorosas de assepsia exigidas nos cultivos já empregados industrialmente. Também deixam de ser necessárias as etapas de isolamento e purificação das enzimas naturalmente presentes na parede celular do A. niger (enzimas glicose oxidase e catalase), o que contribui na redução de custos do processo com insumos.
"Até onde temos informações, o ácido glicônico usado na indústria brasileira é majoritariamente importado, e há interesse na produção nacional", esclarece Emanoela F. Queiroz Pucci, doutoranda no PPGEQ, cuja pesquisa resultou na nova tecnologia. "Para essa aplicação em escala industrial, precisamos agora de parcerias com o setor industrial, por exemplo com indústrias de processamento de amiláceos, ou indústrias que já utilizem o fungo A. niger, para promover o escalonamento da tecnologia desenvolvida em laboratório", complementa.
A tecnologia está registrada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial, e empresas interessadas no licenciamento para desenvolvimento dessa parceria podem entrar em contato com a Agência de Inovação da UFSCar, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (16) 3351-9040. Além de Pucci, são inventores listados na solicitação de patente Alberto Colli Badino Junior e Paulo Waldir Tardioli, ambos docentes no Departamento de Engenharia Química da UFSCar.
A pesquisa teve apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Programação conta com minicursos, mesas-redondas e palestras
SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Química (DQ) e o Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizam, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2023, no formato presencial, a XLIII Escola de Verão em Química (XLIII EVQ), com o tema "O que aprendemos com a pandemia?".
A programação conta com minicursos, mesas-redondas e palestras. As inscrições para o evento estão abertas e as vagas são limitadas. Inscrições, programação completa e mais informações no site do evento (www.dq.ufscar.br/evq).
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