SÃO CARLOS/SP - Com o objetivo de melhorar o atendimento aos beneficiários, a Unimed São Carlos informa que, a partir do dia 30 de junho de 2025, o serviço de medicações ambulatoriais passará a ser realizado no novo endereço: SOU/Unifácil, localizado na Av. Dr. Carlos Botelho, 1986 – Centro.
As medicações de alto custo continuarão sendo administradas no Hospital Unimed – Unidade I. Já as medicações destinadas a gestantes e crianças de até 12 anos, 11 meses e 29 dias seguem sendo aplicadas no Hospital Unimed – Unidade II.
O atendimento no novo local será realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e aos sábados, das 7h às 12h.
A mudança visa proporcionar mais conforto, agilidade e qualidade no acolhimento aos pacientes.
INGLATERRA - Um veículo de comunicação britânico analisou os 100 vídeos mais populares com dicas sobre saúde mental na rede social TikTok e concluiu que mais da metade deles contém informações incorretas.
Das 100 postagens identificadas com a hashtag #mentalhealthtips, 52 foram consideradas imprecisas ou até perigosas por um painel formado por psicólogos, psiquiatras e acadêmicos. A análise apontou a propagação de desinformação sobre ansiedade, depressão, traumas e outros transtornos mentais.
Os especialistas também alertaram para o uso de termos terapêuticos fora de contexto, a simplificação excessiva de problemas complexos e a promoção de suplementos sem aprovação ou tratamentos sem embasamento científico.
Uma psicóloga entrevistada pelo jornal britânico afirmou que muitos vídeos criam a falsa ideia de que o tratamento de traumas é rápido e serve para todos, quando na verdade é necessário um atendimento personalizado feito por profissionais qualificados.
Resposta do TikTok
Em resposta à investigação, o TikTok declarou que a plataforma é um espaço voltado para a expressão pessoal e o compartilhamento de experiências autênticas, e afirmou que 98% do conteúdo prejudicial à saúde mental é removido antes mesmo de ser denunciado.
A empresa também lembrou que colabora com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para fornecer informações confiáveis e redirecionar os usuários para fontes seguras.
TikTok removeu conteúdos da tendência "SkinnyTok"
Recentemente, o TikTok também removeu mais de meio milhão de conteúdos associados à hashtag #SkinnyTok em todo o mundo, por promoverem conteúdo extremo e prejudicial à saúde, especialmente relacionado à perda de peso.
Essa tendência chegou a reunir mais de meio milhão de publicações, muitas das quais incentivavam a perda de peso com mensagens de culpa e padrões corporais tóxicos. O impacto foi tão significativo que reguladores europeus alertaram para os riscos que isso representa à saúde mental dos jovens usuários da plataforma.
por Notícias ao Minuto Brasil
FRANÇA - O NHS (Serviço Nacional de Saúde), espécie de SUS do Reino Unido, testa pela primeira vez em humanos um sangue artificial produzido em laboratório. A ideia é que a tecnologia possa diminuir a dependência por doação de sangue no futuro, especialmente em casos de pessoas com sangue raro ou que necessitam de transfusões constantemente.
O sangue testado em humanos por pesquisadores ligados ao NHS é desenvolvido a partir de células-tronco. No corpo humano, células-tronco passam por diferentes processos físicos e químicos na medula óssea. É por meio desses processos que essas células produzem hemácias, ou os glóbulos vermelhos.
Os cientistas investigaram esse complexo mecanismo de sinais enviados às células-tronco. O objetivo era simular, mesmo que parcialmente, esses estímulos em laboratório, algo que foi alcançado. Uma solução nutritiva foi desenvolvida para esse fim.
É nessa solução que células tronco hematopoéticas foram colocadas. Mateus Vidigal, pesquisador do Genoma USP (Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco) e sem relação com a pesquisa britânica, afirma que essas células-tronco "são células encontradas no sangue e que, naturalmente, dão origem às células sanguíneas".
De 18 a 21 dias, a solução nutritiva estimula as células a se multiplicarem e se desenvolverem em hemácias, as células do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio. Então, essas células foram filtradas para, depois, serem infundidas nos voluntários do estudo clínico.
No mínimo, a pesquisa vai inserir o sangue artificial em dez participantes do estudo. A pesquisa é dividida em dois momentos. Uma das transfusões é com hemácia produzida naturalmente e a outra envolve o sangue produzido no laboratório. O objetivo é comparar as duas substâncias para concluir se as hemácias artificiais duram tanto quanto aquelas advindas de uma transfusão comum.
Normalmente, uma transfusão de sangue natural conta com hemácias jovens, que duram cerca de 120 dias, e outras maduras que perduram por um tempo menor. Em estudos pré-clínicos com o sangue artificial, os pesquisadores do NHS concluíram que as células artificiais cumprem as mesmas funções e duram até por mais tempo que as hemácias naturais. Com a pesquisa em voluntários, os cientistas buscam entender se esse desempenho será o mesmo no corpo humano.
Isso pode ser um problema. Fernanda Azevedo Silva, professora de hematologia da Faculdade de Medicina da UFF (Universidade Federal Fluminense) e sem relação com o estudo britânico, explica que o organismo humano conta com um mecanismo para identificar células defeituosas. Por exemplo, hemácias precisam se alterar para passar por vasos sanguíneos mais estreitos. Se as versões artificiais dessas células não cumprirem tais requisitos, existe a possibilidade delas serem destruídas.
Mesmo assim, a professora da UFF afirma que o desenvolvimento de sangue artificial é um importante avanço no meio científico. "Até hoje, não existe sangue artificial. Muitas tentativas foram feitas, mas sem sucesso."
No entanto, o estudo ainda é muito experimental. Em informações oficiais fornecidas à reportagem, o NHS disse que "a introdução de novos tratamentos pode levar de 5 a 15 anos", já que muitos outros passos ainda precisarão ser feitos antes de, se tudo correr bem, consolidar a tecnologia.
Além disso, o sangue artificial provavelmente será destinado a um público bem específico. Pessoas com anemia falciforme, por exemplo, precisam constantemente receber transfusões de sangue. As hemácias produzidas em laboratório poderiam ser úteis para evitar escassez da substância para esses pacientes.
Indivíduos com sangue raro são outro público-alvo dessa tecnologia. Essas pessoas normalmente enfrentam dificuldades para encontrar doadores compatíveis. Como o sangue artificial é produzido a partir de células-tronco, seria possível selecionar essas células de pacientes com sangue raro e desenvolver as hemácias a partir desse tipo sanguíneo.
Outra possibilidade é que, no futuro, a produção de sangue artificial não seria mais dependente do cultivo constante de células-tronco. A ideia é que talvez seja possível desenvolver linhagens celulares que produzem hemácias constantemente, sem depender da ingestão de novas células-tronco na solução nutritiva.
O NHS disseque essa ideia ainda é muito preliminar e várias pesquisas precisam ser feitas para, talvez, alcançar tal feito. Percepção parecida é de Vidigal, o pesquisador do Genoma USP. "Eu acho que é bem futurista", afirmou o cientista em referência a essa ideia.
FOLHAPRESS
SÃO CARLOS/SP - O vice-prefeito de São Carlos, Roselei Françoso, juntamente com o secretário de Saúde, Leandro Pilha, abriram oficialmente, na manhã desta terça-feira (24/06), a 3ª Oficina Regional de Gerenciamento de Risco Sanitário, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, no Hotel Nacional Inn. O evento reuniu representantes das Vigilâncias Sanitárias dos 24 municípios que compõem o Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS III), com ênfase na discussão sobre segurança sanitária nas clínicas de estética — setor que tem gerado crescente preocupação entre os profissionais da área.
Com foco na prevenção de riscos, o evento abordou a necessidade de padronização das ações fiscalizatórias nos serviços de estética e embelezamento — segmento que, segundo dados da Anvisa, concentra o maior número de denúncias recebidas atualmente.
“Estamos falando de um campo em franca expansão, que exige uma vigilância criteriosa e baseada em evidências”, destacou a enfermeira Vanessa Lopes Munhoz Afonso, da Divisão de Serviços de Saúde do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. “Durante a oficina, tratamos de aspectos técnicos como habilitação profissional, requisitos legais, infraestrutura e tipos de serviços, sempre com foco na mitigação dos riscos e na proteção do cidadão”.
A supervisora da Vigilância Sanitária de São Carlos, Fernanda Cereda, reforçou que a iniciativa visa garantir que os municípios atuem de forma uniforme. “Estamos reunindo 24 cidades em prol da harmonização das ações, para que todos os estabelecimentos inspecionados ofereçam segurança à população”.
A diretora de Vigilância em Saúde, Denise Martins, também enfatizou o caráter de integração do encontro. “Mais do que uma troca técnica, este espaço coletivo nos permite avançar na gestão dos riscos sanitários e valorizar o trabalho conjunto entre os municípios”.
O secretário de Saúde, Leandro Pilha, destacou o protagonismo de São Carlos nesse segmento. “São Carlos é referência em Vigilância Sanitária. A oficina mostra nossa capacidade de liderar ações importantes que protegem a sociedade e salvam vidas”.
O vice-prefeito Roselei Françoso observou que o objetivo principal é compartilhar o conhecimento técnico que São Carlos acumulou ao longo dos anos. “Essa troca com os demais municípios fortalece nosso compromisso com a saúde sanitária regional”, ressaltou o vice-prefeito. “Com o avanço e a popularização das clínicas de estética, é fundamental que esses serviços atuem com responsabilidade, seguindo protocolos que garantam a segurança da população”, concluiu.
BRASÍLIA/DF - Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados nas primeiras 24 semanas epidemiológicas de 2025 foram 30% superiores aos notificados no mesmo período do ano passado. Isso aumenta o alerta para o inverno, que começou oficialmente na última sexta-feira (20), já que muitos vírus respiratórios circulam mais nesse período, aumentando a quantidade de infecções e de casos graves.
"No inverno as pessoas ficam mais dentro de casa, nos escritórios, andam no transporte público com as janelas fechadas. Isso aumenta a proximidade das pessoas, e a maioria das infecções respiratórias se transmite por gotículas. Quando a gente tosse, fala, espirra, essas gotículas podem cair perto do olho, do nariz e da boca de outras pessoas e contaminá-las. Ou também podem cair na superfície, aí a pessoa toca e leva para o rosto sem perceber", explica a infectologista e professora do Instituto de Educação Médica, Silvia Fonseca.
Dois fatores que também contribuem para este quadro são a irritação das vias respiratórias, por causa do frio e do tempo seco, que assim ficam mais vulneráveis à infecções, e uma característica do vírus Influenza, causador da gripe, que o torna mais transmissível e mais replicável no organismo humano em baixas temperaturas.
Dados do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vêm mostrando o aumento de infecções por influenza. Considerando todos os mais de 103 mil casos graves de síndrome respiratória já contabilizados este ano pelo boletim, quase 53 mil tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus. Desses, cerca de 27% foram causados por algum tipo de influenza A ou B. Mas de meados de maio a meados de junho, a incidência de influenza subiu para mais de 40%.
Entre os dados de mortalidade, a influenza se destaca nas duas análises. Metade das quase 3 mil mortes causadas por SRAG, após infecção por algum vírus, ocorreu após uma infecção por gripe. Essa proporção sobe para 74,6% quando são consideradas apenas os óbitos com diagnóstico positivo para vírus respiratório registrados nas últimas quadro semanas.
Para a infectologista Silvia Fonseca, a percepção de que a gripe é uma doença leve ainda compromete a principal forma de prevenção dessas mortes. “O vírus influenza pode evoluir rapidamente para quadros de insuficiência respiratória, infecções pulmonares e internações prolongadas, especialmente em idosos e pacientes com doenças crônicas. A vacinação anual é a forma mais eficaz de reduzir esse risco”, afirma a professora de medicina.
De acordo com o painel da vacinação do Ministério da Saúde, até esta sexta-feira (20), menos de 40% do público-alvo tinha se vacinado contra a influenza este ano. A campanha começou na maior parte do país em abril, justamente para imunizar as pessoas mais vulneráveis antes do período de maior circulação da doença. O imunizante protege contra os subtipos A H1N1 e A H3N2 e B e tem grande eficácia contra casos graves e óbitos.
Outra infecção mortal que pode ser prevenida com vacina é a da covid-19. Apesar da incidência entre os óbitos causados por vírus ter caído, ela ainda foi de 30,9% nas 24 semanas epidemiológicas contabilizadas este ano. E nas últimas quatro semanas, enquanto os testes positivos para covid-19 foram apenas 1,6% de todos os casos graves causados por vírus, a proporção entre as mortes ficou em 4,2%, o que comprova a letalidade do coronavírus, especialmente em idosos.
Entre as crianças, permanece a preocupação com o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite, uma inflamação que atinge as estruturas mais finas dos pulmões e que pode causar a morte, especialmente entre menores de 2 anos. Há vacina contra o VSR para idosos e grávidas – que transmitem anticorpos para o recém-nascido – mas apenas em clínicas particulares. O Ministério da Saúde já anunciou a incorporação da vacina para as gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do segundo semestre.
O período de maior circulação do VSR começa no outono e já dá sinais de queda, conforme o boletim Infogripe, mas os casos ainda são numerosos. Considerando todo o ano de 2025, ele foi o patógeno mais prevalente, diagnosticado em 45,3% dos casos graves causados por vírus. O VSR também foi responsável por 13% das mortes com diagnostico positivo registradas nas últimas quatro semanas.
A professora de Enfermagem da Faculdade Estácio Andréia Neves de Sant'Anna lembra que as normas de etiqueta respiratória ainda são válidas e ajudam a diminuir a propagação dos vírus: evitar aglomerações e ambientes fechados; lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir; evitar tocar olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais.
Além disso, Andréia reforça que repouso, alimentação equilibrada, e bastante hidratação, podem ajudar o organismo a se recuperar mais facilmente.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO CARLOS/SP - Em 2025 já foram registradas 24.640 notificações para Dengue, com 5.251 casos descartados e 18.996 casos positivos (45 casos referentes a essa última semana e 20 referentes a exames de semanas anteriores, cujo resultado saiu somente agora), sendo todos autóctones, 393 ainda aguardam resultado de exame, com 18 óbitos confirmados, 6 óbitos em investigação e 16 descartados. Neste momento 2 pessoas estão internadas em enfermaria e 2 em UTI.
Para Chikungunya foram registradas 470 notificações, com 465 casos descartados, 2 casos positivos (todos importados) e 3 aguardando resultado de exame.
Para Zika foram registradas 416 notificações, com 416 casos descartados e Febre Amarela 1 notificação e 1 óbito confirmado e nenhum exame pendente para humanos. Portanto até o momento foram registrados 18 óbitos por Dengue e 1 para Febre Amarela.
SÃO CARLOS/SP - Já imaginou se uma substância natural pudesse fortalecer nossas células e impedir que vírus respiratórios — como os da gripe ou da COVID-19 — conseguissem nos infectar? Esse foi o foco de uma pesquisa brasileira que mergulhou nas propriedades de uma molécula chamada baicaleína, encontrada em uma planta usada há séculos pela medicina tradicional chinesa (Scutellaria baicalensis / Escutelária Chinesa / Huang Qin / Raiz Dourada). Embora seja um nome pouco conhecido do público, a baicaleína pode estar entre as futuras armas no combate a infecções virais.
Os pesquisadores mostraram que essa molécula tem a capacidade de interagir com as membranas celulares humanas e, dependendo do tipo de célula, reforçar suas defesas naturais. Segundo o pesquisador do FCL/UNESP, Pedro Henrique Benites Aoki e um dos autores do estudo “Isso pode representar um novo tipo de proteção contra vírus que atacam o sistema respiratório, como o coronavírus, o vírus da gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros”.
Um escudo invisível: como a baicaleína age nas nossas células
Todas as nossas células são envoltas por uma membrana — uma camada microscópica composta basicamente por gorduras (lipídios), que funciona como uma espécie de “parede inteligente”, controlando o que entra e sai. Quando um vírus ataca nosso corpo, ele precisa atravessar essa barreira para infectar a célula e, por isso, fortalecer essa estrutura é uma estratégia promissora para bloquear o início da infecção.
O estudo, publicado neste ano de 2025 na respeitada revista científica Langmuir (VER AQUI), investigou exatamente como a baicaleína interage com modelos de membranas celulares. Para isso, os cientistas utilizaram dois tipos diferentes de células humanas cultivadas em laboratório: as Células HEp-2, da região da faringe, que costumam ser altamente vulneráveis a infecções respiratórias, e as Células A375, da pele, que normalmente não são infectadas por vírus respiratórios.
E o que os pesquisadores descobriram foi surpreendente: Nas células HEp-2, a baicaleína ajudou a compactar e organizar melhor a membrana celular. Isso a torna mais rígida e resistente — dificultando a entrada de vírus. Já nas células A375, o efeito foi o contrário, ou seja, a membrana ficou mais fluida e desorganizada, sem efeitos protetores. Resumidamente, a baicaleína parece atuar de forma inteligente e seletiva, protegendo principalmente as células mais vulneráveis a infecções respiratórias.
Por que isso é um avanço importante?
Atualmente, a maioria dos medicamentos antivirais age, tentando impedir a sua replicação. Essa estratégia é eficaz, mas tem limitações, já que muitas vezes, quando os sintomas aparecem, o vírus já está bem instalado no organismo. Além disso, os vírus podem sofrer mutações e se tornar resistentes a esses medicamentos, como já aconteceu com várias variantes do SARS-CoV-2. A baicaleína traz uma proposta diferente, que é reforçar a defesa das células antes da infecção acontecer, tornando o corpo um terreno hostil para os vírus. Isso representa uma abordagem inovadora e complementar à medicina tradicional, podendo ser especialmente útil como forma de prevenção. Imagine um futuro em que pessoas com maior risco — como idosos, portadores de doenças respiratórias crônicas ou profissionais de saúde — possam tomar um suplemento com baicaleína para reduzir as chances de infecção em períodos de alta circulação viral. Parece promissor!
Outros benefícios da baicaleína
A baicaleína não é apenas antiviral. Ela também apresenta propriedades antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento celular, e anti-inflamatórias, que reduzem processos inflamatórios crônicos associados a várias doenças. Isso significa que seu uso pode trazer benefícios amplos à saúde, especialmente em situações que envolvem estresse celular, infecções ou lesões. Em estudos anteriores, por exemplo, a baicaleína já demonstrou proteger os pulmões de danos causados por vírus e melhorar a sobrevivência de células infectadas — inclusive em testes com o coronavírus.
O que falta para virar um medicamento?
Apesar dos resultados promissores, a baicaleína ainda não está disponível como tratamento aprovado contra infecções virais, isso porque a ciência exige um processo rigoroso para transformar descobertas de laboratório em medicamentos seguros e eficazes.
Contudo, as próximas etapas incluem:
a)Testes em células vivas e tecidos reais, para confirmar os efeitos observados em modelos simplificados;
b)Estudos em animais para entender como a baicaleína se comporta no organismo — como é absorvido, distribuído, metabolizado e eliminado;
c)Ensaios clínicos em humanos para avaliar segurança, dose ideal, possíveis efeitos colaterais e, claro, sua real eficácia;
d)Desenvolvimento de formulações práticas, como cápsulas, sprays nasais ou inaladores, que garantam que a baicaleína chegue ao local desejado — principalmente aos pulmões e vias respiratórias.
Ciência e natureza: uma parceria com grande futuro
Esse estudo mostra como a união entre a sabedoria tradicional e a pesquisa científica moderna pode gerar soluções inovadoras. Muitas vezes, a natureza já oferece moléculas potentes — e o papel da ciência é compreender como elas funcionam e como os cientistas a podem usar da melhor forma. “Num mundo que ainda enfrenta os impactos das pandemias e o surgimento de novas variantes virais, buscar estratégias que fortaleçam o organismo e atuem preventivamente é mais urgente do que nunca”, conforme afirma o docente, pesquisador do IFSC/USP e coautor deste estudo, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.
A baicaleína urge como uma promessa nesse cenário e talvez, no futuro, essa molécula que hoje está nas raízes de uma planta ancestral possa estar nas farmácias, ajudando a proteger milhões de pessoas.
Bruna Alves Martins é a primeira autora deste estudo e faz parte do grupo Nanotec, coordenado pelo Prof. Dr. Pedro Henrique Benites Aoki. Ela realizou seu projeto de pesquisa de iniciação científica com bolsa Fapesp (2023/17301-5) durante a graduação em Engenharia Biotecnológica, investigando as interações moleculares do flavonoide baicaleína.
Ela segue investigando esse flavonoide agora no mestrado, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologia de Materiais (POSMAT), com bolsa Fapesp (2025/00626-4).
Para conferir esta pesquisa, acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/06/martins-et-al-2025-baicalein-interactions-with-lipid-membrane-models-implications-for-its-protective-role-against.pdf
SÃO CARLOS/SP - Com o tema “Construir a saúde de São Carlos para todos: fortalecer o SUS com participação social e equidade no cuidado”, a XVII Conferência Municipal de Saúde de São Carlos foi realizada na terça-feira (17/6), reunindo representantes da população, profissionais da saúde, gestores, entidades e instituições. O encontro, realizado no salão social do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindspam), marcou um momento de escuta e planejamento coletivo para o futuro da saúde pública no município.
A conferência contou com a presença da diretora técnica do Departamento Regional de Saúde (DRS), Mary Cristina Ramos Pinto, que destacou seu papel estratégico. “A conferência é um instrumento importantíssimo que vai nortear o Plano Municipal de Saúde dos próximos quatro anos. Embora seja opcional, orientamos que todos os municípios realizem suas conferências para ouvir os usuários, os trabalhadores e traçar diretrizes para a gestão”, afirmou.
Mary Cristina elogiou o empenho da Secretaria de Saúde na realização do evento. “Início de gestão é sempre um momento de muitos desafios. É extremamente louvável que, mesmo assim, o secretário de Saúde, Leandro Pilha, e sua equipe tenham promovido uma conferência com tamanha diversidade de participantes”, disse. “Participar da conferência nos permite ouvir as necessidades dos municípios e articular políticas, fluxos e integrações mais eficazes”, complementou.
CIDADÃO — Já o médico Flávio Guimarães, diretor da Santa Casa de São Carlos, reforçou que a conferência não é apenas uma ação institucional, mas uma medida diretamente voltada para o cidadão. “A principal importância dessa conferência é para o paciente. O SUS foi feito para funcionar em rede, e hospitais como a Santa Casa têm que fazer parte disso. O paciente precisa ter os níveis de assistência organizados conforme sua demanda e necessidade”.
Segundo ele, o momento também é propício para reavaliar condutas. “É uma oportunidade de estabelecer protocolos e rever práticas, sempre com o objetivo de melhorar o atendimento. Muita coisa boa já é feita, mas sempre há espaço para crescer”.
O presidente da Câmara de São Carlos, Lucão Fernandes, destacou o empenho do Legislativo em contribuir para o fortalecimento da saúde no município e a importância de eleger representantes comprometidos com essa pauta. “A Câmara de São Carlos está comprometida em contribuir com o fortalecimento da saúde pública. É fundamental que a cidade eleja representantes comprometidos com essa pauta na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, para que possamos garantir recursos e políticas que atendam às reais necessidades da nossa população”.
O secretário de Saúde, Leandro Pilha, salientou a necessidade de discutir o sistema de financiamento público da Saúde. “O SUS é uma conquista histórica e um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Mas, como todo sistema de grande porte, ele enfrenta desafios diários — desde o subfinanciamento até as desigualdades regionais no acesso ao cuidado. Por isso, espaços como esta conferência são fundamentais: é aqui que conseguimos ouvir a população, os profissionais e as instituições, compreender as realidades locais e, a partir desse diálogo, construir soluções concretas”.
A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Liz Cadamurro, reforçou que nenhuma política pública de saúde pode se sustentar sem considerar o SUS como seu pilar fundamental — seja no enfrentamento de epidemias, na organização da atenção básica, na formação de profissionais ou na integração com as demais políticas sociais. “E o nosso papel, enquanto Conselho Municipal de Saúde, é garantir que a saúde pública continue a funcionar com transparência, participação social e eficácia”.
A conferência debateu três eixos temáticos: atenção primária e especializada; rede de urgência e hospitalar; e financiamento do SUS. O evento contou com a participação da vice-reitora da UFSCar, Maria de Jesus Dutra dos Reis; do representante dos usuários do SUS, Cleber de Souza Claudio; do presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP), Azuaite Martins de França; do secretário da Pessoa com Deficiência e Paradesporto, Rafinha Almeida; da secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Gisele Santucci; e dos vereadores Cidinha do Oncológico, Djalma Nery e Larissa Camargo. A professora Sigrid de Souza Santos, do Departamento de Medicina da UFSCar, proferiu palestra aos participantes.
SÃO CARLOS/SP - O município de São Carlos foi contemplado com a destinação de R$ 250 mil reais, valor que será utilizado para a aquisição de uma ambulância zero quilômetro. O recurso, proveniente de emenda parlamentar do Deputado Estadual Guto Zacarias, foi conquistado por meio de articulação do Vereador Bruno Zancheta, que destacou a importância de mais essa conquista para a saúde da cidade.
O valor já foi depositado na conta da Prefeitura Municipal, o que garante maior agilidade no processo de aquisição do veículo, que será utilizado para reforçar o atendimento e o transporte de pacientes na rede pública de saúde.
Para o vereador Bruno Zancheta, o investimento representa um avanço importante. “É uma vitória para São Carlos! Essa ambulância nova vai reforçar o sistema de saúde e garantir mais dignidade no atendimento à toda população. Agradeço imensamente ao Deputado Guto Zacarias por atender nosso pedido e olhar com tanto carinho para as demandas do nosso município”, destacou o parlamentar.
O vereador também adiantou que outras ações estão sendo encaminhadas junto ao deputado e reforçou o compromisso do mandato com melhorias efetivas na saúde pública local.
"Vem mais novidade boa por aí. Temos pautas para avançarmos também na área da educação e segurança pública", finalizou Bruno Zancheta.
PRESIDENTE PRUDENTE/SP - O governador Tarcísio de Freitas inaugurou, na quarta-feira (18), uma nova unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro em Presidente Prudente. Com investimento de R$ 21,4 milhões para construção da unidade, a estrutura será a primeira da rede a oferecer, de forma integrada, serviços especializados para pessoas com deficiência física, auditiva e visual. A entrega ocorreu durante a Caravana 3D – Desenvolvimento, Dignidade e Diálogo na região. Iniciativa que percorre cidades levando serviços e estreitando o diálogo com a população de todo o Estado.
“Esta não é só uma entrega de novo equipamento, mas é uma entrega de amor e esperança. Estamos falando de um local que vai acolher as famílias, com um time de profissionais capacitados que vai estar dedicado à recuperação, à reabilitação, ao recomeço, que vai cuidar dos pacientes e de suas famílias”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas.
A Secretaria de Estado da Saúde também investiu R$ 4,5 milhões para a aquisição de equipamentos e mobiliários. A unidade começa a atender em 23 de junho, com a reabilitação física, e posteriormente contará também com a auditiva e a visual. O equipamento ocupa um espaço de mais de 2,9 mil metros quadrados e atingirá a capacidade plena de atendimentos até dezembro deste ano.
O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, esteve presente na inauguração, além de autoridades locais.
“Está é a primeira unidade que vai estar atendendo e recuperando as três deficiências, auditiva, visual e locomotora. É um governo comprometido com a saúde, o social, o desenvolvimento, mas também com a dignidade da população paulista. É uma entrega muito importante para a região e vamos fazer a mudança na vida das pessoas”, destacou o secretário Eleuses Paiva.
O Centro de Reabilitação irá ofertar atendimento a pessoas com deficiências físicas, auditivas e visuais. A capacidade mensal é para cerca de 7,5 mil sessões terapêuticas e consultas mensais com equipe multidisciplinar, como educação física, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, ortóptica, psicologia, terapia ocupacional e serviço social.
“A nova unidade não apenas reforça a infraestrutura de reabilitação na região, mas também simboliza um passo significativo em direção à inclusão e acessibilidade para todos os cidadãos. Com essa iniciativa, estaremos mais próximos de proporcionar uma vida plena e digna para as pessoas com deficiência, reforçando o papel fundamental desta gestão na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, ressalta o Secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa.
A unidade também ofertará mensalmente mais de 1 mil consultas médicas nas especialidades de fisiatria, otorrinolaringologia e oftalmologia, e mais de 434 tecnologias assistivas, como órteses, próteses e meios de locomoção. No total, 116 profissionais prestarão os atendimentos.
O serviço também contará com equipamentos de tecnologia robótica, como os robôs Lokomat e Armeo-Power, que serão utilizados no tratamento de membros inferiores e superiores, respectivamente. Com atendimento 100% pelo SUS, a unidade será referência para os 45 municípios da região de saúde de Presidente Prudente.
Governo de SP
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