SÃO PAULO/SP - A Butantan-DV, vacina da dengue do Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foi aprovada na quarta-feira (26) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser utilizada na população brasileira de 12 a 59 anos. Com o parecer favorável, o Estado de São Paulo fez história e saiu à frente como pioneiro no imunizante, que é o primeiro contra dengue em dose única no mundo. A vacina deverá ser incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI). O início da vacinação e a faixa etária de aplicação ainda serão definidas pelo Ministério da Saúde.
“A gente vem sofrendo muito com a dengue nos últimos anos e temos que celebrar a vacina brasileira. Por ser de dose única, vai nos ajudar muito na imunização, na cobertura vacinal. É a vitória da ciência, é a vitória da inovação, é a vitória do Butantan”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas durante o evento que oficializou a aprovação nesta quarta-feira na sede do instituto, na capital.
O Instituto Butantan já havia dado início à produção do imunizante em seu parque industrial, tendo mais de um milhão de doses prontas para serem disponibilizadas ao PNI. Além disso, o Butantan fechou uma parceria internacional com a empresa chinesa WuXi para aumentar a produção. O acordo permitirá ampliar a capacidade de fornecimento para entregar aproximadamente 30 milhões de doses no segundo semestre de 2026.
“É um feito histórico para a ciência e a saúde do Brasil. Uma doença que nos aflige há décadas agora poderá ser enfrentada com uma arma muito poderosa: a vacina em dose única do Instituto Butantan. Um desenvolvimento feito por cientistas, trabalhadores e voluntários brasileiros que poderá salvar vidas por todo o país”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.
Para o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, o imunizante é um dos maiores avanços científicos das últimas décadas. “A produção da vacina da dengue em território paulista demonstra nossa capacidade de liderar o desenvolvimento de biotecnologias estratégicas para o país, reduzindo a dependência de importações e assegurando autonomia na proteção da nossa população”, disse.
Em 2024, o Brasil registrou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue – quatro vezes mais do que em 2023, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2025, até meados de novembro, foram notificados 1,6 milhão de casos prováveis. Desde o começo dos anos 2000, mais de 20 milhões de brasileiros já foram acometidos pela doença.
A aprovação da vacina é sustentada pelos resultados de cinco anos de acompanhamento dos voluntários do ensaio clínico de fase 3 encaminhados à Anvisa. No público de 12 a 59 anos, o imunizante mostrou 74,7% de eficácia geral, 91,6% de eficácia contra dengue grave e com sinais de alarme e 100% de eficácia contra hospitalizações por dengue. O estudo, conduzido entre 2016 e 2024, avaliou a Butantan-DV em mais de 16 mil voluntários residentes de 14 estados brasileiros. Resultados anteriores do acompanhamento de dois e 3,7 anos foram publicados no The New England Journal of Medicine e na The Lancet Infectious Diseases, respectivamente.
Composto pelos quatro sorotipos do vírus da dengue, o imunizante se mostrou seguro e eficaz tanto em pessoas com infecção prévia como naquelas que nunca tiveram contato com o patógeno. A maioria das reações foi leve a moderada, sendo as principais dor e vermelhidão no local da injeção, dor de cabeça e fadiga. Eventos adversos sérios relacionados à vacina foram raros e todas as pessoas se recuperaram.
A vacina da dengue do Instituto Butantan é a primeira que pode ser aplicada em apenas uma dose no mundo, o que tem potencial de facilitar a adesão do público e a logística da campanha. Os benefícios da dose única foram descritos em um relatório publicado por pesquisadores do Reino Unido na Human Vaccines & Immunotherapeutics, em 2018. O estudo apontou que programas de imunização com menos doses estão associados a uma melhor cobertura vacinal e enfrentamento da doença.
“A produção da vacina da dengue em dose única pelo Instituto Butantan consolida São Paulo como referência nacional em biotecnologia. Este avanço, sustentado por evidências robustas e alta capacidade industrial, reforça a autonomia científica do Estado e assegura a proteção da população brasileira”, afirma a secretária de Estado da Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris.
O Instituto Butantan pretende ampliar a faixa etária de vacinação tanto para o público pediátrico quanto para aqueles acima de 60 anos. Para isso, já recebeu aprovação da Anvisa para avaliar a vacina da dengue na população de 60 a 79 anos. Se os resultados da pesquisa forem satisfatórios, será possível solicitar à agência reguladora a inclusão desse grupo nas recomendações do imunizante. Além disso, mais dados deverão ser coletados para avaliar a possível inclusão das crianças de 2 a 11 anos nas recomendações da vacina. Os estudos clínicos realizados já comprovaram que a vacina é segura nesta faixa etária.
GOverno de SP
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que, nesta terça-feira (25/11), os veículos equipados com mamógrafos, conhecidos como “Mama Móvel”, estarão nos bairros Cruzeiro do Sul e São Carlos VIII para a realização gratuita de exames de mamografia.
A faixa etária recomendada para o exame é de 40 a 74 anos. Mulheres abaixo dessa idade devem comprovar histórico familiar de câncer de mama, conforme prevê a legislação vigente.
O serviço teve início nesta segunda-feira (24/11), atendendo usuárias do SUS em Água Vermelha, na Vila Isabel (região da CDHU) e no Botafogo, onde os veículos foram posicionados ao lado das unidades de saúde. Em Água Vermelha foram disponibilizados 70 exames; na Vila Isabel e no Botafogo, 30 em cada local.
A contratação do serviço foi viabilizada por meio de emenda parlamentar da vereadora Cidinha do Oncológico, no valor de R$ 60 mil. Ao todo, 440 mamografias deverão ser realizadas até o dia 27 de novembro.
O secretário municipal de Saúde, Leandro Pilha, acompanhou o início dos atendimentos na Unidade de Saúde da Família (USF) de Água Vermelha e destacou que as unidades estão avisando e agendando as pacientes que têm indicação para o exame. “Também estamos trabalhando com a demanda espontânea. Basta procurar uma UBS ou USF, solicitar a guia e fazer o agendamento. Dependendo do caso, a mamografia pode ser realizada no mesmo dia”, afirmou. Ele lembrou ainda que, se o resultado apresentar alterações, a paciente será encaminhada ao serviço de referência do SUS para diagnóstico complementar ou início do tratamento.
Os resultados das mamografias realizadas no Mama Móvel serão entregues em até 20 dias, diretamente na unidade onde o veículo esteve estacionado ou na unidade de referência mais próxima.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que pacientes que já possuem exames agendados no Hospital Universitário, AME ou Santa Casa devem manter seus compromissos.
Confira a programação do Mama Móvel até 27 de novembro:
UNIDADE MÓVEL 01
DIA 25/11- UBS CRUZEIRO DO SUL
Horário dos exames: 8h às 15h
Previsão: realização de 70 exames (10 por hora)
DIA 26/11 - UBS ARACY
Horário dos exames: 8h às 15h
Previsão: realização de 70 exames (10 por hora)
UNIDADE MÓVEL 02
25/11 - USF SÃO CARLOS 8
Horário dos exames: 8h às 10h
Previsão: realização de 30 exames (10 por hora)
25/11 - UBS SÃO JOSÉ
Horário dos exames: 13h às 15h
Previsão: realização de 30 exames (10 por hora)
26/11- USF SANTA ANGELINA/USF ARNON DE MELO
Horário dos exames: 8h às 10h
Previsão: realização de 30 exames (10 por hora)
26/11- USF ROMEU TORTORELLI
Horário dos exames: 13h às 15h
Previsão: realização de 30 exames (10 por hora)
27/11- USF ANTENOR GARCIA
Horário dos exames: 8h às 10h
Previsão: realização de 30 exames (10 por hora)
27/11- USF ZAVAGLIA
Horário dos exames: 13h às 15h
Previsão: realização de 30 exames (10 por hora).
SÃO CARLOS/SP - Depois de enfrentar um dos períodos mais críticos da dengue em sua história recente, São Carlos começa a perceber uma trégua. O novo boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (24) mostra que os casos positivos vêm caindo de forma consistente ao longo das últimas três semanas — um sinal de que as ações intensificadas no território começam a surtir efeito.
De setembro a novembro, o município registrou 94 casos positivos, número bem inferior aos 184 contabilizados no período anterior. A redução ocorre após meses de transmissão acelerada: entre março e maio, a cidade viveu o pico da epidemia, concentrando 17.809 dos 20.233 casos positivos de 2025, além de 22 das 23 mortes confirmadas até agora.
Ao todo, 29.711 suspeitas de dengue foram notificadas neste ano, das quais 9.458 foram descartadas. O boletim atualizado também retoma um caso fatal ocorrido em junho, mas confirmado apenas agora: um idoso de 81 anos, morador do Boa Vista, com comorbidades. O município ainda investiga um óbito e já descartou 26 mortes suspeitas.
Outras arboviroses também foram monitoradas ao longo do ano. Chikungunya teve 609 notificações e 5 confirmações, enquanto os 542 casos suspeitos de Zika foram totalmente descartados. A cidade ainda registrou três notificações de Febre Amarela, sendo duas negativas e um óbito confirmado.
Embora o cenário atual seja mais favorável, as equipes de saúde alertam que o período chuvoso exige atenção redobrada. O combate ao Aedes aegypti — vetor comum das quatro doenças — continua sendo fundamental para impedir que novos surtos coloquem a cidade novamente em alerta.
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos realizou, nesta sexta-feira (21), a 11ª captação de órgãos de 2025. O número já supera o registrado no ano passado, quando foram feitas 10 captações. A doação foi autorizada pela família após a confirmação de morte encefálica causada por Acidente Vascular Cerebral (AVC) em uma paciente de 42 anos.
A ação foi conduzida pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) e resultou na captação de córneas, rins e ossos em um trabalho conjunto entre a equipe da Santa Casa e profissionais do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
O coordenador de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e membro da CIHDOTT, Tiago Clezer, explicou que orientar a família com clareza é essencial.
“Conversar sobre cada etapa, com calma e transparência, faz diferença nesses momentos”, afirmou.
Dados do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, desta sexta-feira (21), indicam que mais de 47,9 mil pessoas aguardam por um transplante no país. Segundo Tiago Clezer, quem deseja ser doador deve informar a família em vida, para que a vontade seja respeitada.
O provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Junior, agradeceu à família pela autorização.
“A Santa Casa realiza esse trabalho com muita seriedade, respeito e responsabilidade. Agradecemos à família pela confiança e por esse gesto de generosidade, que representa esperança para quem aguarda por um transplante”, afirmou.
SÃO PAULO/SP - Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado na quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000.
Apenas nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres – 11% delas com 15 anos ou mais – foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. “O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido dolorosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, destacou a OMS.
Pela primeira vez, o relatório inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. É o caso de 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais. “Um número que, segundo especialistas, é significativamente subnotificado devido ao estigma e ao medo”, alertou a OMS.
“A violência contra mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade e, ainda assim, uma das menos combatidas”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”, completou, ao citar que acabar com a violência sexual contra mulheres não é apenas uma questão política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.
“Por trás de cada estatística, há uma mulher ou menina cuja vida foi alterada para sempre. Empoderar mulheres e meninas não é opcional, é um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde. Um mundo mais seguro para as mulheres é um mundo melhor para todos”, concluiu Tedros.
A OMS alerta que mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. “Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam”.
O relatório destaca ainda que a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Ao longo dos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos (16% do total) sofreram violência física e/ou sexual praticada pelo parceiro.
“Embora a violência ocorra em todos os países, mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis às mudanças climáticas são afetadas de forma desproporcional”, ressaltou a OMS.
A Oceania, por exemplo, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global, de 11%.
Segundo o relatório, mais países coletam dados para fundamentar políticas públicas de combate à violência contra a mulher, mas ainda existem lacunas significativas – sobretudo em relação à violência sexual praticada por pessoas que não são parceiros íntimos, e a grupos marginalizados como mulheres indígenas, migrantes e com deficiência.
Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, o documento apela para ações governamentais decisivas e financiamento com o objetivo de:
AGÊNCIA BRASIL
Cobertura vacinal em São Carlos está abaixo da meta e Vigilância em Saúde reforça importância da imunização
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde emitiu um alerta para o reforço das medidas de prevenção contra a COVID-19, após registrar crescimento de casos nas últimas semanas de outubro. No período, foram confirmados 229 casos positivos e um óbito, de uma mulher de 82 anos com comorbidades.
Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde, as oscilações de temperatura, o aumento da permanência em ambientes fechados, a redução da imunidade ao longo do tempo e o surgimento de novas variantes favorecem a transmissão do vírus, mesmo entre pessoas já imunizadas. A recomendação é que todos os grupos elegíveis mantenham seu esquema vacinal atualizado, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
A Secretaria reforça que as vacinas disponíveis são eficazes contra as variantes em circulação e continuam sendo a principal forma de prevenir casos graves, hospitalizações e óbitos. No entanto, a cobertura vacinal do município está abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde. Entre crianças de 5 anos, apenas 30,8% completaram as três doses recomendadas; no público acima de 12 anos, o índice é de 29,47%.
O esquema vacinal recomendado é o seguinte:
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos, esquema de três doses da Pfizer (Comirnaty), com intervalo de quatro semanas entre a 1ª e 2ª doses e oito semanas entre a 2ª e 3ª;
- Idosos: uma dose a cada seis meses.
- Gestantes: uma dose por gestação, em qualquer período.
- Vacinação para grupos especiais (a partir de 5 anos): recebem uma dose anual pessoas em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional, trabalhadores dos Correios, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, pessoas em situação de rua, imunocomprometidos. Para imunocomprometidos, o esquema primário é de três doses (intervalos de 4 e 8 semanas) e a vacinação periódica é de uma dose a cada seis meses. População geral de 5 a 59 anos sem vacinação prévia, recebe dose única.
Denise Martins Gomide, diretora de Vigilância em Saúde, orienta para que pessoas com sintomas de síndrome gripal procurem as unidades de saúde para realização do teste rápido e avaliação clínica. “A síndrome gripal pode incluir febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza e alterações no olfato ou paladar e as principais medidas de prevenção envolvem vacinação em dia, higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, evitar tocar o rosto com as mãos sujas, etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar, evitar contato próximo com pessoas doentes, permanecer em casa em caso de sintomas, uso de máscaras, principalmente em situações de tosse, coriza ou em locais fechados”, orienta a diretora.
“A saúde pública é um esforço coletivo. Contamos com a colaboração da população para reduzir a circulação do vírus e proteger especialmente os mais vulneráveis. Vacinar-se é um ato de responsabilidade individual e de cuidado com toda a comunidade. Seguimos trabalhando, monitorando os dados e ampliando ações de prevenção, mas a participação de cada cidadão faz toda a diferença neste momento”, ressalta Leandro Pilha, secretário de Saúde.
A vacina contra a COVID-19 está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e todas as Unidades de Saúde da Família (USFs) de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30.
SÃO CARLOS/SP - Com a chegada dos meses mais quentes e úmidos, período em que os acidentes por escorpião costumam aumentar, a Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias de São Carlos intensificou as ações de prevenção e manejo ambiental. Somente em 2025, foram contabilizados 71 acidentes e 243 encontros com escorpiões, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde.
As equipes de Agentes de Combate a Endemias (ACE) abordaram 369 imóveis, dos quais 207 foram efetivamente trabalhados, ou seja, os agentes foram recebidos pelos moradores e puderam realizar a vistoria, identificar possíveis esconderijos e orientar sobre medidas preventivas.
Além das visitas domiciliares, a busca ativa e captura de escorpiões é realizada quinzenalmente nos cemitérios, considerados pontos estratégicos para o controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da Dengue, Zika e Chikungunya.
A médica veterinária Luciana Marchetti, supervisora da Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias, reforça a importância da atuação integrada. “A prevenção do escorpionismo exige vigilância constante e o envolvimento da população. Nossos agentes fazem um trabalho técnico e educativo, mas é essencial que cada morador contribua com medidas simples, como manter o quintal”.
De acordo com a Secretaria de Saúde, crianças de até 10 anos estão entre os grupos mais vulneráveis aos efeitos do veneno, o que torna as ações de prevenção e o atendimento rápido às vítimas fundamentais para reduzir riscos e salvar vidas. A orientação é levar a vítima para a UPA ou diretamente para a Santa Casa, onde há soro antiveneno disponível.
A notificação da presença de escorpiões pode ser feita na sede da Unidade de Zoonoses, localizada na Rua Conde do Pinhal, 2.161, ou pelo telefone (16) 3307-7405.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos realiza, entre os dias 17 e 21 de novembro, a 2ª Semana Municipal de Promoção à Saúde Integral da População Negra. Instituído pela Lei nº 22.184/2024, o evento tem como objetivo ampliar o debate sobre saúde, combater desigualdades raciais e fortalecer políticas públicas voltadas à população negra por meio de ações educativas, culturais e assistenciais.
A programação ocorre em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e inclui palestras, rodas de conversa, serviços de prevenção, exames e atividades culturais.
A abertura oficial será realizada nesta segunda-feira (19/11), às 19h, no auditório do Paço Municipal. A mesa contará com o Dr. Ivair Alves dos Santos, ex-secretário nacional de Direitos Humanos e professor da UnB; Eduardo Joaquim de Oliveira, ex-presidente da União das Escolas de Samba de São Paulo (UESSP); Flávio Eduardo, representante da Juventude Negra de São Carlos e presidente da UNEGRO local; e Nereise Helena, professora e representante da Mulher Negra da ÇNPDAB em São Carlos.
Confira a programação completa da 2ª Semana Municipal de Promoção à Saúde Integral da População Negra:
18/11 – Centro Afro – Rua Dona Alexandrina, 844
9h – Roda de conversa “Família Atípica – com familiares de autistas”, com Marli Moretti
14h – Prática de Yoga com raízes africanas (Kemetic) e Roda de Tambores, com Gabriel Romão
19h – Centro Cultural da USP – Palestra “A visão de países africanos vista por um imigrante brasileiro”, com Carlos Alberto Leandro
19/11 – UBS Antenor Garcia – Rua Tetra Campeonato, 950
8h30 e 13h30 – Rodas de conversa com profissional médico e ações de prevenção ao longo do dia
19h30 – Auditório da ACISC (Rua General Osório, 401) – Palestra “Saúde do Homem”, com o urologista Dr. Helder Polido
20/11 – Dia da Consciência Negra
9h – Marcha, com saída do Centro Afro Odete dos Santos em direção ao Flor de Maio
14h – Estação Ferroviária – Samba na Estação
21/11 – Encerramento – Paço Municipal (Rua Episcopal, 1575)
14h – Aulão com certificado: “Anemia Falciforme”, com Sheila Ventura, presidente da APROFE
18h – Palestra “Obesidade”, com Ângelo Raimundo Felix, cantor, estudante de Direito e presidente da Associação dos Obesos de São Carlos
18h30 – “Saúde Mental: Psicanálise e Negritude”, com Adriano Farias, professor e psicólogo. Encerramento com o Griot Mestre Cassiano.
SÃO CARLOS/SP - O mês de outubro trouxe um novo alerta para a Vigilância em Saúde de São Carlos: após semanas de estabilidade, o município registrou 229 casos positivos de COVID-19, dentro de um total de 1.272 notificações. O aumento ocorre após meses consecutivos de números baixos e marca a confirmação do terceiro óbito pela doença em 2025 — uma mulher de 82 anos que apresentava comorbidades.
Os dados acumulados mostram forte discrepância ao longo do ano. Janeiro e fevereiro concentraram 1.065 casos positivos, enquanto março registrou 121. A queda continuou nos meses seguintes: abril somou 16 diagnósticos (e um óbito), maio 22, junho 17, julho 13, agosto 67 e setembro 75. Outubro, porém, representou o maior volume desde fevereiro.
Em perspectiva anual, 12.232 casos foram notificados até outubro. Embora o número de mortes seja menor do que o registrado em 2024 — quando 18 pessoas perderam a vida —, o comportamento irregular da transmissão mantém a preocupação entre especialistas, que recomendam atenção à vacinação e aos sintomas gripais.
A comparação com 2024 evidencia ciclos distintos da doença: naquele ano, fevereiro e março registraram juntos quase 3.700 casos, enquanto os meses intermediários mantiveram baixa circulação viral. Para a pasta da Saúde, o monitoramento constante segue sendo essencial para prevenir novos picos de transmissão.
SÃO CARLOS/SP - Em alusão ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, a Unimed São Carlos promove nesta sexta-feira (14) um evento gratuito voltado à prevenção, diagnóstico e orientação sobre a doença. As atividades acontecem das 14h às 20h, nas dependências da Fundação Educacional São Carlos (FESC), Campus 1 – Vila Nery, que cedeu o espaço para a realização da ação.
Durante o evento, serão oferecidos testes de glicemia, bioimpedância, aferição de pressão arterial, orientações de educação em saúde e atendimento médico com endocrinologista. Todas as atividades são abertas à comunidade e gratuitas.
A iniciativa integra o programa “Jeito de Cuidar Unimed”, que busca incentivar hábitos saudáveis, promover qualidade de vida e conscientizar a população sobre a importância do acompanhamento médico contínuo.
A FESC, parceira na realização, enaltece seu papel de apoio às ações voltadas à saúde da comunidade. Para o presidente da instituição, Eduardo Cotrim, a parceria é de extrema importância no cuidado com a saúde "Apoiar um evento como este, voltado à prevenção e ao cuidado com a saúde, sobretudo dos idosos, é reafirmar nosso compromisso com São Carlos e com a qualidade de vida de seus cidadãos", destacou.
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