SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos entregou, na manhã desta terça-feira (04/04), dois veículos modelo Citroën C3 que serão utilizados pela Secretaria Municipal Especial da Infância e Juventude (SMEIJ). A cerimônia de entrega dos automóveis, que totalizam um investimento de R$ 157.700,00, aconteceu no Paço Municipal e faz parte do processo de renovação da frota do município.
Os veículos foram custeados de três formas: por meio de emenda parlamentar do vereador licenciado Paraná Filho, em 2022, ocasião em que foram destinados R$ 63 mil; via saldo residual do programa Recriart, da Secretaria Municipal Especial de Infância e Juventude, com valor de R$ 62.325,48; e mais R$ 32.374,52 provenientes de recursos da própria pasta (Fonte 1).
Conforme a secretária municipal de Infância e Juventude, Ana Paula Vaz, os veículos fazem parte de uma reestruturação e que atende diversas necessidades. “Esses veículos complementam o elenco de conquistas que a SMEIJ tem obtido e um destes será utilizado pelo Conselho Tutelar, enquanto o outro auxiliará nos deslocamentos pertinentes às atividades administrativas da Secretaria e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Estas aquisições, além de proporcionar melhores condições de trabalho aos servidores e usuários, são importantes para a renovação da frota, gerando menor gasto com manutenções corretivas em relação aos veículos mais antigos”, destaca a secretária, lembrando que os veículos já possuem seguro.
Presente na ocasião, o vereador licenciado e atual secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Paraná Filho, recordou da destinação da emenda parlamentar que resultou na compra de um dos veículos. “Fomos procurados pela conselheira tutelar Ariane Fondanto solicitando auxílio com emenda parlamentar para a aquisição de veículo e então pudemos destinar recurso para a compra de um dos automóveis. Aproveitando o ensejo, a Secretaria Municipal Especial de Infância e Juventude tinha outro recurso que poderia ser utilizado e oportunamente se abriu uma licitação para comprar os dois veículos. O Conselho Tutelar tem um papel fundamental no nosso município e nós precisamos dar condições adequadas a estes homens e mulheres que atuam frente a esta causa", ressalta Paraná.
Já o secretário municipal de Governo, Netto Donato, enalteceu as melhorias trazidas para a sociedade com a compra dos veículos. “É muito importante o trabalho do Conselho Tutelar e, em parceria com a Câmara Municipal, através da emenda do vereador Paraná Filho, melhoramos a infraestrutura para o servidor e também do atendimento para a população. É isto que o prefeito Airton Garcia quer e é esta a nossa função na Prefeitura”, acrescenta Donato.
Também estiveram presentes o vice-prefeito, Edson Ferraz, os secretários municipais de Comunicação, Leandro Severo; de Gestão de Pessoas, Ana Beatriz Sodelli; de Relações Legislativas e Institucionais, Fernando Carvalho; e de Segurança Pública e Defesa Social, Samir Gardini. Além deles, compareceram os vereadores Bira e Dé Alvim, que representou o presidente da Câmara Municipal, vereador Marquinho Amaral, na ocasião.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Robertinho Mori, presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência, presidiu na última segunda-feira (3) na Câmara Municipal, uma audiência pública – solicitada pelo parlamentar – que discutiu assuntos relacionados ao autismo no município de São Carlos. A Comissão é composta também pelos vereadores Bruno Zancheta e Ubirajara Teixeira, que compareceram ao evento. O Dia Mundial de Conscientização do Autismo transcorreu no sábado, 2 de abril.
Durante a audiência pública, representantes de secretarias da administração municipal, entidades da sociedade civil e Conselho da Pessoa com Deficiência, abordaram problemas enfrentados pelas crianças com autismo, mencionando também a importância da atenção ao autista na fase adulta. Entre os temas em pauta estiveram a proteção do Direito da Pessoa com TEA, estudos do número de autistas no município, cadastro de pessoas com autismo, inserção no mercado de trabalho e ampliação de equipe multidisciplinar para diagnóstico.
Robertinho discorreu sobre a luta que tem realizado há anos para conseguir um local para atendimento de crianças após o diagnóstico de autismo. O vereador vem fazendo gestões junto ao Executivo para a definição de um espaço, com possibilidade de ser o antigo prédio do SESI, próximo à APAE.
Falaram na tribuna a secretária da Pessoa com Deficiência, Amariluz Garcia; o diretor pedagógico da secretaria de Educação,Paulo Rogerio da Silva a secretária de Cidadania e Assistência Social, Vanessa Soriano Barbuto, a representante da Secretaria de Saúde, Daiane Fernanda Campos, a presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência, Margarida Maria Roncon, a professora da Unicep, Ana Claudia Figueiredo Rebolho, a representante da ACORDE, Cleonice Amato, a gerente da APAE, Cristina Schiabel, a representante da ONG Espaço Azul, Rose Fernandes, a representante do Instituto Coragem, Marli Moretti, o advogado Fabrício Pepato e os vereadores Lucão Fernandes e Ubirajara Teixeira.
BRASÍLIA/DF - A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou que o governo irá lançar até o dia 10 de abril o primeiro bloco de concursos públicos autorizados para administração federal.
Esther Dweck destacou que há previsão no orçamento deste ano para realização dos concursos, que irão priorizar os órgãos com maior déficit de pessoal.
“Várias áreas estão com dificuldade. Foi um período de muito desmonte, praticamente sem nenhum concurso”, disse, em entrevista aos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Até o fim do ano, segundo a ministra, devem ser anunciados três blocos de concursos públicos para recomposição de pessoal. No momento, apenas uma seleção emergencial foi autorizada para a Agência Nacional de Mineração.
Sobre a concessão do reajuste salarial linear de 9% aos servidores federais, Esther Dweck explicou que é preciso que Congresso Nacional aprove uma adequação de rubricas na Lei Orçamentária de 2023.
Na última sexta-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Parlamento projeto de lei com a alteração. A expectativa do governo é de que a aprovação da proposta ocorra ainda este mês.
“Assim que ele for aprovado, o governo pode encaminhar o reajuste dos servidores. A meta, temos conversado com os líderes no Congresso, é que tenhamos uma aprovação célere desse projeto, para que seja aprovado ainda no mês de abril e o reajuste dos servidores possa valer a partir de maio”, afirmou a ministra em entrevista ao programa A Voz do Brasil.
A negociação salarial, acordada com cerca de 100 entidades sindicais, prevê ainda aumento de R$ 200 no auxílio alimentação dos servidores. Conforme a ministra, o valor adicional já será depositado no pagamento de maio.
Desde 2016, a maioria das categorias do funcionalismo federal não teve reajuste salarial. Em fevereiro, o ministério retomou a Mesa Nacional de Negociação Permanente com os servidores públicos federais, que servirá para discutir recuperação salarial e reestruturação de carreiras. A mesa foi instalada pela primeira vez em 2013.
Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil
EUA - Pela primeira na história norte-americana, um ex-presidente se torna réu. Donald Trump se apresentou à Justiça, na terça-feira (4), para responder sobre as 34 acusações criminais relacionadas ao caso de suborno para silenciar uma atriz pornô.
Trump chegou ao tribunal de Manhattan, onde ficou por cerca de uma hora e se declarou inocente das acusações. Após a audiência de custódia, ele foi liberado e vai responder ao processo em liberdade.
O ex-presidente foi fichado criminalmente junto à Justiça de Nova York e teve as impressões digitais coletadas.
A próxima audiência está marcada para o dia 4 de dezembro, de acordo com a imprensa americana.
O ex-líder norte-americano foi investigado por supostamente tentar encobrir um pagamento de 130 mil dólares para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. Ela alega que teve um caso extraconjugal com Trump.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Ubirajara Teixeira, o Bira, protocolou na Câmara Municipal de São Carlos na última semana um projeto de lei que torna obrigatória a instalação de detectores de metais em escolas públicas e privadas no município. O projeto agora seguirá para as comissões de vereadores para análise e parecer.
“O importante é que, como representante do Poder Legislativo, criamos uma lei para garantir a segurança dos estudantes. Infelizmente, nos últimos meses temos sido manchete internacional em razão de casos terríveis de violência nas escolas, inclusive com mortes. E esses equipamentos coíbem a entrada de armas (brancas e de fogo)”, disse Bira.
O parlamentar afirmou também que escolas tanto públicas quanto privadas necessitam urgentemente desse dispositivo, pois muitas delas, apesar de terem controladores de acesso, não possuem equipamentos para tal fiscalização. “É evidente que a onda de violência nos estabelecimentos de ensino, em que professores, funcionários e os próprios alunos são agredidos com instrumentos de ataque como facas e até armas de fogo, tem sido crescente”. “Devido à alta incongruente do ingresso desses materiais, maus alunos cometem infrações no interior das escolas, que deveriam ser um espaço seguro e eleito do saber”, completou Bira.
O vereador reforçou ainda que, além dos detectores de metais que podem ajudar a reduzir a probabilidade da entrada de objetos que sirvam de apoio ao cometimento de infrações, também é necessário que o próprio prédio do estabelecimento de ensino ajude na segurança. “As escolas precisam também de muros mais altos, cerca elétrica e até mesmo aumento do efetivo e a presença constante da Guarda Municipal, para efetuarem mais rondas no entorno das escolas. Precisamos coibir a violência e as drogas. Este é o dever do Poder Público”, avaliou Bira.
Durante a fase de tramitação, podem ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos, revisões no texto ou o posicionamento de outros órgãos públicos. Após o parecer das comissões, a proposição estará apta para votação em plenário, sendo que não há prazo regimental previsto para a tramitação completa. Caso seja aprovada, segue para a sanção do prefeito para virar lei. Se for vetada, cabe à Câmara dar a palavra final, se mantém o veto ou promulga a lei.
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na segunda-feira (3), que não concorda com as “avaliações negativas” que preveem crescimento do país em menos de 1%. “Vamos ver o que vai acontecer quando a chamada economia micro, pequena e média começar a acontecer nos rincões desse país. Vamos ver o que vai acontecer quando as pessoas começarem a produzir mais, a comprar mais, a vender mais. Vamos perceber que a economia vai dar um salto importante”, disse.
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano é de 0,9%, segundo o boletim Focus de hoje. O Ministério da Fazenda projeta o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 1,6%.
Há também as previsões do Banco Central, que é de 1,2%, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado semana passada, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê um PIB de 1,4% neste ano.
Lula comandou hoje a terceira reunião ampliada com ministros, desta vez da área produtiva e institucional, no Palácio do Planalto. Ele retomou as agendas públicas após o afastamento para tratar de uma pneumonia.
No mês passado, o presidente já reuniu ministros da área de infraestrutura, para discutir o novo plano de investimentos do governo federal, em substituição ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e ministros da área social. O objetivo dessas reuniões é que cada pasta apresente um balanço e a projeção do que será anunciado no marco de 100 dias de governo, na semana que vem, além dos planos para 2023 e os próximos anos.
Para Lula, o Brasil crescerá mais do que “os pessimistas estão prevendo”, desde que o governo também acredite nesse crescimento e faça os investimentos necessários.
“Vai acontecer mais coisa no Brasil do que as pessoas estão esperando e vai depender muito da disposição do governo. Vai depender muito da disposição e do discurso do pessoal da área econômica, da área produtiva, porque se ficarmos apenas lamentando aquilo que a gente acha que não vai acontecer, ninguém vai investir em cavalo que não corre. Se você está em uma corrida de cavalos dizendo que seu cavalo é pangaré, que seu cavalo está com gripe, que está cansado, ninguém vai fazer nenhuma aposta”, argumentou o presidente.
Presentes na reunião, Lula citou os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Fazenda, Fernando Haddad. “Se olhar para a cara do ministro Fávaro, que voltou da China com um grupo de empresários, vocês vão perceber que é 150% de otimismo. Se olhar para a cara do Haddad depois do marco regulatório que ele fez, olha a cara dele de felicidade, significa que estamos acreditando que vai passar a nossa tão sonhada nova política tributária nesse país”, exemplificou o presidente sobre o otimismo da equipe com seus projetos.
Para ele, a “obsessão” do governo é fazer investimentos e impulsionar a geração de empregos. “Temos que ter como obsessão fazer esse país voltar a crescer. Porque o país crescendo, vai gerar emprego, vai gerar salário, vai gerar aumento de consumo do povo, a roda gigante da economia volta a funcionar e todo mundo vai voltar a ser otimista nesse país”, disse.
Na próxima segunda-feira (10), o governo completa 100 dias de atividades e, segundo Lula, haverá uma reunião com todos os ministros para apresentar o plano de trabalho para os próximos períodos.
Segundo ele, a nova gestão conseguiu recuperar quase todas as políticas sociais que haviam sido “desmontadas” pelo governo anterior. “Parece que falta o Água para Todos ou Luz para Todos, esse programa que é o último programa social que vamos lançar”, disse.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
SÍRIA - Um líder do grupo extremista Estado Islâmico (EI), responsável por planejar atentados na Europa, morreu nesta terça-feira (4) em um ataque na Síria, informou o Comando Central do Exército dos Estados Unidos para o Oriente Médio (Centcom).
Khaled Aydd Ahmad Al Jaburi era, entre outras coisas, "responsável pelo planejamento de atentados do EI na Europa", afirmou o Centcom em um comunicado. A nota destaca que a morte "prejudicará temporariamente a capacidade da organização para executar ataques no exterior".
O EI reivindicou vários atentados na Europa quando controlava amplas faixas de território na Síria e Iraque, onde proclamou um "califado".
O grupo extremista reivindicou os ataques 13 de novembro de 2015 em Paris (130 mortos), assim como o atentado de Nice (sudeste da França) em 14 de julho de 2016, que provocou 86 vítimas fatais.
Também reivindicou três atentados suicidas em 2016 na Bélgica, principalmente na região de Bruxelas, que deixaram 30 mortos.
Um ano depois, os atentados na Espanha em 17 e 18 de agosto, um deles em Barcelona, provocaram 16 mortes.
O comando militar americano informou que o ataque desta terça-feira aconteceu no noroeste da Síria e não provocou mortes ou feridos entre os civis.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) afirmou que um drone americano atacou o líder do EI na província de Idlib, em uma área controlada pelos extremistas no noroeste da Síria.
- Ameaça –
O líder extremista, um iraquiano que se fazia passar por sírio e era chamado de Khaled, estava refugiado na região há dez dias, informou o OSDH, que tem uma ampla rede de fontes na Síria.
Ele foi alvo do drone quando caminhava perto da casa que ocupava e conversava por telefone, de acordo com o Observatório.
"O EI continua representando uma ameaça para a região e mais além", declarou o comandante do Centcom para o Oriente Médio, general Michael Kurilla.
"Mesmo enfraquecido, o grupo continua sendo capaz de executar operações na região, com a intenção de atacar além do Oriente Médio”, acrescentou.
Desde a derrota territorial do EI na Síria em 2019, centenas de soldados americanos, mobilizados no nordeste do país como parte da coalizão antijihadista, seguem lutando ao lado das Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos curdos, atacando supostos membros do EI.
O governo dos Estados Unidos anuncia com frequência que os líderes do EI que buscaram refúgio na Síria continuam como alvos do país.
Em outubro de 2019, o exército americano anunciou a morte do líder do EI, Abu Bakr Al Baghdadi, em uma operação no noroeste da Síria.
Em 16 de fevereiro, o exército dos Estados Unidos informou que matou um líder do grupo extremista em uma operação no nordeste da Síria, que deixou quatro soldados americanos feridos.
Em 2022, outros dois líderes do EI foram mortos, um em fevereiro pelas forças especiais americanas no noroeste e outro no mês de outubro por ex-rebeldes na província de Deraa (sul), apoiadas pelo regime.
Apesar de sua derrota territorial, o EI continua executando atentados na Síria, onde o grupo atacou recentemente civis que recolhiam trufas no deserto, uma ação que matou dezenas de pessoas.
FRANÇA - O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu nesta segunda-feira (3), no Palácio do Eliseu, 184 membros de uma convenção de cidadãos que se reuniu durante três meses e se posicionou amplamente a favor da elaboração de uma lei autorizando o suicídio assistido e a eutanásia, atualmente proibidos na França. Os procedimentos deverão seguir uma regulamentação e condições específicas, que ainda serão detalhadas no projeto.
Macron disse “ter ouvido a resposta clara” da sociedade, que após uma longa reflexão sobre o assunto pede a elaboração de um “modelo francês de fim de vida”. O presidente prometeu apresentar aos franceses até setembro um novo projeto de lei, a ser proposto pelo Parlamento e o governo, para regulamentar os cuidados paliativos e o final de vida no país.
Era "uma prioridade absoluta", comemora Claire Fourcade, presidente da Sociedade Francesa de Apoio e Cuidados Paliativos. “Existe a vontade política, vamos agora ficar extremamente atentos para ver como essa vontade será aplicada”, acrescenta.
Macron lembrou aos presentes à audiência que ele próprio tem “uma opinião pessoal que pode evoluir”, mas que como chefe de Estado “tem uma responsabilidade pela harmonia e um desejo de apaziguamento". Os católicos franceses, que formam uma parcela importante do eleitorado conservador, se pronunciam frequentemente contra a eutanásia.
No relatório apresentado domingo (2) pelos franceses que haviam sido escolhidos por sorteio para discutir esse tema, três quartos do grupo votaram a favor de alguma forma de assistência ativa para morrer (AAM), concretamente ao suicídio assistido ou à eutanásia, sob certas condições, como: doença incurável que comprometa o prognóstico vital, grande sofrimento e garantia da expressão da livre vontade do paciente. De forma alguma o mecanismo poderia ser usado para “casos de isolamento social, ou quando o paciente se sente um fardo para as famílias”, destacou o presidente. Ele observou, ainda, que “uma lei não vai dar conta de todo o drama” envolvido nesses casos.
Emmanuel Macron defendeu um "plano nacional de dez anos para a gestão da dor e de cuidados paliativos". Este plano, segundo o presidente, será acompanhado de “investimentos necessários”, considerando que “o Estado tem obrigação de resultado” para garantir “o acesso efetivo e universal aos cuidados de suporte em fim de vida”, completou.
A legislação atual, estabelecida pela lei Claeys-Leonetti, de 2016, permite que a equipe médica e enfermeiros sedem irreversivelmente pacientes próximos da morte, cujo sofrimento é intolerável. Mas não chega a autorizar o suicídio assistido (o próprio paciente administra um produto letal) ou a eutanásia (um profissional o injeta). Neste procedimento legal, o paciente é sedado, recebe medicamento contra a dor e sua alimentação e hidratação são interrompidas. A prática pode ser realizada tanto no hospital quanto na casa do doente, sob a vontade dele, se estiver consciente. Caso esteja inconsciente, a família ou o corpo médico podem autorizar essa prática.
A lei francesa trata a eutanásia ativa como um assassinato, um crime punível com penas que vão de 30 anos de detenção à prisão perpétua. O Código Penal também prevê aos profissionais da saúde que decidirem realizar esse procedimento a proibição de continuar exercendo suas profissões. O suicídio assistido – quando um profissional da saúde ajuda um doente consciente a colocar voluntariamente um fim à vida – também é ilegal e punido por lei na França.
Governo não seguiu todas as recomendações de consulta sobre clima
O Executivo havia sido criticado por ter negligenciado, em grande parte, as conclusões de uma convenção cidadã anterior sobre o clima. Os membros da Convenção "não decidem no lugar das autoridades, que têm legitimidade para fazê-lo", mas "as suas conclusões são importantes e serão levadas em consideração", garante o Palácio do Eliseu.
A Convenção dos cidadãos exige a garantia de que o paciente tenha se beneficiado previamente de um acompanhamento em profundidade e que tenha podido expressar a sua vontade a qualquer momento. A Convenção não se pronunciou sobre a possível falta de discernimento dos pacientes e nem sobre o acesso à morte assistida para menores de idade. “São dois assuntos bloqueadores e não há, necessariamente, interesse em ir mais longe nessas áreas”, afirma em nota o Executivo, parecendo querer deixar esses dois pontos de lado. Em seu discurso nesta segunda-feira, Macron fechou a porta a qualquer assistência à morte para menores.
A discussão sobre esse assunto era promessa de campanha do chefe de Estado, que acredita que, depois de décadas de polêmica, é preciso avançar. O Comitê Consultativo Nacional de Ética (CCNE) - principal organismo administrativo e independente a cargo de analisar questões éticas na França – já havia emitido um parecer favorável à evolução da legislação sobre práticas em prol do fim voluntário e medicalizado da vida.
Visão política
Se a legalização da eutanásia e do suicídio assistido tem apoio entre a esquerda e parte do centro, o tema desperta forte relutância na direita francesa. Em entrevista ao canal LCI, a líder da extrema direita, Marine Le Pen, advoga por mais "meios para cuidados paliativos" e anunciou que votaria "contra" uma lei que favorece a eutanásia.
Por outro lado, Jean-Luc Mélenchon, da extrema esquerda, defendeu em entrevista ao canal France 3 está "liberdade adicional", pedindo a organização de um referendo, o que segundo ele seria "o mais razoável".
O risco, segundo analistas políticos, é que esta questão intensifique ainda mais a tensão que existe na sociedade, já abalada pela crise previdenciária.
Em uma pesquisa publicada no Jornal de Domingo (JDD), realizada entre mil franceses, a maioria (70%) disse ser a favor da assistência ativa na morte. Mas apenas 36% consideram recorrer à eutanásia caso sofram de uma doença dolorosa e incurável.
por Maria Paula Carvalho / RFI
BRASÍLIA/DF - Ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro e dirigente do Progressistas, o senador Ciro Nogueira (PI) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pensa nas consequências do que diz e está “desatualizado” sobre como governar o País. Prova disso, segundo ele, seriam as declarações recentes do petista a respeito do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR). No mês passado, um dia antes de a Polícia Federal revelar que havia um plano para assassinar o parlamentar paranaense, Lula disse em entrevista que tudo o que ele pensava na prisão era em prejudicar o ex-juiz.
“Você viu aquela loucura que ele falou da questão do Moro. Já pensou se matam o Moro no dia seguinte, o que tinha acontecido com o Brasil? Tinha um país em ebulição, iam derrubar o Lula. Ele não está consciente do que ele fala”, disse Ciro Nogueira. As declarações foram dadas à revista Crusoé.
O senador afirmou que Lula “não se aprimorou” em relação aos primeiros mandatos. Segundo ele, o presidente olha para trás em seu governo, como se o País ainda fosse o mesmo. “O Lula de hoje é um Lula que está ainda voltado para 20 anos atrás, ele não se atualizou. Ele é um grande comandante do Boeing 737, só que agora é um A380 (avião de maior porte), e ele não sabe comandar o A380?, disse.
O senador opinou ainda que o PT não estimula lideranças para a sucessão de Lula, o que faz com que haja uma “guerra aberta” no governo por visibilidade. Ele afirmou que o atual presidente não tem o perfil de impulsionar outros políticos além de si mesmo. Bolsonaro, segundo ele, era o contrário: usou seu palanque para eleger nomes antes desconhecidos, como Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo.
O dirigente de uma das principais siglas do Centrão, a mesma de Arthur Lira, também comentou o cabo de guerra entre o atual governo e o Banco Central, e afirmou que os ataques à instituição “não são normais”. Ele opinou que a tensão entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, sobre temas econômicos causa instabilidade ao País*:*
“Estou com inveja dos discursos da Gleisi, ela faz mais oposição ao Haddad do que eu. Ela causa mais instabilidade ao governo do que eu”.
Alternativas a Bolsonaro
Ciro Nogueira afirmou que, se Bolsonaro não concorrer à Presidência em 2026, os principais “planos B” da direita são Tarcísio de Freitas e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Ele também citou o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) como uma opção, mas descartou Michelle Bolsonaro. Segundo ele, a ex-primeira-dama seria uma “grande vice” ou senadora.
“Eu acho que a dona Michele é a única política no Brasil que pode escolher ser senadora por 27 Estados. Ela pode ser uma grande vice, mas não tem ainda o traquejo e a experiência para ser presidente da República”, disse.
SÃO CARLOS/SP - A propósito dos recentes episódios de violência em São Carlos e no país, o vereador Azuaite Martins de França fez um pronunciamento na Câmara Municipal na última sessão plenária, em que condenou “a cultura do ódio que se alastra” e conclamou a sociedade a “se articular para construir espaços de paz”.
“Padres, pastores, professores e famílias têm que sair da zona de conforto para, unidos, combaterem a barbárie, pregarem a paz com militância, para afastar o ódio dos corações, das ações e das manifestações das pessoas”, declarou.
O vereador apontou o ódio como a verdadeira motivação do assassinato de um funcionário do SAAE por um colega que usou uma retrosecavadeira, a morte de motoqueiros que participavam de uma festa beneficente, o atentado à bomba contra um inspetor de aluno por um jovem que teve a briga apartada dias antes, a atitude de um torcedor que usou como escudo a filha de três anos para invadir um estádio no Rio Grande do Sul para agredir um jogador do time adversário, e do aluno de 13 anos que assassinou a professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, na escola Thomazia Montoro, em São Paulo.
“Essas e outras manifestações são frutos de uma sociedade esgarçada em seus valores e em seus costumes”, analisou o vereador. “Toda violência é uma forma de covardia, manifestação do complexo de inferioridade de quem, destituído de maiores predicados intelectuais e bom relacionamento, busca exibir-se na vitrine do ego, em busca de aplauso, de fama; o homem violento é um prisioneiro de seu destino mitológico de Narciso e apaixona se por si mesmo”, acrescentou.
Depois de observar que o violento é “avesso ao diálogo, não admite ser suplantado no plano das ideias e um fraco que necessita de armas porque lhe falta cérebro”, também ponderou que tal indivíduo é “um doente cujos sintomas são supremacismo, individualismo”, individualismo exacerbado excludência impulsividade exibicionismo, intolerância e preconceito”.
Para Azuaite, “quanto mais hoje os justos optam pelo silêncio, tanto mais doente se torna a sociedade”. A seu ver, “à cultura do ódio deve se contrapor a cultura da paz; não basta se declarar contra o ódio e a violência, é preciso combatê-la, é preciso ser militante da paz”.
O vereador ressaltou que compete à sociedade começar a desfazer as contradições entre o que as pessoas fazem e a consciência que têm de si mesmas. “De que adianta alguém frequentar igreja, louvar a Deus, dizer-se cristão, mas destilar o ódio nas redes sociais, humilhar o próximo e justificar suas ações injustificáveis como o armamentismo, o genocídio e o preconceito?”
“As pessoas estão envenenadas pelo ódio e há muitas morrendo vitimadas pela intolerância e por esse ódio. Será que não temos possibilidade de salvar essas pessoas e dar um paradeiro na barbárie?” indagou, para em seguida pregar a articulação da sociedade em favor da paz.
“Famílias, religiosos, educadores, pessoas de bom senso, articulem-se para construir um território de paz. Estamos chocando o ovo da serpente, a barbárie avança a passos largos”, advertiu, ao considerar temerário que as pessoas não venham tendo consciência do que fazem e tendem a naturalizar o ódio.
Ao finalizar, observou que a humanidade já passou por momentos assim em diversos momentos históricos, como na idade média e no século passado, e relembrou que nos anos 1980, quando era vereador e impediu que a Praça Coronel Salles passasse para a história como palco da queima de livros didáticos em função do radicalismo e intolerância.
“A história existe para ensinar, mas aqueles que abominam a história se rebelam contra os livros que são portadores das ideias mais profundas, pois eles próprios constroem suas falsas ideias, dogmas e superstições”, concluiu.
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