BRASÍLIA/DF - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou R$ 196.770 em cinco móveis e um colchão para o Palácio da Alvorada.
Foram adquiridos de uma loja de um shopping de design e decoração em Brasília uma cama, dois sofás e duas poltronas. Em outra loja, o governo comprou um colchão king size.
Os gastos mais altos foram com o sofá com mecanismo elétrico (reclinável para a cabeça e os pés), que custou R$ 65.140, e com a cama, de R$ 42.230. As peças têm revestimento de couro italiano, 100% natural com tratamento exclusivo para evitar ressecamento.
A relação das peças foi obtida pela Folha de S.Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação.
No final de janeiro, Lula se queixou de não poder se mudar para o palácio, disse que era um "sem casa" e que nem cama tinham encontrado no quarto presidencial quando vistoriaram o Alvorada.
A Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) afirmou que a compra se deve ao estado em que foi encontrada a mobília do palácio e reforçou que os móveis agora fazem parte do acervo da União.
"A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens. Os móveis adquiridos agora integram o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem", disse a pasta em nota.
"Se o palácio não tivesse sido encontrado nas condições em que foi, não teria sido necessário efetuar a compra de móveis", completou.
A Folha de S.Paulo esteve na loja em que os móveis foram comprados, na região da capital federal. Uma análise nos preços oferecidos indica que o casal presidencial ainda obteve descontos por ter comprado produtos em que o estabelecimento oferecia pronta entrega.
Um sofá com as dimensões idênticas àquelas do móvel comprado para o Palácio da Alvorada e com especificações muito parecidas tem preço de R$ 90,5 mil para o caso de encomenda. No entanto, à pronta entrega, com as unidades já disponível na loja, ele é vendido por R$ 63,4 mil.
Em relação às camas, a loja fornecia apenas um modelo à pronta entrega na loja, com tamanho menor do que a que foi adquirida pelo governo federal. No entanto, ela também tem revestimento em couro grão natural, com pés em metal.
O seu preço seria de R$ 40,5 mil. Se os clientes quiserem levar o item disponível na loja, sem poder escolher outras cores, por exemplo, sairia por R$ 28,4 mil.
A compra foi feita neste ano, com dispensa de licitação.
A Presidência disse que ela ocorreu por motivos de custos e, especialmente, de segurança do chefe do Executivo. Durante o início do mandato, Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva (a Janja) chegaram a morar por mais de um mês em um hotel de alto padrão em Brasília.
Em entrevista à GloboNews, a primeira-dama fez um tour no Alvorada e disse ter encontrado o local malcuidado, quebrado e com móveis faltando. A Folha de S.Paulo também pediu acesso ao palácio, mas não foi concedido.
A Secom disse que a curadoria das residências oficiais identificou, inicialmente, 261 móveis desaparecidos do Alvorada. Após três meses, há ainda 83 que não foram localizados.
A família Bolsonaro morou até o final do ano no palácio, antes de se mudar para uma casa num condomínio em Brasília.
Além de varreduras da Polícia Federal, a residência oficial passou por reformas antes de Lula e Janja se mudarem para o local.
As mudanças e reformas do Alvorada foram vistoriadas pela primeira-dama e ficaram sob o encargo da Casa Civil, que abriga a Secretaria de Administração da Presidência.
Durante sua entrevista à GloboNews, Janja mostrou cortinas rasgadas e se queixou de móveis que não foram encontrados.
À época da reportagem, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro respondeu às acusações de maus cuidados do Alvorada.
"Durante o mandato do meu marido, preservamos o Palácio da Alvorada, respeitando a estrutura que é patrimônio tombado e também o dinheiro do povo brasileiro", disse Michelle no Instagram.
Ela afirmou ainda que a gestão do seu marido se destacou por abrir às outras pessoas as portas do Palácio da Alvorada.
Em diferentes ocasiões, Bolsonaro recebeu apoiadores do cercadinho no palácio, e a primeira-dama costumava fazer eventos do programa Pátria Voluntária, além de receber crianças no local.
VEJA A LISTA DE ITENS ADQUIRIDOS PARA O PALÁCIO DA ALVORADA
Sofá (306 cm de largura, 110 cm de profundidade), com mecanismo elétrico reclinável para cabeça e pés, revestido em couro na tonalidade cinza, grão natural. Valor: R$ 65.140
Sofá (232 cm de largura, 109 cm de profundidade), com mecanismo elétrico reclinável para cabeça e pés, revestido em couro na tonalidade cinza, grão natural. Valor: R$ 31.690
Cama (231 cm de largura, 246 cm de profundidade e 94 cm de altura), com revestimento em couro grão natural, lixamento leve e acabamento oleoso. Pés em metal e revestimento secundário em tecido. Valor: R$ 42.230
Poltrona ergonômica (90 cm de largura e 82 cm de profundidade), revestida em couro, com pufe na cor branca, revestimento em couro grão natural, com almofadas do assento com enchimento em poliuretano e estrutura metálica. Valor: R$ 29.450
Poltrona fixa (107 cm de largura e 94 cm de profundidade), em veludo azul, com pés em aço inox, estrutura em madeira de reflorestamento, pinus naval. Valor: R$ 19.270
Colchão (193 cm de largura e 203 cm de comprimento) masterpiece top visco. Valor: R$ 8.990
por RENATO MACHADO E MARIANNA HOLANDA / FOLHA de S.PAULO
ISLAMABAD - O Paquistão condenou na terça-feira a decisão da Índia de realizar reuniões do Grupo dos 20 no disputado território da Caxemira no Himalaia no próximo mês, chamando a medida de "irresponsável".
A Caxemira é parcialmente governada pelos dois vizinhos com armas nucleares que travaram duas de suas três guerras pelo controle da região.
A Índia atualmente detém a presidência rotativa do G20 por um ano e sediará uma cúpula de líderes em Nova Délhi no início de setembro.
Na sexta-feira, a Índia divulgou um calendário completo de eventos que antecedem a cúpula, que incluiu reuniões do G20 e Youth 20 na capital de verão da Caxemira, Srinagar, e em Leh, na região vizinha de Ladakh, em abril e maio.
O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão emitiu uma declaração condenando a escolha dos locais em território disputado.
"O movimento irresponsável da Índia é o mais recente de uma série de medidas egoístas para perpetuar sua ocupação ilegal de Jammu e Caxemira", afirmou.
Em seguida, acusou a Índia de agir em "desrespeito às resoluções do Conselho de Segurança da ONU e em violação aos princípios da Carta da ONU e do direito internacional".
O Ministério das Relações Exteriores da Índia não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentários sobre a declaração do Paquistão.
Nova Délhi há muito acusa o Paquistão de alimentar uma insurgência separatista de décadas em Jammu e Caxemira, a única região de maioria muçulmana na Índia.
Islamabad nega a acusação, dizendo que apenas fornece apoio diplomático e moral para os caxemires que buscam autodeterminação.
Reportagem de Asif Shahzad / REUTERS
SÃO CARLOS/SP - A Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Carlos, com mandato no biênio 2023-2024, completou 100 dias de gestão nesta segunda-feira (10) celebrando o ritmo acelerado de atividades e atenta à qualidade dos processos, sem tirar os olhos dos objetivos prometidos.
Presidida pelo vereador Marquinho Amaral (Podemos), que encabeçou a chapa única intitulada “Democracia e independência”, eleita por unanimidade e empossada no dia 1º. de janeiro, a Mesa Diretora é composta por Malabim (PTB) como 1ª.Vice Presidente, Rodson Magno do Carmo (PSDB) 2º.Vice Presidente, Bruno Zancheta (PL) 1º. Secretário, e Professora Neusa (Cidadania), 2ª. Secretária.
Conforme balanço divulgado ao final destes 100 dias de trabalhos e desafios, uma nova Câmara se esboça. Uma instituição independente, com sede de modernidade, que não quer mais conviver com o papel de desrespeitar o meio ambiente, mas sim em ser mais acessível e democrática.
A gestão eficiente baseada na qualidade dos seus processos já se iniciou e apresenta os caminhos trilhados e os números obtidos.
Relatório das atividades de 100 dias – O período foi marcado pelas seguintes melhorias e investimentos: Os processos de adequação, da Câmara Municipal, para votação digital, através de tablets e autenticação por biometria e/ou reconhecimento facial estão na reta final de implantação.
O projeto que disponibiliza Wi-Fi gratuito e de qualidade para todos os munícipes que visitam a sede do Legislativo também saiu do papel e será iniciada a instalação dos novos pontos de acesso.
Os estudos para digitalização do acervo da Biblioteca Legislativa avançaram e foram iniciados os procedimentos administrativos para aquisição de equipamentos específicos para a demanda.
Implantação de OCR nas máquinas de cópias reprográficas para que os arquivos digitais sejam gerados em formato pesquisável, auxiliando no processo da Câmara Sem Papel e facilitando a consulta das informações pelos munícipes.
Zeladoria das áreas públicas e dos gabinetes dos vereadores, além da otimização dos equipamentos de climatização e tecnologia de informação que estavam defasados e inadequados para o atual plano de consumo energético.
Novos Grupos de Trabalho: Cinco colegiados, distribuídos entre os integrantes da staff administrativa e os 21 vereadores, estão destinados a apresentarem um relatório que definirá o planejamento e o desenvolvimento da Câmara Municipal nas temáticas:
• Informatização e modernização da Casa de Leis.
• Implantação e operacionalização da Escola do Legislativo.
• Digitalização dos acervos, integrado ao projeto “Câmara Sem Papel”, que proverá acesso irrestrito a 100% do conteúdo da Biblioteca do Legislativo.
• Adoção de ações para a correta sustentabilidade da rotina da Câmara, como a reutilização de tampinhas de garrafa pet e de lacres de alumínio, que serão doados à instituições do 3o setor, e a destinação dos rejeitos do cafézinho para fabricação de adubo orgânico.
• Construção e adequação da estrutura física e predial do Poder Legislativo, avaliando áreas, impactos sociais e definindo os requisitos básicos para que seja priorizada a democracia e a acessibilidade da população.
Gestão em números:
198 - Projeto de Lei apresentado pelos Vereadores, Mesa e Prefeito
144 - Projeto de Lei do Prefeito aprovados
025 - Projeto de Lei de Vereadores aprovados - 22/23
002 - Projeto de Lei Mesa aprovados
1148 - Requerimentos
269 - Indicações
111 - Moções
002 - Resoluções
005 - Decretos Legislativos
005 - Tribunas Livres
009 - Audiências Públicas
011 - Sessões Ordinárias
007 - Sessões Solenes
010 – Atividades do Projeto Visite a Câmara
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na segunda-feira (10) que o novo plano de investimento em infraestrutura do governo federal, em substituição ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terá seis eixos estratégicos: transportes; infraestrutura social; inclusão digital e conectividade; infraestrutura urbana; água para todos e transição energética.
Lula fez ontem reunião ministerial para marcar os 100 primeiros dias do seu terceiro mandato. Hoje (11), o presidente viaja para a China.
“Retomamos a capacidade de planejamento de longo prazo. E esse planejamento será traduzido em um grande programa que traz de volta o papel do setor público como indutor dos investimentos estratégicos em infraestrutura”, disse. “Vamos aproveitar a experiência que já tivemos com o PAC e os programas de concessão para aprimorar esses mecanismos, tornando-os ainda mais eficientes.”
Segundo o presidente, os governos estaduais já enviaram suas listas de obras prioritárias, e os ministérios estão identificando outros investimentos estruturantes. A previsão é que o novo programa seja anunciado até o início de maio.
Para Lula, os investimentos públicos e privados e o financiamento dos bancos oficiais são fundamentais para o desenvolvimento com inclusão social e a sustentabilidade ambiental. A ideia do governo é facilitar o crédito a micro, pequenas e médias empresas e cooperativas, além de microcrédito para empreendedores individuais.
“Precisamos criar na sociedade a ideia que esses bancos são públicos e têm finalidade diferente dos bancos privados. Não queremos que percam dinheiro, mas não podem emprestar dinheiro nas mesmas custas dos bancos particulares”, defendeu.
Segundo o presidente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, já reteve mais recursos para investimentos, que hoje são usados para pagamento de empréstimos ao Tesouro Nacional. “Tesouro mão-de-vaca”, disse Lula. “Dinheiro bom não é dinheiro guardado em cofre, é dinheiro gerando obras, desenvolvimento, gerando empregos, isso que é importante”, completou, defendendo a responsabilidade com os gastos.
Eixos
No eixo da transição energético, o governo deve lançar editais para contratação de energia solar e eólica e os leilões para novas linhas de transmissão, para “tornar ainda mais rápida e atrativa a implantação desses parques de energia limpa”.
“E não perderemos a oportunidade de nos tornarmos uma potência global do hidrogênio verde”, destacou Lula. Segundo ele, a Petrobras financiará a pesquisa para novos combustíveis renováveis e, ao mesmo tempo, retomará investimentos na ampliação da frota de navios da Transpetro. “Nunca achei a Petrobras uma empresa de petróleo, é empresa de energia, historicamente, que mais investiu em pesquisa nesse país, em inovação. A descoberta do pré-sal foi resultado de bilhões de investimentos”, disse.
Na inclusão digital e conectividade, o objetivo é levar internet de alta velocidade para as escolas e para os equipamentos sociais, como postos de saúde. “Espero ver telemedicina funcionando e que mesmo os mais humildes possam ser assistidos por grandes médicos em grandes centros urbanos”, disse Lula, pedindo à ministra da Saúde, Nísia Trindade, que pense em soluções para o acesso da população à saúde especializada.
No transporte, segundo o presidente, as ferrovias, rodovias, hidrovias e portos voltarão a ser pensadas de modo estruturante. “Reduzirão o custo do escoamento de nossa produção agrícola. E incentivarão o florescimento de uma nova base industrial, mais tecnológica e mais limpa”, disse. “Além disso, vamos equacionar as concessões de rodovias e aeroportos que ficaram desequilibradas, retomando os investimentos previstos”, destacou.
No eixo de água para todos, um dos focos é a retomada do projeto de integração do Rio São Francisco.
Na infraestrutura urbana, Lula pediu atenção para melhoria das condições de habitação e vida das pessoas que moram em favelas, palafitas e outros locais precários. “Não existe jeito mais degradante de morar do que morar em palafita”, lamentou.
Segundo o presidente, obras de prevenção a desastres causados por cheias e deslizamentos serão tiradas do papel e, com o novo marco do saneamento, o governo quer destravar e atrair R$ 120 bilhões em investimentos públicos e privados para universalizar os serviços de água e esgoto até 2033.
Lula disse ainda que, além do Minha Casa, Minha Vida para população mais pobres, é preciso criar um programa habitacional que atenda à classe média baixa, aqueles que ganham entre três e quatro salários. “O mais pobre é prioridade, mas queremos pensar no conjunto”, afirmou.
Já na infraestrutura social, o foco serão investimentos em hospitais, escolas, creches e centros de cultura e de esportes. “A qualidade de vida nas cidades não se faz apenas de casas, saneamento e transporte”, ressaltou.
Nesse sentido, o presidente criticou os episódios de racismo no país. “Não vamos admitir”, disse ele.
Em mais de uma hora de discurso, o presidente tratou ainda de diversos temas caros ao governo, como o combate à fome, redução de emissão de carbono e desmatamento zero, Plano Safra do agronegócio, renegociação de dívidas, escola em tempo integral, investimentos na ciência e tecnologia, políticas de garantias de direitos, combate ao crime organizado e fortalecimento da democracia.
Mais cedo, o governo federal divulgou uma lista de políticas públicas e ações realizadas nos últimos três meses. A Agência Brasil também preparou material especial alusivo ao marco dos 100 dias, com avaliações de especialistas.
Marco fiscal e juros
Durante seu discurso, Lula ressaltou ainda que, com o novo arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos, o governo quer “colocar o pobre de volta no Orçamento”.
“Também estamos trabalhando em uma reforma tributária que corrige as distorções históricas de um sistema de tributação regressivo e injusto para os brasileiros e os entes federados. E cria um ambiente muito mais dinâmico e descomplicado para o setor empresarial”, disse. Para Lula, a proposta não terá “100% de solidariedade”, ainda assim, ele acredita na aprovação.
O presidente criticou novamente o patamar dos juros básicos da economia do país, definidos pelo Banco Central (BC). “Continuo achando que estão brincado com o país, com o povo pobre e, sobretudo, com os empresários que querem investir. Só não vê quem não quer”, disse.
Desde agosto do ano passado, o BC mantém a taxa Selic (juros básicos da economia), em 13,25% ao ano.
Participação social
Na abertura da reunião, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a reação rápida do governo após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro em Brasília. “O senhor salvou a democracia de uma tentativa de golpe, e ela saiu fortalecida. A reação rápida de todos os Poderes e do próprio governo fortaleceu o sistema democrático”, disse.
No dia seguinte, os chefes dos Três Poderes e diversos governantes e autoridades caminharam juntos do Palácio do Planalto ao Supremo Tribunal Federal, passando pelo Congresso Nacional, em ato simbólico pela defesa da democracia.
Alckmin contou ainda que, em maio, o governo deve instalar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como Conselhão. Muito atuante nos governos de Lula, o colegiado tinha a participação de diversos empresários e personalidades reconhecidas em diferentes áreas.
“A democracia significa participação, e a gente observa em todos os ministérios uma enorme participação”, disse. “Governo que ouve mais erra menos, governo moderno estimula participação da sociedade civil organizada”.
A previsão é que, ainda neste semestre, o Ministério do Planejamento e Orçamento e a Secretaria-Geral da Presidência comecem os debates do Plano Plurianual Participativo. Com atividades nos 27 estados, o objetivo é dar transparência orçamentária e possibilitar à sociedade participar ativamente no processo de planejamento das ações para os próximos anos.
O vice-presidente falou ainda sobre as diversas das ações do governo nestes primeiros 100 dias, como a valorização do salário mínimo e os valores extras concedidos pelo Bolsa Família – R$ 150 por criança até seis anos e R$ 50 para cada integrante da família com idade entre 7 e 18 anos incompletos e para gestantes.
“Se Juscelino Kubitschek dizia que eram 50 anos em cinco, nós podemos dizer que foram mil dias em 100”, destacou Alckmin.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
COLÔMBIA - O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse domingo que está disposto a encontrar-se com antigos líderes paramilitares para discutir o processo de paz.
Petro disse que os antigos líderes militares que cumpriram as suas penas e que manifestaram publicamente a sua vontade de se reunirem deveriam explicar "em que medida" o "processo de paz foi truncado ou se pode ser concluído e finalizado".
Vi com preocupação quantas das haciendas que os paramilitares tinham em (a região de) Urabá estão agora ocupadas por homens da frente ou pelo clã do Golfo. Daí a necessidade de uma força policial especializada para cuidar destes bens e uma revisão da fase final da lei de Justiça e Paz", disse ele.
Assim, a ideia proposta pelo presidente durante a Comemoração do Dia Nacional da Memória e Solidariedade é fazer um inventário dos bens pela Agência Nacional de Terras para a reforma agrária, a fim de "aumentar o ritmo" de recolha e indemnização das vítimas.
Salientou também que houve uma re-vicalização por parte do Estado e que a corrupção, que proporcionou benefícios a alguns ex-funcionários públicos, foi um fator determinante na incapacidade de reparar as vítimas.
Neste sentido, convidou as vítimas a juntarem-se a um movimento social pela paz. Se estes milhões de pessoas se pudessem organizar, poderíamos ter o primeiro movimento social na Colômbia, cujo objetivo é alcançar a paz", disse ele.
Parece-me fundamental que as organizações de vítimas, de todos os tipos, de qualquer origem, se tornem um Movimento Social para a Paz", disse, indicando que o centro de memória deveria "acelerar tanto quanto possível os processos de restituição de terras, os processos de indemnização das vítimas e mesmo os processos judiciais que têm a ver com a verdade".
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
SÃO PAULO/SP - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem sua gestão no estado de São Paulo avaliada como ótima ou boa por 44% da população e como regular por 39%, enquanto 11% consideram seu desempenho ruim ou péssimo, de acordo com pesquisa Datafolha feita após três meses de mandato.
O levantamento traz também resultados menos confortáveis para o carioca que chegou ao Palácio dos Bandeirantes com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL), quebrando a hegemonia de quase 30 anos do PSDB no comando estadual, e que é apontado como presidenciável para 2026.
Uma parcela de 45% dos paulistas acha que Tarcísio fez pelo estado menos do que eles esperavam. O grupo é maior do que o de entrevistados que pensam que ele realizou exatamente o que era previsto nesse período (37%). Para 12%, o chefe do Executivo superou expectativas e fez mais do que o esperado.
O instituto ouviu 1.806 pessoas de 16 anos ou mais, em 65 municípios paulistas. Foram entrevistas presenciais, na semana passada, de segunda (3) a quarta-feira (5). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Tarcísio, que venceu as eleições no segundo turno com 55,2% dos votos válidos, ante 44,7% do adversário Fernando Haddad (PT), preservou o capital político no interior, onde superou o aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já na região metropolitana da capital, foi Haddad quem venceu.
De acordo com o Datafolha, a aprovação no interior chega a 47%, enquanto na área metropolitana fica em 41%. As taxas dos que veem o governo como regular são de 36% e 42%, respectivamente. A reprovação ficou parecida (12% na capital e entorno e 11% no restante do estado).
O interior representa 54% do total da amostra da pesquisa e a região metropolitana corresponde a 46%.
Buscando se firmar como um representante da direita moderada, com esforços para se distanciar do extremismo bolsonarista, Tarcísio chega aos cem dias de governo nesta segunda-feira (10).
Nesse período, tentou se equilibrar com acenos à base conservadora que o elegeu e evitou atritos com a esquerda, conquistando certa trégua ao abrir diálogo com Lula e pregar uma relação republicana.
O governo do presidente foi avaliado como ótimo/bom por 38% dos brasileiros, regular por 30% e ruim/péssimo por 29% na pesquisa nacional feita pelo Datafolha na semana anterior, após três meses de mandato.
Mesmo entre eleitores paulistas que declaram ter votado no segundo turno em Haddad, o atual ministro da Fazenda de Lula, 33% reconhecem a gestão de Tarcísio como ótima ou boa (17% a julgam como ruim ou péssima, e 45% a veem como regular).
Embora metade (53%) dos que votaram no petista achem que o governador fez pelo estado menos do que o esperado, 31% pensam que os gestos dele correspondem à expectativa que tinham. Outros 9% dão o braço a torcer e dizem que o candidato rival no pleito de 2022 fez mais do que esperavam.
O otimismo, naturalmente, tem taxas superiores entre os que preferiram nas urnas o ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro. No grupo de simpatizantes, o índice dos que reputam o governo como ótimo/bom bate 60%. Outros 31% o consideram regular, e 6% o classificam como ruim/péssimo.
O Datafolha também comparou o desempenho de Tarcísio com o de outros governadores que foram tema de pesquisa do instituto após duração semelhante de mandato. A mais recente foi em 2011, sobre o trabalho de Geraldo Alckmin, à época no PSDB e ainda longe de migrar para o PSB e virar vice de Lula.
Com seus 44% de ótimo/bom, o atual titular do Bandeirantes tem patamar inferior ao de Alckmin (48%), mas superior aos 39% obtidos por José Serra (PSDB) em 2007.
Tarcísio, com 11%, possui nível de ruim/péssimo similar ao da lista de antecessores, que inclui ainda Mario Covas (PSDB). O já falecido tucano, que assumiu o estado em 1995, marcou 16% de reprovação na pesquisa da época. Serra também teve 16%, e Alckmin registrou 14%.
Os 39% de avaliação regular do atual governador estão acima dos 29% de Alckmin e mais próximos dos números de Serra (37%) e Covas (40%). No geral, portanto, os índices do primeiro eleito desde 1994 que não é filiado ao PSDB demonstram aceitação à linha de mudança sem grandes rupturas.
O antecessor João Doria, que em 2022 renunciou e foi substituído pelo então vice Rodrigo Garcia, não teve a gestão escrutinada pelo Datafolha no primeiro trimestre de 2019.
Distante do estilo pirotécnico de Doria, Tarcísio manteve no cargo postura comedida. O momento de maior visibilidade talvez tenha sido durante o socorro ao litoral norte após as tempestades que deixaram 65 mortos, em dobradinha com Lula na articulação de medidas emergenciais.
Com colete e pé na lama, despachando de São Sebastião, o governador ganhou exposição que foi diagnosticada por assessores e conselheiros como positiva para sua imagem.
Ele também ganhou projeção ao dar marteladas no leilão do trecho norte do Rodoanel, licitação tratada pelo governo como um de seus principais feitos até aqui. Na internet, após viralizar, a cena dividiu opiniões, com detratores classificando o vigoroso gesto como sinal de desequilíbrio.
Afora escorregões verbais, como a afirmação equivocada de que o autismo em crianças pode passar com o tempo o que motivou uma retratação, o chefe do Executivo passou ao largo de polêmicas mais danosas.
Também driblou crises que poderiam desgastá-lo, a exemplo da proposta de retirar câmeras dos uniformes dos policiais, tema que o pressionou na campanha e entrou em banho-maria diante das evidências de que a iniciativa é mais benéfica do que prejudicial.
Na análise da pesquisa por segmentos, as taxas de aprovação a Tarcísio se destacam em estratos que tendem a apoiar o governador e seu padrinho político. No segundo turno, Bolsonaro obteve no estado de São Paulo os mesmos 55% de votos colhidos por seu ex-auxiliar, o que indica voto casado.
Com 44% de ótimo/bom na média, o governador tem 46% entre homens, 53% entre pessoas com 45 anos ou mais, 56% entre pessoas com renda familiar acima de dez salários mínimos, 67% entre empresários e 86% entre simpatizantes do PL, partido de Bolsonaro e que compõe sua base no estado.
Por outro lado, a taxa de reprovação 11% no geral é mais elevada entre jovens de 16 a 24 anos (16%), funcionários públicos (17%), os que têm preferência pelo PT (18%) e os autodeclarados pretos (14%).
No recorte religioso, os percentuais de avaliação estão equilibrados entre católicos (que equivalem a 38% da amostra) e evangélicos (29% do universo pesquisado).
A opinião de que o governo é ótimo ou bom é compartilhada por 50% dos católicos e 45% dos evangélicos. A classificação como regular é feita por 34% e 39%, respectivamente. E a sensação de que é ruim ou péssimo afeta a mesma proporção dentro das duas vertentes: 10%.
Católico, Tarcísio se aproximou do público evangélico na campanha, fazendo o périplo por templos e cultos comum aos candidatos em busca de votos. Já no cargo, prestigiou o segmento com a nomeação de auxiliares influentes entre os irmãos de fé, como os secretários Sonaira Fernandes (Políticas para a Mulher), Gilberto Nascimento Jr. (Desenvolvimento Social) e Roberto de Lucena (Turismo).
Além disso, o governador sancionou um projeto de lei que transformou a Marcha para Jesus, maior evento no calendário evangélico do continente, em patrimônio cultural imaterial do estado.
por JOELMIR TAVARES / FOLHA de S.PAULO
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta esteve reunido na última semana com a secretária municipal de Saúde, Jôra Porfírio, para dialogar sobre diversas pautas relacionadas à saúde do município. Ele cobrou prioritariamente a reforma emergencial de todas as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento): Cidade Aracy, Santa Felícia e Vila Prado.
O parlamentar destacou: “Conversamos sobre diversas pautas, entre elas as reformas das nossas Unidades Básicas de Saúde (UBS e USF) e principalmente a reforma das nossas UPAs. Discutimos também ações quanto à prevenção e o tratamento da saúde da mulher e quanto ao tratamento na rede para as pessoas que possuem dores crônicas (artrite, artrose e fibromialgia), além da preocupação com o quadro de Síndrome Respiratória que tem atingido um expressivo número de crianças".
Segundo o vereador, a secretária firmou o compromisso de que as UPAs vão receber as reformas tão necessárias: “Parabenizo todos os vereadores pelo esforço para que essas reformas aconteçam. Destaco o trabalho da Comissão de Saúde do Legislativo por ter nos auxiliado nesse processo”.
Bruno Zancheta finalizou: “Gostaria de agradecer à secretária Jôra Porfírio por nos receber para tratar de assuntos tão importantes para nossos munícipes e deixo nosso mandato à disposição para que possamos avançar em projetos futuros, sempre pensando na melhoria da saúde de nossa cidade”.
TEL AVIV – Dezenas de milhares de israelenses participaram no sábado de protestos contra os planos do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de apertar o controle sobre a Suprema Corte, apesar de preocupações de segurança maiores após dois ataques letais no dia anterior.
O mais recente de uma série de protestos contra os planos, paralisados no mês passado diante de uma onda de greves e manifestações em massa, acontece no momento em que Israel passa por um agudo crescimento de tensões em várias frentes, durante o mês sagrado para os muçulmanos do Ramadã.
Em torno de Al-Aqsa, mesquita em Jerusalém, dezenas de milhares de fiéis são esperados para orações noturnas, com preocupações sobre uma possível repetição de batidas policiais que ocorreram esta semana durante à noite, seguidas por bombardeios contra Israel e ataques israelenses contra Gaza e o sul do Líbano.
Os israelenses também ficaram nervosos após um ataque com carro em Tel Aviv na sexta-feira matar um homem italiano e ferir outros cinco turistas, horas após um ataque com arma matar duas irmãs israelenses e ferir a mãe delas perto de um assentamento na Cisjordânia, sob ocupação.
Netanyahu mobilizou reservistas da polícia de fronteira e ordenou que o exército reforçasse posições de segurança para evitar possíveis problemas, entre pedidos de calma da ONU, União Europeia e Estados Unidos.
Por Rami Amichay / REUTERS
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um vídeo em suas redes sociais para comemorar os 100 primeiros dias de governo, que serão completados na segunda-feira, 10, recorrendo ao mesmo mote usado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB): “O Brasil Voltou”. O slogan foi adotado pelo emedebista, que assumiu o Palácio do Planalto após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, na cerimônia que celebrou o segundo ano de sua gestão.
“Voltamos para cuidar do povo brasileiro, e é isso que estamos fazendo. Seguiremos trabalhando juntos por um Brasil de mais direitos e oportunidades. #OBrasilVoltou”, escreveu Lula. Os petistas acusam Temer de ter dado um “golpe” em Dilma, que foi cassada em 2016. O próprio Lula chamou Temer de “golpista” várias vezes.
No vídeo, o presidente destaca que, na atual gestão, “o valor da cultura”, “o cuidado com o meio ambiente”, “o respeito internacional”, “a proteção à saúde” e “o respeito a todas as crenças” voltaram. Os cinco pontos compuseram as principais críticas do PT ao governo de Jair Bolsonaro (PL).
Voltamos para cuidar do povo brasileiro, e é isso que estamos fazendo. Seguiremos trabalhando juntos por um Brasil de mais direitos e oportunidades. #OBrasilVoltou pic.twitter.com/eOGRuC9Dnj
— Lula (@LulaOficial) April 8, 2023
A equipe de Lula planeja uma série de ações para divulgar o balanço dos primeiros 100 dias de governo. Haverá, ainda, uma cerimônia no Planalto, marcada para segunda-feira, 10, com o presidente e os 37 ministros.
por Levy Teles / ESTADÃO
SÃO CARLOS/SP - Em pronunciamento na última sessão plenária da Câmara Municipal, o vereador Azuaite Martins de França apresentou números da demanda reprimida na saúde no município, fazendo referência à necessidade da população não atendida pela rede pública. Ele defendeu a adoção de políticas públicas de prevenção na área de saúde.
Azuaite fez referência à demanda reprimida de atendimentos no setor até fevereiro deste ano e apresentou os seguintes números: cardiologia 3.327; endócrino 2.899; fisioterapia 3.236; gastroclínica 2.303; oftalmologia 7.924; otorrinolaringologia 2.098; proctologia 1.424; psicologia 2.088; psiquiatria 1.507; urologia 2191. O total da demanda reprimida de cirurgias e consultas, segundo o parlamentar, chega a 47.623. Já os dados sobre falta de exames são: audiometria 1.468; eletrocardiograma 1.290; mamografia 870; raio X 5.966; ultrassom 9.748, num total de exames atrasados de 24.539.
“Isso (o atraso no atendimento de saúde à população) não é responsabilidade exclusiva dessa gestão da Secretaria municipal da Saúde, mas o resultado de sucessivos atrasos que existem. Mas a falta de política pública para resolver isso é que nos dói”, declarou.
“Dói a gente ver a cidade toda esburacada e ver esse déficit. A Prefeitura encontra recursos para tapar buracos no asfalto, mas não encontra recursos para tapar o buraco da saúde, porque asfalto dá voto e doença traz a dependência de pedir favor para alguém resolver”, acrescentou.
Azuaite observou que não se tem dados sobre a desnutrição na cidade e atuar para enfrentar o problema é fazer política de saúde, “mas é invisível, não dá voto”. Acentuou que também são desconhecidos os números de pessoas com diabetes e sobrepeso em São Carlos. “Existem tantas doenças que podem ser combatidas com políticas públicas de prevenção, mas eu não vejo nem a quantificação, nem as estatísticas do que ocorre por aqui”, criticou.
Finalizou lamentando que “infelizmente na cabeça de nossos governantes a Secretaria de Saúde é a secretaria da doença, enquanto a saúde de fato talvez fique para algum prefeito que venha no futuro que seja lúcido e que esteja preocupado de fato com a população”.
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