SÃO CARLOS/SP - A UFSCar recebeu o selo de adesão e participação do Programa Nacional de Prevenção à Corrupção (PNPC), projeto colaborativo que tem como objetivo mobilizar as instituições de controle, suas redes constituídas e gestores públicos em uma estratégia para combater a corrupção.
O Programa é uma iniciativa conjunta do Tribunal de Contas da União (TCU) e das Redes de Controle da Gestão Pública do Brasil, representadas por sua Secretaria Executiva, com apoio da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA). O objetivo é fomentar a implementação de um conjunto de práticas de integridade pelas organizações públicas brasileiras, das três esferas e dos três Poderes, com vistas à redução dos níveis de exposição a fraude e corrupção.
Segundo o responsável pela Unidade de Integridade da UFSCar (DIRC), da Secretaria Geral de Planejamento e Desenvolvimento Institucionais (SPDI), Felizardo Delgado, o reconhecimento reforça o compromisso da Universidade com a transparência e o aprimoramento contínuo. "A construção de um ambiente de integridade e conformidade é um processo dinâmico, que exige tempo, dedicação e a colaboração de toda a comunidade universitária", afirma.
A adesão ao PNPC inclui a participação da UFSCar no sistema e-Prevenção, ferramenta de autoavaliação que orienta instituições públicas na implementação de boas práticas de prevenção, detecção, investigação, correção, monitoramento e transparência. O sistema permite à Instituição avaliar as boas práticas de prevenção à corrupção e ter acesso a sugestões para a implementação de melhores condutas.
"É importante ressaltar que toda organização está sujeita a riscos de ocorrência de ilícitos, motivo pelo qual se deve investir na adoção de um conjunto de práticas capazes de reduzir fragilidades e alcançar o nível de segurança desejável para as tomadas de decisão, em ambiente regido pela ética e integridade. O ideal é que as organizações públicas mantenham um nível aceitável de suscetibilidade, indicando alinhamento às melhores práticas e reduzindo a probabilidade de ocorrências corruptivas", finaliza Delgado.
SÃO PAULO/SP - Com o objetivo de contribuir para a preparação dos candidatos ao Vestibular 2026, a FUVEST realizará neste domingo, 19 de outubro, o simulado da 1ª Fase, em formato presencial, nos campi da Universidade de São Paulo do interior do Estado (Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos) e no campus da Cidade Universitária (USP Butantã) e USP Leste, na capital paulista. Como no vestibular, a abertura dos portões das escolas será às 12h, com fechamento dos portões e início da aplicação da prova às 13h.
Ao todo, foram disponibilizadas 10.270 vagas para o simulado, limitadas por região, para os candidatos inscritos no Vestibular FUVEST 2026. Já estão disponíveis no site da FUVEST a lista de participantes e os locais onde será realizado o simulado (Área do Candidato).
A prova terá o mesmo formato da 1ª Fase, com 90 questões de múltipla escolha. “As questões serão inéditas”, explica o diretor-executivo da FUVEST, Gustavo Monaco. Segundo ele, a prova vai refletir as mudanças no Programa do Vestibular aprovadas no ano passado, com mais interdisciplinaridade, ou seja, questões que conectam conhecimentos de diferentes áreas. Também passarão a ser exigidas de forma mais direta matérias de Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física.
Para realizar o simulado, os candidatos terão de apresentar os seguintes itens obrigatórios:
· Documento de Identificação, digital ou físico;
· Caneta esferográfica, azul ou preta, de corpo transparente.
Também será permitida a utilização de outros itens opcionais:
· Garrafa de água transparente;
· Alimentos leves sem o rótulo;
· Lápis ou lapiseira;
· Itens médicos autorizados com antecedência;
· Borracha;
· Apontador;
· Régua transparente.
Estão proibidos os seguintes itens:
· Relógio individual de qualquer tipo;
· Equipamento eletrônico, como calculadora, telefone celular, computador, tablet, reprodutor de áudio, máquina fotográfica, equipamento eletrônico do tipo vestível (como smartwatch, óculos eletrônicos, ponto eletrônico), etc.;
· Material impresso ou para anotações;
· Caneta hidrográfica ou outras, diferentes de caneta esferográfica;
· Corretivo de qualquer material ou espécie;
· Caneta marca-texto, compasso ou lápis com tabuada;
· Gorro, boné, chapéu ou similares, óculos de sol;
· Quaisquer outros materiais estranhos à realização da prova.
Os enunciados das questões, bem como o gabarito, serão divulgados no dia 20 de outubro, a partir das 12h, no site da FUVEST. No dia 30 de outubro, os participantes que realizaram o simulado poderão entrar na Área do Candidato e visualizar seu desempenho na prova.
Para mais informações, acesse aqui o regulamento.
Calendário do Vestibular FUVEST 2026
· Primeira Fase: 23/11/2025
· Segunda Fase: 14 e 15/12/2025
· Provas de competências específicas - Música: 09 a 12/12/2025
· Provas de competências específicas - Artes Visuais: 11/12/20205
· Prova de competências específicas - Artes Cênicas: 5 a 9/01/2026
· Primeira chamada: 23/01/2026
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio do Departamento de Educação no Trânsito da Secretaria de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, realizou uma ação educativa no Centro Municipal De Educação Infantil (CEMEI) Professora Regina Aparecida Lima Melchíades, localizado no Parque Novo Mundo.
A atividade teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre segurança viária entre as crianças, utilizando uma minicidade e palestras lúdicas para promover o aprendizado de forma divertida e eficaz.
De acordo com o diretor do Departamento de Educação no Trânsito, Felipe de Almeida, a iniciativa busca formar cidadãos mais conscientes desde os primeiros anos de vida. “Quando ensinamos sobre faixa de pedestre e semáforo, a criança internaliza esse conhecimento para a vida toda. é importante para, futuramente, evitarmos acidentes e sinistros de trânsito”, explicou.
Os agentes de trânsito envolvidos na ação destacaram que os resultados são perceptíveis de imediato. “As crianças já nos cobram sobre o uso correto dos assentos no carro. Elas se tornam multiplicadoras e acabam influenciando o comportamento dos pais. Isso gera mudança de atitude nas ruas”, afirmou o agente de trânsito Francisco José Petrucelli.
A diretora do CEMEI, Núbia Gomes Mendes Silva, também ressaltou a relevância da iniciativa. “Atividades como essa são fundamentais para mostrar às crianças o caminho para um trânsito mais seguro e para conscientizar os pais sobre a importância da cidadania no trânsito”, disse.
“É com muita satisfação que acompanhamos ações como esta, que unem educação, cidadania e segurança. O trabalho de conscientização começa na infância, e é exatamente aí que podemos construir um futuro com menos acidentes e mais respeito nas vias. A minicidade é uma ferramenta educativa poderosa, porque coloca as crianças em contato direto com situações reais do trânsito, mas de forma lúdica e segura. Elas aprendem brincando e o mais importante: levam esse aprendizado para dentro de casa, compartilhando com os pais e familiares. Nosso compromisso, enquanto Secretaria de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, é continuar investindo em iniciativas que formem cidadãos mais responsáveis e conscientes. Um trânsito seguro é resultado de atitudes, e a educação é o primeiro passo para transformar comportamentos”, finaliza o secretário de Segurança Pública e Mobilidade Urbana.
SÃO CARLOS/SP - No último dia 16 de setembro foi realizada uma ação de limpeza no fragmento do Cerrado, nos arredores do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), em São Carlos. O mutirão foi uma iniciativa do Departamento de Apoio à Educação Ambiental (DeAEA) da Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS) da UFSCar, em conjunto com o IFSP e a Empresa Júnior do Curso de Gestão e Análise Ambiental (GAAm Jr.) da Universidade.
A atividade integrou o Dia Mundial da Limpeza (DML), instituído pela ONU em 20 de setembro, desde 2024. O programa anual de ação social global visa combater a crise de resíduos mal geridos em todo o planeta. O Campus São Carlos da UFSCar participa das ações desde 2022, através do Programa de Coleta Seletiva Solidária, e desde 2023 atua junto ao Coletivo Limpa Sanca.
A ação da UFSCar e parceiros deste ano envolveu cerca de 40 participantes, incluindo estudantes do terceiro ano do Ensino Médio e professores do IFSP, assim como estudantes de graduação e servidores da UFSCar.
Desenvolvimento e resultados da atividade
A bióloga Liane Biehl Printes, Chefe do DeAEA/UFSCar, conta como foi o mutirão: "Primeiramente, houve uma introdução sobre a importância da realização dessa ação coordenada. Em seguida as pessoas participantes foram organizadas em equipes e realizado o mutirão de limpeza. A atividade foi encerrada com uma miniauditoria dos materiais coletados e uma roda de conversa sobre o tipo de material coletado, responsabilidades quanto à geração e ao descarte e os impactos decorrentes do descarte inapropriado".
Ao todo, em torno de 30 minutos, foram coletados 14 sacos de 60 litros. "Os tipos de resíduos mais frequentes foram sacos e sacolas plásticas, marmitas de isopor, garrafas PET e de vidro, carteiras de cigarros e resíduos de construção. Entre os resíduos de grande porte, estavam tijolos, placas de compensado, arames, conduíte e uma lona plástica. Os materiais em condições de serem reciclados - um total de quatro sacos de 60 litros - foram encaminhados para a Coopervida [Cooperativa de Catadores de São Carlos]", detalhou a bióloga.
Para ela, ações como esta, além do efeito local e momentâneo da limpeza da área, contribuem para a formação ambiental das pessoas envolvidas, "uma vez que promovem um olhar crítico e uma reflexão sobre a nossa relação com consumo e descarte de materiais".
Dia Mundial da Limpeza em São Carlos
O DML une 191 países, com milhões de voluntários, governos e organizações. É coordenado pela ONG "Let's Do It World", com sede em Tallinn, Estônia. As ações ocorrem desde 2008 e o movimento tem crescido a cada ano. Saiba mais em https://www.worldcleanupday.org.
No município de São Carlos, foram realizados este ano cerca de sete mutirões em diferentes locais da cidade dentro da ação coordenada do Dia Mundial da Limpeza de 2025. "Para o próximo ano, esperamos poder envolver todos os campi UFSCar. De forma geral, espera-se que esse movimento se fortaleça cada vez mais e possa contribuir para a construção de uma gestão efetiva da produção e descarte de resíduos em nível global".
Se você quer saber mais e também fazer parte de ações voltadas ao meio ambiente, acesse o Instagram @coleta_seletiva_ufscar e também entre em contato com o DeAEA pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
SÃO PAULO/SP - O governo de São Paulo enviou à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um anteprojeto de lei para regulamentação do ICMS Educação. A proposta, elaborada pela Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP), visa aperfeiçoar a legislação estadual e atender às determinações da Emenda Constitucional nº 108/2020 que definiu o Novo Fundeb e exige que parte da cota-parte do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços seja distribuída entre os municípios com base em indicadores de aprendizagem e equidade. A estimativa é que sejam redistribuídos mais de R$ 800 milhões entre as cidades paulistas.
Atualmente, a Lei estadual nº 3.201/1981, modificada pela Lei nº 17.575/2022, define que 13% da arrecadação do ICMS sejam destinados à educação. Porém, apenas metade deste valor é distribuída conforme critérios de qualidade da educação. A outra metade leva em conta o porte do município.
A nova proposta corrige essa distorção e passa a vincular 100% dos recursos exclusivamente a indicadores educacionais de desempenho e equidade, em conformidade com a Constituição. Com isso, São Paulo passa a incentivar a melhoria contínua da educação nos municípios.
“O percentual continua sendo de 13% da arrecadação do ICMS, como previsto na legislação vigente. O que muda é a forma de distribuição desses recursos entre os municípios. Ao vincular os repasses a indicadores de desempenho, incentivamos os municípios a investir continuamente na qualidade da educação e na criação de uma cultura de excelência e responsabilidade na gestão educacional. Trata-se de um compromisso com a equidade e com o futuro das nossas crianças”, destacou o secretário da Educação, Renato Feder.
Para a redistribuição do ICMS, entre os mecanismos da proposta da Seduc-SP está a alteração do Índice de Qualidade da Educação Municipal (IQEM). O IQEM, por sua vez, será composto pelo resultado das avaliações do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de São Paulo (Saresp) — principal ferramenta utilizada para medir o desempenho dos estudantes no 2º e 5º anos do Ensino Fundamental da rede estadual e também das redes municipais. Nesse sentido, a nova fórmula de cálculo prevê:
40% para desempenho em alfabetização (alunos do 2º ano do Ensino Fundamental);
40% para desempenho em aprendizagem nos anos iniciais (alunos do 5º ano do Ensino Fundamental);
10% para equidade, com base no nível socioeconômico dos estudantes;
10% para percentual de matrículas em tempo integral, nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
As metas de melhoria serão definidas por município, a depender da sua própria evolução e não entre pares. O cálculo também garante que municípios com maior percentual de alunos em situação de vulnerabilidade entre os matriculados nos anos iniciais recebam incentivos adicionais.”
Para evitar mudanças abruptas, o texto enviado à Alesp estabelece um período de transição gradual entre os anos de 2026 e 2028.
“A iniciativa é inspirada em boas práticas adotadas por estados como o Ceará e tem como objetivo estimular a melhoria contínua das redes de ensino municipais, com foco em resultados concretos, especialmente na alfabetização na idade certa, aprendizagem nos anos iniciais e ampliação do tempo integral — sem prejuízo à autonomia dos entes federados”, acrescentar Feder.
Governo de SP
SÃO CARLOS/SP - A Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar lançou três editais para apoiar a realização de atividades de extensão, cultura e arte ao longo de 2026. Os projetos preveem bolsas de extensão para estudantes de graduação regularmente matriculados na Universidade e vinculados às equipes de trabalho, bem como recursos de custeio, a depender da iniciativa.
O Edital ProEx de Atividades de Extensão é voltado para a realização de atividades de extensão em geral, incluindo projetos que envolvem eventos acadêmicos.
Já o Edital ProEx de Atividades Culturais envolve atividades de extensão no campo da arte e da cultura que incluam as mais diversas manifestações, expressões e linguagens, realizadas pela comunidade universitária multicampi, em diálogo com a comunidade interna e externa.
Por fim, o Edital ProEx de Aciepe tem como foco a realização de Atividades Curriculares de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (Aciepes), com vigência planejada para o primeiro e segundo semestre acadêmico de 2026, independentemente da necessidade de apoio ou recursos financeiros para a sua execução.
As propostas para os três editais devem ser submetidas pelo sistema ProExWeb até o dia 5 de novembro.
Mais informações e a íntegra dos editais estão disponíveis na seção "Editais Abertos", no site da ProEx.
SÃO CARLOS/SP - Um estudo internacional envolvendo pesquisadores da Texas A&M University (EUA) e do Instituto de Física de São Carlos IFSC/USP apresentou uma nova estratégia para acompanhar e prever como bactérias desenvolvem resistência a antibióticos ao longo do tempo.
A pesquisa, publicada na revista Antibiotics, mostra que a resistência bacteriana — problema crescente de saúde pública mundial — não deve ser vista apenas como um estado fixo, em que a bactéria é “resistente” ou “não resistente”. Pelo contrário, trata-se de um processo dinâmico e progressivo, que pode ser monitorado desde os primeiros sinais de adaptação das células.
Como funciona a técnica
Os cientistas utilizaram a espectroscopia no infravermelho (FTIR), um método capaz de identificar as “impressões digitais químicas” de biomoléculas presentes nas bactérias. Essas informações foram combinadas com algoritmos de inteligência artificial, que analisaram padrões e permitiram prever como os microrganismos reagem à exposição contínua a diferentes antibióticos.
No experimento, amostras da bactéria Staphylococcus aureus foram tratadas com três medicamentos comuns — azitromicina, oxacilina e trimetoprima/sulfametoxazol. Os pesquisadores coletaram dados em diferentes intervalos de tempo (24, 72 e 120 horas) e observaram mudanças graduais nos perfis bioquímicos das bactérias. Com a ajuda da inteligência artificial, foi possível identificar sinais precoces de resistência já nas primeiras 24 horas de contato com os fármacos, com índices de acerto que chegaram a 96%.
A resistência bacteriana acontece quando bactérias sofrem mutações genéticas ou adquirem genes de outras bactérias que as tornam capazes de sobreviver mesmo na presença de antibióticos. Isso significa que medicamentos antes eficazes passam a não funcionar mais.
Esse processo é favorecido pelo uso excessivo ou inadequado de antibióticos, como em tratamentos interrompidos antes do tempo recomendado ou no consumo de remédios sem prescrição médica. Outro fator de preocupação é o uso indiscriminado de antibióticos em animais de criação, que pode contribuir para a disseminação de bactérias resistentes no meio ambiente e nos alimentos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as chamadas “superbactérias” já causam mais de 1,2 milhão de mortes por ano no mundo. Infecções comuns — como as urinárias, respiratórias ou de pele — estão se tornando mais difíceis de tratar, e até mesmo procedimentos médicos de rotina, como cirurgias ou quimioterapia, podem se tornar arriscados se os antibióticos perderem eficácia.
Impacto da nova descoberta
Segundo os autores, o estudo aponta para uma mudança de paradigma no combate às infecções. Hoje, médicos muitas vezes só conseguem identificar a resistência quando ela já está plenamente estabelecida, limitando as opções de tratamento. A nova abordagem permitiria detectar precocemente os primeiros sinais de adaptação bacteriana, ajudando a escolher terapias mais eficazes e personalizadas antes que a resistência se consolide.
O avanço apresentado pelo grupo de pesquisa pode abrir caminho para sistemas de diagnóstico rápido em hospitais, capazes de guiar o tratamento em tempo real e reduzir o uso indiscriminado de antibióticos. Embora ainda precise ser testada em larga escala, a técnica se mostra promissora para o futuro da medicina personalizada, que busca oferecer a cada paciente um tratamento sob medida, com mais eficácia e menos riscos.
O uso consciente dos antibióticos é fundamental para que esses medicamentos continuem eficazes no futuro. Especialistas recomendam alguns cuidados simples:
Nunca use antibióticos sem prescrição médica. A automedicação aumenta o risco de selecionar bactérias resistentes.
Siga corretamente o tratamento prescrito. Interromper antes da hora ou tomar doses fora do horário enfraquece o efeito do remédio.
Não compartilhe antibióticos. Cada tratamento é indicado para um caso específico.
Não insista em antibióticos para gripes ou resfriados. Essas doenças são causadas por vírus, contra os quais os antibióticos não funcionam.
Mantenha boas práticas de higiene. Lavar as mãos, preparar bem os alimentos e manter a vacinação em dia ajudam a reduzir o risco de infecções e a necessidade de antibióticos.
Assinam este estudo os pesquisadores: Mitchell Bonner, Claudia Barrera Patino, Andrew Ramos Borsatto, Jennifer Soares,
Kate Blanco e Vanderlei Salvador Bagnato.
Confira o artigo científico sobre este assunto, publicado na revista internacional “Antibiotics” no link - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/09/antibiotics-14-00831-v2.pdf
BRASÍLIA/DF - Em todo o país, 4,2 milhões de estudantes estão dois anos ou mais atrasados na escola. Eles representam 12,5% de todas as matrículas no Brasil. As informações são do Censo Escolar 2024, analisadas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Apesar de ainda representarem uma importante parcela dos estudantes, os dados mostram que ao longo dos anos a distorção da relação idade-série vem diminuindo. Em 2023, eram 13,4% em atraso escolar.
A análise divulgada nesta quinta-feira (25) mostra que, apesar da melhora geral, o país ainda tem desafios no enfrentamento do atraso escolar. O Unicef aponta desigualdades principalmente quando se leva em consideração a raça/cor e gênero dos estudantes.
A distorção idade-série entre estudantes negros da educação básica é quase o dobro da registrada entre brancos, respectivamente 15,2% e 8,1%. O atraso também atinge mais meninos do que meninas, chega a 14,6% entre eles e a 10,3% entre elas.
Para a especialista de educação do Unicef no Brasil, Julia Ribeiro, o atraso escolar não deve ser visto como um fracasso unicamente do estudante, mas deve levar em consideração a conjuntura social e deve ser preocupação de diversos agentes, desde a família, aos governos, terceiro setor e comunidade escolar.
“Quando a gente fala em fracasso escolar, muitas vezes a gente responsabiliza o estudante, né? A gente precisa entender isso como uma cultura, como um conjunto de fatores que faz ou que contribui para que esses meninos e meninas comecem a reprovar, que eles entrem em uma situação de atraso escolar ou uma situação de distorção idade-série e fiquem mais propensos a abandonar a escola”, diz.
E complementa: “Quando o estudante entra em atraso escolar, ele passa a se sentir não pertencente à escola. Então, sobretudo, o convite que a gente faz é compreender que a situação singular acontece de forma diferente para os estudantes, acontece de forma diferente nos diferentes territórios. Então, compreender os motivos que estão por trás é algo que é fundamental. Para isso, é preciso ouvir os estudantes”.
Uma pesquisa realizada pelo Unicef e Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), em 2022, mostrou que 33% dos adolescentes acreditam que a escola não sabe nada sobre a sua vida e da sua família.
“A escola é o espaço que os estudantes passam mais tempo de sua vida, é um equipamento público que está presente em todos ou em quase todos os territórios. Então, ela é a política pública que está mais presente na vida dessas crianças e de suas famílias. Um terço dos estudantes dizerem que as escolas não sabem nada sobre sua vida e a vida de sua família é algo que é muito forte. Certamente para os estudantes que estão em um processo de desvinculação, se perceber não tão pertencente a esse espaço é algo muito significativo”, ressalta Ribeiro.
Como destacado por Ribeiro, uma das consequências mais preocupantes do atraso escolar é o abandono dos estudos. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora os indicadores tenham melhorado ao longo dos últimos anos, muitos adultos (25 anos ou mais) ainda não têm ensino médio completo.
Em 2024, o país alcançou o maior percentual da série histórica, 56% da população adulta com ensino médio completo. Em 2016, início da série, eram 46,2%.
Maior escolaridade possibilita maior participação cidadã na sociedade, além de conferir melhores salários e melhores condições socioeconômicas.
De acordo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), ter um diploma de ensino superior no Brasil pode mais que dobrar o salário.
Para contribuir com governos e escolas, em parceria com o Instituto Claro e apoio da Fundação Itaú, o Unicef desenvolve a estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, voltada para a elaboração, implementação e o monitoramento de políticas de enfrentamento da cultura de fracasso escolar nas redes públicas de ensino.
“Acreditamos na mudança e na transformação social por meio da educação e para alcançar esse objetivo é fundamental conhecer os desafios para estabelecer estratégias de enfrentamento. Trajetória de Sucesso Escolar do Unicef vem fazendo isso com excelência, oferecendo uma visão ampla do cenário atual e uma nova perspectiva para milhões de estudantes”, diz a diretora de Desenvolvimento Humano Organizacional, Cultura e Sustentabilidade da Claro e vice-presidente do Instituto Claro, Daniely Gomiero.
AGÊNCIA BRASIL
Bruno Campos Janegitz, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação do Campus Araras, teve contemplado projeto sobre eletrodos em impressão 3D para sensores eletroquímicos
SÃO CARLOS/SP - O professor Bruno Campos Janegitz, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar) do Campus Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está entre os 10 pesquisadores contemplados pelo Prêmio Jacob Palis ABC-Fulbright 2025, anunciado no último dia 19 de setembro, no Rio de Janeiro. A conquista coloca a UFSCar entre as instituições de destaque na premiação, promovida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela Comissão Fulbright.
O prêmio seleciona projetos de membros afiliados da ABC em parceria com jovens cientistas de universidades dos Estados Unidos. Cada iniciativa receberá até US$ 70 mil, distribuídos ao longo de dois anos, para apoiar pesquisas conjuntas e o fortalecimento de redes internacionais de colaboração.
O projeto contemplado na UFSCar é coordenado por Janegitz e por Rodrigo Abarza Muñoz, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em colaboração com Glen O’Neil, da Montclair State University (EUA). Intitulado "Microscopic and electrochemical characterization of additively manufactured electrodes towards the development of electrochemical sensors", o estudo busca investigar eletrodos produzidos por manufatura aditiva, ou seja, impressão 3D.
"Nossa pesquisa tem como foco caracterizar detalhadamente esses eletrodos tanto em nível microscópico quanto em seu desempenho eletroquímico. Com isso, buscamos entender como a estrutura e a composição obtidas pela impressão 3D influenciam a performance dos sensores. Esse conhecimento é essencial para desenvolver sensores eletroquímicos mais acessíveis, reprodutíveis e de alta performance, com potencial de aplicação em diferentes áreas, desde saúde até monitoramento ambiental", explica Janegitz.
Ao comentar sobre o anúncio da premiação, o docente destacou o impacto da conquista: "Recebi a notícia com muita alegria. Fiquei extremamente honrado em estar entre os contemplados e, ao mesmo tempo, orgulhoso por representar a UFSCar. Esse reconhecimento também reforça a relevância do trabalho desenvolvido no nosso grupo de pesquisa e a dedicação coletiva dos estudantes e colaboradores que caminham comigo nessa trajetória. Ademais, é um prêmio que dividi com o professor Muñoz; juntos faremos intercâmbios entre nossos grupos de pesquisa e o grupo do professor Glen O'Neil, da Montclair State University."
Para o pesquisador, o prêmio é também um incentivo à continuidade de sua trajetória científica. "Para mim, significa que estamos no caminho certo ao buscar novas fronteiras na área de sensores eletroquímicos e que nossa produção científica tem impacto e relevância. Também enxergo esse prêmio como um incentivo para continuar desenvolvendo pesquisas de excelência, formando pessoas e fortalecendo a ciência brasileira juntamente com a americana."
O evento contou com a participação do diretor-executivo da Comissão Fulbright no Brasil, Luiz Valcov Loureiro; da presidente da ABC, Helena Bonciani Nader; e de Suely Lima, viúva do matemático Jacob Palis. O nome do prêmio é uma homenagem a Palis, ex-presidente da ABC, falecido em maio de 2025. Ele foi o responsável pela criação da categoria de membro afiliado, em 2007, e atuou de forma incansável no estímulo às novas gerações de cientistas. Palis também foi bolsista da Fulbright quando cursou pós-graduação na Universidade da Califórnia em Berkeley, na década de 1960.
A lista completa dos contemplados pode ser conferida no site da Academia Brasileira de Ciências (https://www.abc.org.br/2025/
SÃO CARLOS/SP - Um grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) apresentou uma inovação que pode tornar a energia solar mais eficiente, acessível e duradoura. O estudo, publicado na revista científica ACS Omega, mostra como a aplicação de nanopartículas de prata em camadas ultrafinas nas chamadas células solares orgânicas aumenta o desempenho e a estabilidade desses dispositivos.
As células solares orgânicas se diferenciam das tradicionais, feitas de silício, por utilizarem materiais plásticos especiais. Elas são mais leves, flexíveis e podem ser produzidas a custos menores. Porém, ainda enfrentam desafios - sua eficiência costuma ser mais baixa e a durabilidade limitada.
Tentando amenizar essas barreiras, os cientistas modificaram uma das camadas responsáveis pela extração da energia de dentro da célula solar, adicionando nanopartículas de prata. Essas partículas, submicroscópicas (10 mil vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo), reorganizam o fluxo de energia, reduzem perdas e aumentam a captura da luz.
Para o pesquisador do IFSC/USP e um dos autores do estudo, Prof. Paulo Barbeitas Miranda “Embora nanopartículas de prata já tenham sido utilizadas anteriormente por outros grupos de pesquisa e para essa finalidade, a novidade aqui é que, ao contrário das nanopartículas utilizadas anteriormente e que tinham uma camada isolante em volta delas, as nossas nanopartículas estão ‘nuas’ e apresentam melhor interação elétrica com o material orgânico da célula solar. Isso aumentou consideravelmente o ganho de desempenho dos dispositivos, e com um processo de fabricação mais simples dessas nanopartículas”, sublinha o cientista.
Os resultados mostraram que os painéis solares construídos com essa técnica apresentaram maior eficiência, maior estabilidade e menor variação entre os dispositivos testados. Além disso, as nanopartículas formam uma espécie de barreira contra a umidade e o calor, dois fatores que aceleram a degradação das células solares tradicionais.
Para o Prof. Gregório Couto Faria, pesquisador do IFSC/USP e também autor do artigo “O tempo de vida das células solares é um fator crucial para sua aplicação tecnológica. De pouco adianta alcançar altas eficiências nas primeiras medições se o dispositivo não mantém seu desempenho fotovoltaico por um período prolongado. Nesse contexto, as nanopartículas têm se mostrado promissoras, pois não apenas aumentam a eficiência das células, mas também prolongam sua durabilidade — um ganho duplo”, enfatiza..
O que isso significa para o consumidor?
Na prática, essa tecnologia pode trazer benefícios diretos para quem utiliza ou pretende investir em energia solar:
*Conta de luz mais baixa: ao gerar mais energia a partir da mesma quantidade de luz solar, o consumidor economiza mais na fatura mensal;
*Equipamentos mais duradouros: a proteção contra calor e umidade aumenta a vida útil dos painéis, reduzindo custos de manutenção e troca.
*Novas aplicações no dia a dia: por serem leves e flexíveis, essas células podem ser usadas em janelas que produzem energia, mochilas e roupas que recarregam celulares, ou mesmo em pequenos aparelhos portáteis.
*Acesso facilitado: como a fabricação é mais barata que a do silício, a expectativa é que os preços caiam e a energia solar se torne uma opção mais acessível para diferentes faixas de renda.
Segundo os autores, a estratégia é simples, versátil e pode ser aplicada em diversos tipos de células solares orgânicas, o que ajuda a abrir caminho para que a tecnologia chegue ao mercado em alguns anos.
O trabalho contou com financiamento do CNPq, FAPESP e Fundação Araucária, mostrando a força da pesquisa brasileira em um campo estratégico para o futuro da energia limpa.
Assinam o artigo científico deste estudo os pesquisadores - Anderson Gavim, Yosthyn Florez, Patrick Zilz, Arandi Bezerra, Jr., Rafael E. de Goes, Paula Rodrigues, Wilson da Silva, Gregorio Couto Faria, Paulo Barbeitas Miranda, Andreia Macedo, e Roberto Mendonça Faria.
Para conferir o artigo, acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/09/gavim-et-al-2025-ag-nanoparticle-layer-on-pedot-pss-with-optimized-energy-levels-for-improving-pm6-y6-based-organic.pdf
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