Pesquisa é do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade e está convidando voluntárias
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa realizada no Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando mulheres no pós-parto para investigar a existência de práticas inadequadas na assistência ao parto (violência obstétrica) e identificar possíveis relações entre a vivência de violência obstétrica e o estabelecimento do vínculo entre mãe e bebê. O projeto integra o trabalho de conclusão de curso de Danielle Ferreira de Sousa, sob orientação de Regina Helena Torkomian, docente do DTO.
De acordo com a pesquisadora, vários estudos avaliam os impactos da violência obstétrica na saúde da mulher, demonstrando suas implicações físicas, psicossociais e o aumento nos riscos de morbimortalidade materna, mas ainda há poucas iniciativas que investigam as possíveis repercussões da assistência ao parto no estabelecimento do vínculo entre mãe e bebê.
"Além do monitoramento das práticas de assistência ao parto e nascimento ser fundamental para os desfechos em saúde materno-infantil, o vínculo materno tem papel essencial no desenvolvimento da criança, atuando como fator protetivo para um desenvolvimento neuropsicomotor saudável. O tema do estudo, portanto, é atual e relevante, tendo em vista também as recomendações nacionais e internacionais de boas práticas obstétricas, visando a uma assistência digna às mulheres e aos bebês", aponta Sousa.
Assistência ao parto
A pesquisadora da UFSCar cita que a adoção de práticas humanizadas, centradas na parturiente e baseadas em direitos humanos permitem um cuidado horizontal, de escuta aos desejos da mulher, tornando-a ativa no processo, oportunizando escolhas informadas e favorecendo uma experiência positiva do parto. "Para além dos aspectos fisiológicos na assistência ao parto, devem ser consideradas as dimensões psicológicas e emocionais das mulheres, o cuidado respeitoso, a garantia de ingestão de líquidos e alimentos indicados e da presença de acompanhante da sua escolha, bem como uma comunicação clara e acessível entre equipe de profissionais e parturiente. Essas são algumas práticas que otimizam a saúde e o bem-estar e têm mostrado ter um impacto positivo na experiência do parto das mulheres", descreve Sousa sobre a assistência adequada.
Além disso, o suporte profissional, o acolhimento e a oferta de métodos para alívio da dor das parturientes formam um conjunto de estratégias essenciais para garantir uma boa experiência de parto que favorecerão o estabelecimento de vínculo entre mãe e bebê. "Nesse sentido, a hipótese da pesquisa é que uma assistência inadequada, permeada por violências e com práticas consideradas obsoletas, podem prejudicar em algum grau o vínculo entre mãe e bebê, levando-se em consideração, também, que as repercussões psicossociais decorrentes da assistência obstétrica recebida, muitas das quais atreladas a sentimentos e transtornos do período pós-parto, podem prejudicar a relação com o bebê", complementa ela.
De acordo com a expectativa da pesquisadora, os resultados do estudo serão compartilhados com a comunidade científica da área, por meio de artigos e eventos acadêmicos, e também poderão ser apresentados em serviços de saúde visando à qualificação profissional das equipes.
Voluntárias
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidadas mulheres de todas as faixas etárias, de qualquer região do Brasil, que estejam no pós-parto, com bebês até três meses de vida. As participantes também devem ter feito parto hospitalar (normal ou cesárea). As voluntárias responderão questionários online que ficarão disponíveis até o próximo dia 23 de agosto. As interessadas devem entrar em contato com a pesquisadora pelo e-mail daniellesousa@estudante.
Para este público, as escolas deverão oferecer Libras como primeira língua e Português escrito, como segunda língua. Decisão foi publicada nesta quarta-feira (4), no Diário Oficial da União
BRASÍLIA/DF - A educação bilíngue da população surda agora é realidade. Na última quarta-feira (4), foi publicada a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro, à lei (PL nº 4909/20) que institui a modalidade de ensino no Diário Oficial da União (DOU). A medida aponta que a educação deve ser realizada de forma independente, com a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e o Português escrito como segunda língua.
A nova modalidade de ensino deverá ser iniciada na educação infantil e seguir até o final da vida escolar. O público atendido pela legislação é formado por estudantes surdos, surdocegos, com deficiência auditiva, sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com deficiências associadas.
“As pessoas com deficiência auditiva requerem maior apoio para inserção e inclusão nos espaços educacionais. O Projeto de Lei sancionado leva em consideração essa diversidade e pluralidade e possibilitará uma melhor comunicação e maior socialização da comunidade surda”, ressaltou a titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNDPD/MMFDH), Priscilla Gaspar, que é surda.
Mais sobre a medida
A educação se dará em escolas, classes ou polos bilíngues de surdos ou em instituições comuns. Atualmente, existem 64 escolas bilíngues de surdos no país e mais de 63 mil estudantes frequentam estas instituições, segundo dados de 2020, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
É importante destacar que a iniciativa não exclui o atendimento educacional especializado bilíngue e, quando necessário, os serviços de apoio serão prestados para atender às especificidades linguísticas dos surdos. O Projeto também prevê a oferta, aos estudantes surdos, de materiais didáticos e professores bilíngues com formação e especialização adequadas, em nível superior.
Com a sanção, foram incluídos novos itens na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Isso significa que o incentivo à produção de material didático bilíngue, à formação de professores, ao currículo de Libras como primeira língua e de Português escrito como segunda língua, bem como a atenção às questões linguísticas, identitárias e culturais são dimensões a serem priorizadas no contexto educacional do estudante surdo.
Os sistemas de ensino deverão desenvolver programas integrados de ensino e pesquisa para a oferta de educação escolar bilíngue Libras/Português e intercultural aos estudantes surdos. Além disso, a União deverá ofertar apoio técnico e financeiro para esses programas.
SÃO CARLOS/SP - A Comissão Permanente de Educação da Câmara Municipal protocolou ofício na Secretaria Municipal de Educação solicitando a adoção de medidas para que o retorno às aulas ocorra de forma segura nas unidades da rede municipal de ensino. Os vereadores Azuaite Martins de França e André Rebello, presidente e membro da Comissão, formalizaram o pedido em reunião com a secretária Wanda Hoffmann na última quinta-feira (5) na sede regional do Centro do Professorado Paulista (CPP). A Comissão é também integrada pelo vereador Bruno Zancheta, que justificou a ausência.
Segundo os parlamentares, no retorno presencial das aulas, a totalidade dos estabelecimentos de ensino da rede municipal deve atender às condições necessárias para a segurança de alunos e profissionais da educação básica.
A Comissão de Educação solicitou que a Secretaria forneça cópias do plano de retorno às aulas presenciais e laudos de vistorias de engenheiro da Secretaria de Obras e da Vigilância Sanitária “apontando as inadequações de cada escola, com a consequente aprovação ou reprovação da escola para sua utilização em aulas presenciais”.
Também requer o fornecimento do auto de vistoria do Corpo de Bombeiros de cada escola e parecer do Comitê de Covid, atestando a conformidade de cada unidade escolar com as exigências dos protocolos sanitários.
Os vereadores pedem que a Secretaria informe expressamente quais e quantos EPIs serão distribuídos aos profissionais de Educação e se as máscaras serão do modelo N95 (com maior grau de proteção grau de proteção contra doenças por transmissão aérea, como a Covid-19).
Conforme o Artigo 61 do Regimento Interno da Câmara Municipal, entre as atribuições da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia está a tarefa de analisar e acompanhar os temas relacionados à rede municipal de ensino.
Há ofertas de Espanhol, Inglês, Libras e Português como Língua Estrangeira
SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Línguas (IL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está ofertando cursos sequenciais na modalidade remota para o segundo semestre de 2021. São eles: Espanhol, Inglês, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Português como Língua Estrangeira (PLE).
Os cursos de Espanhol e Inglês são destinados apenas à comunidade universitária da UFSCar. Já os de Libras e PLE são voltados tanto para o público interno como para o externo.
Os requerimentos de inscrição poderão ser feitos nas seguintes datas: de 10 a 11 de agosto - rematrículas, somente para os participantes aprovados no primeiro semestre de 2021 e que queiram dar continuidade aos estudos (inscrições fora desta condição serão canceladas); de 16 a 18 de agosto - novos requerimentos, que serão limitados ao número de vagas disponíveis por turma após o período de rematrículas.
Mais informações podem ser consultadas no site do Instituto (www.
SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal, vereador Roselei Françoso (MDB), e o vice-prefeito Edson Ferraz (MDB) estiveram no Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Victório Rebucci no Jardim Pacaembu nesta sexta-feira (6).
O objetivo foi vistoriar as obras de manutenção da escola. A diretora do Cemei, Michele Benelli Dotti, recepcionou as autoridades e mostrou o andamento das obras.
A pintura da escola está sendo realizada com recursos destinados por emenda parlamentar do vereador Roselei. “A comunidade escolar sabe que essa pintura está acontecendo porque o Roselei destinou recursos para a escola”, frisa a diretora.
“Minha atuação como parlamentar é voltada à Educação. Procuro colaborar de todas as formas possíveis para melhorar a estrutura das escolas municipais”, frisou Roselei.
Evento acontece nos dias 9 e 10 de novembro
SÃO CARLOS/SP - O Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), promove, nos dias 9 e 10 de novembro, a segunda edição do Encontro Virtual de Materiais e Ciência (e-Mat&Sci2). O evento, que em sua primeira edição contou com a apresentação de quase 200 trabalhos, tem como objetivo proporcionar o diálogo entre pesquisadores e o compartilhamento de conhecimentos produzidos nas áreas de Ciência e Engenharia de Materiais, considerando o contexto de prolongamento da pandemia de Covid-19.
O e-Mat&Sci2 é destinado a pesquisadores em todos os níveis, desde a Iniciação Científica até o pós-doutorado, docentes, técnicos e quaisquer outras pessoas interessadas em conhecer melhor a área, assim como acontece no Simpósio de Pesquisa e Inovação em Materiais Funcionais (SPIMF), que se encontra suspenso devido às orientações sanitárias.
O encontro, com inscrição gratuita até o dia 20 de outubro, contará com palestras de pesquisadores renomados e sessões de apresentações de trabalhos nas áreas de Optoeletrônica; Catálise; Síntese de Materiais Funcionais; Educação e Difusão em Materiais; Teoria Computacional; Energia; Saúde; e Meio Ambiente. Os palestrantes confirmados para o evento são Anna Hankin, pesquisadora do Imperial College London; Lourdes Gracia, professora da Universitat de València; Jefferson Bettini e Mateus Borba Cardoso, pesquisadores do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano-CNPEM); Daniel Corrêa, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); e Daniel Leiva, professor do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da UFSCar.
Os trabalhos, que serão apresentados em sessões virtuais, devem ser submetidos para uma das áreas específicas abordadas no evento e podem ser redigidos em Português ou Inglês, contendo no mínimo duas e no máximo três páginas, obedecendo o modelo (template) disponibilizado no site do Encontro (http://cdmf.org.br/e-meeting)
Mais informações sobre o e-Mat&Sci e inscrições no evento estão disponíveis no site http://cdmf.org.br/e-meeting. O e-Mat&Sci2 tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
CDMF
O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fapesp e recebe também investimento do CNPq, a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).
Curso de pós-graduação online é ofertado pelo Departamento de Engenharia Civil da Universidade
SÃO CARLOS/SP - O aumento intenso da população urbana, principalmente nas últimas décadas, tem causado uma grande pressão em diversos aspectos socioambientais. As cidades, além de serem construídas com materiais extraídos da natureza, demandam recursos energéticos e hídricos para que seus habitantes exerçam atividades cotidianas. Sendo assim, as questões de sustentabilidade ganham, cada vez mais, importância.
Como consequência deste processo, a procura por pessoas qualificadas nas causas e efeitos do consumo exacerbado e com capacidade de propor ações integradas, com foco na água e energia para as futuras gerações, também cresce. Para capacitar esses profissionais, estão abertas as inscrições no curso de especialização em Sustentabilidade e Eficiência das Cidades e Edifícios, ofertado pelo Departamento de Engenharia Civil (DECiv) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Ao longo de 18 meses, em 360 horas aula, a pós-graduação online aborda temas como economia, gestão, cidades inteligentes e clima. Além disso, são tratados assuntos como sistemas construtivos, conservação e tecnologias economizadoras de água para edifícios. A grade curricular traz conteúdos sobre resíduos sólidos, drenagem, mobilidade urbana sustentável e iluminação natural. Engenheiros, arquitetos e tecnólogos atuantes tanto no setor privado como público, bem como em instituições de Ensino Superior, podem participar.
O corpo docente é formado por professores da UFSCar e de outras instituições, assim como por profissionais do mercado com grande experiência nos temas envolvidos. As aulas estão previstas para começar no dia 10 de setembro e acontecem às sextas-feiras, das 18 horas às 22h30, e aos sábados das 8 às 18 horas. O formulário de inscrições e outras informações, como valores de investimento, estão disponíveis na plataforma box UFSCar, em bit.ly/
Evento online é aberto ao público e gratuito
SÃO CARLOS/SP - No dia 9 de agosto, às 19h30, será realizada a webconferência "A importância da participação dos familiares no Conselho Escolar". O tema será abordado pela professora do Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Maria Cecília Luiz, com transmissão ao vivo pelo YouTube (https://bit.ly/375b6N8). A atividade faz parte de uma série de webconferências realizada de maio a setembro e integra um dos componentes pedagógicos do curso de aperfeiçoamento em Conselho Escolar, coordenado pelas professoras Maria Cecília Luiz e Sandra Riscal, do DEd. Os encontros têm como palestrantes os autores do material pedagógico do curso; a proposta é a formação continuada para fortalecimento dos conselhos escolares.
O Conselho Escolar (CE) é o espaço em que todos os envolvidos com a escola (familiares, alunos, professores, diretores e funcionários) se reúnem para decidir o que é melhor para a instituição escolar, com foco na qualidade do ensino e na aprendizagem dos discentes. "Defende-se a importância de conhecer e fortalecer os conselhos escolares a fim de tornar oportuna a reflexão sobre o convívio democrático nos diferentes espaços escolares, inclusive na relação escola e família. Além disso, ao compreender as funções, constituição e organização do Conselho Escolar nas relações que acontecem dentro da escola, possibilita-se a sua operacionalização com mais eficiência", explicam os organizadores da iniciativa. A webconferência do dia 9/8, aberta e gratuita, pode ser acompanhada pelo YouTube, por meio do link https://bit.ly/375b6N8.
A próxima webconferência já está agendada para o dia 13 de setembro, às 19h30, e terá como tema "Conselho Escolar e a gestão democrática da educação: convivência e aprendizagem na escola".
O curso de aperfeiçoamento em Conselho Escolar, que está em andamento desde abril, é gratuito e foi pensado para técnicos de secretarias de Educação estaduais e municipais do Brasil inteiro. A seleção dos cursistas foi feita pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério de Educação (MEC).
O curso tem o objetivo de propiciar conhecimentos sobre o Conselho Escolar aos técnicos de secretarias de Educação, com vistas a promover planejamentos e ações motivadoras para serem desenvolvidas nos diferentes sistemas de ensino, incentivar o bom funcionamento dos conselhos, bem como articular uma gestão democrática nas instituições, com vistas à melhoria da qualidade da Educação Básica ofertada nas escolas públicas.
Resultados podem contribuir para o acolhimento e tratamento das pacientes que enfrentaram o câncer de mama
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando mulheres que já passaram por cirurgia de retirada de câncer de mama para avaliar a prevalência de dor crônica após o procedimento cirúrgico. As interessadas precisam responder um questionário eletrônico e a expectativa também é oferecer novas estratégias para os profissionais de Saúde atenderem essas pacientes.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em relatório anual (2020) sobre a situação do câncer no mundo, estimativas mostram um aumento significativo na incidência da doença, podendo se tornar uma das principais causas de morbimortalidade em diversos países. Em 2018, o câncer foi responsável por 9,6 milhões de mortes, sendo que 70% delas ocorreram em países de baixa e média renda. O câncer também é responsável por 30% de óbitos prematuros de adultos entre 30 e 69 anos.
Entre as maiores prevalências de neoplasias malignas encontra-se o câncer de pulmão, com 11,6% de todos os casos entre os dois sexos, seguido do câncer de mama, exclusivamente feminino, com 11,6%, e o câncer de cólon e reto, com 10,2% em ambos os sexos. Segundo dados estatísticos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2020 ocorreram 66.280 casos novos de câncer de mama no Brasil, com 17.763 mortes, sendo 17.572 mulheres e 189 homens.
A mastectomia (retirada da mama) é a estratégia mais utilizada para tratar o câncer de mama, além de procedimentos como quimioterapia e radioterapia. Nesse contexto, a pesquisa tem o objetivo principal de identificar na população brasileira a prevalência de dor crônica (que persiste por mais de três meses), após mastectomia, sem relação direta com outros tratamentos, como quimioterapia e radioterapia. "Além disso, procuramos conhecer qual a relação da dor crônica com as crenças de autoeficácia na dor crônica e a catastrofização na dor crônica, após mastectomia entre as mulheres", detalha Vânia Hayashi, pesquisadora responsável pelo estudo que tem a orientação da professora Priscilla Hortense, do Departamento de Enfermagem (DEnf) da UFSCar.
A mestranda explica que as crenças de autoeficácia se referem à habilidade pessoal de desempenhar tarefas ou apresentar comportamentos para produzir o resultado desejado. Já a catastrofização da dor pode ser definida como orientação negativa a determinados estímulos que se relacionam com resultados também negativos. "Na verdade, as crenças de autoeficácia e catastrofização podem existir no enfrentamento às mais diversas situações em nossas vidas e podem interferir no modo como reagimos inclusive nas adversidades. Na pesquisa, buscamos conhecer os dois aspectos relacionados à dor crônica após mastectomia nas mulheres que já concluíram seus tratamentos. Conhecer esses níveis com quantificação de instrumentos pode permitir que o profissional elabore melhores estratégias de auxílio para as mulheres que passam por esta experiência", explica Hayashi.
Ela afirma que a dor crônica tem aspectos diferentes de uma dor aguda, pontual, que é geralmente provocada por uma lesão. "Na dor crônica observa-se a multidimensionalidade da experiência dolorosa gerada também por múltiplos fatores. Comumente há a necessidade de enfrentamento de uma dor que muitas vezes não apresenta mais lesão", detalha. "Vamos buscar a relação entre os procedimentos de mastectomia realizados - pois existem diferentes tipos de cirurgias -, os tratamentos, o tempo percorrido desde o diagnóstico, a idade, a situação laboral e a dor crônica", complementa a pesquisadora da UFSCar.
A importância do estudo, para os profissionais que lidam com pacientes que apresentam quadros de dor crônica pós-mastectomia, está em facilitar a identificação de quais momentos ele pode fazer uso de estratégias para estimular mecanismos de autoeficácia e de diminuição da castrofização da dor.
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidadas mulheres, a partir de 18 anos, de qualquer região do Brasil, que tenham passado por mastectomia e que já encerraram o tratamento contra o câncer de mama. As participantes não podem estar em recidiva da doença. As voluntárias responderão um questionário eletrônico que ficará disponível até o dia 30 de setembro. As interessadas devem entrar em contato com a pesquisadora Vânia Hayashi, para receberem o questionário, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo WhatsApp (16) 99635-7931. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 28416620.4.0000.5504).
Evento, online, acontece de 2 a 6 de agosto
SÃO CARLOS/SP - De 2 (Hoje) a 6 de agosto, será realizada, de forma remota, a "Semana Discente das Ciências Sociais UFSCar 2021: o sujeito pesquisador e o fazer científico". O objetivo é conectar a comunidade discente do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com pesquisadores de outras universidades. A programação, totalmente gratuita, é composta por três tipos de atividade: Grupos de Trabalho (GTs), minicursos e mesas-redondas.
A mesa de abertura, no dia 2/8, às 19 horas, trata de "Pesquisas, sujeitos e metodologias: a pandemia e o artesanato científico". "Povos indígenas e suas vivências"; "Mulheres pesquisadoras de violência, segurança pública e conflitos urbanos"; e "História e perspectivas do curso de Ciências Sociais" estão entre os temas das demais mesas. Também estão confirmados os minicursos "Mobilidade como perspectiva epistemológica nas Ciências Sociais", "Olhares indígenas sobre a biomedicina e a saúde tradicional indígena" e "Estratégias para pesquisa de campo etnográfica com mídias digitais".
Mais informações, incluindo temas dos GTs, palestrantes e inscrições, estão no site do evento (www.even3.com.br/semanacs2021
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