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SEUL - Os EUA, a Coreia do Sul e o Japão concordaram em lançar um grupo consultivo de alto nível para combater as atividades cibernéticas da Coreia do Norte, informou na segunda-feira o gabinete presidencial sul-coreano.

Os três países trabalharão em conjunto para responder ao que dizem ser as iniciativas norte-coreanas para recolher financiamento de seus programas de armas através de criptomoedas.

"O objetivo é reforçar as capacidades de resposta efetiva dos três países contra as ameaças cibernéticas globais, incluindo o combate conjunto às atividades cibernéticas da Coreia do Norte, que são consideradas uma fonte importante de financiamento de seus programas nucleares e de armas de destruição em massa", disse o gabinete em um comunicado, citado nesta segunda-feira pela agência inglesa de notícias Reuters.

Ataques cibernéticos

Os monitores de sanções acusam Pyongyang de usar ataques cibernéticos de forma a recolher fundos para seus programas nucleares e de mísseis, com um relatório da ONU dizendo que a Coreia do Norte intensificou seu roubo de criptomoedas no ano passado, usando técnicas sofisticadas para roubar mais em 2022 do que em qualquer outro ano.

Anne Neuberger, vice-assessora de segurança nacional dos EUA para tecnologias cibernéticas e emergentes, participou na semana anterior de conversações com seus colegas sul-coreanos e japoneses em Washington, EUA. Eles concordaram em realizar reuniões trimestrais sob a nova estrutura, disse o gabinete presidencial da Coreia do Sul.

O anúncio acontece depois que os líderes dos três países concordaram, em uma cúpula em agosto em Camp David, nos EUA, que estabeleceriam um grupo de trabalho trilateral para as ameaças cibernéticas da Coreia do Norte.

A Coreia do Norte nega as alegações de hackear ou de realizar outros ataques cibernéticos.

 

 

Por Redação, com Sputnik - de Seul

CORREIO DO BRASIL

EUA - O Fundo para Aposentadoria dos Servidores Públicos do Oregon (OPERF, na sigla em inglês) vendeu cerca de um quinto de sua participação na fabricante de chips Nvidia e cortou aproximadamente um quarto das participações na fabricante de chips Intel e nas montadoras Ford Motor e General Motors no terceiro trimestre. A OPERF divulgou as negociações em formulário enviado à Comissão de Valores Mobiliários e não quis comentar o porquê das mudanças.

Foram vendidas 92.207 ações da Nvidia, de modo que o fundo encerrou o terceiro trimestre com 392.422 papéis da empresa. As ações da companhia triplicaram nos primeiros nove meses de 2023, mais do que compensando a queda de 50% em 2022. No quarto trimestre, até agora, as ações subiram 3,4%. Para efeito de comparação, o índice S&P 500 subiu 12% nos primeiros nove meses de 2023, após uma queda de 19% em 2022, e avançou 1,6% no trimestre até aqui.

Os ganhos da Nvidia têm sido fortes este ano, e analistas estão tão entusiasmados com as ações quanto os investidores. A popularidade da inteligência artificial generativa aumentou a demanda por chips da empresa, que divulgará o balanço do terceiro trimestre em 21 de novembro. Por outro lado, desafios relacionados à China ficam no foco.

O CEO da Intel, Pat Gelsinger, disse ao Barron’s no final de outubro que sua empresa deve permanecer envolvida com a China diante das tensões entre o país e os EUA. O próprio Gelsinger tem comprado ações da Intel este ano, e os ganhos têm sido fortes, ainda que menores que os da Nvidia.

As ações da Intel subiram 35% nos primeiros nove meses de 2023, após uma queda de 49% em 2022. No quarto trimestre, até aqui, os papéis ganharam 7,3%. A OPERF vendeu 574.828 ações da Intel e encerrou o terceiro trimestre com 1,8 milhão..

Já Ford subiu 6,8% nos primeiros nove meses de 2023, após uma queda de 44% em 2022. As ações caíram 15% no quarto trimestre e foram prejudicadas pela greve da United Auto Workers, que chegou ao fim. Os lucros do terceiro trimestre também ficaram abaixo das expectativas, e o negócio de veículos eléctricos continuou a perder dinheiro, mas a Ford tem superado a GM nesta frente. A OPERF vendeu 622.672 ações da Ford no terceiro trimestre, reduzindo o seu investimento para 1,9 milhão de ações.

Da General Motors, foram vendidas 276.674 ações, levando a OPERF a encerrar o terceiro trimestre com 792.874. Os papéis caíram 2% nos primeiros nove meses de 2023, após uma queda de 43% em 2022, e recuaram 9,7% no quarto trimestre até aqui.

De modo geral, a OPERF reduziu seus investimentos negociados nos EUA de US$ 8,4 bilhões, em 30 de junho, para US$ 7,3 bilhões em 30 de setembro. Os ativos totalizavam US$ 95,9 bilhões no final de 2022, tornando a OPERF a 16ª maior pensão pública nos EUA em termos de gestão de ativos.

 

 

ISTOÉ

EUA - A Assembleia Geral da ONU aprovou, com 187 votos, uma resolução que pede o fim do embargo imposto há seis décadas pelos Estados Unidos contra Cuba, uma vitória moral para a ilha que, no entanto, não é vinculante.

Os Estados Unidos e Israel votaram contra a resolução "Necessidade de pôr fim ao embargo econômico, comercial e financeiro, imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba". A Ucrânia se absteve da votação.

A resolução reitera o princípio da "igualdade dos Estados, da não intervenção e da não ingerência em assuntos internos e a liberdade de comércio e navegação internacional" e manifesta "sua preocupação com a promulgação e aplicação continuadas" de leis como a americana Helms-Burton (vigente desde 1996), que tem efeitos extraterritoriais para pessoas e empresas que fizerem negócios com Cuba.

"O bloqueio é um ato de guerra econômica em tempos de paz", disse o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, na tribuna, após lembrar que "mais de 80% da população cubana só viveram" sob o regime de sanções unilaterais americanas.

Desde 1992, Cuba apresenta anualmente resoluções na Assembleia Geral da ONU para pedir o fim do embargo imposto unilateralmente, em plena Guerra Fria, pelo presidente John F. Kennedy para asfixiar o regime comunista da ilha.

Apesar de os governos cubano e americano terem iniciado um processo de normalização das relações diplomáticas em 2015, sob o governo de Barack Obama, o embargo segue em vigor e é considerado por seus opositores como o principal obstáculo ao desenvolvimento de Cuba.

A forte repressão do governo cubano às manifestações anti-governamentais de julho de 2021, que deixou mais de 1.000 detidos e forçou outros ao exílio, não contribuiu para a mudança esperada na administração democrata de Joe Biden, após as políticas rígidas de seu antecessor, Donald Trump.

As autoridades cubanas calculam que seis décadas de embargo causaram perdas de mais de 159 bilhões de dólares (795 bilhões de reais, na cotação atual) para sua economia. Só entre março de 2022 e fevereiro de 2023, o bloqueio teria provocado perdas de 4,86 bilhões de dólares (24,28 bilhões de reais).

Sem o embargo, afirmam, a economia teria crescido 9%. A migração é "um efeito direto da intensificação do bloqueio", alertam, em um folheto distribuído à imprensa.

 

 

AFP

EUA - A fabricante automotiva americana General Motors fechou um acordo de princípio com o sindicato de trabalhadores do setor UAW, poucos dias depois de suas concorrentes Ford e Stellantis, também afetadas pela greve desde meados de setembro.

Segundo um comunicado do sindicato, a GM aceitou, assim como as outras montadoras, um aumento do salário básico de 25% nos quatro anos de duração do acordo coletivo.

O presidente Joe Biden, que, em campanha para a reeleição, participou de um dos piquetes organizados pelos trabalhadores exigindo melhorias salariais, deu boas-vindas aos acordos “históricos” após semanas de paralisação.

“Estes acordos recorde recompensam os trabalhadores da indústria automotiva que fizeram muitos sacrifícios para que o setor continuasse funcionando” durante a crise de 2009, considerou o mandatário.

Mais de 45.000 trabalhadores chegaram a ficar em greve, como parte de uma estratégia na qual a UAW aumentou gradualmente o número de fábricas com paralisações em busca de melhores condições salariais desde 15 de setembro.

Desde a criação deste sindicato em 1935, esta foi a primeira vez que os “três grandes” de Detroit foram alvo de uma greve simultânea.

Os acordos precisam ser ratificados em votação pelos membros da UAW (United Auto Workers).

 

– Estratégia –

Depois de começar por fábricas menores e centros de distribuição de autopeças, a UAW ampliou o movimento para as fábricas mais importantes e “lucrativas” de cada grupo.

A Ford alcançou um acordo preliminar na quarta-feira depois de 41 dias de greve e a Stellantis três dias depois, no sábado.

O acordo provisório com a Stellantis, após 44 dias de paralisação, inclui um aumento de 25% dos salários até 2028, informou o sindicato em um comunicado.

A Ford também aceitou um aumento de 25% do salário de base.

Estes acordos devem ser ratificados por votação dos membros da UAW.

As cifras conhecidas são inferiores aos 40% pretendidos pelo presidente da UAW, Shawn Fain, quando o sindicato iniciou a greve.

Além disso, os acordos preveem aumentos salariais durante os quatro anos de convênio coletivo, medidas de ajuste ao custo de vida, benefícios sociais e melhorias para os aposentados, entre outras.

Também, segundo cada empresa, tem especificidades, como aumentar a quantidade de empregos no caso da Stellantis.

 

– Fábrica ‘resgatada’ –

A Stellantis se comprometeu a criar 5.000 postos de trabalho, depois que havia previsto demissões como parte do fechamento de uma fábrica em Belvidere (Illinois) que agora foi “resgatada”, segundo Rich Boyer, vice-presidente da UAW.

“Os trabalhadores não tinham tanta força há décadas, e certamente não a tinham desde a recessão de 2008-2009”, constatou, em diálogo com a AFP, Susan Schurman, professora de relações trabalhistas na Universidade de Rutgers.

Neste setor, os funcionários fizeram “enormes sacrifícios” durante a salvação da indústria após a crise de 2008 e agora com a reativação, “os dirigentes recebem muito dinheiro e os trabalhadores querem sua parte”, acrescentou.

“Outro trimestre recorde, outro ano recorde. Como dissemos há meses: lucros recorde significam contratos recorde”, comentou Shawn Fain após a publicação dos resultados trimestrais da GM em 24 de outubro.

O sindicato anunciou que os trabalhadores de Ford e Stellantis retomariam seu trabalho sem esperar a validação por votação no sindicato.

Ao fechamento da Bolsa de Nova York, as ações da GM tiveram alta de 0,51% no dia, após o acordo com o sindicato UAW acabar com a greve. As ações da Ford (-1,96%) e da Stellantis (-0,28%) sofreram desvalorizações.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

EUA - Um primeiro esboço de regulamentação da inteligência artificial (IA) foi assinado na última segunda-feira, 30, pelo presidente dos EUA Joe Biden, no que pode ser o empurrão para que outros países também adotem leis específicas para a tecnologia. Entre os tópicos do governo americano para o desenvolvimento e regulação da IA estão a exigência de que produtos de IA mais avançados sejam testados para garantir que não possam ser usados para produzir armas biológicas ou nucleares, e que os resultados desses testes sejam informados ao governo.

Os requisitos de teste são uma parte pequena, mas central, do que Biden, em um discurso programado para a tarde desta segunda-feira, deve descrever como a ação governamental mais abrangente para proteger os americanos dos riscos potenciais trazidos pelos enormes saltos na IA nos últimos anos. O esforço ainda pode ser considerado uma tentativa dos EUA de tomar a liderança na regulamentação da tecnologia que ainda enfrenta um mercado crescente e pouco delimitado pelas leis já vigentes em vários países.

De acordo com o jornal americano The New York Times, as regulamentações incluirão recomendações, mas não exigências, de que fotos, vídeos e áudio desenvolvidos por esses sistemas sejam identificados com marca d’água para deixar claro que foram criados por IA. Isso reflete o medo crescente de que a tecnologia torne muito mais fácil a criação de deepfakes e desinformação convincente, especialmente à medida que a campanha presidencial de 2024 se acelera nos EUA.

A ordem de Biden será emitida dias antes de uma reunião de líderes mundiais sobre segurança em IA, organizada pelo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Rishi Sunak. Na questão da regulamentação da tecnologia, os Estados Unidos ficaram atrás da União Europeia, que já está elaborando novas leis, e de outras nações como China e Israel, que emitiram propostas de regulamentação. Desde que o ChatGPT, o chatbot com tecnologia de IA da OpenAI, explodiu em popularidade no ano passado, legisladores e reguladores globais têm debatido sobre como a inteligência artificial pode alterar empregos, espalhar desinformação e potencialmente desenvolver seu próprio tipo de inteligência.

As novas regras dos EUA, algumas das quais devem entrar em vigor nos próximos 90 dias, provavelmente enfrentarão muitos desafios, alguns legais e outros políticos. Mas a ordem visa aos sistemas futuros mais avançados e, em grande parte, não aborda as ameaças imediatas dos chatbots existentes que poderiam ser usados para espalhar desinformação relacionada à Ucrânia, Gaza ou à campanha presidencial.

 

Para quem?

A ordem afeta apenas as empresas americanas, mas como o desenvolvimento de software ocorre em todo o mundo, os Estados Unidos enfrentarão desafios diplomáticos para aplicar as regulamentações, razão pela qual o governo está tentando incentivar aliados e adversários a desenvolver regras semelhantes. A vice-presidente Kamala Harris está representando os Estados Unidos na conferência em Londres sobre o assunto nesta semana.

As regulamentações também têm o objetivo de influenciar o setor de tecnologia, estabelecendo padrões inéditos de segurança e proteção ao consumidor. As diretrizes da Casa Branca para as agências federais visam forçar as empresas a cumprir os padrões estabelecidos por seus clientes governamentais.

“Esse é um primeiro passo importante e, o que é importante, as ordens executivas estabelecem normas”, disse Lauren Kahn, analista sênior de pesquisa do Center for Security and Emerging Technology da Universidade de Georgetown.

A ordem também instrui o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e outras agências a criar padrões de segurança claros para o uso de IA e a simplificar os sistemas para facilitar a compra de ferramentas que usem a tecnologia. Ela determina que o Departamento do Trabalho e o Conselho Econômico Nacional estudem o efeito da IA no mercado de trabalho e apresentem possíveis regulamentações. E solicita que as agências forneçam orientações claras aos locadores, contratantes do governo e programas de benefícios federais para evitar a discriminação por algoritmos usados em ferramentas de IA.

Mas a Casa Branca tem autoridade limitada, e algumas das diretrizes não são aplicáveis. Por exemplo, a ordem pede que as agências fortaleçam as diretrizes internas para proteger os dados pessoais dos consumidores, mas a Casa Branca também reconheceu a necessidade de uma legislação de privacidade para garantir totalmente a proteção dos dados.

Para incentivar a inovação e reforçar a concorrência, a Casa Branca solicitará que a Câmara Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) intensifique seu papel de fiscalizador da proteção ao consumidor e das violações antitruste. Mas a Casa Branca não tem autoridade para instruir o FTC, um órgão independente, a criar regulamentações.

Lina Khan, presidente da Comissão, já sinalizou sua intenção de agir de forma mais agressiva como fiscalizadora da IA. Em julho, a comissão abriu uma investigação sobre a OpenAI sobre possíveis violações de privacidade do consumidor e acusações de divulgação de informações falsas sobre indivíduos.

“Embora essas ferramentas sejam novas, elas não estão isentas das regras existentes, e o FTC aplicará vigorosamente as leis que somos encarregados de administrar, mesmo nesse novo mercado”, escreveu Khan em um artigo publicado no The New York Times em maio.

O setor de tecnologia disse que apoia as regulamentações, embora as empresas discordem sobre o nível de supervisão do governo. A Microsoft, a OpenAI, o Google e a Meta estão entre as 15 empresas que concordaram com compromissos voluntários de segurança e proteção, incluindo a realização de testes de estresse em seus sistemas por terceiros para detectar vulnerabilidades.

Biden pediu regulamentações que apoiem as oportunidades da IA para ajudar na pesquisa médica e climática, ao mesmo tempo em que cria barreiras para proteger contra abusos. Ele enfatizou a necessidade de equilibrar as regulamentações com o apoio às empresas dos EUA em uma corrida global pela liderança da IA. Para isso, a ordem orienta as agências a simplificar o processo de visto para imigrantes altamente qualificados e não imigrantes com experiência em IA para estudar e trabalhar nos Estados Unidos.

Um alto funcionário do Departamento de Energia disse na semana passada que a Administração Nacional de Segurança Nuclear já havia começado a explorar como esses sistemas poderiam acelerar a proliferação nuclear, resolvendo questões complexas na construção de uma arma nuclear. E muitas autoridades têm se concentrado em como esses sistemas poderiam permitir que um grupo terrorista reunisse o que é necessário para produzir armas biológicas.

Ainda assim, legisladores e funcionários da Casa Branca advertiram que não se deve agir com muita rapidez para redigir leis para tecnologias de IA que estão mudando rapidamente. A União Europeia não considerou modelos de linguagem ampla (LLM, na sigla em inglês) em seus primeiros esboços legislativos./COM NYT

 

 

ESTADÃO

EUA - A autobiografia de Matthew Perry, lançada no início do ano, alcançou o patamar de livro mais vendido no mundo via internet na segunda-feira (30/10), dois dias após a morte do ator. O livro “Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível” ultrapassou até mesmo o recém-lançado “A Mulher em Mim”, autobiografia de Britney Spears, segundo dados da Amazon.

No livro, o ator eternizado como Chandler na série “Friends”, desabafa sobre sua batalha contra a dependência de opioides e o alcoolismo – “Aquela Coisa Terrível”, como ele denomina. O narrador, com um tom irônico, leva o leitor por um passeio em sua vida real, muito além das telas. Perry evidencia uma jornada de autoconhecimento e enfrentamento de seus demônios, sem cair no autovitimismo.

As confissões amorosas são um capítulo à parte. Na obra, o ator compartilhou sua insegurança em relacionamentos, terminando com Julia Roberts e outras antes que o abandonassem. As memórias se estendem às grandes amizades, como a com Bruce Willis, com quem contracenou em “Meu Vizinho Mafioso” (1999).

 

O melhor emprego do mundo

Os relatos de Perry sobre o período de “Friends” – ou ao “melhor emprego do mundo” – são uma viagem à época dourada da TV americana.

O vazio crônico, nascido de uma infância com pais separados, foi preenchido parcialmente por seu alter ego, Chandler, um personagem que, segundo Perry, era uma extensão de si mesmo. O ator reflete sobre sua jornada, desde os desafios iniciais até alcançar a fama, descrevendo com carinho o período em “Friends”, mas sem mascarar os percalços de sua vida pessoal.

 

Luta pela vida

Revelando que ele e seus co-protagonistas ganhavam US$ 1,1 milhão por episódio nas últimas temporadas, Perry estima ter gastado cerca de US$ 7 milhões em busca da sobriedade. O ator descreve um ciclo vicioso com 65 internações para desintoxicação e 14 cirurgias decorrentes do vício, destacando uma vida de lutas contínuas. Certa vez, fortemente constipado, seu intestino simplesmente estourou, e daí vieram coma e 2% de chance de sobreviver. Por isso, ele abre o livro afirmando que devia estar morto.

Ao final, o ator revela que, apesar dos desafios, manteve sua integridade profissional, nunca atuando sob efeito de drogas nos 237 episódios de “Friends”.

 

 

por Pedro Benjamin Prado / PIPOCA MODERNA

EUA - O Federal Reserve (Fed, banco central americano) poderá manter as suas taxas de juros de referência inalteradas na sua reunião desta semana para evitar o risco de recessão, apesar de uma inflação que custa a ceder.

“O Fed está em modo de espera”, resume Krishna Guha, economista da Evercore, uma empresa de consultoria de investimentos.

O crescimento da atividade econômica nos Estados Unidos duplicou no terceiro trimestre na projeção anual, em comparação com o trimestre anterior, impulsionado pelo consumo das famílias. Essa informação continua afastando a perspectiva de recessão e pressiona a favor de um novo aumento das taxas de juros.

O Fed aumentou as suas taxas como forma de tornar o crédito mais caro e, assim, moderar o consumo e o investimento, o que exerceu pressão sobre o aumento dos preços.

Mas este “crescimento marcadamente forte no terceiro trimestre”, de 4,9% na projeção de 12 meses, é “compensado pelo aumento dos rendimentos” dos títulos do Tesouro, detalha Guha.

“Muitos no Fed consideram que o aumento dos rendimentos (ou das taxas dos títulos do Tesouro) é equivalente a um novo aumento nas taxas de juros”, afirma Diane Swonk, economista-chefe da KPMG.

O impacto nos rendimentos dos títulos do Tesouro é muito mais amplo, destaca Swonk, do que o das taxas do Fed, já que as taxas de referência decididas pelo banco central condicionam os empréstimos concedidos pelos bancos, “que representam apenas um terço do crédito nos Estados Unidos”.

 

– Opção em aberto –

O Fed aumentou as suas taxas 11 vezes desde março de 2022, e estão atualmente entre 5,25-5,50%, um máximo desde 2001.

Quase todos os atores do mercado antecipam que o Fed manterá as suas taxas neste nível, de acordo com a avaliação do CME Group.

Gregory Daco, economista-chefe da EY Parthenon, espera que o Fed mantenha “uma opção para um ajuste adicional”, em seu comunicado à imprensa de encerramento da reunião na quarta-feira.

Para Daco, porém, “o ciclo de ajuste (monetário) do Fed acabou” e não haverá mais aumentos de taxas.

“Eles não descartarão um novo aumento”, afirma Michael Pearce, da Oxford Economics.

 

– Não cantar vitória –

Os dados da inflação de setembro “ainda não são suficientemente bons para que o Fed possa cantar vitória”, observaram os economistas da Pantheon Macroeconomics.

O índice PCE, o mais seguido pelo Fed para medir os aumentos de preços, ficou em 3,4% nos 12 meses em setembro. A inflação mensal foi de 0,4%, mesma variação de preços de agosto e um pouco acima do esperado.

Por outro lado, a inflação subjacente, que exclui preços muito voláteis como alimentos e energia, passou de 0,1% em agosto para 0,3% em setembro.

O IPC, por outro lado, manteve-se estável em 3,7% durante 12 meses em setembro, mas o aumento de preços moderou-se na medição mensal pela primeira vez desde maio.

O Banco Central Europeu (BCE) manteve as suas taxas inalteradas na quinta-feira, após dez aumentos consecutivos desde julho de 2022.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

EUA - O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), registrou alta de 0,4% em setembro na comparação com agosto, informou na sexta-feira o Departamento do Comércio. Analistas ouvidos pela FactSet previam avanço de 0,3%. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,4%, como esperado.

O núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% em setembro ante o mês anterior, em linha com o previsto. O núcleo avançou ainda 3,7% na leitura anual, também como esperado pelos economistas.

Tanto o índice cheio como o núcleo representam leve desaceleração em relação a agosto, quando registraram alta de 3,5% e 3,9%, respectivamente.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

EUA - A Ford Motor retirou sua previsão de resultados para o ano inteiro nesta semana devido à pendência de ratificação de seu acordo com o sindicato United Auto Workers (UAW), fazendo com que as ações da empresa caíssem 4% nas negociações pós-mercado.

O sindicato e a Ford chegaram a um acordo provisório na quarta-feira, que incluiu um aumento salarial de 25% para 57 mil trabalhadores ao longo de quatro anos e meio, encerrando a greve em algumas das maiores fábricas da montadora.

O prejuízo econômico total decorrente das greves nas três grandes montadoras de Detroit chegou a 9,3 bilhões de dólares, disse a consultoria Anderson Economic Group no início desta semana.

A Ford também informou nesta quinta-feira que sua unidade de veículos elétricos sofreu uma perda maior do que o esperado, no terceiro trimestre, no lucro antes de juros e impostos, de 1,3 bilhão de dólares. A empresa havia previsto prejuízo anual de 4,5 bilhões de dólares para a unidade Ford Model e.

Segundo a Ford, seu negócio de veículos elétricos tem enfrentado preços e lucratividade "fortemente comprimidos", e seus clientes não estão dispostos a pagar mais por veículos elétricos ante modelos semelhantes híbridos e movidos a combustão.

A receita do terceiro trimestre da Ford subiu 11%, para 44 bilhões de dólares, com lucro de 1,2 bilhão de dólares, contra prejuízo de 827 milhões de dólares no mesmo período do ano passado.

 

 

Reportagem de Nathan Gomes e Paul Lienert / REUTERS

EUA - A Exxon Mobil e a Chevron, as duas maiores empresas petrolíferas dos EUA, comprometeram-se neste mês a gastar mais de US$ 50 bilhões cada uma para comprar empresas menores em negócios que lhes permitiriam produzir mais petróleo e gás natural nas próximas décadas.

No entanto, um dia após a Chevron anunciar sua aquisição, a Agência Internacional de Energia divulgou um relatório concluindo que a demanda por petróleo, gás e outros combustíveis fósseis atingiria seu pico até 2030, com o aumento das vendas de carros elétricos e do uso de energia renovável.

A desconexão entre o que as empresas petrolíferas e muitos especialistas em energia acham que acontecerá nos próximos anos nunca foi tão acentuada.

As grandes empresas petrolíferas estão dobrando a perfuração de petróleo e gás e processando-os em combustíveis para uso em motores, usinas de energia e maquinário industrial. E, com poucas exceções, elas não estão gastando muito em alternativas como energia eólica e solar e baterias para carros elétricos.

“Eles estão investindo o dinheiro que têm na boca”, disse Larry Goldstein, diretor de projetos especiais da Energy Policy Research Foundation, uma organização sem fins lucrativos de Washington especializada em petróleo, gás natural e produtos petrolíferos.

As autoridades da AIE, que os Estados Unidos e seus aliados criaram durante uma crise do petróleo na década de 1970, acham que as empresas petrolíferas estão fazendo uma aposta ruim. Eles apontam para o crescimento incrivelmente rápido da energia renovável e das vendas de carros elétricos, ciclomotores e outros veículos — 1 em cada 5 veículos novos vendidos este ano será movido a bateria, em comparação com 1 em cada 25 em 2020.

“A transição para a energia limpa está acontecendo em todo o mundo e é imparável”, disse Fatih Birol, diretor executivo da agência.

Os tipos de energia que as pessoas e as empresas usam — e como as usam — nas próximas décadas terão enormes consequências ambientais e econômicas. A maioria dos estudiosos do clima afirma que eliminar as emissões de gases de efeito estufa, que são causadas principalmente pela queima de combustíveis fósseis, até 2050 é essencial para evitar os piores efeitos da mudança climática.

Os executivos do setor de petróleo rejeitam as projeções da AIE, dizendo que o mundo precisará de seus produtos por muito tempo.

“Eu pessoalmente discordo, as grandes empresas discordam, a Opep discorda, todo mundo que produz petróleo e gás discorda”, disse Scott Sheffield, CEO da Pioneer Natural Resources, que a Exxon concordou em comprar por US$ 60 bilhões há duas semanas. A AIE, acrescentou Sheffield, não entende “a demanda por nossos produtos”.

Ele prosseguiu: “Quem vai substituir o combustível de aviação? Quem substituirá os produtos petroquímicos? Que alternativas substituirão tudo isso?”

A compra da Pioneer expandirá a presença já muito grande da Exxon na Bacia do Permiano, uma grande área rica em petróleo e gás que fica entre o Texas e o Novo México. O negócio mais do que dobra as propriedades da Exxon na bacia.

E a proposta de aquisição da Hess pela Chevron é uma aposta gigantesca na produção em águas profundas ao largo da costa da Guiana, a perspectiva de petróleo que mais cresce no Hemisfério Ocidental. O acordo faria da Chevron uma parceira menor da Exxon, a principal operadora do campo.

Ambos os acordos proporcionam às empresas investimentos em campos onde os custos de produção são baixos e em áreas amplamente estáveis, quando os futuros suprimentos de petróleo de lugares como a Rússia e a Venezuela são mais duvidosos.

Os executivos do setor de petróleo não estão alheios às crescentes preocupações com as mudanças climáticas. Eles afirmam que a consolidação os ajudará a investir mais na tecnologia relativamente não testada de captura de dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa, e enterrá-lo no subsolo para sempre. Elas também dizem que pretendem investir somas substanciais em hidrogênio, um combustível potencialmente mais limpo.

“A consolidação, neste momento, tem a ver com dar às empresas a escala para serem mais resilientes e atenderem a várias prioridades ao mesmo tempo”, disse Daniel Yergin, historiador do petróleo que escreveu sobre ondas anteriores de fusões no setor petrolífero em seu livro The Prize.

A AIE concorda que a demanda por petróleo persistirá por algum tempo, mas em níveis muito mais baixos. Isso fará com que os preços caiam, tornando mais difícil para muitas empresas competir com grandes produtores, como a Arábia Saudita, que podem produzir petróleo a um custo muito baixo.

Os executivos do setor de petróleo concordam que a produção de petróleo e gás a custos mais baixos será essencial e argumentam que acordos, como a compra da Pioneer pela Exxon e a aquisição da Hess pela Chevron, ajudarão as empresas a se tornarem mais eficientes. Sheffield, da Pioneer, disse que as grandes empresas petrolíferas europeias, como a Shell e a BP, também terão que crescer em breve.

“Há um número excessivo de empresas públicas”, disse Sheffield. “É melhor para as empresas independentes se consolidarem em empresas maiores. A segurança energética vem com empresas maiores.”

Mas uma coisa que Sheffield e outros executivos não estão interessados é em se afastar muito do que sabem fazer melhor. Com exceção de algumas empresas petrolíferas europeias, como a BP, Equinor e ENI, a maioria das empresas do setor não está investindo muito em coisas como carregamento de veículos elétricos, energia nuclear, parques eólicos ou baterias.

Ambientalistas como Mark Brownstein, vice-presidente sênior do Environmental Defense Fund, disseram que as grandes empresas petrolíferas estão perdendo uma importante oportunidade de se reinventar.

“Vejo essa onda de fusões e aquisições mais como participantes do setor tentando espremer a última luz do modelo de negócios existente do que como parte de uma transição para o futuro”, disse Brownstein. “Trata-se mais de aquisição de ativos para continuar a fornecer fluxo de caixa.”

 

 

por Clifford Krauss / ESTADÃO

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