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EUA  — O X, a empresa de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, pode perder até US$ 75 milhões em receita de publicidade até o final do ano, já que dezenas de grandes marcas interromperam suas campanhas de marketing depois que seu proprietário, Elon Musk, endossou uma teoria da conspiração antissemita neste mês.

Documentos internos vistos pelo The New York Times nesta semana mostram que a empresa está em uma posição mais difícil do que se sabia anteriormente e que as preocupações com Musk e a plataforma se espalharam muito além de empresas como IBM, Apple e Disney, que pausaram suas campanhas publicitárias no X na semana passada. Os documentos listam mais de 200 unidades de anúncios de empresas como Airbnb, Amazon, Coca-Cola e Microsoft, muitas das quais suspenderam ou estão considerando suspender seus anúncios na rede social.

Os documentos vêm da equipe de vendas do X e têm o objetivo de rastrear o impacto de todos os lapsos de publicidade neste mês, incluindo os de empresas que já interromperam e outras que podem estar em risco de fazê-lo. Eles listam a quantidade de receita publicitária que os funcionários da X temem que a empresa possa perder até o final do ano se os anunciantes não retornarem.

Na sexta-feira, o X disse em comunicado que US$ 11 milhões em receita estavam em risco e que o valor exato flutuava à medida que alguns anunciantes retornavam à plataforma e outros aumentavam os gastos. A empresa disse que os números vistos pelo Times estavam desatualizados ou representavam um exercício interno para avaliar o risco total.

O congelamento da publicidade ocorre durante os últimos três meses do ano, que é tradicionalmente o trimestre mais forte da empresa de mídia social, já que as marcas fazem promoções de fim de ano para eventos como a Black Friday e a Cyber Monday. Nos últimos três meses de 2021 (o último ano em que a empresa divulgou os lucros do quarto trimestre antes de Musk assumir o comando), a empresa registrou US$ 1,57 bilhão em receita, dos quais quase 90% vieram de publicidade.

 

Esforço

Desde a aquisição do Twitter por Musk por US$ 44 bilhões no ano passado, algumas marcas têm hesitado em anunciar na plataforma, preocupadas com o comportamento de Musk e as decisões de moderação de conteúdo, que levaram a um aumento no conteúdo incendiário e odioso. A publicidade na plataforma nos EUA caiu quase 60% este ano, o que levou a empresa a tentar atrair de volta os anunciantes em um esforço que sua principal executiva, Linda Yaccarino, está liderando. O X também está realizando campanhas publicitárias durante o período de férias para tentar compensar as quedas de receita.

Os documentos, no entanto, revelam que isso não está ocorrendo conforme o planejado. Mais de 100 marcas são mostradas como tendo “pausado totalmente” seus anúncios, enquanto dezenas de outras são listadas como “em risco”. Muitas pausaram a partir de 15 de novembro, quando Musk escreveu em um post no X que a teoria da conspiração de que os judeus apoiavam a imigração de minorias para substituir as populações brancas era “a verdade real”.

Leesha Anderson, vice-presidente de marketing digital e mídia social da agência de publicidade Outcast, disse que seus clientes pararam de gastar com o X depois que Musk assumiu o controle e encontraram alternativas em plataformas como LinkedIn e TikTok.

“No mercado dinâmico de hoje, as marcas têm uma infinidade de opções de plataformas à sua disposição para uma segmentação precisa do público”, disse ela. “Portanto, é imperativo que os administradores e proprietários de plataformas sociais exerçam discrição deliberada em todos os aspectos, sejam suas crenças pessoais ou posições políticas, pois essas escolhas serão inevitavelmente submetidas ao escrutínio público.”

As organizações que pausaram seus anúncios no X variam de campanhas políticas a cadeias de fast-food e gigantes da tecnologia, de acordo com os documentos. O Airbnb, por exemplo, suspendeu mais de US$ 1 milhão em publicidade, enquanto o Uber cortou anúncios no valor de mais de US$ 800 mil, suspendendo campanhas nos mercados americano e internacional. Ambas as empresas de tecnologia não quiseram comentar.

Outras grandes marcas, incluindo Jack in the Box, Coca-Cola e Netflix, suspenderam algumas de suas campanhas. Os anúncios suspensos da Netflix valiam quase US$ 3 milhões, de acordo com estimativas do X. A Jack in the Box, a Coca-Cola e a Netflix não responderam aos pedidos de comentários.

Várias subsidiárias da Microsoft também interromperam a publicidade - levando a uma perda potencial de mais de US$ 4 milhões em receita para o quarto trimestre da X, com base nos documentos - assim como as unidades da Amazon para livros e música e uma subsidiária do Google. O gigante das buscas e algumas outras marcas que interromperam os gastos, incluindo a NBC Universal, continuaram a publicar conteúdo na plataforma sem pagar à X para garantir que ele atinja um público amplo.

O Google e a Microsoft não quiseram comentar. A Amazon não retornou os pedidos de comentários.

 

Repercussão negativa

No programa da NBC “Meet the Press” no último domingo, o candidato presidencial republicano Chris Christie chamou o comentário de Musk de parte de uma recente manifestação de um “tipo ultrajante de ódio”.

“Seja Elon Musk, seja professores em nossos campi universitários ou estudantes que estão enganando, seja indivíduos que estão falando de forma antissemita nas ruas de nossas cidades”, disse ele.

Dois dias antes da apresentação de Christie, um super comitê político que o apoiava, chamado Tell It Like It Is, retirou sua publicidade da X, de acordo com os documentos. Um representante do grupo de arrecadação de fundos políticos não respondeu a um pedido de comentário.

Em uma reunião interna com os funcionários do X nesta semana, Linda Yaccarino demonstrou um humor desafiador. Ela não mencionou o endosso de Musk ao post antissemita e atribuiu os problemas da empresa a um relatório do grupo de vigilância de mídia de esquerda Media Matters, que mostrou que anúncios no X de empresas como IBM e Apple apareciam ao lado de posts que promoviam conteúdo nacionalista branco e nazista.

Na segunda-feira, depois que Musk chamou a Media Matters de “uma organização maligna”, a X processou o grupo e argumentou que seu relatório, publicado após a declaração de Musk, “manipulou os algoritmos que regem a experiência do usuário na X para contornar as proteções e criar imagens das postagens pagas dos maiores anunciantes da X ao lado de conteúdo racista e incendiário”. Linda culpou o relatório da Media Matters pela queda nas vendas de anúncios do X.

“Ceder a críticas ou pressões externas simplesmente não é a forma como a X irá operar”, escreveu ela em um e-mail para os funcionários da X na quarta-feira e que foi visto pelo The New York Times. “As pessoas da X são defensoras da liberdade de expressão. Somos solidários com aqueles que acreditam nesse direito fundamental e nos controles e equilíbrios críticos de uma democracia próspera.”

No início desta semana, Musk comemorou as empresas que continuaram a anunciar no X, incluindo a Liga Nacional de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês). Usando um emoji de coração, o bilionário proprietário do X disse que amava a NFL. (O New York Times parou de fazer marketing na plataforma no início de 2023, embora a publicação esportiva da empresa, The Athletic, tenha continuado a comprar anúncios, de acordo com um porta-voz).

Musk também observou que a empresa doaria “toda a receita de publicidade e assinaturas associadas à guerra em Gaza para hospitais em Israel e para a Cruz Vermelha/Crescente em Gaza”. O financiamento incluirá a receita de anúncios comprados por grupos de caridade, organizações de notícias e outros grupos que anunciaram conteúdo relacionado ao conflito.

Seguindo seu chefe, Linda Yaccarino acrescentou à publicação original do Sr. Musk um apelo. “Participe e ajude”, escreveu ela no X.

 

 

por Ryan Mac e Kate Conger / ESTADÃO

EUA - A Shein entrou com um pedido confidencial de abertura de capital nos Estados Unidos, informou o Wall Street Journal (WSJ) nesta segunda-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

A gigante do fast-fashion tem trabalhado com pelo menos três bancos de investimento para uma possível oferta inicial de ações (IPO), e estava em negociações com a Bolsa de Valores de Nova York e a Nasdaq, informou a Reuters em julho.

O Goldman Sachs, o JPMorgan Chase e o Morgan Stanley foram contratados como coordenadores da oferta, que poderia ocorrer em 2024, segundo reportagem do WSJ.

A Shein não comentou.

A empresa foi avaliada em mais de 60 bilhões de dólares em maio e deve se tornar a companhia mais valiosa fundada na China a abrir capital nos EUA desde a estreia da gigante da Didi Global em 2021 valendo 68 bilhões de dólares.

O modelo fast-fashion vem ganhando popularidade nos EUA com a parceria da Shein com o SPARC Group, uma joint venture entre a proprietária da Forever 21, Authentic Brands, e a operadora de shopping centers Simon Property, à medida que a varejista de moda online e seus rivais procuram expandir o alcance de mercado.

 

 

Reportagem de Pritam Biswas e Ananya Mariam Rajesh / REUTERS

EUA - Laboratórios veterinários de vários estados norte-americanos estão investigando uma doença respiratória misteriosa que está afetando cães e que já causou a morte de alguns animais idosos.

Oregon, Colorado e New Hampshire são os três estados onde já foram registrados casos da doença, mas os especialistas acreditam que ela pode estar se espalhando por todo o país.

Os sintomas da doença nos cães incluem tosse, espirros, corrimento nasal ou ocular e letargia. Em alguns casos, a pneumonia pode progredir rapidamente, deixando os cães muito doentes em apenas 24 ou 36 horas.

Os especialistas ainda não sabem se a doença é causada por uma bactéria ou por um vírus, mas acreditam que seja mais provável que seja viral, já que os sintomas não respondem a antibióticos.

No estado de Oregon, já foram identificados mais de 200 casos desde agosto, segundo o Departamento de Agricultura estadual. O departamento está pedindo aos donos de animais de estimação que entrem em contato com um veterinário se seu cão apresentar sintomas da doença.

O departamento também está trabalhando com pesquisadores do Laboratório Nacional de Serviços Veterinários do Departamento de Agricultura dos EUA para identificar a causa da doença.

O diretor do Laboratório de Diagnóstico Veterinário da Universidade de Oregon alerta que os donos de animais de estimação devem garantir que seus pets estejam com as vacinas em dia, incluindo aquelas que protegem contra doenças respiratórias. "Não entrem em pânico", disse ele.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EUA - Os Correios dos Estados Unidos registraram um prejuízo de US$ 6,5 bilhões em seu ano fiscal recém-concluído. A empresa havia projetado que alcançaria o equilíbrio financeiro no ano fiscal encerrado em 30 de setembro, com a expectativa de obter lucros anuais a partir deste ano. As informações são de reportagem da CNN.

Os resultados decepcionaram porque a empresa teve um aumento na receita no início deste ano. O diretor-geral dos Correios, Louis DeJoy, atribuiu a perda à inflação, que elevou os custos de suas operações.

“Estamos apenas nos estágios iniciais de uma das maiores transformações organizacionais do país”, disse ele. “Já estamos oferecendo uma entrega mais consistente, confiável e pontual para as empresas e residências dos Estados Unidos.”

Os Correios relataram que a receita com remessas e pacotes, atualmente o maior segmento de seu negócio em receita, subiu 1%, para US$ 31,6 bilhões, mesmo com a queda de 2% no volume.

A correspondência de primeira classe também gerou 2% a mais de receita, alcançando US$ 24,5 bilhões, apesar da queda de 6% no volume. O maior impacto foi uma diminuição de US$ 920 milhões, ou 8%, na receita proveniente da mala direta de marketing, segundo a reportagem.

Os Correios relataram um lucro líquido de US$ 56 bilhões no ano fiscal anterior, mas isso se deve principalmente ao ganho não monetário de quase US$ 57 bilhões da legislação de 2022 que alterou a forma como contabilizava as despesas com saúde dos aposentados.

Desconsiderando esse ganho contábil único e o que o serviço chama de outros custos e ganhos “não controláveis”, a “perda controlável” nos Correios disparou para US$ 2,3 bilhões no ano fiscal recém-concluído, em comparação com uma perda controlável de US$ 473 milhões no ano fiscal anterior./Com informações de CNN

 

 

ESTADÃO

EUA - Os Estados Unidos e a China são os dois pesos pesados da economia mundial. Juntos, produzem mais de 40% dos bens e serviços do mundo. Quando Washington e Pequim travam, portanto, uma batalha econômica, como fizeram por cinco anos consecutivos, o resto do mundo também sofre.

E quando eles realizam uma rara reunião de cúpula de alto nível, como farão os presidentes Joe Biden e Xi Jinping nesta semana, isso pode ter consequências globais.

A economia mundial certamente poderia se beneficiar de uma distensão entre os EUA e a China. Desde 2020, ela vem sofrendo uma crise após a outra — a pandemia da covid-19, o aumento da inflação, o aumento das taxas de juros, os conflitos violentos na Ucrânia e agora em Gaza. Espera-se que a economia global cresça uns fracos 3% este ano e 2,9% em 2024, segundo o Fundo Monetário Internacional.

“Ter as duas maiores economias do mundo em conflito em um momento tão tenso”, disse Eswar Prasad, professor de política comercial da Universidade de Cornell, “exacerba o impacto negativo de vários choques geopolíticos que atingiram a economia mundial”.

Aumentaram as esperanças de que Washington e Pequim possam, pelo menos, arrefecer algumas de suas tensões econômicas no Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, em inglês) no domingo em San Francisco. A reunião reunirá 21 países da orla do Pacífico, que representam coletivamente 40% da população mundial e quase metade do comércio global.

O principal evento será a reunião entre Biden e Xi na quarta-feira, paralelamente à cúpula, a primeira vez que os dois líderes se falarão em um ano, período em que os atritos entre as duas nações pioraram. A Casa Branca procurou reduzir as expectativas, dizendo que não espera avanços.

Ao mesmo tempo, Prasad sugeriu que o limite para declarar um resultado bem-sucedido é relativamente baixo. Impedir qualquer deterioração adicional no relacionamento econômico bilateral”, disse ele, “já seria uma vitória para ambos os lados”.

A relação econômica entre os EUA e a China vinha se deteriorando há anos antes de irromper em 2018, por provocação do Presidente Donald Trump, em uma guerra comercial total. O governo Trump acusou a China de ter violado os compromissos assumidos, ao ingressar na Organização Mundial do Comércio em 2001, de abrir seu vasto mercado para empresas americanas e outras empresas estrangeiras que quisessem vender seus produtos e serviços no país.

Em 2018, o governo Trump começou a impor tarifas sobre as importações chinesas para punir Pequim por suas ações na tentativa de suplantar a supremacia tecnológica dos EUA. Muitos especialistas concordaram com o governo de que Pequim havia se envolvido em espionagem cibernética e exigido indevidamente que empresas estrangeiras entregassem segredos comerciais como preço para obter acesso ao mercado chinês. Pequim revidou as sanções de Trump com suas próprias tarifas retaliatórias, tornando os produtos dos EUA mais caros para os compradores chineses.

Quando Biden assumiu o cargo em 2021, ele manteve grande parte da política comercial de confronto de Trump, incluindo as tarifas da China. A taxa de imposto dos EUA sobre as importações chinesas agora ultrapassa 19%, contra 3% no início de 2018, antes de Trump impor suas tarifas. Da mesma forma, os impostos de importação chineses sobre os produtos dos EUA chegaram a 21%, contra 8% antes do início da guerra comercial, de acordo com cálculos de Chad Bown, do Peterson Institute for International Economics.

Um dos princípios da política econômica de Biden tem sido reduzir a dependência econômica dos Estados Unidos em relação às fábricas chinesas, que ficaram sob pressão quando a covid-19 interrompeu as cadeias de suprimentos globais, e solidificar parcerias com outras nações asiáticas. Como parte dessa política, o governo Biden forjou no ano passado o Pacto Comercial Indo-Pacífico com 14 países.

De certa forma, as tensões comerciais entre os EUA e a China são ainda maiores sob Biden do que sob Trump. Pequim está furiosa com a decisão do governo Biden de impor — e depois ampliar — os controles de exportação projetados para impedir que a China adquira chips de computador avançados e os equipamentos para produzi-los.

Em agosto, Pequim contra-atacou com suas próprias restrições comerciais: ela começou a exigir que os exportadores chineses de metais usados em chips de computador e células solares obtivessem licenças do governo para enviar esses metais para o exterior.

Pequim também tomou medidas agressivas contra empresas estrangeiras na China. Orquestrando o que parece ser uma campanha de contraespionagem, suas autoridades invadiram este ano os escritórios chineses das empresas de consultoria norte-americanas Capvision e Mintz Group, interrogaram funcionários da consultoria Bain & Co. em Xangai e anunciaram uma revisão de segurança da fabricante de chips Micron.

Alguns analistas falam de uma “dissociação” das duas maiores economias do mundo após décadas em que elas dependiam profundamente uma da outra para o comércio. De fato, as importações de produtos chineses para os Estados Unidos caíram 24% até setembro em comparação com o mesmo período de 2022.

O rompimento entre Pequim e Washington forçou muitos outros países a uma situação delicada: decidir de que lado estão quando de fato querem fazer negócios com ambos os países.

O FMI afirma que essa “fragmentação” econômica é prejudicial para o mundo. A agência de empréstimos para 190 países estima que as barreiras comerciais mais altas subtrairão US$ 7,4 trilhões da produção econômica global depois que o mundo tiver se ajustado às barreiras comerciais mais altas.

E essas barreiras estão aumentando: No ano passado, segundo o FMI, os países impuseram quase 3.000 novas restrições ao comércio, em comparação com menos de 1.000 em 2019. A agência prevê que o comércio internacional crescerá apenas 0,9% este ano e 3,5% em 2024 — uma queda acentuada em relação à média anual de 4,9% de 2000-2019.

O governo Biden insiste que não está tentando minar a economia da China. Na sexta-feira, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, reuniu-se com seu colega chinês, o vice-primeiro-ministro He Lifeng, em San Francisco, e procurou preparar o terreno para a cúpula Biden-Xi.

“Nosso desejo mútuo — tanto da China quanto dos Estados Unidos — é criar um campo de jogo nivelado e relações econômicas contínuas, significativas e mutuamente benéficas”, disse Yellen.

Xi também tem motivos para tentar restaurar a cooperação econômica com os Estados Unidos. A economia chinesa está sob forte pressão. Seu mercado imobiliário entrou em colapso, o desemprego entre os jovens é galopante e o ânimo dos consumidores está baixo. As invasões de empresas estrangeiras assustaram as empresas e os investidores internacionais.

Com sérios ventos contrários enfrentados pela economia chinesa e muitas empresas americanas fazendo as malas e deixando a China, Xi precisa convencer os investidores de que a China ainda é um lugar lucrativo para se fazer negócios”, disse Wendy Cutler, vice-presidente do Asia Society Institute e ex-negociadora comercial dos EUA. Isso não será fácil de vender”.

Para complicar a situação, as tensões entre Washington e Pequim vão muito além do aspecto econômico. Sob o comando de Xi, o Partido Comunista Chinês puniu a dissidência em Hong Kong e na região muçulmana autônoma de Xinjiang. Seu governo fez exigências territoriais agressivas na Ásia, envolvendo-se em confrontos mortais na fronteira com a Índia e intimidando as Filipinas e outros vizinhos em partes do Mar do Sul da China que reivindica como suas. Ele tem ameaçado cada vez mais Taiwan, que considera uma província chinesa renegada.

As tensões entre os EUA e a China podem se intensificar no próximo ano com as eleições presidenciais em Taiwan e nos Estados Unidos, onde as críticas a Pequim estão entre as poucas áreas que unem democratas e republicanos.

As políticas de Xi parecem estar custando caro para a China na batalha pela opinião mundial. Em uma pesquisa recente com pessoas de 24 países, o Pew Research Center informou que os Estados Unidos eram vistos de forma mais favorável do que a China em todas as nações, com exceção de duas (Quênia e Nigéria).

 

A China poderia mudar de rumo?

Em discurso no Centro para Estratégia e Estudos Internacionais, em Washington, o deputado Raja Krishnamoorthi, democrata de Illinois que faz parte de um comitê da Câmara que monitora a China, observou com otimismo que Xi já se inverteu antes — notadamente ao declarar um fim repentino às políticas draconianas de covid-19 que prejudicaram a economia da China no ano passado.

Temos que dar uma chance a essa possibilidade, mesmo ao mesmo tempo em que nos protegemos e protegemos nossos interesses”, disse Krishnamoorthi. “É isso que eu espero que saia dessa reunião.”/AP

 

 

por Paul Wiseman / ESTADÃO

EUA - A Honda Motor anunciou nesta sexta-feira que está implementando um aumento salarial de 11% para os trabalhadores de produção em suas instalações nos Estados Unidos a partir de janeiro, dias após o sindicato norte-americano United Auto Workers (UAW) e as três grandes montadoras de Detroit concordarem com novos contratos.

A empresa também afirmou que reduzirá o tempo necessário para que um trabalhador alcance o patamar salarial máximo de seis para três anos, confirmando reportagem anterior do Wall Street Journal.

Fabricantes de automóveis não sindicalizados, como a Honda, estão sob pressão para melhorar salários e benefícios, após contratos recordes firmados pelo sindicato com as três grandes montadoras de Detroit.

A Honda, que começou a fabricar nos Estados Unidos em 1979, atualmente possui 12 fábricas no país, que produzem cinco milhões de produtos anualmente. A montadora japonesa emprega mais de 23 mil funcionários nos EUA.

O aumento salarial da Honda ocorre após a Toyota afirmar na semana passada que estava aumentando os salários de seus trabalhadores de fábricas não sindicalizados nos EUA.

A General Motors, a Ford Motor e a Stellantis concordaram em aumentar os salários-base dos funcionários em 25% e em restaurar o subsídio de custo de vida em acordos com o UAW.

A Honda havia dito à Reuters que estava avaliando os recentes acordos do UAW com as três grandes montadoras de Detroit e que permaneceria competitiva.

 

 

Reportagem de Jasper Ward / REUTERS

EUA - Menos de dois meses depois de evitar um "fechamento" de seus serviços públicos por falta de uma nova lei de orçamento, os Estados Unidos se aproximam mais uma vez de um impasse: o Congresso tem uma semana para alcançar um acordo e evitar a paralisia da administração federal.

Nenhuma das casas do Congresso - nem o Senado controlado pelos democratas, nem a Câmara dos Representantes, nas mãos dos republicanos - conseguiu aprovar uma lei orçamentária. A atual expira na noite da próxima sexta-feira, 17 de novembro.

Sem um acordo, a maior economia do mundo verá 1,5 milhão de funcionários públicos em desemprego técnico por não pagamento de salários, o tráfego aéreo será interrompido, e os parques nacionais estarão fechados para visitantes.

O fantasma de um "shutdown", como é conhecida essa paralisia orçamentária nos Estados Unidos, está novamente à espreita.

 

- Custo político -

Os legisladores não querem, em geral, que essa situação extremamente impopular aconteça. As últimas negociações sobre o assunto, no final de setembro, geraram um caos no Congresso.

Os legisladores partidários do ex-presidente Donald Trump, furiosos porque o então presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy, chegou a um acordo de última hora com os democratas para evitar a paralisação, destituíram-no. Foi a primeira vez na história do Legislativo americano que isso aconteceu.

Demorou três semanas para que os republicanos definissem um novo presidente na Casa. Nesse período, o Congresso não conseguiu aprovar nenhuma lei, e então ocorreu outra paralisia, desta vez legislativa.

O novo presidente da Câmara, Mike Johnson, desconhecido do público, tem pouca experiência nos altos escalões republicanos e tenta se adaptar ao cargo. Ainda não se pronuncia sobre os passos que pretende dar, caso busque evitar o fechamento dos serviços públicos que possa afetar a população.

Terá de negociar com um grupo de partidários de Trump, adeptos da ortodoxia fiscal, ou seja, muito rigorosos em matéria de gastos; e também com os democratas, que rejeitam que a política de gastos públicos do país seja ditada por apoiadores do ex-presidente que pretende voltar à Casa Branca.

"A única forma de evitar uma paralisia orçamentária é cooperar entre os dois partidos", disse o veterano líder democrata no Senado, Chuck Schumer, que pediu aos republicanos que "tirem as lições do fiasco de um mês atrás".

É comum que esse problema seja resolvido na última hora. Mas as divisões no Congresso são tamanhas que as negociações se tornam amargas rapidamente. A paralisia no orçamento mais longa de que se tem notícia nos Estados Unidos foi em 2018, durante a administração Trump.

 

 

AFP

EUA - Na contramão das críticas que Joe Biden tem sofrido de alas de seu partido, pré-candidatos republicanos à Presidência afirmam que o democrata não tem feito o suficiente para apoiar Israel na guerra contra o Hamas, e prometem apoio total a Tel Aviv se forem eleitos.

A política externa, sobretudo o conflito no Oriente Médio, dominaram o terceiro debate das primárias do partido, realizado na quarta (8) em Miami, na Flórida. O líder nas pesquisas de intenção de voto de republicanos, Donald Trump, mais uma vez não participou.

"Termine o trabalho", "acabe com eles" e "execute esses terroristas" é o que Ron DeSantis, Nikki Haley e Vivek Ramaswamy, respectivamente, diriam ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, neste momento.

Tim Scott defendeu um ataque direto pelos EUA ao Irã, para "matar a cabeça da cobra", enquanto Chris Christie apontou uma falha na inteligência israelense e americana, que não identificaram com antecedência o ataque preparado pelo grupo terrorista.

Haley, que foi embaixadora americana nas Nações Unidas durante o governo Trump, afirmou ser contra pausas ou um cessar-fogo -maneiras de suspender o conflito defendidas por vários países, incluindo o Brasil, diante do número de mortes de civis em Gaza e da tragédia humanitária na região.

Se no debate anterior o alvo preferencial foi Trump, no desta quarta Biden voltou para a mira por sua reação à crise no Oriente Médio. Sem mencionar a idade do presidente -seu principal ponto fraco diante do eleitorado-, os pré-candidatos buscaram associá-lo a uma imagem de fraqueza e hesitação diante do Irã.

Mais que o Hamas, o principal inimigo identificado pelos debatedores foi o país persa, contra quem a Casa Branca deveria ter uma postura mais dura, na visão dos republicanos.

A reação doméstica de Biden também entrou na mira. DeSantis, Scott e Halley criticaram o democrata por não reagir de maneira mais dura contra protestos em universidades americanas, classificados por eles como antissemitas.

Scott chegou a afirmar que, se fosse presidente, cortaria o financiamento federal a essas instituições e revogaria o visto de estudantes estrangeiros que participassem dessas manifestações.

DeSantis criticou ainda a iniciativa lançada pelo presidente para combater a islamofobia, após uma criança de origem palestina ser assassinada em Illinois, e disse que o Departamento de Justiça deveria ser acionado para investigar os estudantes por violação de direitos civis.

O conflito no Oriente Médio serviu ainda para reforçar a bandeira republicana de maior controle na fronteira sul dos EUA -Scott argumentou que terroristas do Iêmen e da Síria usariam esse acesso para entrar no país.

DeSantis prometeu não só encerrar a construção do muro, como cumprir a promessa de campanha feita por Trump de fazer o México pagar pela obra. Para viabilizar essa cobrança, o governador da Flórida prometeu instituir taxas sobre as remessas de trabalhadores estrangeiros nos EUA para o seu país de origem.

O consenso sobre o apoio a Israel não se traduziu em uma união sobre o que fazer com a Ucrânia. Assim como o resto do partido, os pré-candidatos se dividem entre aqueles que defendem ser do interesse americano financiar e armar Kiev contra a Rússia, e aqueles que consideram o investimento um desperdício de recursos.

O empresário Vivek Ramaswamy, já conhecido por emular mais de perto a retórica polemista de Trump, foi mais longe na noite desta quarta e atacou diretamente o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, associando-o ao nazismo -Zelenski é judeu.

"A Ucrânia não é um exemplo de democracia. Eles celebraram um nazista em suas fileiras", disse Vivek, sem especificar quem seria essa pessoa. Em seguida, ele se referiu a Zelenski como "um comediante em calças cargo".

Conhecido pela retórica agressiva, fazendo as vezes de Trump na ausência do ex-presidente, o empresário de origem indiana ainda protagonizou um dos embates mais tensos da noite, com Haley.

Ambos têm entrando em choque desde o primeiro debate, mas nesta quarta a altercação chegou a ponto de a ex-embaixadora chamar Vivek de "escória", após ele dizer que a filha de Haley usa TikTok em meio a uma discussão sobre a ameaça representada pelo app chinês. Ele também chamou a concorrente de "Dick Cheney de salto".

Foi uma noite boa para Haley e DeSantis, e ruim para Vivek, que havia despontado como um destaque após o primeiro debate, em que ele finalmente conseguiu uma vitrine nacional. Nesta quarta, porém, sua performance foi mais nervosa do que incisiva, e nem os jornalistas que moderaram o debate foram poupados.

"Tucker Carlson, Joe Rogan e Elon Musk deveriam moderar esse debate", disse, defendendo que teria muito mais audiência.

Crítico mais duro de Trump, Christie praticamente desapareceu no palco, enquanto Scott manteve um desempenho mediano.

O direito ao aborto, que vem se mostrando a maior pedra no sapato de republicanos, como reforçado pelas derrotas sofridas pelo partido em eleições estaduais nesta terça (7), foi abordado apenas no final do debate. Não houve mudanças em relação ao evento anterior com Haley propondo algum consenso com democratas, e Scott defendendo um limite de 15 semanas para autorização do procedimento.

A estratégia republicana de atenuar o discurso em torno de uma limitação de tempo para a interrupção da gravidez, em vez de seu banimento, no entanto, já se mostrou fracassada em Ohio e na Virgínia.

 

 

FOLHAPRESS

EUA - A um ano das eleições presidenciais americanas, democratas e republicanos tiveram uma chance de testar suas estratégias nacionais na terça (7) em Ohio, Virgínia, Kentucky e Mississippi -e os resultados são uma boa notícia para o partido de Joe Biden.

No principal laboratório, em Ohio, os eleitores aprovaram a inclusão de uma emenda garantindo o direito ao aborto na Constituição estadual.

O texto proposto afirma o "direito individual ao seu próprio tratamento médico reprodutivo, incluindo mas não limitado ao aborto".

Na prática, a alteração garante também que médicos não sejam penalizados por realizar o procedimento, e delega a eles uma decisão caso a caso sobre até que momento ele pode ser realizado -definido como aquele de viabilidade do feto, em torno de 22 a 24 semanas de gestação.

Com quase 100% das urnas apuradas, o resultado é 56,1% favoráveis à emenda e 43,9% contrários.

Uma segunda votação em Ohio, sobre a liberação da maconha para uso recreativo, também foi aprovada pelos eleitores. Nesse caso, o placar até o momento é de 56,6% de apoio e 43,4% contrários.

Ambas as emendas entram em vigência 30 dias após a aprovação. Para serem aprovadas, elas precisam do apoio de 50% + 1 dos eleitores que compareceram às urnas.

A proposta de inclusão da previsão sobre aborto na Constituição do estado foi apresentada em fevereiro por um grupo da sociedade civil, que conseguiu obter 496 mil assinaturas válidas para levar a questão às urnas.

Republicanos chegaram a tentar dificultar a proposta e aprovação de emendas em um plebiscito realizado em agosto, mas foram derrotados.

O resultado mostra que o direito ao aborto continua impulsionando eleitores de viés democrata a irem às urnas, como aconteceu nas eleições de meio de mandato do ano passado. A vitória é especialmente significativa em Ohio, um estado que tem pendido para os republicanos -Trump venceu nele em 2020 com 53,3% dos votos.

"No voto mais explicitamente voltado para uma única questão desta noite, democratas conseguiram uma enorme vitória", disse a presidente do Comitê de Campanha Legislativo do partido, Heather Williams.

Segundo pesquisa de boca de urna encomendada pelo consórcio ABC News, CBS News, CNN e NBC News, 92% dos democratas votaram pela inclusão da emenda, 64% dos independentes e 18% dos republicanos. A medida também recebeu maior apoio proporcionalmente de mulheres, jovens, negros e pessoas com diploma universitário.

Para os republicanos, vindos de uma sequência de seis derrotas em plebiscitos estaduais sobre a interrupção da gravidez, a votação era um teste se uma modulação do discurso conservador poderia ser efetiva para estancar a sangria.

Historicamente, o debate sobre a interrupção da gravidez nos EUA é formulado em termos de defesa do direito da mulher, campo conhecido como "pro-choice" (pró-escolha), e os contrários ao procedimento, que se definem como "pro-life" (pró-vida).

No entanto, desde que a Suprema Corte mudou seu entendimento sobre o aborto, revogando na prática a garantia desse direito ao delegar aos estados legislarem sobre o tema, democratas aproveitaram para reformular os termos da discussão como uma defesa acima de tudo do direito à liberdade individual.

A estratégia tem sido bem-sucedida até agora. Propostas para banir ou limitar o procedimento na Constituição estadual foram derrotadas no Kansas, em Kentucky e em Montana, enquanto Califórnia, Michigan e Vermont aprovaram adendos garantindo o direito.

Em reação, republicanos recalibraram sua posição. Em Ohio, a campanha contra a emenda buscou vincular o aborto a um tema que vem ganhando projeção nacional: o controle dos pais sobre decisões relacionadas a gênero e sexualidade de seus filhos menores de idade, como tratamentos hormonais.

A ideia, em linhas gerais, é que a aprovação da emenda sobre o aborto permitira no limite que menores de idade passassem pelo procedimento sem conhecimento dos pais -o que o texto não estabelece.

Em mais uma tentativa de atrair o eleitor, os republicanos também têm moderado o discurso para a defesa de uma limitação do período em que o procedimento é permitido, em vez do banimento.

Na semana passada, o governador de Ohio, o republicano Mike DeWine, afirmou que poderia buscar uma proposta determinando um limite de autorização do aborto maior que seis semanas -que, segundo especialistas, na prática inviabiliza o procedimento.

Esse prazo é o estabelecido em uma lei estadual que entrou automaticamente em vigor quando a Suprema Corte alterou seu entendimento no ano passado. A limitação, no entanto, vigorou por pouco tempo, porque foi questionada na Justiça estadual. Atualmente, o prazo para o procedimento no estado é até a 22ª semana de gestação.

Um teste semelhante foi conduzido na Virgínia, onde o governador republicano Glenn Youngkin vem defendendo um limite de 15 semanas -atualmente, esse prazo é de 26 semanas, o que é criticado como extremo por conservadores.

O direito ao aborto em si não foi analisado como em Ohio, mas foi o pano de fundo da campanha para o Legislativo estadual vista como um termômetro para o pleito do ano que vem. E, mais uma vez, o resultado foi um alívio para os democratas: o partido conseguiu manter a maioria no Senado e voltar a dominar a Câmara.

Caso os republicanos conquistassem o Senado, a expectativa era que uma limitação do procedimento fosse aprovada, alinhando finalmente o estado ao que vem sendo a prática no sul americano. Youngkin investiu pesadamente na campanha, e sua derrota não só frustra a agenda conservadora no estado, como também suas ambições políticas de se lançar na corrida pela Presidência.

Em conjunto, as votações em Ohio e na Virgínia nesta terça são um alívio para os democratas, após uma semana de notícias ruins. No domingo, uma pesquisa encomendada pelo New York Times mostrou Donald Trump à frente de Joe Biden em estados-chave, gerando um clima de alarme no partido.

Em Kentucky e no Mississippi, ambos estados de eleitorado conservador, as atenções estavam voltadas para o cargo de governador. No primeiro, o democrata Andy Beshear conseguiu se reeleger, mantendo sua posição de estranho no ninho na região, enquanto no segundo, Brandon Presley, primo de segundo grau do astro do rock, tentou derrotar sem sucesso o republicano Tate Reeves.

A vitória de Beshear é dúbia para os democratas, porém. Buscando ganhar um eleitorado conservador, o democrata evitou se associar a Biden durante a campanha. Ao mesmo tempo, ele deixou clara suas posições contra as restrições ao aborto no estado.

 

 

POR FOLHAPRESS

EUA - Ao sobrevoar um asteroide situado entre as órbitas de Marte e Júpiter a espaçonave Lucy, da Nasa (a agência espacial norte-americana), descobriu que na verdade eram dois: um de 790 metros e outro de 220 metros em seus trechos mais largos. É o que se chama de par binário.

A missão espacial de Lucy é sobrevoar e colher informações sobre sete asteroides selecionados pela Nasa. O primeiro deles, chamado Dinkinesh, fica em um cinturão de asteroides situado entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Quando foi descoberto, em 1999, recebeu o nome provisório de 1999 VD57. Quando sua órbita foi determinada com precisão, ele recebeu o número 152830, mas continuou sem nome oficial. Em janeiro deste ano, quando a equipe da missão Lucy decidiu enviar a sonda homônima para visitar esta rocha espacial, propôs um nome para ela. Dinkinesh significa “maravilhoso” na língua da Etiópia.

O asteroide foi o primeiro visitado pela sonda Lucy durante essa missão, e o principal objetivo da aproximação era testar os sistemas da espaçonave antes de ela iniciar sua atividade científica principal: estudar os misteriosos asteroides troianos de Júpiter, considerados “fósseis” do sistema solar. Mas, acabou havendo uma surpresa.

Semanas antes da chegada da sonda a Dinkinesh, os cientistas da Nasa levantaram a hipótese de o asteroide ser um sistema binário, dada a forma como os instrumentos de Lucy registravam o brilho do asteroide mudando com o tempo. As primeiras imagens do encontro na quarta-feira, 1º, tiraram a dúvida: Dinkinesh é um binário.

“É uma série incrível de imagens. Eles indicam que o sistema de rastreamento funcionou como pretendido, mesmo quando o universo nos apresentou um alvo mais difícil do que esperávamos”, disse Tom Kennedy, engenheiro de orientação e navegação e um dos responsáveis por acompanhar a missão. “Uma coisa é simular, testar e praticar. Outra coisa é ver isso realmente acontecer.”

Embora a aproximação tenha sido inicialmente um teste de engenharia, os cientistas estão entusiasmados para analisar os dados e obter mais informações sobre a natureza dos pequenos asteroides.

“Sabíamos que este seria o menor asteroide do cinturão principal já visto de perto”, disse Keith Noll, cientista do projeto Lucy do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, nos EUA. “O fato de serem dois torna tudo ainda mais emocionante. Em alguns aspectos, estes asteroides parecem semelhantes aos asteroides binários Didymos e Dimorphos próximos da Terra, mas existem algumas diferenças realmente interessantes que iremos investigar.”

O próximo asteroide a ser analisado é Donaldjohanson, ao qual a sonda Lucy chegará só em 2025. Depois ela vai analisar os asteroides de Júpiter, em 2027.

 

 

por Fabio Grellet / ESTADÃO

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