fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

SÃO PAULO/SP - O São Paulo definiu uma parte importante de planejamento para o elenco de 2024: vai tentar segurar o meia-atacante Lucas para a próxima temporada. O anúncio veio nesta segunda-feira por intermédio do presidente Julio Casares, em entrevista ao "Roda Viva", da TV Cultura. O dirigente ainda assegurou publicamente que disputará a reeleição no fim do ano.

– Vamos trabalhar e fazer todo esforço para que ele continue. Vamos tentar fazer. A estratégia é estabelecer uma linha de ação, vejo que ele está feliz, que essa felicidade seja multiplicada com uma proposta – afirmou o presidente são-paulino.

Sobre a reeleição, Casares pela primeira vez se colocou como candidato à reeleição e defendeu a própria gestão no campo esportivo.

– Sou candidato à reeleição. Vamos disputar, sim. Sinto que a gestão esportivamente é bem avaliada porque voltou a autoestima do torcedor, a resposta é o torcedor batendo recordes – comentou, anunciando a intenção de permanecer mais três anos no poder.

Sob a gestão Casares, o São Paulo conquistou o Campeonato Paulista de 2021 e dois vices: Paulistão e Sul-Americana de 2022. No Brasileirão, a equipe terminou no 13º lugar (2021) e um nono (2022).

 

Mais respostas de Casares no "Roda Viva":

– O primeiro jogo é no Rio, e o Flamengo anunciou a venda e tabela o preço do visitante. O São Paulo tem preço de R$ 700 e meia de R$ 350. Temos que repetir na reciprocidade. Com os preços do São Paulo são 50% do preço do Maracanã. Não acho razoável, mas temos que entender que o torcedor que bate recorde, que se tornou a torcida mais popular do Brasil. São Paulo é líder nas arrecadações, precisamos precificar o Morumbi, que tem o setor popular, são 14 mil é pouco, é muito.

– É uma forma de tentar equilibrar as contas. Não há favoritismo. A torcida organizada compra ingresso, não cedemos. A torcida é regular e que acompanha nos ligares mais distantes, temperaturas frias. Aconteceu acidente grave com torcedores do Corinthians, um exemplo. Eles apoiam o clube.

– A dimensão desse jogo no Morumbi deve ter mais de 1 milhão querendo assistir, temos capacidade que restringe. O preço médio do sócio é 50 reais por jogo. Você garante uma janela de compra. Quando torcedor tem milhares querendo comprar, é um grande espetáculo

 

Sócio-torcedor

– Não há como garantir o acesso a todos. Tem o setor popular, não é sócio. Tem 3,5 mil para o visitante contra o Flamengo. A CBF e Paulista tem uma cota que pagam. Ingressos uteis diminuem. Além do benefício de tentar comprar primeiro, precisamos aperfeiçoar para que esse torcedor, ele tenha que pagar 50 reais na média. Criar outros artigos, experiencias que podemos discutir.

 

Ingressos para a final no Maracanã

– Temos mais de 60 mil e temos que dar preferência em janela por categorias. Isso vai frustrar a grande maioria. Estamos fazendo trabalho para que tenha condições de ser vendidos a partir de amanhã (terça-feira). O que acontece? Temos destinação de 3,5 mil para comprarmos.

– Nós vamos comprar e não temos condições de traze-los fisicamente. Vamos trabalhar para a gente conseguir vender até amanhã. Hoje teve uma reunião com a PM e as autoridades, estamos vendo a logística disso. O São Paulo permanentemente está atualizando.

 

Possíveis vendas

– Sempre no futebol é inevitável vender jogadores. Podemos vender, sim, no fim do ano e em janeiro. Sempre há diálogo com a comissão técnica. Não é uma garantia. O que muda é que o David Neres jogou pouco, Tuta também, quase nem jogou. Hoje o jogador deixa um legado esportivo. Sara foi vendido depois de jogar uma quantidade importante de jogos. Alguns saíram, é inevitável que tenha que vender.

 

 

Por ge

BUENOS AIRES - As pesquisas de opinião da Argentina, surpreendidas pela vitória do libertário radical Javier Milei nas primárias presidenciais de agosto, agora mostram o candidato em primeiro lugar nas eleições gerais de 22 de outubro, provavelmente à frente do chefe de economia do partido governista, Sergio Massa.

Milei, um economista e ex-apresentador de TV, tem agitado a elite política com críticas em voz alta e, às vezes, com palavrões contra seus rivais, além de promessas de fechar o banco central, reduzir o governo e dolarizar a economia.

A última pesquisa da consultoria Analogias mostra Milei com 31,1% dos votos, à frente de Massa, com 28,1%, e da ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, de direita, com 21,2%, um golpe para a principal oposição conservadora, que já foi favorita.

Uma segunda pesquisa da Opinaia dá a Milei 35% dos votos, Massa com 25% e Bullrich com 23%. As pesquisas mostram que o apoio de Milei é mais forte entre homens, jovens e grupos menos abastados.

"O resultado das primárias foi chocante, e o resultado da eleição geral será chocante, seja qual for o resultado", disse a diretora de comunicação da Analogias, Marina Acosta, citando a disputa como "colorida pela novidade política".

As pesquisas sugerem que a corrida eleitoral provavelmente irá para um segundo turno frente a frente, que ocorrerá em novembro. Um candidato precisa de 45% dos votos, ou pelo menos 40% com uma vantagem de 10 pontos, para vencer no primeiro turno.

O concorrente mais próximo de Milei agora parece ser Massa, que faz parte da coalizão peronista de centro-esquerda, aparentemente oferecendo dois modelos econômicos opostos para o país em dificuldades.

"As estratégias de Milei e Massa devem ser opostas uma da outra", disse o analista político Julio Burdman, da consultoria Observatorio Electoral. "Eles estão fazendo isso muito bem, o que está permitindo que ambos obtenham ganhos."

Uma grande ressalva, no entanto, é que os pesquisadores argentinos erraram feio na votação primária e interpretaram mal a última eleição geral de 2019, o que significa que o resultado final pode chocar mais uma vez.

 

 

Por Nicolás Misculin / REUTERS

VENEZUELA - Carlos Andrés Pérez, duas vezes presidente da Venezuela, oferece "total apoio" a um dos candidatos das eleições internas da oposição: trata-se, porém, de um vídeo feito com inteligência artificial, já que o ex-presidente morreu em 2010.

O partido Ação Democrática (AD, social-democrata), ao qual Pérez pertenceu, divulgou o vídeo que viralizou nas redes sociais, indicou um porta-voz da formação à AFP na quinta-feira (31).

AD, um dos partidos de maior tradição na política venezuelana, lançou nas primárias o ex-parlamentar Carlos Prosperi.

"Há 24 anos, alertei sobre o futuro sombrio que teríamos de enfrentar se aqueles que hoje governam chegassem ao poder", diz a animação de Pérez, de terno e gravata, sentado atrás de uma mesa. Somente sua boca se move.

"Após tantos anos de luta para recuperar a democracia, finalmente temos hoje a grande oportunidade de mudança, renovação e triunfo", continua o discurso de um minuto.

"Nos próximos meses, será escolhido quem terá as melhores condições para ser presidente da Venezuela. Por isso, manifesto meu total apoio a Carlos Prosperi. Caminhem com ele, jovem talentoso, inteligente e bom amigo", acrescenta.

Prosperi, que foi deputado no Parlamento e secretário de organização da AD, tem 4,7% das intenções de voto nas primárias da oposição previstas para 22 de outubro, segundo uma pesquisa de início de agosto da ORC Consultores.

Embora esteja muito atrás da favorita María Corina Machado (41,42%), ele não tem, como ela, uma proibição de exercer cargos públicos.

Pérez, frequentemente identificado por suas iniciais CAP, governou a Venezuela entre 1974 e 1979, e mais uma vez entre 1989 e 1993, quando foi destituído do cargo por um julgamento por corrupção. Na época, a AD virou as costas para ele e o expulsou do partido.

Em fevereiro de 1992, uma primeira tentativa de golpe foi liderada pelo então desconhecido militar Hugo Chávez, que quase sete anos depois venceria as eleições e permaneceria no poder até sua morte em 2013.

Uma pesquisa de junho deste ano mostra Pérez derrotando Chávez (41,6% - 28,9%) em um cenário imaginário, se ambos ainda estivessem vivos.

 

 

AFP

MÉXICO - A senadora de direita Xóchitl Gálvez será a candidata da coalizão opositora nas eleições presidenciais do México em 2024, onde é esperado que ela concorra contra outra mulher, a ex-prefeita da Cidade do México Claudia Sheinbaum, que lidera as preferências do lado governista.

"Tomamos a decisão de apoiar a candidatura única na pessoa de Xóchitl Gálvez para liderar a Frente Ampla pelo México", disse à imprensa Alejandro Moreno, líder nacional do PRI, um dos três partidos que compõem a coalizão juntamente com o Partido Ação Nacional (PAN) e o Partido da Revolução Democrática (PRD).

Dessa forma, Moreno anunciou que seu partido desistiria em favor de Gálvez, enquanto a também senadora Beatriz Paredes, que era pré-candidata pelo PRI, renunciou à disputa durante uma reunião com a direção de seu partido.

Mais cedo, a frente opositora informou que Gálvez, apoiada pelo PAN (partido de centro-direita), liderava as pesquisas para definir a candidatura presidencial com 57,88% das intenções, contra 42,42% de Paredes.

"Graças a seu apoio e carinho, vencemos a pesquisa da Frente Ampla pelo México. Está apenas começando", afirmou Gálvez na rede social X, antes Twitter.

As lideranças do PAN e do PRD manifestaram publicamente seu apoio a Gálvez como candidata da frente e pediram que Paredes retirasse sua candidatura em favor dela.

Gálvez, de 60 anos, tem grandes chances de enfrentar outra mulher na disputa de 2024, Claudia Sheinbaum, a favorita nas pesquisas do governo, que ainda precisa garantir a candidatura de seu partido.

O resultado da disputa governista será anunciado em 6 de setembro.

 

- Processo antecipado -

O presidente do PRI havia antecipado nos dias anteriores que as pesquisas não favoreciam a senadora Paredes, acelerando assim o processo de escolha do candidato presidencial da oposição.

A frente tinha planejado realizar uma consulta cidadã aberta no domingo, 3 de setembro, que seria a instância definitiva para escolher a candidata. No entanto, ainda não está claro se esse exercício será realizado.

Se Sheinbaum for a candidata do governo, seria um cenário inédito na história do México, com duas mulheres como as principais opções na cédula eleitoral.

De ascendência indígena otomí e de origem popular, Gálvez é símbolo do ressurgimento de uma oposição que estava enfraquecida e dividida.

Ela se tornou alvo de ataques do presidente de esquerda, Andrés Manuel López Obrador, desde o lançamento de sua candidatura em junho.

 

- Duelo de mulheres -

Claudia Sheinbaum, de 61 anos, é a favorita, juntamente com o ex-chanceler Marcelo Ebrard, na disputa pela indicação presidencial do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), partido de esquerda nacionalista, para suceder o presidente Andrés Manuel López Obrador.

Ambos buscam capitalizar a herança política de López Obrador, que mantém uma aprovação de cerca de 60% após quase cinco anos de mandato e não pode se reeleger.

O Morena está conduzindo uma pesquisa nacional desde segunda-feira que definirá o candidato entre Sheinbaum, Ebrard e outros quatro candidatos menores para escolher quem sucederá López Obrador. O partido anunciará os resultados em 6 de setembro.

O processo não tem estado isento de críticas. Ebrard denunciou irregularidades na condução da pesquisa e o uso do aparato oficial para favorecer Sheinbaum.

Em 2 de junho de 2024, serão realizadas as eleições presidenciais no México, onde além da presidência, todo o Congresso bicameral e 9 governos estaduais dos 32 estados do país serão renovados.

O governo chega com força à eleição, pois com apenas nove anos de existência, o Morena domina ambas as câmaras do Congresso e governa 23 dos 32 estados mexicanos.

 

 

AFP

EQUADOR - O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador aprovou na noite desta quarta-feira (16), por unanimidade, o nome do candidato que vai substituir o centrista Fernando Villavicencio, assassinado na semana passada em Quito. O jornalista Christian Zurita será o novo candidato do movimento Construye nas eleições presidenciais de domingo (20).

“Por unanimidade, e com base no relatório submetido à nossa apreciação, validamos a candidatura presidencial” de Christian Zurita, “patrocinada pelo movimento Construye”, anunciou a presidente da CNE, Diana Atamaint, na plataforma X (antigo Twitter).

Antes de dar sinal verde a Zurita, de 53 anos, o CNE rejeitou um recurso feito pelo partido socialista Revolucion Ciudadana (Revolução Cidadã), do ex-presidente equatoriano Rafael Correa (2007-2017), que se opôs à candidatura do jornalista.

O Revolução Cidadã afirmou que Zurita era militante do partido de centro-direita Renovación Total (Reto) e que, portanto, não poderia concorrer pelo partido de centro Construye nas eleições presidenciais. O jornalista alegou que a assinatura de um documento que o ligava ao Reto era falsa. A comissão concordou e aceitou o pedido de "nulidade", disse Atamaint à imprensa.

"A impugnação apresentada à sua candidatura foi rejeitada, pelo o candidato não ser filiado a qualquer organização política. Assim, a sua candidatura foi aprovada, após verificação do cumprimento das condições previstas na lei eleitoral em vigor", informou a presidente da CNE.

 

Cédulas já estavam impressas

No dia das eleições, porém, é o rosto de Villavicencio que aparecerá nas cédulas, e não o de Zurita, já que o material já tinha sido impresso, indicou a CNE.

"O correismo tenta novamente nos silenciar, o que confirma o seu temor da nossa candidatura", havia declarado anteriormente o partido Construye, no X.

Antes de ser baleado, ao deixar um centro esportivo onde havia realizado um comício na zona norte da capital equatoriana, Villavicencio era o segundo colocado nas pesquisas de intenções de voto, com 12,5%, atrás da candidata da bancada do ex-presidente Correa, Luisa González (24%), conforme a mais recente pesquisa do Instituto Cedatos.

Depois do crime, o presidente Guillermo Lasso decretou estado de emergência por 60 dias em todo o país, o que lhe permite mobilizar as Forças Armadas nas ruas para garantir a realização das eleições.

O Equador tem enfrentado, nos últimos anos, um aumento do crime relacionado ao tráfico de drogas, o que quase dobrou a taxa de homicídios para 25 por 100.000 habitantes em 2022. Massacres ocorridos em prisões deixaram mais de 430 detentos mortos desde 2021.

 

 

Com informações da AFP

RFI

 

BUENOS AIRES - Os eleitores argentinos puniram as duas principais forças políticas do país em uma eleição primária no domingo, empurrando um candidato libertário para o primeiro lugar em uma grande surpresa na corrida para as eleições presidenciais em outubro.

Com cerca de 90% das urnas apuradas, o economista libertário de extrema direita Javier Milei tinha 30,5% dos votos, muito acima do previsto, com o principal bloco conservador de oposição atrás com 28% e a coalizão governista peronista em terceiro lugar com 27%.

O resultado é uma dura repreensão à coalizão peronista de centro-esquerda e ao principal bloco conservador de oposição Juntos pela Mudança, em meio a uma inflação de 116% e uma crise de custo de vida que deixou quatro em cada 10 pessoas na pobreza.

"Somos a verdadeira oposição", disse Milei em um discurso otimista após os resultados. "Uma Argentina diferente é impossível com as mesmas velhas coisas que sempre falharam."

O voto nas primárias é obrigatório para a maioria dos adultos e cada pessoa recebe um voto, tornando-se um ensaio geral para a eleição de 22 de outubro e dando uma indicação clara de quem é o favorito para ganhar a Presidência.

A eleição de outubro será fundamental para a política que afeta o enorme setor agrícola da Argentina, um dos maiores exportadores mundiais de soja, milho e carne bovina, o peso e os títulos, além das negociações em andamento sobre um acordo de dívida de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional.

A crise econômica deixou muitos argentinos desiludidos com os principais partidos políticos e abriu as portas para Milei, que tocou especialmente os jovens.

"A inflação está nos matando e a incerteza do trabalho não permite que você planeje sua vida", disse Adriana Alonso, uma dona de casa de 42 anos.

Quando as urnas fecharam no início da noite, depois que falhas no sistema de votação causaram longas filas na capital Buenos Aires, toda a conversa nos centros de campanha era sobre Milei, um outsider impetuoso que prometeu fechar o banco central e dolarizar a economia.

"O crescimento de Milei é uma surpresa. Isso mostra a raiva das pessoas com a política", afirmou o ex-presidente conservador Mauricio Macri ao chegar à sede eleitoral do Juntos pela Mudança.

 

CONSERVADORA BULLRICH VENCE MODERADO LARRETA

Na disputa pela liderança mais importante, dentro da coalizão Juntos pela Mudança, a linha dura conservadora Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança, venceu o moderado prefeito de Buenos Aires Horacio Larreta, que prometeu apoiar a campanha dela.

O ministro da Economia, Sergio Massa, ganhou a indicação para a coalizão governista peronista, como esperado, e pode ter um desempenho mais forte em outubro se conseguir conquistar os eleitores mais moderados.

O fator imprevisível foi Milei, cujos comícios barulhentos ao estilo rock lembram o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, mas ele superou todas as previsões. A maioria das pesquisas dava a ele apenas um quinto dos votos prováveis, embora também estivessem muito erradas há quatro anos nas primárias de 2019.

A participação foi inferior a 70%, a menor para uma eleição primária desde que começaram a ser realizadas na Argentina, mais de uma década atrás.

Quem vencer em outubro, ou mais provavelmente no segundo turno de novembro, terá grandes decisões a tomar sobre a reconstrução das reservas internacionais, o aumento das exportações de grãos, o controle da inflação e como desfazer um emaranhado de controles cambiais.

 

 

REUTERS

ESPANHA - O partido de extrema direita espanhol Vox anunciou no domingo (6) que apoiaria, sem estabelecer condições, uma nomeação do líder dos conservadores para o cargo de presidente de Governo. A mudança de estratégia ocorre no momento em que o bloco de direita está em ponto morto no país europeu.

Até este domingo, o partido de ultradireita Vox exigia entrar no governo como condição para apoiar o líder do direitista Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, que foi o mais votado nas eleições gerais antecipadas em 23 de julho.

Na sexta-feira, o Vox entrou pela quarta vez em um governo regional, após alcançar um acordo com o PP em Aragão, no nordeste do país. A extrema direita já governa em coalizão com os conservadores em Castela e Leão, Valência e Extremadura.

Nas últimas eleições, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Pedro Sánchez ficou em segundo lugar com 121 cadeiras no Parlamento, atrás das 137 do PP. Sánchez, no entanto, segue em melhor posição para formar o governo do que o seu o rival devido ao jogo de alianças.

 

Independência da Catalunha entra no debate

O socialista pode aspirar a uma maioria parlamentar graças a vários partidos regionais, principalmente bascos e catalães, embora isto signifique conquistar o apoio do 'Junts per Catalunya', a legenda de Carles Puigdemont, o líder independentista que declarou a fracassada secessão da Catalunha em 2017 antes de partir para o exílio na Bélgica.

O líder do Vox, Santiago Abascal, denunciou no domingo em um comunicado que um governo de Sánchez "constituiria uma grave ameaça à ordem constitucional" e levaria "à possibilidade, inclusive, de Sánchez conceder um referendo de autodeterminação" em troca de apoio.

Abascal anunciou que "os 33 deputados do Vox apoiariam uma maioria constitucional" no Parlamento para "formar um governo que evite tais ameaças", em um claro aceno ao PP. Feijóo necessitaria, no entanto, de alguns votos adicionais para toma posse e conseguir governar sem uma coalizão.

Além das quatro regiões, PP e Vox chegaram a acordos para governar uma dezena de grandes cidades espanholas, entre elas Valladolid e Toledo, no centro do país, e Burgos, no norte. Os pactos provocaram muitas críticas, em particular da esquerda, já que o PP se alinhou com várias posições polêmicas do Vox.

Mas a estratégia de aproximação entre a extrema direita e os conservadores tem poucas chances de levar seus representantes ao poder no âmbito nacional. Vários pequenos partidos já descartaram a possibilidade de dar seu apoio a uma coalizão do PP com a extrema direita e parece pouco provável que um número suficiente mude de opinião. Além disso, um apoio do PSOE ao PP, salvo uma grande mudança, está descartado.

 

 

 (Com informações da AFP)

RFI

BUENOS AIRES - Está na boca do povo, mas nem tanto na boca dos que querem governá-lo. A inflação que corrói diariamente o salário dos argentinos e aumenta as filas da pobreza é um tema do qual os principais candidatos à Presidência do país têm procurado se esquivar a dez dias das eleições primárias.

Discussões mais profundas sobre o problema, que exigiria medidas impopulares, têm ficado para depois na agenda dos postulantes. Em vez disso, eles têm escolhido priorizar pautas possivelmente mais frutíferas em termos de votos, como segurança pública e geração de empregos.

Nas ruas, porém, o aumento dos preços é o primeiro motivo de angústia de eleitores de qualquer preferência política ou região, indicam diferentes pesquisas. Levantamento de julho da Universidade de San Andrés aponta que 55% dos argentinos veem a inflação como maior obstáculo da Argentina. A insegurança aparece em segundo lugar, mencionada por 38% da população.

"Antes dava para fazer um assado [churrasco] nos finais de semana, agora o dinheiro não é suficiente", reclama o zelador Miguel García, 56, na porta do prédio de um bairro abastado de Buenos Aires. E o que os candidatos pretendem fazer sobre isso? Ele dá de ombros: "Não sei, eles só prometem e nunca cumprem".

Do lado do peronismo, Sergio Massa tem evitado ao máximo o tema, já que é ministro da Economia há mais de um ano e até aqui não conseguiu frear a desvalorização do peso. Na oposição à direita, o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta, e a ex-ministra de Segurança Patricia Bullrich —que disputam uma vaga no primeiro turno— repetem o mantra de baixar gastos, mas não detalham como.

"Nenhuma das duas maiores coalizões tem condições de tratar do tema como vantagem, porque ambas duplicaram a inflação em seus governos", diz Artemio López, diretor da consultora Equis, referindo-se às gestões do republicano Maurício Macri (2015-2019) e do atual presidente, o peronista Alberto Fernández.

A exceção é o ultraliberal Javier Milei, que usa o mal-estar econômico do país como principal trampolim político, mas tampouco expõe planos consistentes para sua proposta de dolarização da Argentina, segundo analistas. "É o tema em que Milei pode se apoiar mais, mas ele não consegue afiançar um projeto de governo, propõe intervenções em temas pontuais", diz López.

As primárias na Argentina, chamadas de Paso (Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), normalmente são encaradas como uma grande pesquisa nacional para o primeiro turno, em 22 outubro. Desta vez, porém, elas também podem mudar o rumo das eleições, a depender de quem ganhar na coalizão opositora Juntos por el Cambio. Larreta é mais de centro, e Bullrich vai mais à direita.

Até agora, o cenário é de grande incerteza, com sondagens mostrando uma disputa acirrada entre os dois, que registram algo próximo a 15% das intenções de voto. Juntos, eles somam cerca de um terço dos eleitores, enquanto a coligação peronista União pela Pátria segue colada atrás. Milei perdeu fôlego no último mês e registra cifras que vão de 12% a 20%, a depender do levantamento.

Há ainda uma parcela importante da população que não decidiu seu candidato, como o zelador Miguel, ou pretende votar em branco ou nulo. O sentimento de "estou farto" e a desilusão com a política é uma marca desse pleito, após sucessivos governos não conseguirem conter a escalada inflacionária e evitar a terceira grande crise econômica do país em 40 anos de democracia.

Os preços subiram 116% nos últimos 12 meses, considerando o índice acumulado até junho —a segunda maior cifra da América Latina, atrás apenas da Venezuela. Algumas das causas apontadas são um déficit insistente, alta dívida externa, moeda sem credibilidade e falta de dólares nos cofres públicos. Quatro em cada dez argentinos estão abaixo da linha da pobreza.

"As soluções passam por eliminar subsídios, cortar serviços públicos e outras medidas antipáticas numa campanha eleitoral, por isso os candidatos se esquivam, apesar de todos terem estudos sobre o caminho que pretendem tomar", afirma o economista Juan Telechea, diretor do ITE (Instituto de Trabalho e Economia da Fundação Germán Abdala).

O ministro Sergio Massa, por exemplo, tem concentrado seus discursos na indústria nacional, e sempre se posta ao lado de trabalhadores: "Estão em jogo dois modelos de país, um que aposta na produção nacional, no emprego genuíno e na venda do trabalho argentino para o mundo, e outro que busca apenas a especulação financeira", declarou num comício esta semana.

Já Horacio Larreta aposta na sua experiência na gestão da capital Buenos Aires para dizer que "vamos fazer porque já fizemos". Usando canções esperançosas ou heroicas, é um dos que mais lista propostas econômicas, falando em controle de gastos, redução de impostos e impulsionamento de exportações, mas sem entrar em detalhes.

Ele defende medidas mais conservadoras na área da segurança, assim como Patricia Bullrich. A ex-ministra de Macri fala em "colocar ordem" no país e estimula a polarização com o peronismo. Nas finanças, também defende o fim do limite à compra de dólares e um Banco Central independente, mas recentemente foi alvo de piadas por declarações em que mostrou desconhecimento na área.

A campanha de Milei, por sua vez, destoa do tom morno dos outros candidatos. Ao som de rock, vestindo jaqueta de couro e sempre rodeado de uma multidão de jovens, o libertário fala em acabar com o Banco Central e enxugar radicalmente o Estado contra a corrupção. Seu slogan, sempre em letras garrafais, é um pouco mais direto: "Viva a liberdade, caralho".

 

 

por JÚLIA BARBON / FOLHA de S.PAULO

SENEGAL - As autoridades senegalesas anunciaram na 2ª feira (31.07) a suspensão do acesso à internet através de dados móveis devido à "difusão de mensagens "odiosas e subversivas" nas redes sociais e apelos a manifestações após a detenção do político da oposição Ousmane Sonko.

Ousmane Sonko, o maior opositor do Presidente Macky Sall e candidato declarado às eleições presidenciais de 2024, está a ser processado por apelo à insurreição e outros crimes e infrações, anunciou o Ministério Público no sábado.

"Devido à difusão de mensagens odiosas e subversivas nas redes sociais, no contexto de uma ameaça à ordem pública, a internet móvel de dados está temporariamente suspensa em determinadas faixas horárias a partir de segunda-feira, 31 de julho", anunciou o ministro das Telecomunicações e da Economia Digital através de um comunicado de imprensa.

Ousmane Sonko deverá ser interrogado por um juiz esta segunda-feira, disse um dos seus advogados à agência AFP. O juiz decidirá se mantém ou não as acusações contra ele.

 

Sonko inicia greve de fome

Sonko foi condenado a 1 de junho a dois anos de prisão, um veredito que o torna inelegível a eleições, de acordo com os seus advogados e peritos jurídicos.

A sua condenação, no início de junho, desencadeou a mais grave agitação dos últimos anos no Senegal, que causou 16 mortos, segundo as autoridades, e cerca de 30, segundo a oposição.

Segundo o procurador, a detenção de sexta-feira não teve "nada a ver" com o primeiro processo em que Sonko foi julgado à revelia.

O opositor anunciou no domingo nas redes sociais que tinha iniciado uma greve de fome. Apelou também à população para que "se mantenha de pé" e "resista".

Esta segunda-feira, a coligação da oposição Yewwi Askan Wi apelou ao "povo senegalês" para que "compareça em grande número" no tribunal principal de Dakar, onde Sonko irá enfrentar o juiz.

Ao início da manhã, os manifestantes tinham bloqueado a autoestrada com portagem, informou o seu departamento de comunicação nas redes sociais, acrescentando que a polícia estava a caminho.

 

Sete acusações

O Ministério Público do Senegal anunciou no domingo que imputou sete acusações contra Ousmane Sonko, depois de este ter sido detido por um incidente com um polícia.

"Ele vai ser processado por incitação à insurreição, associação criminosa, atentado contra a segurança do Estado, formação de quadrilha contra a autoridade do Estado, atos e manobras para comprometer a segurança pública e criar graves distúrbios políticos, associação criminosa e roubo de um telemóvel", informou Abdou Karim Diop, procurador de Dakar.

O anúncio das acusações contra Sonko surgiu depois de este ter sido detido, na sexta-feira, por alegadamente ter "roubado violentamente um telemóvel a um polícia cujo veículo avariou perto da sua casa", tendo de seguida feito um "apelo subversivo" à população nas redes sociais.

Segundo a versão de Sonko, divulgada nas suas redes sociais, o incidente ocorreu com agentes dos serviços de informações que ele alega estarem colocados à volta da sua casa 24 horas por dia.

Sonko explicou que os agentes começaram a gravar imagens, pelo que lhes retirou o telemóvel, pedindo "à pessoa que estava a gravar para o desbloquear e apagar as imagens que captou, o que ele se recusou a fazer".

Diop explicou que o alegado furto do telemóvel de um polícia "foi apenas um dos pretextos para a sua detenção, que era iminente".

 

 

por:content_author: Lusa

EUA - Os Estados Unidos consideram fundamental que o segundo turno presidencial de 20 de agosto na Guatemala seja realizado “sem interferências nem assédio aos candidatos e partidos”, declarou na segunda-feira (24) o chefe da diplomacia americana para a América Latina, Brian Nichols.

A Guatemala vive uma grave crise desde que o Ministério Público pediu o cancelamento do Semilla, o partido de um dos candidatos do segundo turno, o social-democrata Bernardo Arévalo, que enfrentará nas urnas Sandra Torres, também social-democrata.

A comunidade internacional teme que a medida busque retirar Arévalo do processo eleitoral.

Em mensagem no Twitter, Nichols afirmou ter conversado com o chanceler guatemalteco, Mario Búcaro, “sobre a importância vital de permitir que o segundo turno das eleições se desenvolva sem interferências nem assédio aos candidatos e partidos políticos”.

A eleição de um social-democrata à presidência pode encerrar 12 anos de governos de direita. “Os guatemaltecos têm o direito de eleger seus governantes”, insistiu Nichols em seu tuíte.

A chancelaria da Guatemala informou que, na conversa telefônica com Nichols, Búcaro “reiterou que o governo do país está empenhado em garantir que o processo eleitoral para o segundo turno das eleições seja realizado”.

A situação eleitoral provocou manifestações na Guatemala para reivindicar, entre outras coisas, a saída da procuradora-geral Consuelo Porras, do juiz Fredy Orellana e do promotor Rafael Curruchiche, todos sancionados pelos EUA como atores “corruptos e antidemocráticos”.

 

 

AFP

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Abril 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30          
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.