BRASÍLIA/DF - O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) afirma que 1.666.378 aposentados e pensionistas aderiram ao acordo de ressarcimento de descontos associativos indevidos até quinta-feira (7). Do total, 98,5% já receberam os valores de volta, direto na conta do benefício.
Segundo a autarquia, ao todo, 2,4 milhões de beneficiários estão aptos a aderir ao acordo. Desse total, 68,6% já formalizaram a solicitação e praticamente todos receberam.
O dinheiro dos ressarcimentos é devolvido com correção pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A fila de pagamentos segue a ordem cronológica de adesão, ou seja, quem aceitou a proposta primeiro está sendo ressarcido antes.
O INSS diz que, em breve, uma nova fase será aberta para incluir beneficiários que contestaram os descontos e receberam respostas com assinaturas falsificadas por parte das entidades.
"Detectamos uma nova tentativa de enganar quem já havia sido vítima. Não vamos permitir. Estamos tratando cada caso com seriedade e atenção total para garantir que nenhum aposentado seja lesado duas vezes", diz o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior.
Segundo o instituto, nos casos em que a entidade respondeu (1.068.046 casos), os documentos estão sendo analisados e, enquanto isso ocorre, ainda não é possível aderir ao acordo. O beneficiário será notificado e poderá, pelo aplicativo ou site Meu INSS ou em uma agência dos Correios, aceitar os documentos, contestá-los por suspeita de fraude ou não reconhecer a assinatura.
No momento, pode aderir ao acordo quem teve descontos entre março de 2020 e março de 2025, e contestou os descontos indevidos, mas não obteve resposta da entidade em até 15 dias.
Quem já entrou com ação judicial também pode aderir, desde que ainda não tenha recebido os valores. Nesses casos, o INSS pagará 5% de honorários advocatícios para ações individuais propostas até 23 de abril de 2025.
O prazo para aderir ao acordo segue aberto e a adesão pode ser feita por meio do aplicativo ou site Meu INSS ou de forma presencial nas agências dos Correios. Também é possível contestar os descontos até o dia 14 de novembro.
Até o momento 5,1 milhões de contestações já foram registradas por aposentados e pensionistas que não reconheceram os descontos.
O Meu INSS lidera o atendimento, com 59% das solicitações (3.093.545 registros), seguido por Correios, com 28,8% dos atendimentos (1.512.117), e Central 135, que respondeu por 7,3% das contestações (384.925 registros).
Além desses canais, o INSS diz que realizou 254.270 contestações de ofício, como forma de proteger automaticamente beneficiários em situações mais vulneráveis.
COMO ACEITAR O ACORDO PELO MEU INSS?
1 - Acesse o aplicativo Meu INSS com CPF e senha;
2 - Vá até "Consultar Pedidos" e clique em "Cumprir Exigência" em cada pedido (se houver mais de um);
3 - Role a tela até o último comentário, leia com atenção e, no campo "Aceito receber", selecione "Sim";
4 - Clique em "Enviar". É preciso, então, aguardar o pagamento.
QUEM NÃO CONTESTOU OS PAGAMENTOS AINDA PODE PEDIR A DEVOLUÇÃO
- Entre no site ou aplicativo Meu INSS
- Informe seu CPF e a senha cadastrada
- Siga para "Do que você precisa?"
- Digite: "Consultar descontos de entidades"
- Caso tenha descontos, marque se foram ou não autorizados
- Informe email e telefone para contato
- Declare se os dados são verdadeiros
- Confirme no botão "Enviar Declarações"
Aposentados também podem procurar agências próprias dos Correios para buscar ajuda com a consulta e o pedido de devolução de descontos indevidos.
FOLHAPRESS
SÃO PAULO/SP - A promoção da educação de qualidade para crianças e jovens do Brasil é o que move a parceria de oito anos entre a Arcos Dorados, operadora da marca McDonald's no país, e o Instituto Ayrton Senna. Aliados no McDia Feliz, uma das maiores campanhas solidárias de arrecadação de fundos para saúde e educação infantojuvenil, ambos reforçam que esta campanha vai além de um evento anual: é um pilar fundamental que sustenta o compromisso de construir um futuro mais promissor para o Brasil.
Em oito anos de parceria, os recursos arrecadados pelo McDia Feliz já apoiaram o Instituto Ayrton Senna em mais de 10 milhões de atendimentos a estudantes e 420 mil atendimentos a educadores. Somente no ano passado, a iniciativa contribuiu para a formação de mais de 50 mil educadores, impactando diretamente cerca de 816 mil estudantes em diversas regiões do país.
"Para a Arcos Dorados, apoiar o Instituto Ayrton Senna através do McDia Feliz significa muito mais do que solidariedade: significa investir na base do desenvolvimento do Brasil, a educação", destaca Mariana Scalzo, Diretora de Comunicação Corporativa da Divisão Brasil da Arcos Dorados. "É um privilégio contribuir diretamente para programas que capacitam educadores e oferecem novas oportunidades de aprendizado, honrando nosso compromisso no desenvolvimento e geração de oportunidades para jovens, compartilhando o legado de Ayrton Senna, ao construir um futuro com mais acesso e equidade para as novas gerações”, completa.
Há mais de três décadas, o Instituto Ayrton Senna trabalha em parceria com redes públicas de ensino, levando soluções educacionais que aprimoram o desempenho acadêmico e desenvolvem competências socioemocionais (como empatia, resiliência e colaboração).
A história da estudante Ana Maria, da ETEC Ibaté/SP, ilustra o impacto direto: ela relata que, graças à formação do Instituto, seus professores "orientam melhor os alunos sobre o seu desenvolvimento e carreira", utilizando dados para mostrar os benefícios das soft skills em sala de aula. (vídeo aqui)
“O Instituto Ayrton Senna, com o apoio do McDia Feliz, contribui para acelerar a qualidade da educação e o futuro de milhares de jovens no Brasil. Estudos mostram que estudantes com competências socioemocionais bem desenvolvidas têm melhor desempenho acadêmico, menor evasão escolar e maior inserção no mercado de trabalho, proporcionando melhores oportunidades. Isso só reforça a importância do nosso trabalho e que estamos no caminho certo”, comenta Ewerton Fulini, vice-presidente do Instituto Ayrton Senna.
Em um país onde os desafios sociais e econômicos estão intrinsecamente ligados à qualidade da educação, a parceria entre Arcos Dorados e Instituto Ayrton Senna no McDia Feliz concretiza o sonho de Ayrton Senna, mostrando como a união da sociedade civil e do setor privado pode, de forma sistêmica e inspiradora, transformar realidades e construir um legado duradouro para as futuras gerações.
Sobre o McDia Feliz
O McDia Feliz é o principal evento beneficente do McDonald's e, atualmente, é uma das maiores mobilizações em prol de crianças e adolescentes no Brasil. A campanha é realizada no país desde 1988, gerando recursos para as instituições apoiadas pelo Instituto Ronald McDonald, que atuam para proporcionar mais saúde e bem-estar para crianças e adolescentes com câncer. Em 2018, o projeto ampliou seu impacto para beneficiar outra causa de grande importância para o país, a Educação, contribuindo para as ações do Instituto Ayrton Senna. Desde sua primeira edição, mais de R$ 426 milhões já foram arrecadados pelo McDia Feliz. Para saber mais, acesse o site.
Sobre a Arcos Dorados
A Arcos Dorados é a maior franquia independente do McDonald’s do mundo e a maior rede de serviço rápido de alimentação da América Latina e Caribe. A companhia conta com direitos exclusivos de possuir, operar e conceder franquias locais de restaurantes McDonald’s em 20 países e territórios dessas regiões. Atualmente, a rede possui mais de 2.400 restaurantes, entre unidades próprias e de seus franqueados, que juntos empregam mais de 100.000 funcionários (dados de 31/03/2025). A empresa também está comprometida com o desenvolvimento das comunidades em que opera com a oferta de oportunidades de primeiro emprego formal aos jovens e com o impacto ambiental positivo por meio de sua Receita do Futuro. A Arcos Dorados está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE: ARCO). Para saber mais sobre a Companhia, por favor, visite o nosso site.
Sobre o Instituto Ayrton Senna
Fruto do sonho do tricampeão mundial de Fórmula 1, o Instituto Ayrton Senna é um centro de inovação que busca acelerar a qualidade da educação pública no país. Fazemos isso por meio de pesquisa e inovação, implementação de programas educacionais e contribuição com políticas públicas. Realizamos parcerias com redes de ensino públicas em todo o Brasil para promover alfabetização, melhoria da aprendizagem, desenvolvimento das habilidades socioemocionais e gestão educacional. Em todos eles, trabalhamos com diagnósticos, formação de educadores e gestores, estabelecimento de metas, monitoramento de indicadores e oferecendo ferramentas e materiais educacionais para serem utilizados em sala de aula. Ao longo de nossa atuação, o Instituto já realizou mais de 39 milhões de atendimentos a crianças e jovens em cerca de 3 mil municípios. Diante dos desafios socioambientais de hoje, acreditamos que transformar vidas por meio da educação seja um caminho essencial para a construção de um país mais justo e um futuro mais sustentável para todos e todas. Conheça em detalhes as iniciativas do Instituto em nosso site.
BRASÍLIA/DF - As exportações brasileiras cresceram 4,8% em julho, em termos de valores, na comparação com julho de 2024. No acumulado do ano, foram exportados R$ 198 bilhões em produtos nacionais. De acordo com o governo federal, o aumento foi expressivo graças aos negócios com os Estados Unidos, México, Argentina, União Europeia e Japão.
Em termos de volumes, o crescimento das exportações foi ainda maior: 7,2%, também na comparação com julho do ano passado, tendo por base dados da balança comercial divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
“No mês passado, o Brasil exportou US$ 32,31 bilhões. No acumulado do ano, até julho, as exportações brasileiras somam US$ 198 bilhões, o que representa um crescimento de 0,1% em valor e de 2% em volume, sobre igual período de 2024. No ano, a corrente de comércio soma US$ 359 bi, com saldo de U$ 37 bilhões”, detalhou o ministério.
O crescimento nas exportações envolveu “vários destinos”. Em termos percentuais, o que registrou maior crescimento de volume – na comparação julho de 2025 com julho de 2024 – foi a Argentina (42,4%).
No caso do México, o aumento das exportações ficou em 17,2%. Já as exportações para a União Europeia cresceram 7,4%, na mesma base de comparação, relativa ao volume. Para o Japão, o aumento ficou em 7,3%, enquanto para os EUA ficou em 5%.
Carne bovina, óleos brutos de petróleo, minérios de cobre e café não torrado estão entre os produtos que registraram maior crescimento, na comparação mensal.
“A Indústria de Transformação (aquela que transforma um material primário em um produto final ou em um intermediário destinado a outra indústria de transformação, como a celulose sendo transformada em papel, por exemplo) foi o setor que teve o maior crescimento em valor (7,4%), seguida pela Indústria Extrativa (3,6%) e pela Agropecuária (0,3%)”, detalhou o MDIC.
Também na comparação mensal, as importações brasileiras aumentaram 8,4% em termos de valor. Com isso, o mês de julho fechou em US$ 25,2 bilhões, com destaque para bens de capital (13,4%), bens intermediários (10,8%) e bens de consumo (5,1%).
“No ano, o aumento das importações é de 8,3% em valores e de 9,7% em volume, somando até julho US$ 161 bilhões”, informou a pasta.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO PAULO/SP - A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, que escapou do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, descarta demissões aqui no país este ano e está confiante em conseguir reduzir a zero a atual taxação de 10% em cima de aviões e partes que exporta para os americanos.

A declaração foi feita na terça-feira (5) pelo diretor-executivo da empresa, Francisco Gomes Neto, durante apresentação dos resultados do segundo trimestre da companhia.
“O nosso foco é realmente restaurar a tarifa zero. Ficamos muito felizes de passar de 50% a 10%, o que reduziu bastante o impacto para os nossos clientes. Estamos trabalhando com eles para fazer a entrega das aeronaves. Mas, em paralelo, estamos nos esforçando com afinco para restaurar a tarifa zero”, disse.
A Embraer emprega 18 mil pessoas no Brasil. Desde abril, a empresa, que exporta metade da produção para os Estados Unidos, está submetida à tarifa de 10% determinada pelo presidente americano, Donald Trump.
Nas últimas semanas, houve o receio de que a taxação subisse para 50%. Mas na quarta-feira (30), o governo americano decidiu que aeronaves, motores, peças e componentes de aviação ficam de fora do tarifaço.
De acordo com a companhia, a cobrança de 10% que passou a vigorar em abril significa um custo de US$ 65 milhões, cerca de R$ 350 milhões. Desse impacto, 20% foram sentidos no primeiro semestre e 80% devem ser percebidos no restante do ano. Esse valor é cobrado de partes de aviões executivos que a Embraer vende à subsidiária da empresa nos Estados Unidos, mas trata-se de um alívio se comparado à taxação de 50% da qual a empresa escapou.
“Voltamos para uma situação mais gerenciável, tanto que já incluímos o impacto das tarifas nas nossas projeções financeiras. Estamos mantendo o nosso guidance [projeção] para o ano, e para atendê-lo temos que entregar todos os aviões que estão planejados. No momento, está completamente fora dos nossos planos qualquer tipo de alteração, redução de quadro por causa de redução de produção”, garantiu Neto.
Em relação aos aviões comerciais vendidos aos Estados Unidos, o custo é pago pela empresa que compra a aeronave, o que acaba encarecendo o produto.
Francisco Neto disse acreditar que negociações podem trazer de volta a tarifa zero, como nos últimos 45 anos. Ele citou acordos alcançados recentemente pelo Reino Unido e Europa.
Segundo Neto, as negociações se dão por intermédio do governo brasileiro e também diretamente com os americanos.
Os Estados Unidos são o maior mercado de aviação do mundo e absorvem 70% da demanda por jatos executivos da Embraer e 45% de aeronaves comerciais.
O diretor-executivo da companhia aponta a geração de emprego e investimentos nos Estados Unidos como um trunfo para que o governo Trump volte à tarifa zero.
A Embraer emprega quase 3 mil pessoas em solo americano. Incluindo a cadeia de fornecedores locais, o contingente chega a 13 mil. A empresa planeja investir US$ 500 milhões, cerca de R$ 2,8 bilhões, em Dallas, no Texas, e Melbourne, na Flórida, nos próximos 5 anos e contratar mais 5,5 mil funcionários até 2030. As estimativas foram feitas, segundo Neto, em cima de cálculos sem a tarifa de 10%.
O executivo disse que se o governo americano decidir incluir aviões militares como o KC-390 em sua frota aérea, a Embraer projeta mais US$ 500 milhões para uma nova linha de montagem e mais 2,5 mil postos de trabalho.
A empresa ressalta ainda a importância dos seus aviões E175, de até 80 assentos, considerados essenciais para a aviação regional americana.
“Temos boa expectativa que isso venha acontecer”, avalia o diretor-executivo sobre a volta da tarifa zero, enfatizando que a estimativa é de saldo comercial positivo de US$ 8 bilhões para os americanos até 2030. Ou seja, no processo de fabricação de aviões, a Embraer gasta mais com compras nos Estados Unidos do que com vendas para lá.
O resultado do segundo trimestre apresentado nesta terça-feira pela Embraer aponta que a empresa entregou 61 aeronaves no período, sendo 19 jatos comerciais, 38 executivos e quatro militares. No mesmo período do ano passado, foram 47.
A companhia trabalha com a estimativa de entrega de 77 a 85 aviões comerciais este ano e de 145 a 155 jatos executivos. A carteira total de pedidos atingiu US$ 29,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, a maior já registrada.
Fundada em 1969, a Embraer já fabricou mais de 9 mil aviões para mais de 100 países e 60 Forças Armadas. A empresa soma 23 mil funcionários, sendo 18 mil no Brasil, principalmente na sede em São José dos Campos, em São Paulo. Há contingente também nas cidades paulistas de Sorocaba, Botucatu e Gavião Peixoto, além de engenheiros em Florianópolis e Belo Horizonte.
Fora do Brasil e nos Estados Unidos, há uma fábrica em Portugal. Nos últimos anos, a companhia contratou 5 mil pessoas para atender a demanda atual e futura.
AGÊNCIA BRASIL
Painéis da FenaBio no dia 14 de agosto destacam biogás, CCS, hidrogênio verde e estratégias de inovação do agro para uma matriz mais limpa e sustentável
SERTÃOZINHO/SP - O avanço das tecnologias em bioenergia, os novos modelos de negócios sustentáveis e a construção de uma imagem moderna para o setor agroindustrial estão no centro dos debates das trilhas “Bioenergia e Meio Ambiente” e “Inovação e Futuro”, que integram a programação da FenaBio, durante a 31ª Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho/SP.
Com conteúdos voltados a executivos, especialistas e lideranças do setor, os painéis que discutem caminhos concretos para a descarbonização e o fortalecimento da indústria nacional de bioenergia acontecem no dia 14 de agosto, em dois palcos distintos da FenaBio.
“A proposta é evidenciar soluções que já estão em prática e ampliar a visibilidade de tecnologias e modelos de negócio que tornam o Brasil cada vez mais competitivo nesse mercado”, afirma Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana.
Soluções sustentáveis
A trilha “Bioenergia e Meio Ambiente” abre a programação às 13h30 com o painel “Biorrefinarias como parte da solução”, destacando o uso de matérias-primas agrícolas para a geração de energia renovável em sistemas de ciclo fechado.
Às 14h30, o painel “HVO e biogás: novas rotas para bioenergias” traz ao debate o amadurecimento tecnológico e as oportunidades do setor com o uso de biogás, e-metanol e hidrogênio verde. Entre os participantes estão Marisa Barros, da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado de São Paulo; e Henry Joseph Jr., da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Encerrando a trilha, às 16h15, o painel “CCS na produção de etanol” explora como a captura e o armazenamento de carbono (CCS) vêm se tornando uma estratégia para ampliar a entrega ambiental e gerar receita com créditos de carbono. Estão confirmados especialistas da FS Fueling Sustainability, Petrobras, CCS Brasil e do Instituto Água Sustentável.
Inovação
Em paralelo, a trilha “Inovação e Futuro” promove o painel “Marketing da agroindústria: urbano e externo”, também às 16h15. O encontro discute como o setor pode qualificar sua comunicação, ampliar o diálogo com a sociedade e reposicionar a imagem do agro no Brasil e no exterior. Participam nomes como Ricardo Nicodemos, presidente da ABMR&A (Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro); e Daniel Bruin, da XCOM by Atrevia (comunicação e marketing).
“A FenaBio é uma plataforma pensada para integrar conteúdo técnico e soluções aplicadas com foco em inovação, sustentabilidade e mercado”, explica Daniel Pereira, gerente de produto da RX, organizadora da feira. “Essas trilhas ajudam a consolidar o setor como referência em energia renovável com base agrícola”, completa.
A FenaBio acontece dentro da Fenasucro & Agrocana de 12 a 15 de agosto, com programação de conteúdo nos dias 13 e 14, além de uma área de exposição dedicada à bioeconomia e energias renováveis. A agenda completa está disponível no site da feira, clicando aqui.
Credenciamento e FenaBio
O credenciamento gratuito e destinado a visitantes, assessorias e imprensa já está aberto e pode ser feito por meio do site oficial do evento. Assim como os ingressos para a programação de conteúdo da FenaBio, que podem ser adquiridos exclusivamente pelo site.
Fenasucro & Agrocana
Em sua 31ª edição, a Fenasucro & Agrocana seguirá seu compromisso de impulsionar negócios, promover a atualização tecnológica e estimular o networking entre os principais players do mercado bioenergético.
Com mais de três décadas de história, a Fenasucro & Agrocana é o maior evento focado exclusivamente na bioenergia, reunindo os principais fabricantes nacionais e internacionais de equipamentos, soluções e tecnologias voltadas à produção de biocombustíveis e energia limpa. A feira é promovida pela RX Brasil, com apoio exclusivo do CEISE Br, e se consolidou como a principal plataforma de conexão entre a indústria fornecedora e os compradores do setor bioenergético. Mais informações no site da feira, clicando aqui.
SÃO PAULO/SP - Os exportadores brasileiros de café estão céticos quanto à possibilidade de o produto ter a sua tarifa zerada nas transações com os Estados Unidos, mesmo após o secretário de Comércio daquele país, Howard Lutnick, sinalizar que o café poderia ter essa condição, por não ser produzido nos EUA, sem citar especificamente o Brasil. Lutnick fez o mesmo comentário em relação a frutas como manga, cacau e abacaxi.
"A gente não tem essa expectativa. Nosso contato está sendo tratado diretamente com a Associação de Café e com a indústria americana. Eles demonstram um certo otimismo nas negociações, mas não sobre tarifa zero, nem mesmo a partir de 1º de agosto", diz Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Hoje, o café nacional já é taxado em 10% pelos Estados Unidos, tarifa que passou a ser imposta em abril pelo presidente americano Donald Trump. Imaginar uma tarifa zero neste momento, portanto, seria contar com uma condição mais favorável, quando, na realidade, a ameaça em vias de se confirmar é ver essa sobretaxa saltar para 50%.
Heron reconhece as dificuldades que este cenário pode trazer ao produtor brasileiro, mas afirma que os Estados Unidos também não têm condições de substituir o café nacional no curto prazo, dado o volume que o Brasil exporta para os EUA.
"O Brasil tem 34% do mercado dos Estados Unidos. É o maior fornecedor. Quando você olha, o segundo maior fornecedor de café para os Estados Unidos é a Colômbia, que tem 20%. Nós vendemos 8 milhões de sacas para eles no ano passado, enquanto a Colômbia vendeu, para todo o mundo, 12 milhões de sacas. Isso significa que ela não teria condições de suprir a demanda dos americanos no curto prazo", diz Heron.
Entre janeiro e maio de 2025, os EUA compraram 2,87 milhões de sacas, o equivalente a 17,1% de todo o volume exportado pelo Brasil, conforme dados do Cecafé.
O diretor técnico do Cecafé afirma que os embarques de café que saíram dos portos brasileiros na primeira quinzena de julho já devem entrar nos Estados Unidos com tarifa de 50%.
"O porto de Nova Orleans hoje recebe 34% do nosso café. Nova York recebe outros 14%. Então, só os dois juntos, têm 45% de nossas exportações. Essa viagem de Santos a Nova Orleans demora 26 dias. Nova York demora 16 dias. Então não tem jeito, já vai pegar essa tarifa", disse.
A sinalização feita pelo secretário Howard Lutnick é a de que produtos que não são produzidos em solo americano teriam tarifas diversificadas em relação ao limite imposto aos países.
As últimas semanas têm sido marcadas por uma forte volatilidade nos preços internacionais do café, segundo informações do Ministério da Agricultura. Apesar da queda de 3,9% no volume total embarcado na safra 2024/25, o Brasil registrou um recorde histórico em receita cambial com exportações de café, alcançando US$ 14,7 bilhões, um aumento de 49,5% em relação à safra anterior, impulsionado pela valorização do dólar e pelos preços no mercado internacional.
O café verde reafirmou seu peso na balança comercial brasileira. Na terceira semana de julho, as exportações somaram US$ 686,9 milhões, representando 3,5% das exportações totais do país e 16% da pauta agropecuária.
O governo Lula tenta contato com os Estados Unidos desde 9 de julho, quando Trump publicou uma carta na rede social Truth Social anunciando as sobretaxas de 50% a produtos brasileiros, mas os EUA parecem pouco dispostos a negociar. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, tem conversado com Lutnick.
A assessoria do Ministério do Desenvolvimento afirmou à Folha que o foco é a reversão total das tarifas. Mas, segundo ministros envolvidos com a negociação e integrantes da equipe de Alckmin, o governo Lula estuda negociar tarifas para setores específicos.
A falta de uma resposta concreta dos EUA também está levando o governo a avaliar cenários possíveis de reação. Um plano de contingência está sendo analisado "com muita tranquilidade" pelo presidente Lula, segundo Haddad, mas o foco do Brasil seguirá sendo a via diplomática.
por Folhapress
SÃO PAULO/SP - O mês de agosto terá um aumento nas contas de energia devido ao acionamento da bandeira tarifaria vermelha, no maior patamar, o 2, anunciou nesta sexta-feira (25) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, os consumidores terão custo extra de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Segundo a agência, a adoção da bandeira no patamar 2, após ter acionado o patamar 1 em junho e julho, ocorreu diante do cenário de chuvas abaixo da média em todo o país, o que reduziu a geração hidrelétrica.
“O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, disse a Aneel.
Em maio, a Aneel acionou a bandeira amarela por conta do baixo volume de chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. Além disso, as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, por causa das condições favoráveis de geração de energia no país. Segundo a Agência, a mudança ocorreu devido à redução das chuvas, com a transição do período chuvoso para o período seco do ano.
“Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, alertou a agência reguladora.
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 kWh consumidos. Na bandeira amarela, o acréscimo é de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
Já a bandeira vermelha possui dois patamares. No primeiro, a tarifa sofre acréscimo de R$ 4,463 para cada kWh consumido. No patamar 2, o valor passa para R$ 7,877 a cada kWh consumido.
AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA/DF - O tarifaço de 50% anunciado pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros pode resultar em redução momentânea de preços para alguns alimentos no mercado interno brasileiro. No entanto, se, por um lado, isso pode ser positivo para o consumidor, com uma inflação menor para os alimentos, por outro pode desestimular produtores – o que, também, seria prejudicial para o país, disse na terça-feira (22) o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
A afirmação foi feita durante o Bom Dia, Ministro, programa produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo Dias, nesse contexto o desafio do governo é o de trabalhar para garantir preço adequado de alimentos ao consumidor e também ao produtor.
“É buscar um preço adequado. Essa é a nossa missão”, disse o ministro.
Tarifaço
Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o aumento tarifário a ser aplicado a partir de 1º de agosto sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.Nas manifestações, Trump tem associado a medida a supostas desvantagens comerciais na relação entre os dois países e, também, à forma como as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro têm sido conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Influência momentânea
Perguntado sobre se a diminuição das exportações de produtos como laranja, café, carnes e frutas poderia resultar em um escoamento deles para o mercado interno, beneficiando o consumidor brasileiro, o ministro disse que sim, mas que o ideal é que essa redução de preços seja estimulada por outros fatores. Em especial, por uma maior competitividade da produção brasileira.
“As tarifas podem, sim, ter alguma influência momentânea [baixando a inflação dos alimentos], mas o que queremos é a redução dos preços por competitividade. Ou seja, pela capacidade de mais produção numa mesma área; por um financiamento com juros mais baixos. Esse é o ganho que queremos alcançar”, disse o ministro.
“Mas veja bem: assim como a gente quer proteger o consumidor nessa tarefa, temos de proteger o produtor. Caso contrário desestimularíamos a produção. Nesse caso, precisamos ter equilíbrio”, acrescentou.
De acordo com o ministro, a estratégia do governo é a de, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e de algumas pastas ministeriais, buscar alternativas de mercado, de forma a ajudar produtores como, por exemplo, os de mel, frutas e carne.
Investigação
Wellington Dias lembrou da boa relação histórica entre Brasil e Estados Unidos e reiterou que, comercialmente, essa relação sempre foi favorável aos norte-americanos. “Compramos mais do que vendemos para os EUA”, disse ele ao desmentir as alegações apresentadas por Trump, de que seu país estaria sendo prejudicado comercialmente na relação entre os dois países.
“O que o presidente Trump está fazendo não tem nada a ver com medida econômica ou comercial. Na verdade, são ataques especulativos fora do contexto. Por isso acho que tem que ter na uma investigação internacional, e que os países atacados devem se proteger nessa direção, claro, mantendo a diplomacia e o diálogo”, argumentou o ministro.
Dias lembrou que tanto o Supremo Tribunal Federal como a Justiça norte-americana abriram investigações em meio à confirmação de que “espertos foram avisados antes”, e compraram dólar anteriormente ao anúncio, obtendo lucros bilionários.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO PAULO/SP - O empreendedorismo segue em alta no estado de São Paulo. No primeiro semestre de 2025, foram abertas 201.546 novas empresas, um crescimento de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 174.501 constituições, de acordo com a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
O avanço também se reflete no saldo líquido de empresas, diferença entre aberturas e baixas, que alcançou 123.934 no semestre. O número representa um salto de 22,12% na comparação com os primeiros seis meses de 2024, quando o saldo foi de 101.483.
“O estado de São Paulo tem vocação e potenciais gigantes para gerar novas empresas. Há boa logística, mercado consumidor robusto, ambiente de negócios favorável, entre outras características. Estamos desburocratizando cada vez mais o processo de abertura, como determina o governador Tarcísio de Freitas, para que os empreendedores possam crescer e contribuir na geração de renda e emprego, movimentando nossa economia”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima.
Para o presidente da Jucesp, Marcio Massao Shimomoto, os dados demonstram o fortalecimento do ambiente de negócios em São Paulo “Esses números mostram que o Estado segue firme como motor do empreendedorismo brasileiro. Nosso compromisso é continuar modernizando e facilitando o processo de formalização para que cada vez mais
empreendedores possam tirar suas ideias do papel com segurança e agilidade”, afirma Shimomoto.
Os dados, os mais altos de toda a série histórica iniciada em 1998, confirmam a tendência de crescimento consistente e reforçam o ambiente cada vez mais favorável ao empreendedorismo em São Paulo.
GOVERNO DE SP
BRASÍLIA/DF - A Câmara aprovou uma pauta-bomba que inclui um crédito subsidiado de até R$ 30 bilhões para o agronegócio com verbas de petróleo do pré-sal.
A votação ocorreu após o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao aumento de deputados e à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) de validar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), contra a decisão anterior do Congresso. Ao final, produtores rurais do Rio Grande do Sul comemoraram com parlamentares no plenário o placar de 346 contra 93. O texto agora vai ao Senado.
A sessão desta quarta aconteceu sob tumulto, em parte pela grande quantidade de itens na pauta -uma vez que deve ser a última do semestre-, mas acentuado pela revolta dos parlamentares após os anúncios das decisões do Executivo e do Judiciário.
Segundo deputados de centrão e governistas ouvidos pela reportagem, sob reserva, a votação foi uma manobra de retaliação. Outros ponderam que essa já era uma possibilidade à tarde. Os ruralistas já vinham pressionando há semanas para que o projeto avançasse na Casa.
Este era um dos 44 itens da pauta, e parte da Câmara defendia que ele fosse votado, mas parlamentares afirmam que, até então, não havia consenso de que ele seria colocado em discussão.
Após a notícia das duas medidas, deputados se revoltaram e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), saiu do plenário para ir conversar com seu par do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Motta depois conversou com lideranças do centrão e com o agronegócio e confirmou a eles o avanço da pauta sensível ao governo Lula.
A proposta inicialmente era voltada apenas ao pequeno produtor rural, mas foi reformada para autorizar o uso de até R$ 30 bilhões do Fundo Social do pré-sal -que recebe royalties do petróleo e hoje complementa áreas como educação, saúde e habitação-, para refinanciar dívidas gerais do agronegócio com juros subsidiados.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), discursou com duras críticas à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o relator, Afonso Hamm (PP-RS). Guimarães alegou que havia um diálogo com o governo para chegar a um consenso sobre o texto -o que teria sido rompido com a votação.
"A relação civilizada aqui tem que ser de respeito, não pode ser assim, de uma hora para outra não consideram nada, não valem mais nada os acordos aqui dentro, a palavra dada. Onde vamos chegar?", disse, na tribuna.
Guimarães afirmou que pediu a Lula para que não vetasse o aumento dos deputados, mas foi vencido nas negociações internas do governo.
E criticou que a Câmara avance com um projeto que aumenta despesas da União ao mesmo tempo que cobra corte de gastos do governo federal.
"É um liberou geral para uma renegociação. [...] Isso não é correto, sobretudo para quem fala tanto em responsabilidade fiscal", disse.
"Quero lamentar, não estou nem discutindo os problemas políticos, mas essa atitude que vocês tomaram, deputados da FPA, me agrediram democraticamente", completou.
Ao final da votação, Guimarães amenizou o tom, e disse que se posicionou contra a matéria pela "má conduta" do relator.
Além do projeto das dívidas do agronegócio, a Câmara também retirou da pauta, após a decisão de Moraes, um projeto que criava vagas no Superior Tribunal de Justiça.
FOLHAPRESS
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