BRASÍLIA/DF - A montadora norte-americana Ford anunciou nesta semana que vai deixar de fabricar veículos no Brasil. Há um mês, a gigante alemã Mercedes-Benz também informou a saída do país. Os motivos são parecidos. A crise da covid-19, a desvalorização do real e a reestruturação global das companhias.
A norte-americana fechará 3 fábricas: em Camaçari (BA), em Taubaté (SP) e da Troller (Horizonte, CE). A alemã acabará com a única, em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Ao menos 5.370 empregos serão dizimados até dezembro de 2021 – sem contar o efeito cascata em fornecedores da cadeia produtiva.
fornecido PODER360
Nas contas da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), para cada emprego fechado numa montadora, outros 5 são perdidos indiretamente.
A saída da Ford e da Mercedes reduzirá a capacidade de produção da indústria automotiva brasileira em até 10%, para 4,5 milhões de veículos ao ano.
“A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia”, informou a Mercedes. “Estamos mudando para um modelo de negócios enxuto e com poucos ativos, encerrando a produção no Brasil”, disse o presidente-executivo da Ford, Jim Farley.
No caso da montadora norte- americana, a saída reflete os problemas da própria companhia. Ela já foi uma das maiores no país. Hoje está em 6º lugar em vendas com 7,4% do mercado de automóveis. Vendeu 119,4 mil carros ano passado. Perde para General Motors, com 18,9% do setor, Volkswagen (17,7%), Fiat (10,3%), Hyundai (10,1%) e Renault (7,4%).
A repercussão da saída da Ford foi imediata, e negativa. A montadora teve que montar uma operação nas redes sociais para responder aos consumidores receosos sobre reposição de peças e assistência técnica. Está patrocinando as buscas no Google para uma página aparecer em 1º lugar. Chamada de “Ford Não Vai Sair do Brasil“, detalha a reestruturação da empresa na América do Sul.
Todas as montadoras tiveram quedas nas vendas em 2020. Os licenciamentos de carros caíram 28,6%, na comparação com 2019. Entre aquelas com maior participação no mercado, a maior redução foi a da Renault, de 44,8%. Na Ford, a perda foi de 39%. Na Mercedes, 32,2%.
Antes da pandemia, o Brasil já vinha convivendo com uma capacidade ociosa de produção de carros. “O governo foi pego de surpresa porque quis. Em 2019, a Ford fechou a sua grande montadora de São Bernardo. Não custava nada ter feito o acompanhamento da vida econômica da empresa”, afirmou o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.
O setor automotivo não anda bem das pernas há tempos. A montagem de carros (sobretudo a combustão) é algo que agrega pouco à cadeia produtiva neste século 21.
Há uma disputa no mundo para a criação de um modelo mais sustentável, como carros elétricos. As montadoras estão investindo bilhões em pesquisa. Os recursos das holdings (empresas controladoras) estão sendo destinados para os países em que há maior possibilidade de inovação e competitividade. O Brasil tem ficado fora dessa rota. Segundo estudo elaborado pela PwC, de 2019, produzir carros aqui é 18% mais caro do que no México.
Bolsonaro disse que a Ford está indo embora porque ele não quer dar subsídios a outros governos. Segundo dados da Receita Federal, o setor automotivo acumula mais de R$ 50 bilhões em subsídios desde 2002.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, discorda. “Não quero politizar o assunto, mas crise expôs o Custo Brasil”, disse ele em entrevista à imprensa, na 4ª feira. Moraes alega que os incentivos fiscais são uma forma de corrigir distorções do sistema tributário brasileiro. Na avaliação dele, eventuais “subsídios” apenas trazem os tributos para uma taxa mais adequada. Comparou os incentivos à estratégia de algumas varejistas na Black Friday: elevar preços na véspera para oferecer grandes descontos na promoção.
Segundo Moraes, uma reforma tributária ampla poderia mudar essa situação. A Anfavea vem apresentando propostas ao Ministério da Economia há 2 anos. Reuniões são realizadas a cada 15 dias com o setor. Mas reformas patinam no Congresso.
A saída da Ford expôs os problemas do setor. “Quando a água desce, os esqueletos e as carcaças aparecem”, disse o presidente da associação de montadoras. “Governadores, prefeitos mostraram preocupação legítima. Mas não deveríamos discutir quem é o culpado, mas como resolver o problema“.
Montadoras consultadas pelo Poder360 informaram que mantêm seus planos de atuar no país, como a Nissan, Renault, Peugeot e Citröen.
A norte-americana Chevrolet disse que irá investir R$ 10 bilhões nos próximos anos.
A japonesa Honda inaugurou recentemente sua 2ª fábrica no Brasil, onde investiu R$ 1 bilhão. Fica na cidade de Itirapina, em São Paulo. Além disso, a marca lançou no último ano o WR-V 2021, além de atualização na linha 2021 dos modelos HR-V, City e Civic.
A alemã Volkswagen afirmou que está operando normalmente nas 4 fábricas brasileiras. A empresas acabou de renovar toda a linha de produtos
A japonesa Toyota disse que mantém seus planos. Em breve anunciará o novo veículo para o qual destinou R$ 1 bilhão. “Temos cuidado diligentemente de todos os fatores internos que nos permitem melhor competitividade e, ao mesmo tempo, temos conversado com o governo sobre reformas que permitam que o setor como um todo possa crescer, gerar empregos e distribuir valor”, afirmou.
A Audi está tentando viabilizar a fabricação de um novo carro no Brasil. Mas há entraves. A companhia disse que não tem mais como pedir à matriz autorização para investir num país onde o governo lhes deve dinheiro (créditos tributários de IPI acumulados durante os anos de Inovar-Auto). Ou seja, a fábrica compartilha com a Volkswagen no Paraná por ficar parcialmente ociosa neste início de 2021.
*Por: Douglas Rodrigues / PODER360
SÃO CARLOS/SP - Em nova classificação, o governador João Doria anunciou que toda a área de abrangência da Diretoria Regional da Saúde (DRS-III), que compreende São Carlos e mais vinte e três municípios, continuaram na Fase Amarela do Plano São Paulo, que define as regras de funcionamento das atividades econômicas durante a pandemia do novo coronavírus.
O anúncio aconteceu de forma extraordinária – já que a próxima reclassificação está marcada para o dia 05 de fevereiro – na tarde desta sexta-feira (15), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
Esta foi a segunda reclassificação de 2021. Sete regiões regrediram para a fase laranja: Araçatuba, Bauru, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Taubaté. A região de Marília foi para a Fase Vermelha.
Feliz e ao mesmo tempo preocupado, o presidente da ACISC, José Fernando Domingues, pede aos comerciantes que redobrem a atenção e os cuidados sanitários.
“A gente tem visto uma crescente no número de casos de coronavírus aqui em São Carlos. Desta vez, os números de toda a região possibilitaram que continuemos na Fase Amarela, porém, é importante que redobremos nossa atenção aos cuidados preventivos para que não sejamos reclassificados negativamente nos próximos anúncios do Plano São Paulo”, alertou.
Zelão enfatiza que tanto os comerciantes quanto os consumidores têm respeitado as regras estabelecidas e que as festas de final de ano, infelizmente, contribuíram para o crescimento de casos em todo o Estado. “Nossos comerciantes vêm se esforçando bastante. Acredito que as confraternizações de final de ano impactaram, negativamente, no aumento de casos. Não podemos generalizar, mas muita gente acabou não respeitando as medidas sanitárias e de distanciamento social”, relatou.
Classificado à Fase Amarela, o comércio de São Carlos e região continuará em funcionamento com capacidade limitada a 40% de ocupação para todos os setores, e limitação de atendimento presencial máximo de 10 horas por dia. Bares continuam com restrição de atendimento até às 20 horas.
As normas sanitárias são as mesmas para todos os segmentos: disponibilizar higienização para funcionários e consumidores com álcool gel 70% em pontos estratégicos; os funcionários devem utilizar máscaras durante toda a jornada de trabalho, assim como os consumidores; o acesso e o número de pessoas nos estabelecimentos devem ser controlados; manter todas as áreas ventiladas; e a fila deve ter distanciamento de 2 metros entre as pessoas.
Zelão espera que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) libere logo o uso emergencial das vacinas. “Esperamos que a população comece a ser vacinada logo e, efetivamente, possamos superar esse vírus que castigou e tem castigado o mundo inteiro, tanto na saúde das pessoas quanto na parte econômica”, afirmou.
A próxima classificação ordinária do Plano SP acontecerá no dia 05 de fevereiro, porém o Centro de Contingência do COVID-19, novamente, poderá reclassificar extraordinariamente as regiões, em caso de aumento na incidência de casos pelas regiões.
MUNDO - Depois de quatro anos lidando com o presidente dos EUA Donald Trump, a Ásia pode esperar que o presidente eleito Joe Biden melhore os laços com as nações que tradicionalmente apóiam e ponha fim a uma “guerra comercial boba” com a China, disse o ex-premiê da Malásia, Mahathir Mohamad.
“Espero que seja diferente de Trump, porque Trump não sabia praticamente nada sobre o Sudeste Asiático”, disse Mahathir em uma entrevista gravada em 7 de janeiro e transmitida na conferência Reuters Next na quinta-feira.
“Trump costumava ser contra quase todos os países, mas agora acho que Biden gostaria de reverter essa política e ter algum entendimento ou relações amigáveis com muitos dos países, que no passado apoiaram bastante a América”.
Biden disse em novembro que os Estados Unidos estarão "prontos para liderar" novamente no cenário global quando ele formalmente assumir o controle em 20 de janeiro, depois que o mundo se debateu com a política "América em Primeiro Lugar" de Trump, que antagonizou aliados e desencadeou uma guerra comercial com a China.
“Não acredito que ele vá continuar com essa guerra comercial boba com a China. Deve haver alguma tentativa de talvez resolver alguns dos problemas de desequilíbrio no comércio, mas ter a guerra comercial não é algo que eu acho que Biden continuará ”, disse Mahathir, que em 2018 se tornou o primeiro-ministro mais antigo do mundo a tomar escritório aos 93 anos de idade.
As duas maiores economias do mundo estão em desacordo desde julho de 2018 sobre as demandas dos EUA para que a China adote mudanças nas políticas que protejam melhor a propriedade intelectual americana e tornem o mercado chinês mais acessível às empresas americanas.
Sua guerra comercial prejudicou o crescimento global e derrubou as cadeias de suprimentos nos últimos dois anos.
Mahathir disse que a Malásia, como a maioria dos países, precisa ser mais sensível ao que a China deseja, já que a potência asiática é grande demais para ser confrontada em questões como desequilíbrios comerciais ou violações dos direitos humanos.
“A China não tratou bem os muçulmanos, mas não podemos enfrentá-los ... temos que ter muito cuidado com a forma como lidamos com a China”, disse ele.
Para obter mais informações sobre a conferência Reuters Next, clique www.reuters.com/business/reuters-next
*Por: REUTERS
Mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia, faturamento do setor aumentou R$ 885 milhões, puxado pelo bom desempenho das atividades essenciais
ARARAQUARA/SP - As vendas do comércio varejista na região de Araraquara atingiram aproximadamente R$ 22,6 bilhões em 2020, com elevação média de 4,1% em relação ao faturamento de 2019. Apesar do ano atípico em meio à pandemia de covid-19 e os impactos negativos causados pelas medidas restritivas, as atividades essenciais performaram acima do esperado e registraram alta de 5,8% na comparação interanual, faturando R$ 16,5 bilhões – 73% de tudo que foi vendido pelo comércio varejista na região.
De acordo com análise do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, feita a partir dos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), elaborada pela FecomercioSP com base nas informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), sete das nove atividades pesquisadas obtiveram expansão no faturamento, com destaque para os setores relacionados à construção civil. As lojas de móveis e decoração faturaram R$ 171,8 milhões em 2020, alta de 65,5% em relação a 2019. No mesmo período, as vendas de materiais de construção cresceram 18,2%, atingindo R$ 1,51 bilhão. Ainda, as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos faturaram aproximadamente R$ 2 bilhões no ano – faturamento 11,2% maior do que 2019.
Faturamento do Varejo na Região de Araraquara – jan/dez 2020
Fonte: Sefaz-SP / FecomercioSP. Elaboração: Sincomercio Araraquara.
* Valores a preços de set/20
Quando analisada a variação anual no faturamento total do comércio varejista, Araraquara registrou o quinto melhor resultado entre as regiões analisadas: 4,1% ou, aproximadamente, R$ 885 milhões acima dos números de 2019 – ficando atrás apenas das regiões de Sorocaba (5,2%), Litoral Paulista (5,9%), Osasco (11,1%) e Jundiaí (11,5%).
Em relação às atividades que sofreram algum tipo de restrição durante a pandemia, o município teve o terceiro melhor resultado entre as regiões avaliadas: faturamento de R$ 6,1 bilhões e queda de -0,3% (R$ 21 milhões) em relação a 2019, ficando atrás apenas das regiões de Osasco (0,2%) e Jundiaí (18,5%). Os empreendimentos classificados como não essenciais foram responsáveis por, aproximadamente, 27% do total faturado pela região em 2020.
Já o setor das atividades essenciais elevou o seu faturamento anual em 5,8% e atingiu a casa dos R$ 16,5 bilhões em vendas. Apesar do bom resultado, o segmento teve desempenho menos expressivo na comparação regional, ficando em décimo lugar no ranking que foi liderado por Osasco (14%), Litoral Paulista (13,1%) e Sorocaba (12,3%).
Variação no faturamento do varejo por região – Comparativo 2020/2019
Fonte: Sefaz-SP / FecomercioSP. Elaboração: Sincomercio Araraquara
Perspectivas para 2021
Apesar dos resultados positivos de 2020, João Delarissa, analista econômico do Sincomercio, pontua que é evidente que o novo ano trará uma série de novos desafios ao setor varejista. “As longas tratativas sobre os programas de imunização contra a Covid-19 e a possibilidade de novas medidas restritivas ao comércio aumentam a imprevisibilidade do desempenho do setor e dificultam o planejamento de curto prazo das empresas, sejam elas grandes, sejam pequenas.”
Delarissa também afirma que o fim do auxílio emergencial provocará uma redução significativa no rendimento das famílias, sobretudo na camada da população que direciona a maior parte de seus recursos para o consumo, e que foram determinantes para alavancar as vendas do varejo e viabilizar o desempenho observado no ano passado. “O fim do programa de transferência de renda iniciado em abril – que distribuiu R$ 288,7 bilhões para aproximadamente 68 milhões de brasileiros – interrompe a injeção de liquidez que vinha absorvendo parte das perdas econômicas causadas pela pandemia”, avalia.
Com esse cenário, o Sincomercio alerta que é indispensável o olhar atento dos gestores ao fluxo de caixa das empresas, o que envolve manter o controle redobrado sobre as despesas, procurar negociar reajustes e outros aumentos de custos, pesquisar as melhores alternativas para a captação de recursos, entre outros fatores. “São ações fundamentais para a sobrevivência dos negócios em tempos de recuperação econômica”, diz o analista.
Metodologia - A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV) tem como objetivo produzir indicadores mensais do desempenho do comércio varejista e dos seus vários ramos de atividade. A partir de dados do faturamento bruto real, as informações produzidas pela pesquisa permitem mensurar e projetar a atividade econômica geral de curto prazo em todas as 16 regiões do Estado. A 15ª Delegaria Regional Tributária (DRT-15) delimita a região de Araraquara que conta com mais 15 municípios, qual sejam, Américo Brasiliense, Analândia, Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues, Corumbataí, Descalvado, Dobrada, Dourado, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibaté, Ibitinga, Ipeúna, Itápolis, Itirapina, Matão, Monte Alto, Motuca, Nova Europa, Pirangi, Pirassununga, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, Rincão, Rio Claro, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Ernestina, Santa Gertrudes, Santa Lúcia, Santa Rita do Passa Quatro, São Carlos, Tabatinga, Tambaú, Taquaritinga, Trabiju e Vista Alegre do Alto.
BRASÍLIA/DF - Depois da inflação dos alimentos, no segundo semestre, o brasileiro enfrentou uma nova pressão sobre os preços no fim de 2020. O gás de cozinha encerrou o ano passado com alta de 9,24%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta 3ª feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa mais que o dobro da inflação de 4,52% registrada no ano passado.
Usado principalmente pelas famílias mais pobres, que vivem em domicílios com menos estrutura, o gás de cozinha terminou em alta na comparação com outros tipos de derivados de petróleo. O gás encanado, usado pelas famílias de maior renda, terminou 2020 com recuo de 1,29%. O gás veicular fechou o ano passado com alta de 1,66%.
Atualmente, o preço do botijão de 13 quilogramas (kg) custa entre R$ 59,99 e R$ 105, com preço médio de R$ 75,04, segundo o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No início da pandemia de covid-19, o preço médio estava em R$ 69.
Em vigor desde 2019, a política atual de preços do gás de cozinha prevê reajustes sem periodicidade definida. O preço está atrelado a dois componentes: dólar e cotação internacional do petróleo. Em 2017, o botijão inicialmente foi reajustado mensalmente, mas passou a ter o preço revisado a cada três meses, numa política que vigorou até o fim de 2018.
Embora seja controlado nas refinarias, o preço do gás de cozinha é liberado no varejo. Somente nos últimos 40 dias, a Petrobras promoveu dois aumentos no gás liquefeito de petróleo (GLP): de 5% no início de dezembro e 6% no último dia 6.
A alta no preço do botijão de gás reflete-se no consumo das famílias. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, que tem divulgado relatórios semanais com o consumo de energia e de combustíveis desde o início da pandemia, o consumo do botijão de 13 kg caiu 20% na última semana de dezembro em relação ao mesmo período do ano anterior. A demanda pelo botijão de mais de 13 kg, usado por indústrias, academias, comércio e condomínios, caiu ainda mais: 32,5%.
Professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Mauro Rochlin afirma que a redução de demanda pelo GLP é insuficiente para fazer os preços retornarem ao normal. Apesar dos esforços, ele diz que o consumidor tem poder limitado para controlar o preço do gás, diferentemente do que ocorre com alguns alimentos.
“O preço do gás de cozinha é determinado por variantes externas, como o dólar e a cotação do petróleo. O petróleo recuperou-se no fim do ano passado depois de experimentar uma queda considerável de preço no início da pandemia. O dólar está atrelado a fatores internacionais e a expectativas sobre a economia brasileira”, explica.
Outro fator que dificulta o controle dos preços do gás, explica o professor, é a dificuldade em trocar o GLP por outros produtos. Para escaparem do gás mais caro, as famílias de baixa renda estão recorrendo ao carvão vegetal ou à lenha. As famílias de classe média podem substituir o gás por fogões elétricos e, caso usem o botijão para aquecer a água, podem recorrer à energia solar, mas esses investimentos são caros e exigem tempo.
“O gás de cozinha é um produto com baixa elasticidade de demanda. Trata-se de um bem essencial, que não pode ser substituído facilmente”, diz o professor.
Como sugestão para conter a alta do gás, o presidente Jair Bolsonaro, defendeu há dois dias a realização de estudos para ampliar o número de engarrafadoras, empresas especializadas em encher botijões vazios.
“No Brasil existem poucas engarrafadoras. O botijão anda centenas de quilômetros para ser enchido e, depois, mais uma centena até o consumidor. Com dezenas de centrais nos estados e mais empresas, essa verdadeira viagem do botijão deixaria de existir, teríamos mais competição e o preço cairia”, postou Bolsonaro na rede social Twitter.
Para o Ministério da Economia, duas medidas para liberalizar o mercado de gás natural podem se refletir em preços mais baixos para o consumidor doméstico. Isso porque o GLP contém cerca de 20% de gás natural. A primeira é a votação do novo marco regulatório do gás, aprovado pelo Senado no fim do ano passado e que voltou para a Câmara. A segunda é a privatização de até oito refinarias da Petrobras, o que, segundo a equipe econômica, estimulará a competição e deverá gerar preços menores.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - São Carlos e região continuam na Fase Amarela do Plano São Paulo. Foi o que anunciou a Secretária Estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta sexta-feira (08).
O anúncio, que estava previsto para acontecer nesta quinta-feira, 07, foi adiado por conta do anúncio da eficácia da vacina contra o coronavírus, desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac Life Science, que atingiu índice de 100% para casos graves e moderados.
Apenas três regiões regrediram da Fase Amarela para Laranja do Plano SP: Marília, Sorocaba e Registro. A região de Presidente Prudente que estava na Fase Vermelha avançou para a Fase Laranja. Com isso, 90% do estado está na Fase Amarela e 10% na Fase Laranja.
José Fernando Domingues, presidente da ACISC, relata que os comerciantes sentem-se aliviados com o anúncio. “Depois do lockdown decretado pelo governador João Doria nos finais de semana do Natal e Ano Novo, a gente ficou bastante apreensível com o anúncio que poderíamos ter nesta sexta-feira. Graças aos esforços de todos, tivemos uma boa notícia e nossos comerciantes iniciam um ano mais tranquilo em relação ao Plano SP”, comentou.
Todas as atividades comerciais continuam em funcionamento, com capacidade limitada a 40% de ocupação para todos os setores. O funcionamento máximo de atendimento presencial está limitado a 10 horas por dia. Apenas bares terão restrição de atendimento até às 20 horas.
Zelão ressalta que a pandemia continua e é importante que todos continuem atentos às medidas sanitárias. “Nossos comerciantes tem respeitado e cobrado as medidas sanitárias e de distanciamento social. Por isso, peço que continuem atentos para que possamos seguir dentro dos índices do Plano São Paulo e mantermos nosso comércio em funcionamento”, enfatizou. “Esperamos que a população comece a ser vacinada efetivamente para que possamos superar essa doença que castigou e castiga o mundo inteiro”, complementa.
As normas sanitárias são as mesmas para todos os segmentos: disponibilizar higienização para funcionários e consumidores com álcool gel 70% em pontos estratégicos; os funcionários devem utilizar máscaras durante toda a jornada de trabalho, assim como os consumidores; o acesso e o número de pessoas nos estabelecimentos devem ser controlados; manter todas as áreas ventiladas; e a fila deve ter distanciamento de 2 metros entre as pessoas.
A próxima classificação ordinária do Plano SP acontecerá no dia 05 de fevereiro, porém, a secretária Patrícia Ellen alertou que o Centro de Contingência do COVID-19 poderá modificar extraordinariamente as regiões, em caso de aumento na incidência de casos pelas regiões.
Shopping oferece várias opções de lazer para crianças e adultos aproveitarem o período com todos os cuidados necessários
São Carlos/SP – Janeiro é mês de férias e descanso, mas pode se tornar um período desafiador quando o objetivo é entreter a garotada durante tantos dias. É preciso criatividade. Para reunir a família e desfrutar de momentos inesquecíveis, o Iguatemi São Carlos é uma opção, com ambiente agradável, seguro e várias opções de lazer. O centro de compras conta com operações diversificadas que atendem a todos os gostos, seja para diversão, seja para guloseimas, respeitando com rigor os protocolos de segurança.
Entre as opções, o parque de entretenimento Parks & Games tem brinquedos especiais. São games, simuladores e até autopista. O espaço também é ideal para as famílias aproveitarem o momento de descontração junto com os filhos, já que algumas atrações permitem a participação dos adultos. “Para janeiro, temos como destaque a promoção Carregue e Ganhe, pela qual o público ganha bônus de 50% nas recargas de R$150, R$120 e R$70”, destaca a gerente do parque, Glaudielaine Aparecida Vaz.
O local segue diretrizes para o bem-estar de todos: distanciamento a partir de marcações no chão e reposicionamento dos jogos, higienização frequente dos brinquedos e do piso, disponibilização de álcool em gel nas dependências do parque e reforço com os visitantes para o pagamento com cartão.
E que tal fazer um tour com as crianças a bordo dos carrinhos elétricos da Stop & Go? Pode ser uma excelente oportunidade de diversão para os baixinhos e também para os adultos, uma vez que o comando fica sob responsabilidade dos mais velhos.
O lazer pode ficar ainda mais completo no Cine Araújo, com o filme Sapatinho Vermelho e os Sete Anões. O tema é baseado no famoso conto da Branca de Neve, em que o beijo da princesa é a única cura para os sete anões. Outra opção é o clássico Mulher-Maravilha 1984, uma releitura do filme original, trazendo para a atualidade os desafios de uma heroína moderna.
Também tem a comédia nacional Um Tio Quase Perfeito 2, que conta a história de Tony, um tio que se dedicou aos sobrinhos e se sente ameaçado com a chegada do noivo de sua irmã à família. Já para quem gosta de ação, vale a pena conferir Legado Explosivo, que retrata o dilema de um ladrão de banco que decide deixar o mundo dos crimes após se apaixonar, mas essa não será uma tarefa fácil.
“Priorizamos a exibição de títulos que contemplam o público infantil, pois sabemos que o cinema é sempre uma opção de entretenimento para a garotada. Além disso, mantemos todos os protocolos de segurança para garantir um momento tranquilo e com atenção à saúde”, informa a gerente da Cinematográfica Araújo, Fernanda Pereira. A programação completa pode ser conferida no site www.ingresso.com.
As crianças também podem exercitar a leitura e deixar a imaginação livre a partir das mais variadas histórias contadas nos livros. Na Book Lovers Kids, feira de livros infantis e juvenis que agora está instalada em um ponto fixo do centro de compras, é possível encontrar títulos variados de diferentes editoras, que vão desde os clássicos até os modernos, e para todas as faixas etárias.
Para acabar com a fome depois de tantas atividades, as operações de alimentação do Iguatemi São Carlos oferecem opções diversas, que incluem refeições com cardápios infantis, lanches com brindes criativos, sorvetes e muitas guloseimas. Entre tantas possibilidades, a garotada pode aproveitar os itens da Chiquinho Sorvetes, Fini, Ice by Nice, McDonald’s e Burguer King.
Sobre o Shopping Iguatemi São Carlos
O Iguatemi São Carlos é o segundo shopping da Iguatemi Empresa de Shopping Centers no interior de São Paulo. Inaugurado em setembro de 1997, consolidou-se como um polo de compras e entretenimento da cidade e região, reunindo o melhor do varejo nacional, opções gastronômicas diferenciadas, lazer e serviços.
Localizado no bairro Parque Faber, área nobre de São Carlos, são mais de 100 lojas que formam um mix completo para quem deseja realizar suas compras com comodidade e segurança. O shopping conta ainda com um cinema, desenvolve uma série de atividades culturais para toda a família e realiza iniciativas sociais para o município.
Na hora do almoço, o estacionamento do shopping é gratuito para todos que consumirem a partir de R$15 nas lojas de alimentação. A gratuidade aplica-se de segunda a sexta-feira, no período das 11h às 14h, exceto em feriados.
Mais informações você encontra no site do Iguatemi São Carlos: www.iguatemisaocarlos.com.br
Serviço
Shopping Iguatemi São Carlos
Endereço: Passeio dos Flamboyants, 200, São Carlos
Informações: www.iguatemisaocarlos.com.br
Horários:
Lojas – segunda-feira a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 20h.
Alimentação e restaurante – segunda-feira a domingo, das 11h às 22h.
SÃO CARLOS/SP - A Diretoria da ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) efetuou na manhã desta quarta-feira, 06, a entrega dos prêmios da campanha “Natal Premiado ACISC 2020”, que movimentou mais de R$ 7 milhões nas vendas de final de ano.
Neste ano, foram sorteados mais de R$ 270 mil em prêmios, divididos em 01 Apartamento da ADN Construtora com 01 veículo zero-quilômetro (Renault Kwid) na garagem; e mais 07 Patinetes Elétricos da MUUV. O sorteio foi auditado pela empresa RDL Auditoria.
Os ganhadores foram anunciados em sorteio realizado com restrições por conta da pandemia do novo coronavírus, na sede da ADN Construtora e Incorporadora, sendo transmitido ao vivo pela fanpage da entidade, no Facebook, e apresentado pela modelo, jornalista e apresentadora são-carlense, Adriana Colin. Mais de 142 mil cupons foram gerados durante a promoção.
José Fernando Domingues, presidente da ACISC, relata que essa foi mais uma campanha coroada de êxitos.
“A ACISC, pela sua credibilidade e transparência, sempre vem agregando cada vez mais, sempre em função de ajudarmos a nossa economia local e o nosso comércio. Estamos muito satisfeitos de estar entregando essas motos elétricas e é um prazer muito grande ver que os ganhadores foram de vários segmentos do nosso comércio”, destacou.
O primeiro sorteado foi Ivan Fábio Cordeiro. “Um prazer muito grande de fazer parte da campanha da Acisc e ser o primeiro sorteado no meio de tantos cupons. Agradeço a minha esposa que insistiu para que eu fizesse a compra de Natal e Ano Novo no Savegnago. Vamos começar o ano bem, depois de um ano muito difícil”, afirmou.
A ganhadora Lea Cristina Lucas de Souza, que comprou na Cristal Moda Íntima, também ganhou uma das sete motos elétricas. “Foi muito bom. Depois de um ano meio complicado, levanta o ânimo da gente”, contou. Ela também agradeceu a proprietária da loja, por ter incentivado a sua participação.
Bettina Herrmann comprou na loja Doces Tiquinho e também foi contemplada. “Foi bem legal quando fiquei sabendo. Um amigo me mandou uma mensagem porque não acompanhei o sorteio e demorei a ler a mensagem. A ACISC me ligou e fiquei muito surpresa”, contou.
Também bastante feliz, a consumidora Mariana Cristina Aracati relatou que concorreu com 80 cupons e o da Chicot foi o premiado. “Emocionante! Para mim foi especial, pois eu comprei minha árvore de Natal. Então veio com um presente de Natal inesperado”, relatou.
Ronaldo Mendes da Silva Micelli foi o terceiro sorteado. Ele relatou que o prêmio foi um presente de DEUS. “2020 foi um ano complicado e começar 2021 com um prêmio já é um sinal que a gente esteja começando com o pé direito. Minha esposa falou pra gente passar da Carrossel Modas para comprar e eu falei que não precisava, então, foi DEUS mesmo que nos deu esse prêmio”, relatou.
A ganhadora do prêmio mais esperado foi Patrícia Nastri Fernandes Nunes Caurin.
“Estava na minha casa, tranquila, quando recebi o telefonema da Adriana Colin, que me fez várias perguntas. Quando ela se identificou, já sabia o que significava, mas não imaginava que tinha sido esse prêmio maravilhoso, um apartamento da ADN com um carro zero na garagem. Fiquei muito feliz”, relatou.
Zelão ressalta que a ACISC já começa a pensar nas próximas campanhas. “A gente já começa a pensar no formato dos outros sorteios e das outras campanhas que teremos pela frente, sempre buscando ajudar a economia e o comércio local”, finalizou.
Participaram da campanha 594 lojas. Neste ano, a ACISC premiou a Carrossel Magazine por ter sido o estabelecimento que gerou o maior número de cupons da campanha. Jéssika Chinaglia Rodrigues, representante da loja, recebeu um patinete MUUV como premiação.
Confira os ganhadores dos prêmios da campanha Natal Premiado ACISC:
Patinetes Elétricos MUUV:
01-Ivan Fábio Cordeiro (Savegnago)
02-Mariana Cristina Aracati (Chicot)
03-Ronaldo Mendes da Silva Micelli (Carrossel Modas)
04-Emily Rosário Pereira (Savegnago)
05-Lea Cristina Lucas de Souza (Cristal Moda Íntima)
06-Lúcia Helena da Silva Cruz (Silvia Modas)
07-Bettina Herrmann (Doces Tiquinho)
Apartamento ADN Construtora com Carro Zero Km.:
Patrícia Nastri Fernandes Nunes Caurin (Nonna Pina)
SÃO CARLOS/SP - A ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) divulgou o horário de funcionamento do comércio de rua (centro e bairros) para o mês de Janeiro de 2021.
De segunda a sexta-feira, as lojas funcionam das 9h às 18h. Nos sábados, 09 e 16, a abertura do comércio será das 9h às 17h. Aos domingos o comércio de São Carlos ficará fechado.
A ACISC ressalta que está previsto para a próxima quinta-feira, 07 de janeiro, o anúncio da atualização do Plano São Paulo pelo governador estadual João Doria. Dependendo do que for anunciado, os horários poderão sofrer alterações.
A entidade lembra que o Horário do Comércio de São Carlos é definido pelos sindicatos da categoria, por meio de convenção coletiva, e somente colabora no sentido de divulgá-lo, não interferindo na decisão dos calendários.
Para reclamações e/ou sugestões sobre o horário do comércio, pede-se entrar em contato diretamente com os sindicatos responsáveis.
SÃO PAULO/SP - Após três dias na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo, onde somente podiam ser abertos os serviços considerados essenciais, a maior parte do estado de São Paulo volta, a partir de hoje (4), para a Fase 3-Amarela. A exceção é para a região de Presidente Prudente, que vai permanecer na Fase 1-Vermelha.
A medida vale, pelo menos, até o dia 7 de janeiro, quando o governo estadual deve anunciar uma nova classificação do Plano São Paulo. O governo já anunciou que nenhuma região do estado vai evoluir para a Fase 4-Verde em janeiro.
Por causa do grande aumento no número de casos, internações e mortes provocadas pelo novo coronavírus no mês de dezembro, o governo de São Paulo determinou que todos os 645 municípios do estado voltassem para a Fase Vermelha, a mais restritiva, entre os dias 25 e 27 de dezembro e entre os dias 1º e 3 de janeiro. Mas nem todos os municípios do estado respeitaram a determinação, permitindo a abertura do comércio e de serviços considerados não essenciais. Além disso, parte da população do estado também não respeitou a regra e promoveu ou participou de aglomerações em praias e até festas clandestinas no período.
Na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo só podem funcionar os serviços considerados essenciais nas áreas de abastecimento, segurança, transporte e saúde, como mercados, farmácias, postos de combustível, padarias e lavanderias. Já a Fase Amarela permite a reabertura de shoppings, bares, comércio de rua, academias, restaurantes, concessionárias, escritórios, eventos culturais e salões de beleza, mas com limite de 40% de sua capacidade e com horário de funcionamento restrito.
O Plano São Paulo é dividido em cinco fases, que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O plano divide o estado em regiões e cada uma delas é classificada em uma fase, dependendo de fatores como a capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.
*Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
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