ALEMANHA - A União Europeia (UE) está pressionando pelo estabelecimento de uma nova meta para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, testando a disposição de políticos e do público em todo o bloco para pagar por uma transição abrangente para tecnologias mais limpas em um momento de turbulência econômica.
A Comissão Europeia, braço executivo da UE, propôs legislação que exigiria uma redução de 90% nas emissões até 2040 em relação aos níveis de 1990, deixando de lado preocupações de alguns países do bloco, cujas empresas lidam com a alta dos custos de energia, mercados em queda e a ameaça de uma barreira tarifária dos EUA. Na semana passada, o presidente da França, Emmanuel Macron, sugeriu que uma decisão sobre o assunto fosse adiada.
As emissões da UE caíram 37% entre 1990 e 2023, em um indício dos enormes investimentos em tecnologia limpa que serão necessários para o bloco atingir a meta de 90%.
por Estadao Conteudo
IRÃ - Na quinta-feira (10), o jornal britânico 'The Telegraph' publicou um artigo que revela um suposto esquema do Irã para sequestrar e matar "indivíduos judeus proeminentes" na Grã-Bretanha.
Citando um relatório do Comitê de Inteligência e Segurança (ISC), grupo parlamentar encarregado de supervisionar as agências de espionagem do Reino Unido, a publicação relata que houve um "aumento acentuado" na "ameaça física" representada aos críticos do regime.
Os serviços de inteligência iranianos frequentemente usam agentes terceirizados para "tentar assassinatos" dentro do Reino Unido, alertou o relatório.
O relatório descreveu a ameaça do Irã como “persistente e – crucialmente – imprevisível”.
De acordo com a inteligência do Reino Unido, os serviços de segurança do Irã frequentemente tentam atrair alvos sequestrados para um terceiro país – provavelmente no Oriente Médio – e depois os mandam à força ao Irã. Os espiões iranianos também criaram identidades falsas online.
O relatório coletou evidências de agosto de 2021 a agosto de 2023, o que significa que suas descobertas não abrangem o desmantelamento por Israel dos representantes de Teerã no Hamas e no Hezbollah, nem a guerra do mês passado, na qual Israel eliminou grande parte da principal liderança militar do Irã, prejudicou suas defesas aéreas e realizou ataques às suas instalações nucleares.
A publicação destacou que as conclusões do relatório de 230 páginas, incluindo as atividades secretas do regime iraniano em solo britânico, "permanecem relevantes", dizia uma introdução.
Fontes de agências de inteligência britânicas disseram ao comitê que o Irã estaria "no topo da lista" em termos de ameaças ao Reino Unido. A diretoria executiva do Ministério do Interior disse que a ameaça física a indivíduos era "agora o maior nível de ameaça que o país enfrenta por parte do Irã".
O relatório afirma: “Desde o início de 2022, houve um aumento significativo na ameaça física representada pelo Irã aos residentes no Reino Unido. A ameaça aumentou significativamente, tanto em ritmo quanto em número. A ameaça concentra-se principalmente em dissidentes e outros opositores do regime. Há também uma ameaça crescente contra interesses judaicos e israelenses no Reino Unido.”
E acrescentou: “Houve pelo menos 15 tentativas de assassinato ou sequestro contra cidadãos britânicos ou indivíduos residentes no Reino Unido desde o início de 2022.”
Fontes na comunidade de inteligência elaboraram que a ameaça iraniana estava principalmente “relacionada a organizações de mídia, mas também há [a] ameaça a dissidentes associados a partidos políticos que são vistos como oposição ao regime iraniano e também, ocasionalmente, a indivíduos judeus proeminentes”.
Ataques iranianos à Grã-Bretanha
Em maio, quatro iranianos foram presos sob acusações de terrorismo. Um plano separado para atacar a embaixada israelense em Londres resultou na detenção de outros quatro iranianos.
O Iran International, um meio de comunicação crítico ao regime, suspendeu temporariamente suas operações em 2023 após uma série de ameaças a funcionários.
Pouria Zeraati , apresentadora do canal em Londres, foi atacada com uma faca no ano passado. Dois romenos foram presos, supostamente trabalhando para o regime iraniano.
Entre 2015 e 2019, o Irã matou quatro dissidentes na Europa – dois na Holanda e dois na Turquia, incluindo um cidadão britânico-iraniano.
O relatório não expressou uma opinião sobre se o governo britânico deveria proibir o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), dizendo apenas que o assunto deveria ser estudado.
por Rafael Damas
EUA - O nome Orkut voltou a agitar as redes sociais brasileiras na quarta-feira (9), reacendendo a nostalgia de uma geração que passou boa parte da adolescência entre scraps, depoimentos e comunidades como “Eu odeio acordar cedo” e “Tenho preguiça até de ter preguiça”. A expectativa foi alimentada por uma antiga promessa de seu criador, o engenheiro turco Orkut Büyükkökten.
Embora a declaração mais recente sobre o possível retorno da plataforma seja de 2022, a movimentação online foi suficiente para levar “Orkut” e “Orkut vai voltar” aos trending topics. O texto, publicado no site oficial da rede social, ainda está no ar e afirma que a equipe está “trabalhando duro para trazer o Orkut de volta”.
“Estamos construindo algo novo e mágico. Algo que coloca a comunidade em primeiro lugar. Onde você é mais do que um número, um algoritmo ou um alvo de anúncios”, diz o criador, sem oferecer prazos ou detalhes sobre o formato da nova versão.
Nas redes, o clima é dividido entre empolgação e ceticismo. Enquanto alguns dizem que “só voltam se puder ver quem visitou o perfil”, outros comemoram a chance de reviver os tempos de “me adiciona que eu te adiciono”.
O futuro da plataforma, no entanto, ainda é nebuloso. Não se sabe se os dados dos antigos perfis serão recuperados ou se o Orkut começará do zero. Após o fim da rede, em 2014, o Google disponibilizou por tempo limitado o download dos arquivos de usuários — muitos não conseguiram recuperar suas informações.
O Orkut foi desativado oficialmente há mais de uma década, quando perdeu espaço para concorrentes como o Facebook. No auge, chegou a reunir cerca de 30 milhões de usuários no Brasil, seu principal mercado.
Depois do encerramento, Büyükkökten tentou lançar outra rede social, a Hello Network, com proposta semelhante. O projeto, no entanto, não deslanchou e foi encerrado em 2022 — o mesmo ano da última publicação sobre o retorno do Orkut, que desde então permanece sem atualizações.
Mesmo assim, o criador mantém um campo no site oficial para quem quiser deixar o e-mail e receber novidades.
por Notícias ao Minuto
ESPANHA - O mês de junho de 2025 foi o mais quente já registrado na Europa Ocidental, com duas intensas ondas de calor que atingiram a região entre os dias 17 e 22 e a partir de 30 de junho. O alerta foi feito pelo programa Copernicus, da União Europeia, especializado no monitoramento das mudanças climáticas.
De acordo com Samantha Burgess, climatologista do serviço, os eventos foram "excepcionais" e tendem a se tornar mais frequentes e severos com o avanço do aquecimento global. Durante o período, vários países ultrapassaram regularmente os 40 °C, com registros de até 46 °C em regiões da Espanha e de Portugal.
O dia 30 de junho, em especial, foi apontado como um dos mais quentes da história do verão europeu. Na região ao norte de Lisboa, o Índice Climático Térmico Universal — que leva em conta umidade e vento — chegou a 48 °C, representando um nível extremo de estresse térmico para os seres humanos.
Além do calor em terra firme, o Mediterrâneo Ocidental enfrentou uma onda de calor marinha. A temperatura da superfície do mar bateu 27 °C em média no último dia do mês, um novo recorde. Segundo o Copernicus, isso aumentou a umidade do ar e dificultou o resfriamento noturno nas áreas costeiras, intensificando o desconforto térmico.
Em escala global, junho de 2025 foi o terceiro mais quente da história, atrás apenas de junho de 2024 e muito próximo de junho de 2023. Estimativas da agência France-Presse com base nos dados do Copernicus indicam que cerca de 790 milhões de pessoas em 12 países — entre eles Japão, Coreia do Sul, Paquistão e Tajiquistão — viveram o junho mais quente já registrado.
Um relatório divulgado em abril pelo Copernicus em parceria com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) já havia antecipado o agravamento das temperaturas na Europa. Quase metade do continente bateu recordes anuais de calor em 2024, e cerca de 60% enfrentou mais dias do que a média sob "estresse térmico forte".
O documento também destacou que o número de dias com estresse térmico forte, muito forte ou extremo foi o segundo maior da história do continente.
por Notícias ao Minuto
SÃO PAULO/SP - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pela sobretaxa de 50% imposta aos produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. O petista concedeu entrevistas à TV Record e ao Jornal Nacional, da TV Globo.
"O ex-presidente da República (Jair Bolsonaro) deveria assumir a responsabilidade, porque ele está concordando com a taxação do Trump ao Brasil. Aliás, foi o filho dele (Eduardo Bolsonaro) que foi lá fazer a cabeça do Trump, que começa uma carta tentando fazer um julgamento de um processo que está na mão da Suprema Corte, um processo que não tem julgamento político", declarou Lula à Record.
Durante a entrevista, o presidente exigiu respeito à Justiça nacional. Lula ressaltou que os pedidos de Eduardo de interferências e sanções ao Supremo Tribunal Federal (STF) - tentando conseguir anistia para seu pai na ação penal na qual o ex-presidente é réu sob a acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado - são um ataque à soberania do País.
"Se o que o Trump fez no Capitólio ele tivesse feito no Brasil, ele estaria sendo processado, como o Bolsonaro, e com risco de ser preso", declarou o petista.
O presidente disse ainda que pensou que a carta de Trump que comunicou a taxação fosse falsa, uma vez que o documento foi enviado via a rede social que pertence ao político.
O texto, redigido pelo americano, cita decisões judiciais brasileiras que pedem remoção de conteúdo de plataformas dos EUA e as classifica como "ordens de censura secretas e ilegais". Sobre isso, Lula disse que, "no Brasil, quem estabelece as regras é o Congresso e o Poder Judiciário". "Ele (Trump) não pode ficar dizendo que o Brasil não pode fazer nada com as empresas que não respeitam a legislação."
Cristina kirchner
Ao Jornal Nacional, Lula classificou a medida dos EUA como "inaceitável" e uma "intromissão" no Brasil. "Isso aqui tem Justiça e a gente está fazendo um processo com presunção de inocência", afirmou o presidente, que foi questionado também pela visita que fez recentemente à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner.
Cristina Kirchner, que está em prisão domiciliar, condenada por corrupção, recebeu a visita de Lula durante a cúpula do Mercosul, em Buenos Aires. A iniciativa do petista foi considerada também por críticos como uma intromissão nos assuntos internos do país vizinho. O presidente brasileiro destacou que obteve autorização da Justiça da Argentina para o encontro. "Fui fazer uma visita humanitária", afirmou Lula.
Decano do STF, o ministro Gilmar Mendes defendeu na noite de ontem a atuação da Corte e disse que o Brasil representa um capítulo inédito "na história da resistência democrática". O ministrou publicou nota nas redes sociais. Segundo ele, as decisões judiciais no estado democrático de direito são respostas "aos riscos factuais de violação da ordem jurídica".
Na carta que anunciou a tarifa contra o Brasil, Trump disse que Bolsonaro é vítima de uma "caça às bruxas" e que o STF emitiu "centenas de ordens de censura" contra plataformas de mídia social dos Estados Unidos.
Gilmar defendeu as ações do STF argumentando que nenhuma outra democracia contemporânea enfrentou ataques aos três Poderes como o Brasil. "Uma tentativa de golpe de Estado em plena luz do dia, orquestrada e planejada por grupos extremistas que se valeram indevidamente da imunidade irrestrita das redes sociais", escreveu o ministro no X.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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