Jornalista/Radialista
UCRÂNIA - O alto comissário alertou que a Ucrânia é uma nação "que luta para sobreviver", salientando que "pessoas em todo o país enfrentam um enorme sofrimento e perda".
O número de mortos e de feridos confirmados como consequência da guerra na Ucrânia é apenas "a ponta do icebergue", segundo revelou esta sexta-feira o alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk. De acordo com o responsável, a violação de direitos humanos naquele país invadido pela Rússia tornou-se "escandalosamente habitual".
"Depois de 13 meses de guerra da Federação Russa contra a Ucrânia, graves violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional tornaram-se escandalosamente habituais", disse Türk, durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, citado pela agência Reuters.
O alto comissário alertou que a Ucrânia é uma nação "que luta para sobreviver", salientando que "pessoas em todo o país enfrentam um enorme sofrimento e perda".
Na verdade, a delegação apurou que mais de 8.400 civis morreram e mais de 14 mil ficaram feridos desde o brotar do conflito.
"Estes números são apenas a ponta do icebergue", disse, complementando que "a maioria das mortes foram resultado do uso de armas explosivas de grande impacto pelas forças russas em zonas residenciais".
Türk salientou ainda que "a guerra destrutiva afasta a ONU da sua atuação para construir soluções e garantir a sobrevivência" das pessoas, considerando que a guerra travada entre a Rússia e a Ucrânia é uma "loucura que deve terminar" com a procura pela paz, tendo em conta a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.
PARIS – O presidente da França, Emmanuel Macron, irá à China na próxima semana para uma rara visita à superpotência, em um embaraçoso ato de equilíbrio entre suas ambições de estadista global e sua luta para conter protestos contra reforma da previdência dentro de seu país.
O líder da França, cuja decisão de forçar a contestada legislação previdenciária no parlamento no início deste mês provocou confrontos e violência nas cidades francesas, está tentando manter sua ocupada agenda diplomática nos trilhos.
Mas as cenas caóticas de pilhas de lixo queimando em Paris, que foram transmitidas para todo o mundo, já obrigaram Macron a cancelar uma visita de Estado do rei britânico Charles, um constrangimento que não passou despercebido nos círculos diplomáticos.
“É uma coisa muito prestigiosa receber a primeira visita do rei da Inglaterra ao exterior, não acontece todos os dias. Se você não conseguir, é um problema”, disse o embaixador de um país europeu à Reuters.
“Está claro que ele está enfraquecendo”, afirmou outro diplomata da União Europeia. “É difícil medir o impacto, mas ele existe.”
Os protestos, que farão com que os sindicatos realizem uma 11ª greve nacional durante o período de Macron em Pequim, ocorrem no momento em que o presidente francês tenta recuperar a iniciativa sobre a guerra na Ucrânia e desempenhar um papel de liderança na Europa.
Isso não escapou aos observadores chineses.
“Os protestos trazem uma grande quantidade de risco e a França precisa de um destaque diplomático, especialmente porque quer desempenhar o papel de líder da Europa”, disse Wang Yiwei, diretor do Centro de Estudos Europeus da Universidade Renmin, na China.
Macron também precisará ter em mente a tática da China de dividir para governar, disse um diplomata não ocidental que sugeriu que a China pode tentar usar a viagem para colocar uma rixa no campo ocidental e distanciar a França dos Estados Unidos.
De sua parte, Macron quer enviar um aviso claro a seu colega Xi Jinping, que foi recebido no Kremlin pelo presidente russo Vladimir Putin neste mês, de que a Europa não aceitará que a China forneça armas à Rússia, agora com um ano de invasão da Ucrânia.
“Nossa mensagem será clara: pode haver uma tentação de se aproximar da Rússia, mas não ultrapasse essa linha”, disse um importante diplomata francês.
Analistas dizem que a decisão de Putin de posicionar armas nucleares em Belarus pode oferecer uma oportunidade para a França pressionar a China a se distanciar da Rússia neste ponto, já que Pequim há muito condena a proliferação nuclear.
“A França é uma potência nuclear, tem esta carta para jogar”, afirmou Antoine Bondaz, do think tank francês FRS.
Reportagem de Michel Rose, John Irish em Paris e Laurie Chen em Pequim / REUTERS
AUSTRÁLIA - Max Verstappen deu o primeiro passo rumo à sua primeira vitória no GP da Austrália: garantiu a pole position da etapa, na madrugada deste sábado (tarde, no horário local). O holandês anotou 1m16s732 para fazer sua 22ª aparição na posição de honra do grid, tendo George Russell e Lewis Hamilton, da Mercedes, em segundo e terceiro.
A sessão foi marcada ainda pela batida de Sergio Pérez, que começou o dia com o pé esquerdo e sofreu sucessivos problemas ainda no treino livre. Eliminado no Q1, o mexicano largará em 20º neste domingo.
Em termos de disputa, Verstappen foi inalcançável nos dois primeiros segmentos, controlando com autoridade o ritmo diante da ineficiência das rivais para tentar superá-lo. Quem mais chegou perto foi a Aston Martin de Fernando Alonso, no top três das etapas da sessão.
No entanto, o holandês se queixou de problemas em sua bateria e marcha no Q3, quando Mercedes e Ferrari se revezaram no posto de "terceira força" da classificação e, junto com a vice-líder Aston Martin, vieram com mais força. O trio de equipes registrou uma diferença microscópica para a RBR, de 0s086 a 0s009. Max, entretanto, multiplicou sua vantagem, abrindo meio segundo de diferença ao resto.
A Aston Martin, figurinha carimbada nos flancos da RBR, ficou fora da primeira fila após o começo de ano promissor como segunda força do campeonato. Mercedes, por outro lado, teve que esperar cinco meses para retornar à dianteira de um grid inicial: desde a dobradinha na pole de George Russell no GP de São Paulo, em novembro passado. É a terceira vez que Russell se classifica à frente de Hamilton.
Das equipes menores, destaque para a Haas e Williams em um top dez diverso, com sete equipes diferentes. Os dois times foram trazidos ao Q3 por Nico Hulkenberg e Alexander Albon, respectivamente - no caso do alemão, pela segunda vez nesta temporada.
A McLaren, por outro lado, amarga mais um fim de semana ruim neste início de temporada. O time veio do terceiro treino livre com problemas na embreagem de Lando Norris, não conseguiu avançar do Q1 com Oscar Piastri e ficou fora de vez no Q2, com o britânico do carro de número 4. O time ocupa a lanterna do campeonato de construtores, sem pontos.
Grid de largada do GP da Austrália
Posição | Piloto | Tempo |
1º | Max Verstappen (RBR) | 1m16s732 |
2º | George Russell (Mercedes) | 1m16s968 (+0s2) |
3º | Lewis Hamilton (Mercedes) | 1m17s104 (+0s3) |
4º | Fernando Alonso (Aston Martin) | 1m17s139 (+0s4) |
5º | Carlos Sainz (Ferrari) | 1m17s270 (+0s5) |
6º | Lance Stroll (Aston Martin) | 1m17s308 (+0s5) |
7º | Charles Leclerc (Ferrari) | 1m17s369 (+0s6) |
8º | Alexander Albon (Williams) | 1m17s609 (+0s8) |
9º | Pierre Gasly (Alpine) | 1m17s675 (+0s9) |
10º | Nico Hulkenberg (Haas) | 1m17s735 (+1s) |
11º | Esteban Ocon (Alpine) | 1m17s768 |
12º | Yuki Tsunoda (AlphaTauri) | 1m18s099 |
13º | Lando Norris (McLaren) | 1m18s119 |
14º | Kevin Magnussen (Haas) | 1m18s129 |
15º | Nyck de Vries (AlphaTauri) | 1m18s335 |
16º | Oscar Piastri (McLaren) | 1m18s517 |
17º | Guanyu Zhou (Alfa Romeo) | 1m18s540 |
18º | Logan Sargeant (Williams) | 1m18s557 |
19º | Valtteri Bottas (Alfa Romeo) | 1m18s714 |
20º | Sergio Pérez (RBR) | Sem tempo |
Por Redação ge
SÃO PAULO/SP - Hoje (31) é celebrado o Dia Internacional da Visibilidade Trans, que visa combater o preconceito e o estigma direcionados a indivíduos cuja identidade de gênero não corresponde ao sexo biológico.
Essa não identificação gera um enorme desconforto com seus corpos, o que por sua vez ocasiona sérios problemas psicológicos, incluindo estresse, ansiedade, depressão e até suicídio.
Estudos apontam que as cirurgias de redesignação sexual e as cirurgias plásticas possuem um papel muito importante na garantia de qualidade de vida e bem-estar dessas pessoas, reduzindo significativamente a probabilidade de procurarem tratamentos para transtornos mentais.
De acordo com o cirurgião plástico e membro titular da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), Dr. Daniel Sundfeld Spiga Real, a cirurgia de redesignação sexual, mais conhecida como cirurgia de mudança de sexo, é realizada pelo Sistema Único de Saúde desde 2008, conforme estabelecido pela Portaria nº 457/2008. O procedimento é considerado uma medida de saúde pública e deve ser realizado de forma gratuita pelo SUS.
“Para solicitar a cirurgia de redesignação sexual pelo SUS, a pessoa interessada deve procurar um serviço de saúde que realize o acompanhamento de transexualidade e solicitar a avaliação de uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de diversas áreas, como psicólogos, psiquiatras e endocrinologistas. Eles irão avaliar a situação e determinar se a pessoa preenche os critérios necessários para a cirurgia”, explica.
Dr. Daniel Sundfeld ressalta que a procura por esse tipo de procedimento tem aumentado no Brasil e em nossa região, mas a disponibilidade de serviços públicos varia de acordo com a localidade. “Em geral, as cirurgias de mudança de sexo são realizadas em hospitais universitários ou em clínicas privadas credenciadas. Elas também ocorrem pelos planos de saúde”, menciona.
O cirurgião plástico lembra que para aprovar a cirurgia de mudança de sexo são levados em consideração diversos fatores, dentre eles: o diagnóstico de transtorno de identidade de gênero, o acompanhamento psicológico e médico, a idade mínima de 18 anos, a capacidade de compreender as implicações da cirurgia e as consequências permanentes do procedimento.
“Como em qualquer cirurgia há riscos envolvidos, como infecções, hemorragias e complicações anestésicas. Existem também riscos específicos a cada procedimento, que devem ser discutidos muito bem antes da realização. No entanto, a taxa de sucesso é alta e a maioria dos pacientes experimenta uma melhoria significativa na qualidade de vida após a cirurgia”.
Segundo o Dr. Daniel Sundfeld, o acompanhamento psicológico é fundamental nesse processo, pois a mudança de sexo é algo complexo; envolve a adaptação de novas identidades de gênero e pode ter um impacto significativo na saúde mental e emocional do paciente. Esse acompanhamento ajuda a garantir que o paciente esteja emocionalmente preparado para a cirurgia e tenha habilidades e recursos para lidar com as mudanças que ocorrerão em sua vida após a cirurgia.
“As cirurgias plásticas também são importantes para a qualidade de vida das pessoas que optaram pela mudança de sexo, pois podem ajudar a adequar a aparência física ao gênero desejado. Esses procedimentos incluem a cirurgia de redução ou aumento de mamas, a cirurgia de redesignação genital, a feminização ou masculinização facial, entre outras”, enumera.
Por fim, o cirurgião plástico destaca: “A mudança de sexo não é uma escolha simples ou fácil. Ela envolve um processo complexo e demorado, que requer muita cooperação e sensibilidade da equipe multiprofissional e dos pacientes que pretendem realizar, posto que alguns procedimentos são altamente complexos e com muitas complicações, devendo sempre estarem ressaltados os riscos e benefícios”, completa.
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