SÃO PAULO/SP - O agronegócio paulista registrou um desempenho expressivo nos oito primeiros meses do ano, com um superávit de US$ 14,76 bilhões no período. O saldo positivo decorre de exportações que somaram US$ 18,62 bilhões e de importações que totalizaram US$ 3,86 bilhões. O resultado se destaca principalmente por ser o primeiro levantamento do desempenho do comércio exterior de São Paulo após a decisão dos Estados Unidos de acrescentar tarifas às importações brasileiras, em agosto.
Apesar de o Brasil estar sofrendo pressões tarifárias dos EUA, o agronegócio do estado de São Paulo demonstrou resiliência, mantendo o superávit e elevando exportações estratégicas. A análise mostra que, entre janeiro e agosto de 2025, o agronegócio respondeu por 40,4% das exportações paulistas e por 6,7% das importações do estado, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta).
“O crescimento foi alavancado pelo café e a carne, demonstrando que a produção de São Paulo é diversificada e está preparada para possíveis períodos de instabilidade. O Estado de São Paulo trabalha sempre com o compromisso de gerar oportunidades de crescimento para o produtor paulista e o resultado do superávit da balança comercial é uma prova da seriedade da gestão”, comenta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
De janeiro a agosto de 2025, as exportações do agronegócio paulista foram concentradas em cinco grandes grupos de produtos. O complexo sucroalcooleiro liderou a pauta, com participação de 29,3% e valor de US$ 5,45 bilhões, sendo a maior parte composta por açúcar (92,2%) e o restante por etanol (7,8%). Em seguida vieram as carnes, que representaram 14,5% das vendas externas, somando US$ 2,69 bilhões, com destaque para a carne bovina, responsável por 84,4% desse total.
Os produtos florestais ocuparam a terceira posição, respondendo por 10,7% das exportações e alcançando US$ 1,98 bilhão, divididos principalmente entre celulose (53,9%) e papel (36,7%). O complexo soja participou com 10,5%, registrando US$1,95 bilhão, dos quais 81% correspondem à soja em grãos e 13% ao farelo. Já os sucos, quase integralmente suco de laranja (97,6%), representaram 10,3% do total, com valor de US$ 1,91 bilhão.
Vale destacar que as variações de valores, em comparação com o mesmo período do ano passado, apontaram aumentos das vendas para os grupos de café (+44,5%), carnes (+27,8%), sucos (+7,8%), e quedas nos grupos de complexo sucroalcooleiro (-34,6%), produtos florestais (-3,2%) e complexo soja (-2,1%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.
Os principais destinos do agronegócio paulista seguem os mesmos, sendo a China o maior mercado, com 24,3% de participação, adquirindo principalmente produtos do complexo soja, carnes, açúcar e florestais. Na sequência vem a União Europeia, que corresponde 14,3% de tudo que é exportado, sendo os principais itens sucos, café, produtos florestais e demais produtos de origem vegetal. E o terceiro destino segue sendo os Estados Unidos, responsáveis por adquirir 13,4% dos produtos, comprando sucos, carnes, demais produtos de origem animal, florestais, café, sucroalcooleiro e demais produtos de origem vegetal.
“A produção de São Paulo é diversificada e temos destinos variados para nossos embarques. Essa característica torna São Paulo mais preparado para períodos de instabilidade internacional como o atual”, comenta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
O agronegócio paulista manteve destaque no cenário nacional, respondendo por 16,7% das exportações do setor no Brasil, ocupando a 2ª posição, atrás de Mato Grosso (17,7%) e à frente de Minas Gerais (11,5%).
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o agronegócio brasileiro exportou US$ 111,69 bilhões (49,1% do total nacional) e importou US$13,49 bilhões, alta de 5,1%. O setor segue essencial para equilibrar a balança comercial do país.
Por meio do Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS), o Governo de São Paulo intensificou a compra pública de café das cooperativas paulistas. Até o momento, em 2025, já foram adquiridas 8 toneladas do grão torrado e moído e a expectativa é que até o final do ano as compras possam chegar a R$ 1 milhão. Estes produtos abastecem hospitais, escolas, penitenciárias e outros prédios da administração pública.
Além das compras públicas, o Estado adota ações complementares de apoio ao setor, como a disponibilização de crédito especial para exportadores, via Desenvolve SP, e a liberação de crédito de ICMS para aliviar custos financeiros dos produtores e cooperativas. Outro ponto de suporte aos produtores é a abertura de novos mercados consumidores para os produtos paulistas.
GOVERNO DE SP
SÃO CARLOS/SP - O Sebrae for Startups abriu inscrições na região de São Carlos para a nova edição do Speed Agro, programa de aceleração gratuito que vai apoiar Agtechs (startups que desenvolvem e aplicam tecnologias inovadoras ao agronegócio) na estruturação de produtos, modelos de negócio e estratégias de vendas, além de ampliar a presença dessas empresas em mercados estratégicos. O programa ocorrerá de outubro de 2025 a maio de 2026. Os interessados podem se inscrever até dia 14 de setembro, neste link.
Serão selecionadas até 30 startups de todo o Estado de São Paulo que terão acesso a mentorias especializadas, workshops, visitas técnicas, rodadas de negócios e feiras do setor, oportunidades que abrem portas para novas parcerias e expansão comercial. Podem se inscrever Agtechs com CNPJ no Estado, modelo de negócio validado, faturamento médio de R$ 5 mil nos últimos seis meses e pelo menos um sócio atuando em tempo integral.
Benefícios do programa
O Speed Agro é um programa do Sebrae for Startups, iniciativa do Sebrae-SP de apoio a startups e ambientes de inovação. São oferecidos vários benefícios para os participantes, tais como meetups em cinco cidades estratégicas do corredor do agronegócio e conexão com mais de 60 parceiros.
As startups ainda contam com exposição gratuita em feiras como Agrishow, Expocitrus, GAFF, Hortitec e Expopinda, além de preparação para captação de investimentos. Outro diferencial é a possibilidade de realizar testes em campo por meio do Farmlab da Agnest, em Campinas, e o acesso à rede de mentores e a 150 Agentes Locais de Inovação (ALI Rural).
As empresas participantes da edição anterior registraram 20% de aumento no faturamento, 17% de crescimento na base de clientes, 9% de evolução em maturidade de negócios e mais de R$ 10 milhões em negócios gerados durante feiras.
Uma das visitas técnicas da edição foi realizada em São Carlos, quando os empreendedores conheceram a Embrapa, o ParqTec, o Onovolab e fazendas da cidade. A iniciativa promoveu a aproximação entre startups do setor agro e o ecossistema de inovação, ampliando oportunidades de conexão e parcerias estratégicas.
“O Speed Agro conecta startups a quem realmente pode abrir portas. No último encontro em São Carlos, vimos negócios e parcerias surgirem com produtores rurais, universidades, unidades Embrapii, ambientes de inovação e investidores. As duas unidades locais Embrapa – Instrumentação e Pecuária Sudeste – foram procuradas por startups que desejavam avançar em pesquisas e no desenvolvimento de tecnologias, evidenciando o papel estratégico do programa para fortalecer o agronegócio a partir da nossa região”, destacou Ícaro Spaziani Tiberti, gestor de inovação do Escritório Regional do Sebrae-SP em São Carlos.
Segundo ele, o programa atua nas principais dores das Agtechs, que geralmente estão ligadas à estratégia comercial. “Muitas possuem tecnologias altamente inovadoras, mas encontram dificuldades em acessar novos mercados ou estruturar canais de venda escaláveis. O programa vem justamente para eliminar esses gargalos, oferecendo ferramentas práticas e mentorias especializadas para que as startups consigam transformar inovação em crescimento sustentável e geração de negócios”, afirmou.
A edição 2025/2026 do Speed Agro traz novamente a oportunidade para Agtechs se conectarem ao ecossistema do agro paulista e alavancarem seus negócios.
Serviço
Speed Agro
Período: outubro de 2025 a maio de 2026
Inscrições até: 14 de setembro de 2025
Mais informações e inscrições: SPEED AGRO | SEBRAE FOR STARTUPS
SÃO PAULO/SP - Com foco na modernização de máquinas no campo e no fortalecimento da agricultura familiar, o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, firmou novos convênios com cooperativas de crédito para expansão do FEAP Pró-Trator e Implementos. As parcerias foram oficializadas com o Banco Cooperativo Sicredi, o Banco Cooperativo Sicoob e a Cooperativa Central de Crédito Cresol Baser.
Com os novos convênios, as cooperativas passam a operar as linhas de crédito do programa, realizando a análise das propostas, a liberação dos recursos e a aplicação direta do subsídio sobre o saldo devedor do financiamento.
“O governo de SP quer apoiar o produtor a reduzir o custo final do financiamento, o que facilita o acesso a máquinas e equipamentos, promovendo a modernização e o aumento da produtividade no campo”, comenta o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai.
O Pró-Trator é uma linha de crédito rural criada para facilitar a aquisição de tratores e implementos por pequenos e médios produtores paulistas. A principal vantagem do programa é o subsídio de 50% da taxa de juros pelo Estado — ou seja, metade da taxa Selic em vigor é custeada pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP).
Outro diferencial é o limite de financiamento de até R$ 50 mil por produtor, o que garante maior capilaridade e permite atender um número maior de beneficiários em todas as regiões do estado. Os recursos podem ser utilizados para a compra de tratores novos, de fabricação nacional, com potência de até 125 cavalos.
Governo de SP
Soluções amparadas pela Inteligência Artificial podem aumentar a produtividade, reduzir desperdícios e tornar as práticas agrícolas mais sustentáveis com tomadas de decisões mais eficientes, embasadas em dados
SÃO PAULO/SP - Nos últimos 40 anos, o Brasil saiu da condição de importador para se tornar um grande provedor de alimentos para o mundo. Ao longo dessas quatro décadas, ocorreram diversas revoluções. Passamos pelo processo de mecanização, acompanhamos a ascensão da soja como um dos pilares da economia brasileira, vimos crescer o protagonismo do Cerrado e, mais recentemente, o avanço tecnológico com a agricultura 4.0.
Agora estamos diante de mais um importante momento que já é realidade em muitas propriedades e agroindústrias com a adoção da Inteligência Artificial na gestão. Essa ferramenta poderosa colabora com o aumento da produtividade, reduz o desperdício e torna as práticas agrícolas mais sustentáveis. “Embora ainda existam barreiras de adesão e entendimento sobre o uso dessas ferramentas, o potencial da IA para transformar a agricultura é imenso e pode garantir uma produtividade maior, trazendo impactos extremamente positivos para as gerações futuras”, destacou Michel Breyer, product owner Senior Agro.
A IA pode ser e já está sendo aplicada em diversas áreas na produção agropecuária, ajudando a identificar padrões e realizar diagnósticos em tempo real. Além disso, o uso da tecnologia permite monitorar com maior precisão as grandes áreas de cultivo e apoia os agricultores na gestão de seus cultivos, contribuindo para a tomada de decisões sobre plantio e colheita. Algoritmos de visão computacional podem identificar também pragas, doenças e estresse hídrico nas plantas, gerando respostas rápidas e precisas.
Com a utilização de sensores IoT, é possível ainda a coleta de dados sobre a umidade do solo, temperatura e outros parâmetros ambientais. Estes, que são analisados por IA, podem prever as necessidades das plantas e otimizar o uso de insumos como fertilizantes e defensivos, reduzindo desperdícios.
O clima é outro fator no campo que o produtor não consegue controlar, mas, com a adoção de tecnologias, já é possível reduzir seus impactos. Neste contexto, a IA pode ser utilizada na previsão das condições climáticas de curto e longo prazo de maneira localizada, identificando eventos extremos, como secas ou geadas. Com essas informações, é possível planejar as atividades de plantio, irrigação, colheita e proteção das lavouras com mais precisão.
De acordo com Breyer, a Senior Agro, por exemplo, já disponibiliza algumas ferramentas que utilizam a Inteligência Artificial para auxiliar a tomada de decisão. Entre as soluções da empresa, destaque para a Agro Check, que possui algoritmos que ajudam a identificar anomalias na classificação de grãos, apontando pontos fora do padrão. “Também estamos com a IA generativa em diversas frentes, com dados embasados nessa tecnologia que geram os insights. Além disso, as nossas soluções encurtam os caminhos da gestão, ajudam na redução de custos e geram mais transparência para os clientes”, acrescentou o profissional.
Outras aplicações
A IA tem a capacidade de analisar grandes volumes de dados, como históricos de produção, preços de mercado e tendências, para fornecer informações que ajudam a tomar decisões mais assertivas. Isso pode incluir desde a escolha da melhor variedade de sementes até o momento ideal para venda de sua produção. Esta é também uma ferramenta que pode gerar um grande salto na automação. Isso porque equipamentos agrícolas que funcionam com IA podem operar sem intervenção humana, realizando tarefas como plantio, colheita e distribuição de insumos de forma totalmente autônoma.
Na parte da gestão financeira, ferramentas baseadas em IA podem gerar importantes benefícios. Somado a isso, já é realidade a solução que permite a análise detalhada dos custos de produção e a rentabilidade das diferentes culturas, auxiliando os produtores e agroindústrias nas finanças.
Desafios a superar
Embora as inovações, tecnologias e ferramentas amparadas pela IA tenham grande potencial, ainda há importantes barreiras a serem superadas. No agronegócio, desafios como a falta de precisão no monitoramento da saúde das plantações, dificuldades em gerenciar estoques e insumos, além da desorganização fiscal e financeira, limitam o crescimento e a eficiência de muitas operações.
“Esses problemas resultam em custos elevados, desperdícios e menor produtividade, além de gerar riscos de não conformidade com exigências legais, que podem comprometer tanto a operação quanto a reputação do negócio. No entanto, o avanço da tecnologia tem possibilitado uma transformação significativa no setor. Soluções baseadas em inteligência artificial e gestão integrada oferecem aos produtores uma visão mais estratégica e detalhada de todo o ciclo produtivo”, ressalta Michel Breyer.
“Com a IA e soluções avançadas, é possível acompanhar as condições nutricionais das plantações em tempo real, organizar processos fiscais e contábeis com maior eficiência e planejar o cultivo de maneira centralizada, otimizando recursos, reduzindo perdas, e gerando resultados mais competitivos”, finaliza.
SÃO PAULO/SP - O governador Tarcísio de Freitas autorizou, nesta quinta-feira (12), no Palácio dos Bandeirantes, um pacote de ações para o agronegócio paulista. Somados, os investimentos chegam a R$ 340 milhões, distribuídos em iniciativas como linha de crédito para irrigação, fundo de investimento para modernizar a infraestrutura logística do setor e a criação de um centro de pesquisas dedicado à citricultura.
“Hoje é o dia de celebrar o agronegócio pujante, tecnificado, diversificado e que nos enche de orgulho. E a melhor maneira de homenagear o agronegócio é trabalhar por ele”, afirmou o governador. “Agora a gente aporta dinheiro com a Desenvolve SP (agência de fomento) e a iniciativa privada vem. Isso é mais um instrumento de financiamento, ou seja, a gente começa a utilizar o mercado de capitais para financiar o agronegócio e isso vai nos dando mais autoridade”, completou.
O evento, que também premiou as cidades com as melhores práticas do setor, contou com as presenças dos secretários estaduais Guilherme Piai (Agricultura e Abastecimento), Arthur Lima (Casa Civil) e Jorge Lima (Desenvolvimento Econômico); do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp), Marco Antonio Zago; do presidente do Desenvolve SP, Ricardo Brito, e do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado, entre outras autoridades e parlamentares.
Em parceria com a agência Desenvolve SP, a Secretaria de Agricultura vai disponibilizar o Programa Irriga + SP, linha de crédito no valor de R$ 200 milhões para aumentar a eficiência no uso de água e mitigar os efeitos da estiagem. Os recursos serão destinados a projetos com foco na implementação de sistemas de irrigação, energia fotovoltaica e agricultura de precisão. A iniciativa pretende garantir a produção de alimentos e o desenvolvimento regional em um cenário de eventos climáticos extremos.
Outro anúncio em destaque foi o primeiro aporte, de R$ 50 milhões, para o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), que será destinado para melhorar a infraestrutura logística do setor agrícola no território paulista. Ao todo, o fundo contará com aporte de meio bilhão de reais.
A cerimônia também contou com a entrega histórica do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de número 100 mil, um marco de São Paulo no âmbito da preservação ambiental. Com o sistema de validação mais avançado do país, São Paulo está na vanguarda da conservação territorial, preservando 25% do seu território, acima do que o Código Florestal Brasileiro exige. A regularização ambiental das propriedades garante diversos benefícios ao produtor, como acesso a crédito, a incentivos e programas oferecidos nas esferas estaduais e federal.
“Mesmo sendo simbólico, o CAR de número 100 mil é muito importante. O CAR é o raio-X ambiental da propriedade, é a valorização. Em parceria com a iniciativa privada, com as entidades do agro, com análise dinamizada, com inteligência artificial, São Paulo vai ser o primeiro estado a implementar o Código Florestal Brasileiro e isso vai agregar muito valor nos nossos produtos, na nossa exportação”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
A citricultura, responsável por 8,2% das exportações paulistas e por 45 mil empregos no Estado, também recebeu investimento, de R$ 90 milhões, para a construção do Centro de Pesquisa Aplicada em Inovação e Sustentabilidade, uma parceria entre Fundecitrus, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). A principal linha de trabalho do CPA será promover a formação de novos grupos de pesquisa e a consolidação de outros já estabelecidos, visando o controle do greening, a principal ameaça aos pomares de citros em todo o mundo.
Premiação “Município Agro – Ranking Paulista”
Além dos anúncios de investimento, o Governo de São Paulo também realizou a premiação do programa “Município Agro – Ranking Paulista” para 117 municípios. A iniciativa estimula as prefeituras a fortalecer as gestões locais, melhorar a produtividade e a sustentabilidade do agro e gerar desenvolvimento sustentável às populações rurais.
A premiação neste ano disponibilizou repasse de R$ 600 mil aos três vencedores, com o prêmio de R$ 200 mil para cada. Os segundos colocados receberam um total de R$ 450 mil, sendo R$ 150 mil para cada, e os terceiros receberam um total de R$ 300 mil, sendo R$ 100 mil para cada município.
Grupo 1 – PIB de R$ 3 bilhões a R$ 90 bilhões
1° Lugar – Limeira
2° Lugar – Mogi Mirim
3° Lugar – Jundiaí
Grupo 2 – PIB R$ 500 milhões a R$ 3 bilhões
1° Lugar – Valparaíso
2° Lugar – Capão Bonito
3° Lugar – Garça
Grupo 3 – R$ 30 milhões a 500 milhões
1° Lugar – São Bento do Sapucaí
2° Lugar – São João do Pau d’Alho
3° Lugar – Campos Novos Paulista
Evento do dia 17 de dezembro (terça-feira), no Dabi Business Park, prepara lideranças femininas do agro para edição nacional em Piracicaba, em junho de 2025
RIBEIRÃO PRETO/SP - O movimento Caravana AgroMulher, que busca fortalecer a liderança feminina no agronegócio, inicia sua edição 2025 com um workshop especial em Ribeirão Preto. O evento será realizado no dia 17 de dezembro (terça-feira), no Dabi Business Park, e servirá como prévia do encontro nacional programado para o dia 20 de junho de 2025, em Piracicaba.
A caravana faz parte do projeto de eventos presenciais do AgroMulher, um clube voltado para o desenvolvimento de carreira e negócios para mulheres e empresas do agronegócio e que em 2024 chegou a um público de cerca de 1.200 pessoas em dez eventos presenciais e on-line.
O workshop em Ribeirão Preto deve reunir cerca de 150 mulheres, entre profissionais do agro, gestoras e lideranças. A programação inclui a apresentação da proposta da Caravana AgroMulher e três palestras temáticas com lideranças de destaque no setor.
Palestrantes
Camila Pennink, head de Marketing na BP Agro e pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV, abordará o tema “Posicionamento de Marca que Impacta”. Para ela, o movimento se diferencia pelo caráter transformador. “O AgroMulher me atraiu pelo propósito genuíno de transformar mulheres através do conhecimento e me fez ficar pelo alto nível de excelência com que as ações são conduzidas. Cada conteúdo gera um estímulo imediato para pensar e agir de forma diferente, impulsionando evolução e realização”, destaca Camila.
Flávia do Val, engenheira agrônoma, fundadora e CEO da Akaiá Food Factory, com 24 anos de experiência no setor e 12 dedicados ao ESG, falará sobre “Gestão Estratégica e Sustentabilidade”. Flávia destaca a importância do ambiente colaborativo proporcionado pelo grupo: “Sou muito orgulhosa de participar desta frente que é o AgroMulher. Há um senso de comunidade e ajuda mútua que dissemina conhecimento de alto nível e conecta profissionais com empresas, promovendo crescimento e oportunidades reais para as mulheres do agro”.
Já Vanessa Sabioni, head de Marketing, Comunicação e Educação no AgroMulher Clube, engenheira agrônoma e mestre em Fitopatologia, trará a palestra “Liderança de Impacto no Agro”, ressaltando o compromisso do evento com a formação de lideranças femininas. “A Caravana AgroMulher é um projeto que chegou para ficar. Com uma proposta inovadora de desenvolver lideranças femininas estratégicas e de impacto, o evento traz uma transformação positiva para o agronegócio, inspirando horizontes sustentáveis e fortalecendo o protagonismo das mulheres no setor”, comenta Vanessa.
O workshop também contará com um painel especial em que as palestrantes compartilharão suas trajetórias, desafios e conquistas, oferecendo inspiração e conhecimento prático para as participantes. As inscrições são limitadas e gratuitas e podem ser feitas pelo link https://www.sympla.com.br/
Serviço
Workshop Caravana AgroMulher 2025
Data: 17 de dezembro de 2024 (terça-feira), das 14h às 18h
Local: Dabi Business Park (rua General Augusto Soares dos Santos, 100, Parque Industrial Lagoinha, Ribeirão Preto/SP)
Programação:
14h: Credenciamento
14h30: Abertura
14h45: Palestras temáticas:
Liderança de Impacto no Agro – Vanessa Sabioni
Gestão Estratégica e Sustentabilidade – Flávia do Val
Posicionamento de Marca que Impacta – Camila Pennink
16h45: Painel com as palestrantes
18h: Coffee e Networking
Inscrições limitadas e gratuitas: https://www.sympla.com.br/
Setor segue preocupado e especialista orienta em como ajudar as plantas a enfrentarem esse período de estresse
SÃO PAULO/SP - O ano de 2024 foi de intensas preocupações para o agro brasileiro. E ele ainda não acabou, sendo as previsões meteorológicas para os últimos meses indicando um cenário alarmante, pois, ainda sob a influência do fenômeno El Niño, o País deverá enfrentar picos de calor extremo. Esse fenômeno está associado ao aumento das temperaturas médias globais e provoca efeitos climáticos adversos, como a intensificação dessas ondas e redução severa das chuvas em algumas regiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a temperatura média em diversas regiões do Brasil pode aumentar em até 1,5°C acima do normal durante o último trimestre deste ano.
Este cenário climático traz sérias apreensões e impactos para o setor, especialmente porque ele afeta diretamente o desempenho das plantas e, consequentemente, a produtividade e rentabilidade dos cultivos. Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de marketing técnico da Agroallianz, Renato Menezes, as altas temperaturas podem levar ao superaquecimento do tecido vegetal das plantas, mesmo quando elas “recebem a quantidade ideal de água durante o ciclo produtivo da cultura”.
“Esse estresse térmico impacta no crescimento, desenvolvimento e na capacidade produtiva, prejudicando tanto a qualidade, quanto na produtividade das culturas”, explica o especialista.
Estas alterações de clima já estavam sendo previstas há alguns anos. Estudos de David Lobell e Sharon Gourdj ainda de 2011, indicam que um aumento de 1°C nas temperaturas de média ambiental, podem reduzir o rendimento das principais culturas agrícolas, como milho, soja e trigo, em até 10%.
Impacto nas lavouras
Especialistas estimam que, caso as mudanças climáticas avancem no ritmo atual, o Brasil poderá perder até 11% de sua produção agrícola até 2050. Um desses motivos é porque conforme pontua Menezes, esse estresse térmico provoca danos às membranas celulares das plantas e reduz seu potencial fotossintético, afetando diretamente a capacidade de produção delas.
“Em cana-de-açúcar por exemplo, isso se traduz em menor acúmulo de açúcares no colmo e, por consequência, uma redução no rendimento durante o pós-processamento”, cita o especialista. As projeções publicadas em um estudo do Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) aponta que as mudanças climáticas poderão provocar queda na produção nacional de dessa cultura de até 20% nos próximos dez anos.
Já nos grãos, como a soja e o milho, o calor excessivo interfere na fecundação das flores e na formação dos grãos reduzindo significativamente o potencial produtivo das culturas. “Nas frutíferas, o cenário é igualmente preocupante. O calor elevado reduz a produtividade, prejudica a resistência ao transporte, encurta o tempo de prateleira e altera o sabor dos frutos, não atendendo exigências do mercado consumidor”, confidencia o profissional da Agroallianz.
Em 2023 por exemplo, as perdas na produção de uvas e maçãs no Sul do Brasil devido a temperaturas extremas foram de cerca de 20%, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Frutas (Abrafrutas).
Portas abertas para as pragas e doenças
Mas, além dos impactos diretos na produtividade, essas altas temperaturas aumentam a vulnerabilidade das plantas a pragas e doenças. “O estresse térmico causado pelo calor induz a produção de compostos atrativos ao ataque de insetos e pode também tornar as plantas mais vulneráveis (às) a presença de doenças, elevando os custos com manejo de controle destes fatores limitantes de produtividade”, destaca Menezes. Conforme a Embrapa, o aumento das pragas devido ao estresse térmico pode gerar um acréscimo de 15% nos custos de produção.
Há ainda que destacarmos os impactos econômicos. De acordo com o Banco Mundial, a América Latina pode perder até US$ 100 bilhões por ano até 2050 devido às consequências das mudanças climáticas, incluindo o setor. Aqui, o agronegócio é responsável por cerca de 27% do PIB, o que significa que qualquer redução na produtividade pode ter repercussões severas na economia. Além disso, regiões como o Cerrado e o Sul, que dependem fortemente da agricultura, são as mais vulneráveis a esses impactos.
Também há potencial de redução no volume de exportações agrícolas, diminuindo sua competitividade no mercado global. Quer dizer, temos muitas preocupações e é preciso pensar em como podemos amenizar isso tudo.
Ferramentas à mão do produtor
Diante desse cenário adverso, é essencial adotar tecnologias que ajudem as plantas a suportar as altas temperaturas e preservar seu potencial produtivo. AAgroallianz por exemplo, oferece soluções inovadoras, como Osmobetan e Amino 75, produtos desenvolvidos para promover a termorregulação e a termoproteção das culturas. “Essas tecnologias ajudam as plantas a manterem sua eficiência fisiológica, mesmo sob condições de calor extremo, garantindo maior tolerância e consequente produtividade”, diz o especialista. Com os desafios trazidos pelas ondas de calor extremo, proteger a produção agrícola é essencial para garantir a rentabilidade da safra.
Regionais de Marília, Franca e São José do Rio Preto apresentaram maior expansão no primeiro semestre
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP - Diante da diversificação de culturas e da projeção de expansão na produção agropecuária no interior paulista, o Santander estima crescimento de 30% na carteira de crédito agro Pessoa Física até dezembro na Rede SP Interior do Santander. A Rede soma 12 regionais agro: Franca, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Limeira, Araraquara, Votuporanga, Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru e Marília, além de Itapetininga e Piracicaba, recém incorporadas. No primeiro semestre, as regionais de Marília, com 14% de expansão na carteira, Franca e São José do Rio Preto, com aumento de 13% cada uma, se destacaram pelo desempenho. Em todos os segmentos de clientes agro do Banco no interior paulista, a carteira cresceu 12,1% até junho.
O Banco conta com nove líderes e 42 especialistas nessa região, equipe que atende de maneira personalizada clientes pessoa física e jurídica. “Nosso objetivo é estar em todas as regiões produtoras do estado – tanto com lojas físicas, como com o atendimento digital”, explica o Líder Sênior Agro, David Bocalon.
São Paulo possui o maior valor bruto de produção e a maior diversificação de culturas agrícolas do país. Em todo o estado, a Secretaria de Agricultura de São Paulo estima que mais de 350 mil produtores rurais atuam na produção de citros, cana, café, frutas, pecuária e avicultura, entre outros produtos.
Com a produção de café na cidade vizinha de Garça – reconhecida como um dos maiores polos cafeeiros no estado de São Paulo, inclusive com cafés especiais – a regional Marília vem ganhando espaço na carteira agro do Santander. O mesmo acontece com a Regional Franca, na Alta Mogiana, que desponta também na produção de cafés, graças à altitude. Em todo o estado, a Conab estima que a produção de café arábica alcance 4,7 milhões de sacas, volume 7% superior no comparativo anual. Já na Regional de São José do Rio Preto a pecuária e a produção de cana se sobressaem.
“Atuamos com diversos produtos destinados exclusivamente aos produtores rurais com foco tanto na fazenda – como Célula de Produto Rural e recursos para custeio e investimentos – quanto no fazendeiro – como cartão de crédito, seguro de vida, residência e automóveis, além de investimentos. Nosso modelo de atendimento a clientes agro vai além da loja, permitindo que os profissionais estejam, inclusive, em localidades nas quais o Banco não está presente. É um time organizado que amplia a força do Santander para realização de negócios no estado”, afirma o executivo.
Dados do primeiro trimestre de 2023 revelam a contribuição do setor para a economia nacional
SÃO PAULO/SP - Uma pesquisa conduzida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revelou um notável crescimento no mercado de trabalho do setor do agronegócio no país. O agro, como é popularmente conhecido, desempenhou papel crucial na geração de empregos, contribuindo significativamente para a economia nacional. No primeiro trimestre deste ano, o setor foi responsável por 27% dos empregos gerados no Brasil.
Os estudos mostram que os salários dos trabalhadores do setor tiveram um aumento médio de 5,9% nos primeiros três meses de 2023, superando em 0,5% a média nacional. Além disso, ocorreu um crescimento de 6,1% no número de empregados com carteira assinada em comparação com o mesmo período do ano anterior, registrando a impressionante marca de 28,1 milhões de empregados.
O boletim revela que este crescimento nos postos se reflete, principalmente, no desempenho da produção agrícola interna. É prevista uma safra recorde de grãos para o período 2022/2023, além das projeções otimistas na produção de café e cana-de-açúcar.
Romário Alves, CEO e Fundador da Sonhagro, destacou a importância do setor “O constante crescimento do agronegócio no Brasil é um pilar fundamental para a nossa economia. Os números surpreendentes de criação de empregos refletem a importância desse setor em impulsionar o desenvolvimento econômico”.
No relatório da CNA também são apresentados dados sobre a participação das mulheres no setor do agronegócio. No primeiro trimestre de 2023, houve um aumento de 1,3% na presença feminina em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na mão de obra, o crescimento foi de 6,1%, representando um aumento de mais de 532,1 mil pessoas com carteira assinada.
Movimentando a economia e aquecendo o mercado de trabalho, o agro cresceu 21,6% de janeiro a março desse ano, impulsionando o Produto Interno Bruto (PIB) com um avanço de 1,9%, o maior desde 1996, que só demonstra a força do setor.
SÃO PAULO/SP - O Parque da Água Branca, na zona oeste da capital paulista, receberá, nesta quinta-feira (11) a quarta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O evento, que terá entrada gratuita, vai até a noite de domingo (14).
A feira contará com 30 cozinhas instaladas no parque, que vão preparar 95 pratos regionais diferentes. Do Nordeste, os destaques serão sarapatel, moqueca, bobó de camarão, ginga com tapioca, panelada e baião de dois. Da região amazônica, haverá arroz de cuxá com camarão, galinha caipira no leite de coco de babaçu, maniçoba, pato no tucupi, chambaril, damorida e tambaqui ao leite de castanha.
Dos pratos típicos da Região Centro-oeste, serão oferecidos ventrecha de pacu, arroz com pequi, frango com gueroba (guariroba) e galinhada. Do Sul, haverá entrevero de pinhão, arroz com lula, polenta e arroz carreteiro. Do Sudeste, os destaques serão porco no tacho, lombo de jaca, feijoada, feijão tropeiro e moqueca capixaba.
Além dos pratos, os visitantes poderão adquirir cerca de 1,5 mil produtos agrícolas saudáveis, vindos de mais de 1,2 mil municípios onde as famílias agricultoras do MST estão organizadas. O evento contará ainda com três palcos por onde passarão mais de 200 artistas de várias regiões do país, entre os quais, Zeca Baleiro, Alessandra Leão, Ivan Lobo, Jorge Aragão, Gaby Amarantos e Jhony Hooker, além da Escola de Samba Camisa Verde e Branco. Também estão previstos shows de Lenine, Larissa Luz, Liniker, Alzira Espíndola, Tulipa e Chico Cesar.
A programação completa pode ser vista aqui.
Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil
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