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CARACAS - Os presidentes de Venezuela, Nicolás Maduro, e Colômbia, Gustavo Petro, reativaram, na quinta-feira (16), um acordo comercial assinado pelos dois países em 2011, mas que estava congelado há quatro anos devido à ruptura das relações bilaterais por tensões políticas.

Maduro disse apostar em uma "zona econômica" comum com condições especiais para o comércio, após firmar junto com Petro o protocolo que relança o convênio.

"Este acordo cria as bases para darmos passos nessa direção", afirmou o governante venezuelano durante um ato realizado na ponte fronteiriça Atanasio Girardot, que liga as cidades de Ureña (estado de Táchira, Venezuela) e Cúcuta (departamento de Norte de Santander, Colômbia). "Novos ventos sopram aqui", continuou.

"É preciso encher essas pontes de comércio, remover as barreiras que possam existir", disse, por sua vez, Petro.

"Ainda há muito a fazer, porque não se trata de encher essas pontes apenas com comércio, mas com gente [...], não me refiro ao grande capital que quer investir de um lado para o outro, me refiro ao pequeno capital" dos habitantes da fronteira, acrescentou o governante colombiano.

Maduro e Petro tiverem seu quarto encontro tête-à-tête em um evento com música e danças típicas, sentados nas laterais de uma faixa branca que marcava a fronteira.

Caracas e Bogotá retomaram relações após a chegada de Petro ao poder em agosto, o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, com a promessa de "normalizar" a linha divisória comum de 2.200 km, marcada pela presença de grupos armados e pelo tráfico de drogas e contrabando.

As relações haviam sido rompidas em 2019, quando o governo de Iván Duque reconheceu o político opositor Juan Guaidó como "presidente encarregado" do país vizinho por questionamentos à reeleição de Maduro.

O acordo firmado em 2011, após a decisão do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) de retirar a Venezuela da Comunidade Andina (CAN), estabelecia preferências tarifárias e critérios para o controle dos produtos a serem comercializados. Entrou em vigor em 2012.

O protocolo firmado nesta quinta "atualiza" tarifas e condições, assinalou Maduro, mas nenhum dos dois governantes deu mais detalhes.

As pontes fronteiriças foram reabertas no fim de setembro. Estavam com passagem restrita desde 2015 e bloqueadas desde 2019, quando Guaidó liderou uma tentativa fracassada de levar alimentos e remédios enviados pelos Estados Unidos, ficando habilitadas apenas para pedestres.

Venezuela e Colômbia querem resgatar um comércio que chegou a 7,2 bilhões de dólares anuais em 2008, mas que despencou para 400 milhões com a ruptura.

O restabelecimento do trânsito levou este número para 1,2 bilhões de dólares em 2022, segundo estimativas da Câmara Colombo-Venezuelana de Integração (CAVECOL).

 

 

AFP

VENEZUELA - A tortura de opositores ao governo de Nicolás Maduro continua em vigor como método de repressão na Venezuela, afirmou, nesta quarta-feira (15), em Washington, o Instituto Casla, que denunciou um país no qual "todos são suspeitos", incluindo autoridades.

Cinquenta e quatro pessoas foram submetidas a tortura física e/ou psicológica em 2022, segundo o instituto, que documentou 19 casos com uma ou mais vítimas ao longo do ano no relatório "A Repressão Sistemática na Sombra", apresentado na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O Instituto Casla, um centro de estudos sobre a América Latina com sede em Praga, na República Tcheca, baseia-se em depoimentos de vítimas. "Os crimes não cessaram na Venezuela, continuam de forma silenciosa diante da opinião pública internacional, que, aparentemente, acredita que Maduro mudou e agora é mais amável. Não, ele é ainda mais criminoso", acusou a diretora do Casla, Tamara Sujú.

O governo Maduro, que retomou as negociações com a oposição, conseguiu, inclusive, driblar as sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia. "As sanções foram muito importantes, mas Maduro as burlou e continua se financiando por meio da Rússia e do Irã", afirmou Tamara. Segundo a organização Transparência Venezuela, entre 70% e 90% do ouro venezuelano sai do país ilegalmente.

Em seu sexto relatório, o Casla afirma que obteve confidencialmente o "Manual de Operações Especiais da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM)", conhecido como "A Constituição" pelos funcionários deste órgão de inteligência. Constam do texto "níveis de aprovação das principais medidas" da DGCIM, ou seja, ele "descreve como o governo distribui a responsabilidade pela perseguição, acusação e prisão de suas vítimas" segundo "a importância" das pessoas.

O primeiro nível corresponde ao presidente Nicolás Maduro, que se encarregaria "dos casos em que as relações internacionais possam ser comprometidas" e de "qualquer medida" aplicável a generais e almirantes, estrangeiros com imunidade diplomática, funcionários do alto escalão do governo em nível nacional e da direção do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), partidos opositores, governadores, prefeitos e deputados, bem como seus familiares, detalha o relatório.

 

- Cadeia de comando -

"Maduro ordenou ou aprovou" ações contra essas pessoas "conhecendo pessoalmente os horrores a que cada uma foi submetida, premiando com promoções, cargos administrativos, permissividade no enriquecimento ilícito e impunidade os seus mais fiéis executores de ordens e diretrizes", acrescenta o texto. Os quatro níveis restantes dependem da estrutura interna da DGCIM.

O Instituto Casla, que afirma ter obtido o manual de funcionários de inteligência, considera o mesmo essencial, uma vez que estabelece "a cadeia de comando ou dos crimes contra a humanidade cometidos por esse órgão da inteligência", o que é fundamental perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), uma vez que o governo nega esse planejamento e essa sistematização.

O instituto afirma que "o fator ideológico persiste" na redação do manual. "Todos são suspeitos! A influência do manual cubano [...] a formação de oficiais e funcionários com os conhecimentos e técnicas da inteligência cubana para o controle social permitiu que a sociedade civil venezuelana, em seu conjunto, fosse alvo de espionagem", destaca.

 

 

AFP

VENEZUELA - Uma operação policial na costa da Venezuela terminou com a apreensão de 1,3 tonelada de cocaína e 15 detidos, informaram as autoridades na segunda-feira, 13.

"Ação policial conseguiu a apreensão de 1.331 quilos em uma embarcação com bandeira venezuelana no estado de Sucre. Quinze tripulantes detidos", informou no Twitter a Superintendência Nacional Antidrogas (Sunad).

O superintendente nacional antidrogas, general Richard López Vargas, "afirmou que as investigações apontaram a conexão deste grupo criminoso, que tentou enviar drogas do leste do país para a Europa", acrescentou a Sunad.

A Superintendência informou que desde o início de 2023 foram apreendidas 2,4 toneladas de drogas. Durante o ano passado, as forças de segurança apreenderam mais de 41 toneladas de narcóticos no país.

Embora o governo da Venezuela destaque sua luta contra o narcotráfico, o governo dos Estados Unidos alega que o país sul-americano não cumpre suas obrigações no combate aos narcóticos, motivo pelo qual anunciou sanções contra altos funcionários de Caracas, acusados de vínculos com o tráfico de drogas.

 

 

AFP

VENEZUELA - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou na quarta-feira para a criação de um sistema financeiro comum que inclua os países membros da Comunidade dos Estados da América Latina e das Caraíbas (CELAC), utilizando a União Europeia como ponto de referência.

"Temos de criar o sistema financeiro e monetário da América Latina e das Caraíbas e avançar neste espaço. A América Latina e as Caraíbas devem ter um bloco de integração económica e um sistema monetário com uma moeda latino-americana e caribenha", disse o presidente venezuelano em declarações à imprensa durante a apresentação de um novo parque científico no país.

Maduro concordou com a recente proposta dos seus homólogos argentinos e brasileiros, Alberto Fernández e Lula da Silva, respectivamente, de criar uma moeda comum, assegurando que seria uma grande conquista para a paz e o desenvolvimento da América Latina e do mundo.

"Estaríamos unidos perante o mundo". Com um sistema monetário, com uma moeda, com economias integradas, compreendeis que este é o caminho a seguir", disse o chefe de Estado venezuelano durante o seu discurso.

Neste sentido, afirmou que a União Europeia "é uma realidade" e que tem sido capaz de construir instituições fortes que regem a unidade de acção em matérias como a economia e o desenvolvimento político.

"Vemos a Europa e muitas pessoas admiram-na. O tecido e as instituições que a União Europeia foi capaz de construir em 30 anos. E o poder que estas instituições têm sobre a economia e sobre a vida das suas sociedades, sobre o desenvolvimento político, sobre a Europa", salientou o líder venezuelano.

Sublinhou também o papel da União Africana (UA), afirmando que é "uma potência importante" apesar do "tratamento colonialista injusto de África por parte do mundo do Norte". "A UA é uma união poderosa, que tem um conjunto de instituições reconhecidas e altamente eficazes", reiterou ele.

Anteriormente, o Presidente brasileiro Lula da Silva e o seu homólogo argentino, Alberto Fernández, tinham manifestado a sua vontade de pôr em circulação uma moeda comum para impulsionar o comércio externo e as transacções entre os dois países, com vista a estender esta união ao resto da América Latina "a longo prazo" e evitar que a política comercial da região dependesse do dólar.

Especificamente, a moeda, que seria conhecida como "Sur", é apenas um projecto que ambos os países esperam implementar "em breve", enquanto aguardam os detalhes da proposta da mesa de negociações de alto nível.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

CARACAS - O Presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Jorge Rodríguez, reuniu-se esta sexta-feira em Caracas com o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, a convite do Presidente Nicolás Maduro.

"No âmbito da visita do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, reiteramos a nossa posição de diálogo construtivo sob o respeito e proteção dos direitos humanos do nosso povo", disse a Assembleia Nacional venezuelana no seu perfil no Twitter.

Turk, que tomou posse em meados do ano passado, está na Venezuela há dois dias após uma visita à Colômbia. O Alto Comissário, cuja agenda não incluía quaisquer reuniões com prisioneiros políticos, manteve conversações no dia anterior com representantes de organizações da sociedade civil, defensores dos direitos humanos e "grupos de vítimas".

A Plataforma Unida da Venezuela, que reúne os principais partidos da oposição, pediu-lhe que visitasse prisioneiros políticos durante a sua visita ao país sul-americano. "Espero que esta visita traga a libertação de mais de 240 prisioneiros, incluindo civis e militares, homens e mulheres", disse a líder da oposição Adriana Pichardo.

A viagem do Alto Comissário coincide também com o debate aberto sobre a aprovação de uma lei que, segundo a oposição venezuelana, procura "perseguir" as ONG, razão pela qual lhe é também pedido que condene "esta decisão arbitrária".

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

VENEZUELA - A oposição dividida da Venezuela pôs, na quinta-feira (5), um ponto final ao "governo interino" de Juan Guaidó, o que foi celebrado como uma "vitória total" pelo chavismo governante.

Seis dias depois de votar a favor do fim da "interinidade", a oposição elegeu, em sessão virtual, um novo comando para o Parlamento simbólico, eleito em 2015.

O mandato dessa assembleia terminou em 2021, quando o chavismo recuperou o controle do Poder Legislativo, mas a oposição defende a continuidade de seus trabalhos e conta com o apoio dos Estados Unidos.

Dinorah Figuera, que vive na Espanha, foi escolhida para substituir Guaidó na liderança dessa assembleia.

"Recebemos uma Assembleia Nacional com diatribe e conflito", disse Figuera, médica de 61 anos, ao fazer seu juramento "por unidade, democracia e liberdade".

Pouco depois, na sede do Palácio Legislativo, a Assembleia Nacional em funções, controlada pela formação chavista Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), ratificou como presidente Jorge Rodríguez.

"Esta é a hora da vitória total!", comemorou Rodríguez, que qualificou, ironicamente, a liderança de Guaidó como "Presidência de Nárnia".

Desde 2019, Guaidó se proclamava como "presidente encarregado" e era reconhecido por cerca de 50 países, entre eles os Estados Unidos, após não reconhecer a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018, denunciada como "fraude".

O dia de hoje marcou a despedida formal da "interinidade" de Guaidó, depois que três dos principais partidos de oposição impulsionaram sua eliminação em 30 de dezembro, sob a alegação de que ele "deixou de ser útil" na busca por uma mudança política, ao fracassar em suas tentativas de tirar Maduro do poder nos últimos quatro anos.

"Este ciclo deve ser encerrado", justificou o partido de Figuera, Primeiro Justiça, no Twitter. "O mais indicado", acrescenta, "era fechar este capítulo e abrir um novo".

Os membros da assembleia de 2015 alegam que esta segue vigente ao considerarem fraudulentas as eleições legislativas de 2020, boicotadas pelo grosso da oposição e vencidas pelo chavismo.

"É a força da realidade que se impõe" diante de "fantasias", disse Rodríguez, que lidera a delegação de Maduro nas negociações com a oposição, retomadas no México no fim do ano passado.

 

- 'Tarefa imediata' -

Guaidó recebeu o controle de ativos da Venezuela congelados no exterior por sanções contra o país sul-americano. No entanto, ele jamais conseguiu ter poder real, mesmo com um amplo respaldo internacional, que agora ficou bastante reduzido.

A eliminação da figura da "interinidade" chega no momento em que a oposição vivencia enfrentamentos internos. O grupo pretende realizar primárias este ano para eleger um candidato único para as próximas presidenciais, previstas para 2024.

"É difícil falar de unidade, mas temos que fazê-lo", assinalou Guaidó, que é alvo de inúmeras investigações judiciais. "É a tarefa pendente, a tarefa imediata", frisou.

As condições para esse pleito estão sendo discutidas na mesa de negociação no México.

Apesar de Guaidó e a oposição terem visto sua popularidade derreter, o colunista Pedro Benítez, professor da Universidade Central da Venezuela (UCV), avalia que, "para além das disputas" na oposição, "existem elementos para pensar que há um setor majoritário do população venezuelana que quer mudança".

"A possibilidade de derrotar Maduro existe. Agora, como armar essa estratégia? Este é o grande drama", opina.

 

- 'Apoiar o nada' -

Agora, está no centro do tabuleiro a gestão dos recursos venezuelanos bloqueados no exterior, que o governo Maduro estima em aproximadamente 24 bilhões de dólares.

Guaidó sustenta que o fim da interinidade coloca esses recursos em "risco", embora tudo dependa do plano internacional.

"Temos uma Assembleia Nacional de 2015 que é alvo de chacota [...], precária e diminuída, mas que continua sendo reconhecida como a autoridade legítima da Venezuela por governos importantes", destaca Benítez.

Os Estados Unidos são os primeiros da lista, ao ponto que, mesmo depois da decisão sobre a saída de Guaidó, manteve o reconhecimento à assembleia de 2015 e sua postura de tachar Maduro como "ilegítimo".

"O único reconhecimento que realmente importa" é o "de cada homem, de cada mulher, deste país", disse Jorge Rodríguez em seu discurso. "A chamada comunidade internacional decidiu apoiar a mentira, decidiu apoiar o nada", concluiu.

 

 

AFP

VENEZUELA - O governo da Espanha indicou, na terça-feira (27), um embaixador na Venezuela, após dois anos sem representante diplomático deste nível devido a tensões nas relações bilaterais com o governo de Nicolás Maduro.

"Designa-se embaixador da Espanha na República Bolivariana da Venezuela D. Ramón Santos Martínez", anunciou o governo do socialista Pedro Sánchez em comunicado ao término do Conselho de Ministros.

Madri, que não reconhecia a legitimidade do governo Maduro, decidiu encerrar, no fim de 2020, os trabalhos de seu embaixador em Caracas na época, Jesús Silva, sem indicar um sucessor.

O governo venezuelano, por sua vez, acusou Silva de facilitar o exílio na Espanha do opositor político Leopoldo López.

O novo embaixador nomeado hoje, Ramón Santos Martínez, exercia a função de encarregado de negócios na Venezuela desde novembro de 2021, a mais alta representação diplomática no país desde a vacância do cargo de embaixador.

Santos Martínez também foi embaixador da Espanha no Panamá (2015 - 2019) e na Bolívia (2008 - 2012), e ocupou cargos nas embaixadas de Washington (EUA), Bruxelas (Bélgica/UE) e Quito (Equador).

A ex-embaixadora da União Europeia (UE) na Venezuela, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, deixou o país em março de 2021 após ser declarada "persona non grata" por Caracas.

A UE não reconhece a legitimidade do presidente Nicolás Maduro, nem os resultados das eleições legislativas de dezembro de 2020.

No caso da Espanha, a retomada das negociações entre o governo e a oposição da Venezuela, sob os auspícios do México e da Colômbia, foi comemorada como um "passo muito importante" rumo à reconciliação e resultou na indicação de um embaixador.

"O governo da Espanha comemora a retomada do processo de negociação, no México, entre o governo e a oposição venezuelana", reagiu, em nota, o ministério de Assuntos Exteriores.

Desta forma, "dá-se um passo muito importante na reconciliação do país", acrescentou a pasta, que pôs sua "capacidade de interlocução a serviço das partes" para ajudar a "criar as condições necessárias para que as negociações sejam bem sucedidas".

 

 

AFP

CARACAS - O Governo da Coreia do Norte e o Governo da Venezuela comprometeram-se na segunda-feira, 26, a abordar questões de interesse comum e a promover o aprofundamento das relações político-bilaterais entre os dois Estados.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela para a Ásia, Médio Oriente e Oceânia, Capaya Rodríguez González, realizou uma reunião de trabalho com o embaixador norte-coreano em Caracas, Ri Sung Gil, com o objetivo de abordar questões de interesse comum para ambas as nações, de acordo com uma declaração da diplomacia venezuelana.

Durante a reunião, os diplomatas trocaram opiniões sobre a situação mundial, destacando a situação na Europa e na Ásia, bem como "a complexa situação na península coreana, um produto da constante interferência dos Estados Unidos na região".

Como se afirma na nota, o embaixador norte-coreano salientou "o apoio solidário da Venezuela" ao seu país em tempos de cerco por "inimigos comuns", aproveitando a oportunidade para entregar uma carta assinada pelo líder norte-coreano, Kim Jong Un, dirigida ao Presidente Nicolás Maduro.

Capaya Rodríguez, por seu lado, salientou a importância de "continuar a lutar pela plena liberdade destes povos", bem como a necessidade de promover projetos de cooperação que permitam o desenvolvimento económico de ambos os países.

Finalmente, ambas as autoridades comprometeram-se a continuar a trabalhar para o aprofundamento das relações político-bilaterais e, num futuro próximo, a fazer visitas para potenciar o crescimento dos laços de amizade, solidariedade e cooperação.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

EUA - Luis, chefe de uma família venezuelana que chegou à Cidade do México, dá de ombros, resignado: "com essa mudança que eles (os Estados Unidos) fizeram, parece que vamos ficar por aqui".

Seu plano inicial era levar os seus, três adultos e quatro crianças, até a fronteira norte e tentar cruzá-la para pedir asilo.

Mas no caminho, este pai de família de 48 anos que pediu para manter o sobrenome em sigilo, soube que na quarta-feira passada Washington modificou sua política migratória e agora os venezuelanos terão que chegar por via aérea após a tramitação de uma permissão.

A família não teve outra opção que pernoitar, sob forte chuva e frio, do lado de fora da governamental Comissão de Ajuda a Refugiados (Comar) na tentativa de regularizar sua situação para permanecer no México.

"Que ajudem a nós, que andamos em família, nos deem uma permissão pelo menos para poder trabalhar, matricular as crianças na escola. Tudo o que uma pessoa precisa: saúde, trabalho, educação", diz à AFP.

Dezenas de venezuelanos, alguns deles devolvidos dos Estados Unidos, faziam fila nesta terça-feira (18) do lado de fora da Comar, vestindo roupas grossas para se proteger do frio da manhã.

Sabendo das novas políticas dos Estados Unidos, o México aceitou receber, por razões humanitárias, os venezuelanos que tentam cruzar por terra e agora se prepara para dar refúgio a quem pedir.

De acordo com as novas diretrizes dos Estados Unidos, serão recebidos 24.000 venezuelanos, mas aqueles que tiverem entrado ilegalmente no México ou no Panamá não vão poder aspirar a este benefício.

Andrés Ramírez, coordenador-geral da Comar, disse à emissora de televisão Milenio que este ano esperam receber 10.000 solicitações, o que será um máximo histórico.

Eduardo Rodríguez, venezuelano de 43 anos, que vive no México desde 2011, chegou à Comar para levar roupas paara seus compatriotas, aos quais incentiva a permanecer no país.

"Se tiverem que ficar no México, onde há muita oportunidade, que fiquem", diz.

Segundo dados da ONU, desde 2015, mais de 6 milhões de venezuelanos deixaram o país, mergulhado em uma profunda crise política e econômica.

Assim que as novas medidas migratórias entraram em vigor, os Estados Unidos começaram a devolver ao México os venezuelanos, que permanecem em cidades fronteiriças, onde participaram de alguns protestos.

Outros milhares estão bloqueados na cidade de San Pedro Tapanatepec, em Oaxaca (sul), à espera de um documento migratório para transitar pelo México.

O governo mexicano começou a pedir vistos aos venezuelanos a partir de janeiro passado, levando milhares a tentar cruzar o país clandestinamente ou em caravanas que tentam chegar aos Estados Unidos.

 

 

AFP

VENEZUELA - O Irã está aumentando a oferta de um tipo importante de petróleo que a Venezuela está usando para aumentar a produtividade de suas refinarias envelhecidas e liberar petróleo doméstico para exportação, segundo documentos aos quais a Reuters teve acesso nesta terça-feira.

Os dois países sancionados pelos EUA fortaleceram a cooperação energética nos últimos anos, trocando o petróleo pesado venezuelano e outras commodities por gasolina iraniana, condensada, peças de refinaria e assistência técnica.

A troca cresceu desde maio, quando empresas estatais de ambas as nações fecharam um contrato para reformar a refinaria venezuela El Palito, após trabalhos anteriores na maior instalação do país.

A petrolífera estatal venezuelana PDVSA deve receber 4 milhões de barris de petróleo bruto iraniano este mês, um aumento de 1,07 milhão de barris importados em junho e um volume semelhante ao de maio, quando um contrato de fornecimento com a estatal iraniana Naftiran Intertrade Co (NICO) foi assinado, mostrava um dos documentos.

As cargas devem chegar ao porto venezuelano de Jose até o final do mês nos superpetroleiros de bandeira iraniana Herby e Serena, segundo o documento.

Os transponders dos navios foram registrados pela última vez passando perto de Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, no mês passado, segundo dados do Refinitiv Eikon.

A PDVSA e o Ministério do Petróleo da Venezuela não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.

A PDVSA está refinando o petróleo iraniano em instalações que requerem óleo adequado para aumentar a produção de combustíveis para motores. O fornecimento também está permitindo que a estatal libere seus graus mais leves para mistura e exportação.

Espera-se que o petróleo do Oriente Médio ajude a PDVSA a recuperar os estoques de seu principal tipo exportável, Merey, o petróleo venezuelano preferido pelas refinarias asiáticas, depois de caírem para cerca de 1 milhão de barris no início de julho, segundo os documentos.

A PDVSA também continuou importando cerca de 2 milhões de barris por mês de condensado iraniano, ajudando a aumentar a produção de blends exportáveis.

As exportações de petróleo da Venezuela em junho caíram para o nível mais baixo desde outubro de 2020 em meio a reparos no principal porto petrolífero do país e atrasos na autorização de embarques após mudanças contratuais impostas pela PDVSA, exigindo pagamento antecipado de carga.

 

 

 

Marianna Parraga em Houston; reportagem adicional de Deisy Buitrago em Caracas / REUTERS

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