CAMPINAS/SP - A Polícia Militar de São Paulo, por meio do 1º Batalhão de Ações Especiais (BAEP) de Campinas, deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação Off White, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. A ação mirou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas e a uma facção criminosa.
Agentes cumpriram seis mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão em Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu. Foi determinado o bloqueio e sequestro de 12 imóveis de alto padrão e o congelamento de valores em instituições bancárias.
Durante o cumprimento de um mandado, um criminoso entrou em confronto com policiais militares e morreu baleado. Um sargento do BAEP também foi atingido. Ele foi hospitalizado e está fora de perigo.
No total, cinco foram presos, entre eles o homem conhecido como "diabo loiro", uma das lideranças da organização criminosa. Ele é suspeito de ter participação direta em ataques contra as forças de segurança do estado. Possui diversas passagens criminais por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documento falso.
Um outro capturado, que também pertencia ao alto escalão da cúpula criminosa, era procurado pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) por tráfico internacional de drogas.
Foram apreendidos nas diligências mais de R$ 300 mil em espécie, valores em euro e em dólar, cinco armamentos e maquinários para embalar drogas.
Investigações
De acordo com as investigações, o grupo, formado por traficantes, empresários, agiotas e influenciadores, movimentava grandes quantias de dinheiro obtidas com o tráfico, misturando os valores ilícitos a recursos provenientes de atividades empresariais legais para dificultar o rastreamento.
As apurações começaram a partir de provas reunidas nas Operações Linha Vermelha e Pronta Resposta, que revelaram conexões entre traficantes conhecidos, integrantes de uma facção criminosa e empresários de diferentes setores. Segundo o Gaeco, os investigados atuavam há anos na acumulação e dissimulação de patrimônio oriundo do crime.
Posteriormente, promotores e policiais identificaram que o grupo realizou diversas transações imobiliárias e financeiras para esconder os verdadeiros beneficiários e a origem ilícita dos bens.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos e rastrear novas ramificações do esquema.































