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SÃO CARLOS/SP - Integrada na realização da XIII Semana de Recepção aos Calouros da USP-2021, que se inicia neste dia 12, às 08h00, com uma cerimônia virtual, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) iniciará igualmente sua própria programação de acolhimento aos novos alunos entre os dias 12 e 16 do corrente mês.

Desta forma, no dia 12, às 10h00, inicia-se a Semana de Recepção aos alunos de nosso Instituto com uma conversa entre os novos ingressantes, o diretor do IFSC/USP e o Presidente da Comissão de Graduação, na circunstância, os Profs. Vanderlei Bagnato e Luis Gustavo Marcassa, evento que será transmitido pelo Canal Youtube do Instituto (VER AQUI).

Seguidamente, às 14h00, os alunos pertencentes aos Cursos de Bacharelado e de Licenciatura participarão da sessão de apresentação do Centro de Estudos de Física de São Carlos (CEFISC) e da Secretaria Acadêmica de Licenciatura e Ciências Exatas (SACEx), iniciativas estas que ocorrerão em salas virtuais distintas, apenas dedicadas aos interessados.

A última iniciativa deste dia acontecerá às 17h30, através do Canal Youtube do IFSC/USP, com a cerimônia de entrega dos Prêmios Prof. Horácio Panepucci e Paulo Freire, onde na circunstância serão homenageados diversos professores, uma iniciativa que estará a cargo do CEFISC e da SACEx e que será igualmente transmitida pelo Canal Youtube do IFSC/USP (VER AQUI).

No dia 13 de abril, às 10h00 e 14h00 serão apresentados aos novos alunos, respectivamente, os Ambientes Virtuais Institucionais/Sociais do Instituto, bem como os Coordenadores dos Cursos de Física, Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares, através de transmissões fechadas.

Os dias 14 e 15 serão dedicados a atividades extracurriculares, eventos recreativos e confraternizações, sendo que o dia 16 de abril terá como destaque a Aula Magna que será ministrada pelo Prof. Sérgio Rezende (Universidade Federal de Pernambuco), intitulada “Ciência e Tecnologia no Brasil: Avanços históricos e ameaças atuais”, programada para acontecer às 10h30 e aberta ao público através do Canal Youtube do IFSC/USP.

Às 14 horas desse mesmo dia, a Semana de Recepção aos Calouros do IFSC/USP terminará com uma atividade de integração denominada “Arte à Tarde”.

 

Projeto está na terceira fase e, em breve, resultados serão disponibilizados na Internet

 

SÃO CARLOS/SP - Estamos vivendo a pior pandemia de escala global. A Covid-19 continua fazendo milhares de vítimas por dia em todo o mundo. O Brasil, hoje, é o epicentro da doença, com o maior número de mortes diárias. Nesse cenário, as projeções a curto e médio prazos são de extrema relevância a fim de possibilitar a formulação de políticas públicas que minimizem os efeitos da doença no sistema de saúde.

Um grupo de pesquisadores de áreas diferentes, como Matemática, Ciência da Computação e Medicina, resolveu se unir para desenvolver o projeto "Acompanhamento de curvas de casos, mortes e internações por Covid-19: modelagem matemática, projeção futura e previsão de cenários", um projeto de modelagem de curvas que prevê notificações oficiais sobre a pandemia.

"A Matemática contribui no entendimento e uso das funções logísticas generalizadas. A Computação no uso de algoritmos genéticos para otimizar o valor dos parâmetros das funções logísticas generalizadas e também com algoritmos para detecção de novas ondas com base nos dados de média móvel de casos. E a Medicina para indicar o uso de parâmetros efetivos de transmissão, como exemplo, a taxa de transmissão de forma a verificar se as curvas estão em conformidade com os aspectos epidemiológicos esperados para a doença", explicou Ricardo Rodrigues Ciferri, docente do Departamento de Computação (DC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Além dele, também integram o projeto Gil Vicente Reis de Figueiredo, docente aposentado do Departamento de Matemática (DM) da UFSCar e idealizador do projeto; José Antonio Salvador, docente do DM da UFSCar; Domingos Alves, docente do Departamento de Medicina Social da Universidade de São Paulo (USP); e o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC) pela UFSCar, Douglas Menegol Folletto.

O projeto, apoiado pelo Sindicato dos Docentes em Instituições Federais de Ensino Superior dos Municípios de São Carlos, Araras e Sorocaba (ADUFSCar), foi desenvolvido em fases. A primeira fase objetivou apenas representar as curvas de casos já ocorridas por meio de equações matemáticas. Pelo fato de a pandemia de Covid-19 ser composta de múltiplas ondas sucessivas e com sobreposição, diferente de outras pandemias e epidemias, Figueiredo propôs uma solução a partir da composição de várias ondas, cada qual representada por uma função logística generalizada. Apesar da ideia ser promissora, a solução ainda não conseguia representar adequadamente as curvas devido à dificuldade de se escolher valores mais adequados para os valores dos parâmetros das funções logísticas. Assim, Ricardo Ciferri entrou no projeto de forma a auxiliar no uso de soluções computacionais para identificar esses valores para os parâmetros das funções logísticas. Em seguida, Salvador foi integrado para ajustar os valores das funções logísticas generalizadas e também para ajudar na identificação de novas ondas. "A primeira fase do projeto foi desenvolvida com sucesso e conseguimos representar com muito boa precisão as curvas de casos por meio de ondas, cada qual representada por uma função logística generalizada", avaliou o professor do DC.

A segunda fase do projeto teve por objetivo fazer projeção futura, ou seja, estimar o valor esperado para acontecer nos próximos 30 dias. Como a projeção conseguida não foi satisfatória, surgiu a ideia de convidar, para integrar o projeto, o professor Alves, visando ajudar na qualidade da projeção. Nesse momento, o projeto está na terceira fase, que consiste em fazer previsões com base em cenários distintos, algo como, "se aumentar o percentual de vacinação de 9% para 90%, o que acontece com a estimativa futura?"

O projeto usa dados públicos de média móvel de 14 dias de casos, mortes, internações em enfermaria e internações em UTI, disponibilizados pelo Governo Federal e pelas secretarias estaduais de saúde. 

A projeção do modelo pode ser infinita, mas do ponto de vista de precisão, foram obtidos muito bons resultados com até 14 dias e bons resultados entre 20 e 30 dias. Na prática, os dados vêm sendo trabalhados com projeção futura de até 30 dias. 

"A pesquisa está em fase de execução de testes exaustivos para verificar a confiabilidade estatística do modelo. Executamos vários testes e tivemos resultados promissores, com precisão frequente de erro de menos de 2% para 14 dias e já tivemos casos de projeção de 25 dias com erro menor do que 7%. Um erro de até 15% é aceitável para esse tipo de problema. Para projeções de 30 dias, temos alcançado erro de 10%", afirmou.

Os resultados são divulgados por meio de relatórios emitidos semanalmente pela ADUFSCar. Em breve, serão disponibilizados pela Internet.

A pergunta que não quer calar: quais são as projeções para os próximos dias? Nada boas. "Segundo o nosso modelo estamos na quinta onda com pico de casos previstos entre 6 de abril e 10 de abril. O pico de mortes tem um deslocamento de 14 dias e, atualmente, está no meio da curva ascendente. Porém, com o feriado da Páscoa, provavelmente teremos a sexta onda e, com isso, a pandemia pode ter novamente duas ondas sobrepostas em momentos distintos (uma onda terminando e outra começando), cuja soma dos efeitos pode ser devastadora", concluiu o pesquisador.

Phizer/BioNTech e Moderna arriscaram quase tudo em um curto espaço de tempo e conseguiram testar e produzir em larga escala duas vacinas com base em RNA contra a COVID-19, em uma exitosa campanha que abriu uma nova janela no campo da imunologia.

 

SÃO CARLOS/SP - Embora diversos pesquisadores no mundo estivessem trabalhando nessa vertente há já algum tempo, o certo é que pandemia obrigou a uma aceleração no desenvolvimento dessa tecnologia que tem como principal combatente o próprio corpo humano.

trajeto da vacina - NIH.jpg

É do conhecimento de todos que uma vacina tem o objetivo de “despertar” e “sensibilizar” o sistema imunológico, utilizando algum material extraído de determinadas bactérias, vírus, etc., de forma a que o corpo humano desenvolva uma espécie de “memória”. Assim, quando determinadas bactérias ou vírus atacam, o sistema imunológico reconhece esse ataque e responde contra-atacando.

A emergência da pandemia da COVID-19 obrigou a que cientistas de todo o mundo se unissem em torno do desenvolvimento de diversas vacinas, tendo apostado naquelas que são tidas como convencionais, ou seja, com base no vírus inativado, ou em seus fragmentos, cultivando-o em laboratório. Processo moroso e arriscado, contudo, exitoso, quando se fala em COVID-19.

Contudo, a janela da ciência se escancarou quando foi apresentada a proposta de desenvolver vacinas contra a COVID-19 de RNA, produzidas em laboratório. “A abordagem do RNA é um fato bastante interessante e importante porque esses RNA’s, idênticos aos virais, são introduzidos dentro de células do sistema imune do corpo humano e as induzem a produzirem partes de uma proteína que o vírus também fabrica (SPIKE), facilmente identificada por cada uma das pontas que já conhecemos na imagem do vírus da COVID-19. Com a fabricação dessas proteínas, o sistema imunológico fica com uma espécie de “impressão digital” e, em contato com o vírus, reconhece que isso é algo perigoso que não pertence ao corpo humano, desenvolvendo então uma imunidade”, salienta o Prof. Valtencir Zucolotto, pesquisador e docente do IFSC/USP, Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano).

Entrada fulgurante da nanomedicina no combate à COVID-19

Ao contrário do DNA, que é uma molécula relativamente mais estável e que se pode armazenar ao longo de meses e anos a temperaturas que variam entre 4° e -20°, o RNA é muito mais instável, degradando-se com bastante facilidade, motivo pelo qual o desenvolvimento de uma vacina RNA se torna extremamente complexa. Foi para resolver esse problema que os cientistas decidiram introduzir o RNA em uma cápsula que pudesse travar essa instabilidade a longo prazo – uma nanocápsula lipídica. Essa “roupagem” nanotecnológica evitaria também que o RNA fosse degradado por enzimas do corpo humano. “No início dessa nova pesquisa os cientistas se debateram com uma contrariedade, que era a necessidade de manter a vacina a uma temperatura extrema de -80°, algo que foi sendo aprimorado até os dias de hoje, mantendo-a a uma temperatura ideal de -20º, algo que é compatível através da utilização de uma geladeira industrial. “Tudo isso foi graças à estabilidade que essa nanopartícula oferece para acolher o RNA, sendo que a partir daí o início da aplicação da vacina estava desenhado”, pontua Zucolotto.

A introdução do RNA no corpo humano

A área de nanomedicina designada “Smart Drug Delivery” já vem sendo estudada e desenvolvida há décadas, usando nanopartículas (ou nanocápsulas), algo que tem sido uma constante no GNano do IFSC/USP. De fato, quando se administram essas nanocápsulas no corpo humano, dependendo de como elas foram preparadas, elas circulam por algum tempo no organismo até começarem a funcionar para aquilo que foram desenhadas. Por exemplo, se elas foram projetadas para atingir um tumor, elas podem se acumular nessa região, destruindo somente as células tumorais. Algo semelhante acontece no caso da vacina RNA, como explica o Prof. Zucolotto. “Essas nanopartículas vão para dentro das células, produzindo partes das proteínas do vírus da COVID-19, fazendo com que o corpo comece a produzir numa resposta imunológica contra isso. Resultado: a pessoa fica imune”. A importância da nanocápsula é que ela garante a atividade e estabilidade do RNA, de forma a que ele entre e permaneça no corpo, completamente ativo.

Estas pesquisas e testes já estavam sendo feitas anteriormente à pandemia, obviamente em escala bastante reduzida e de forma experimental em seres humanos, sendo que neste desenvolvimento de vacinas tudo isto foi aplicado em termos globais, sendo, por isso, a consolidação da nanomedicina no mundo. Um imunizante guardado dentro de uma nanocápsula e destinado a bilhões de pessoas.

Estados Unidos, Alemanha, Áustria, França, Itália, Grécia, Portugal, Espanha e República Tcheca foram os primeiros países a administrarem a vacina RNA.

Os trabalhos no GNano

Quanto aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos no GNano, cuja coordenação está a cargo do Prof. Zucolotto, eles estão divididos em duas áreas distintas: diagnóstico e terapia. Na área de diagnóstico estão sendo desenvolvidos sistemas para detecção da COVID-19, enquanto, que na de terapia, os trabalhos se direcionam para o encapsulamento de duas moléculas antivirais para a COVID-19, nomeadamente para o tratamento da inflamação dos alvéolos pulmonares.

Ambas as pesquisas ainda estão em sigilo.

 

 

*Por: Rui Sintra - Jornalista IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - Um estudo realizado por pesquisadores Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo e do African Centre of Excellence for Water and Environmental Research, da Nigéria, mostrou resultados positivos para um processo de baixo custo para a descontaminação de água, que utiliza nanocompósitos fotocatalíticos produzidos com argila, semente de mamão papaia ou casca de banana, além de sais de metais.

Ao interagir com a radiação solar, o material libera espécies reativas de oxigênio – como o oxigênio singleto – que destrói microrganismos e degrada resíduos de antibióticos e efluentes agrícolas. O objetivo é permitir a implantação da tecnologia em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, onde as doenças, muitas delas fatais, associadas a águas contaminadas, continuam a ser uma realidade.

O estudo identificou três mecanismos de desinfecção, dependendo do compósito estudado: a interação eletrostática, identificada para o compósito dopado com zinco, em que cargas superficiais positivas interagem fortemente com grupos carboxílicos das paredes celulares das bactérias, levando-as a aderir às superfícies do compósito; a toxicidade metálica, identificada, em menor ou maior escala, para os três compósitos testados; e a fotocatálise, com a geração de oxigênio singleto a partir do oxigênio molecular em presença da luz solar e a oxidação de lipídeos e proteínas em torno das membranas celulares das bactérias, levando à sua destruição.

 

 

*Por: TECHBREAK

Fotocatálise é definida como  a forma mais eficiente de descontaminação da água, um método que utiliza nanocompósitos fotocatalíticos baseados em precursores de baixo custo.

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Espectroscopia de Materiais Funcionais (Lemaf) do IFSC/USP, em parceria com colegas do African Centre of Excellence for Water and Environmental Research (Acewater), da Nigéria, conseguiu resultados muito promissores para o desenvolvimento de uma nova forma segura e de baixo custo para a descontaminação de água - fotocatálise -, tendo como principal objetivo a implementação da mesma em países subdesenvolvidos, ou em desenvolvimento, onde as doenças, muitas delas fatais, associadas a águas contaminadas, continuam a ser uma realidade em grande parte do planeta.

Esta pesquisa foi coordenada pelos pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Andréa de Camargo e Hellmut Eckert, e por Emmanuel Unuabonah, diretor do Acewater e professor da Redeemer's University, da Nigéria. que, com o apoio da FAPESP, permaneceu três meses em nosso Instituto para acompanhar o desenvolvimento do trabalho.

Em entrevista concedida à Agência FAPESP, a Profª Andréa de Camargo confirmou que a fotocatálise é, de fato, a forma mais eficiente de descontaminação da água, tendo a equipe desenvolvido um método que utiliza nanocompósitos fotocatalíticos baseados em precursores de baixo custo, abundantes nos países da África subsaariana e também no Brasil, e em radiação solar, o que proporciona uma solução sustentável para regiões nas quais o abastecimento de energia elétrica estável constitui um problema. Assim, ao interagir com a radiação solar, o material libera espécies reativas de oxigênio - como o oxigênio singleto - que destrói microrganismos e degrada resíduos de antibióticos e efluentes agrícolas.

Para produzir os nanocompósitos, os pesquisadores utilizaram como precursores argila (caulinita), semente de mamão papaia ou casca de banana (como fontes de carbono) e sais de metais (cloreto de cobre ou cloreto de zinco). “Nanocompósitos formados por caulinita, sementes de papaia, cobre e zinco mostraram-se eficientes para a purificação de água contaminada por Escherichia coli resistente a múltiplas drogas e metais”, afirma De Camargo.

O estudo identificou três mecanismos de desinfecção, dependendo do compósito estudado: a interação eletrostática, identificada para o compósito dopado com zinco, em que cargas superficiais positivas interagem fortemente com grupos carboxílicos das paredes celulares das bactérias, levando-as a aderir às superfícies do compósito; a toxicidade metálica, identificada, em menor ou maior escala, para os três compósitos testados; e a fotocatálise, com a geração de oxigênio singleto a partir do oxigênio molecular em presença da luz solar e a oxidação de lipídeos e proteínas em torno das membranas celulares das bactérias, levando à sua destruição.

“Apesar de os três mecanismos terem sido identificados, ainda não está claro se ocorrem simultânea ou sequencialmente. Em todo caso, a prova do conceito está dada: materiais híbridos nanocompósitos baseados em precursores de baixo custo foram eficientemente utilizados para a desinfecção de água contaminada com bactérias multirresistentes”, sublinhou Andréa de Camargo à Agência FAPESP, tendo acrescentado que “Considerando o consumo diário médio por adultos saudáveis, que é de três litros e meio, os resíduos de cobre e zinco presentes na água tratada, respectivamente de 0,8 miligrama e de 0,51 miligrama por litro, estão abaixo do máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde [OMS]”, ou seja, os resíduos de cobre e zinco presentes na água tratada não são prejudiciais para o consumo humano.

Recordamos que o acesso à água potável vem diminuindo, devido ao progressivo descarte de poluentes domésticos, agrícolas, industriais e hospitalares no meio ambiente. Microrganismos nocivos, nitratos, fosfatos, fluoretos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e metais pesados – como cádmio, mercúrio e chumbo – estão entre os principais contaminantes.

Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões de pessoas bebem água contaminada por fezes, sendo também um drama a contaminação da água por cepas de bactérias resistentes a múltiplas drogas e metais, selecionadas pelo descarte indiscriminado de antibióticos no meio ambiente.

 

 

(Com informações da Agência FAPESP)

*Rui Sintra - Assessoria de Comunicação - IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - A USP de São Carlos lançou oficialmente o novo “Certificado de Estudos Especiais em Engenharia Biomédica”, com a primeira disciplina intitulada “Introdução à Engenharia Biomédica” disponível para todos os alunos de Graduação do Campus.

jonas500.jpgEste novo certificado é o primeiro passo rumo à criação do “Curso de Graduação em Engenharia Biomédica” no Campus USP da cidade de São Carlos, um curso optativo e que abre perspectivas profissionais muito interessantes.

Esta disciplina terá como coordenadores os Profs. Jonas de Carvalho (EESC/USP), Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP) e Antonio Carlos Guastaldi (UNESP/Araraquara).

Para assistir à apresentação desta nova disciplina, acesse https://u.pcloud.link/publink/show?code=XZqVajXZ4Fn2FC1ksgL2yRmbMO3umLHFqzIV

Para mais informações, acesse:

https://eesc.usp.br/graduacao/complementares.php?anchor=certificados_especiais

SÃO CARLOS/SP - Com o intuito de fazer um levantamento da situação arbórea nos dois campi da USP de São Carlos, até para prevenir eventuais acidentes, o Prefeito do Campus, Prof. Dr. Sérgio Campana, realizou no dia 25 de fevereiro uma visita às duas áreas, acompanhado pelo pesquisador e docente da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), Prof. Dr. Demóstenes Ferreira da Silva Filho, cuja colaboração com a USP de São Carlos remonta a anos anteriores.

Tal como a maior parte dos campi da USP espalhados pelo estado de São Paulo, os de São Carlos também são áreas extensas muito arborizadas e, segundo o pesquisador, é necessário ter sempre o máximo cuidado com a preservação das espécies arbóreas e de todas as outras espécies vegetais, até porque existem diversos conflitos, como, por exemplo, entre as árvores e as construções e, em segundo plano e como consequência, entre as árvores e o ser humano. A prevenção de acidentes é uma das prioridades, mas essa prevenção não significa apenas cortar árvores.

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“Não dá para cortar tudo e ficar sem árvores. De fato, a minha presença aqui foi fazer para fazer um levantamento para um projeto que estamos executando em todos os campi da Universidade de São Paulo, levantamento esse que integrará um plano para monitorar todas as árvores através de um sistema informatizado, geográfico, que será utilizado no futuro e que acompanhará a evolução das espécies arbóreas nos campi, por forma a cuidarmos das árvores e diminuir radicalmente os conflitos que possam surgir. Ao fazermos isso, estamos também melhorando os benefícios que as árvores oferecem ao ser humano e ao meio ambiente.

O projeto incluirá uma base de dados que será  constantemente atualizada, para que, segundo o pesquisador, haja uma gestão eficiente, incluindo um lote de informações que estará disponível para o público. “A ideia é que cada árvore possa ter um QRCode para que as pessoas saibam mais sobre as características dela, além de informações sobre potenciais riscos, problemas inerentes ao crescimento das raízes, galhos secos que podem constituir perigo, etc., informações essas que serão também de extrema utilidade para que os serviços responsáveis possam ser acionados”, conclui o Prof. Demóstenes.

 

Certamente que um projeto destes poderia ser implementado em diversas cidades brasileiras, com altos benefícios para a sociedade.

 

 

*Por: Rui Sintra - jornalista do IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - A Profª Yvonne Mascarenhas (IFSC/USP) acaba de conquistar o “Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro - 2021”, outorgado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), “por suas atividades de pesquisa pioneiras em cristalografia de raios X e por iniciar uma sólida comunidade científica nesta área no Brasil”.

A Profª Yvonne é, assim, a primeira mulher a conquistar este prêmio que, anualmente e desde 2019, tem o intuito de reconhecer o trabalho de um pesquisador e pela contribuição, ao longo de sua carreira, para a Física da Matéria Condensada e de Materiais no Brasil.

(In Jornal da Ciência/SBF) “Yvonne Primerano Mascarenhas nasceu em Pederneiras, interior de São Paulo em 1931. Após mudar-se para o Rio de Janeiro com a família, formou-se Bacharel em Química em 1954 pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Em 1956 mudou-se para São Carlos–SP e, junto com seu esposo, Sergio Mascarenhas, abraçou o desafio de tornar a cidade um centro de referência internacional em pesquisa de Materiais. Como a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo em São Carlos, viria a desempenhar um papel fundamental na atração de outros pesquisadores brasileiros e estrangeiros de altíssimo nível para a cidade, tendo também atuado como pivô na fundação do então Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC). Em 1959, recebeu uma bolsa de estudos Fullbright e passou dois anos trabalhando no laboratório de G. A. Jeffrey e B. Craven, na Universidade de Pittsburgh, EUA. Era o início de sua paixão pela Cristalografia e um importante passo para a introdução e consolidação dessa área de pesquisa no Brasil, facilitada por sua habilidade impressionante em atrair colaboradores e visitantes internacionais renomados ou em ascensão, tendo alguns deles inclusive se fixado em outros centros brasileiros como IPEN, UNICAMP, LNLS e USP. Ao longo de sua trajetória, trabalhou em instituições de prestígio como Harvard, Princeton e Birkbeck College e participou do grupo responsável pelo desenvolvimento do banco de dados cristalográficos de Cambridge (CCDC). Além de fundadora e primeira presidente da Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr), onde também atuou em outras funções, é notável sua participação administrativa nas instituições derivadas da EESC, como o IFQSC e, posteriormente, os institutos independentes de Química (IQSC) e de Física (IFSC).

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Em sua produtiva e continuada carreira, a Prof. Yvonne supervisionou cerca de 40 estudantes de mestrado e doutorado, publicou aproximadamente 200 artigos indexados e produziu numerosas contribuições em conferências e simpósios. Seu grupo de pesquisa se tornou um dos centros mais importantes em Cristalografia Química e Biologia Estrutural da América do Sul. Entre seus feitos, destaca-se a colaboração que resultou na determinação da estrutura cristalina da oxitocina (Science, 1986) e de toxinas de veneno de cobras (Eur. Biophys. J., 1992). Além da pesquisa, é notável e incessante seu interesse e dedicação pessoal no treinamento de jovens e suas ações para a promoção de meninas e mulheres nas Ciências. Aliás, a Profa. Yvonne – cientista, esposa, mãe de quatro filhos, é, não somente um ícone da Ciência Brasileira, mas um motivo de grande orgulho e exemplo para suas colegas, mulheres, cientistas”.

A comissão julgadora do prêmio foi formada pelos Professores Sergio Rezende (UFPE) e Félix Ynduráin (Universidad Autónoma de Madrid).

O prêmio será entregue em sessão solene que ocorrerá durante o Encontro de Outono da Sociedade Brasileira de Física, evento marcado entre os dias 21 e 25 do próximo mês de junho.

Para saber mais sobre este prêmio, acesse http://www.sbfisica.org.br/v1/home/index.php/pt/premiacoes-da-sbf/joaquim-da-costa-ribeiro

 

 

*Por: Rui Sintra - IFSC/USP

COVID-19: Professores do Ensino Fundamental são essenciais e deveriam pelo menos ter sido lembrados

 

SÃO CARLOS/SP - Há praticamente um ano vivenciamos esta situação de pandemia, que tem nos obrigado a mudar a rotina de nossa vida, a nossa forma de trabalhar e de nos relacionarmos. Em uma pandemia de escala mundial não temos escolha senão obedecer às regras sanitárias impostas para podermos sobreviver, enquanto as soluções vão sendo criadas pelo desenvolvimento científico e tecnológico, em uma corrida contra o relógio.

Muitos setores da sociedade precisaram continuar suas atividades. Somos gratos a todos esses anônimos que arriscaram e continuam a arriscar suas vidas para que se possa contornar esta situação dramática. A despeito de atitudes e mensagens muitas vezes incoerentes por parte das autoridades, parcela significativa da população vem tentando fazer o que está ao seu alcance para reduzir a propagação da epidemia.

A vacina é a grande esperança de todos nós para superar esta situação. Obviamente, é essencial proteger a todos, começando pelos mais vulneráveis. A decisão de priorizar a aplicação da vacina em determinados grupos parece correta e embute, inclusive, uma componente de justiça social, além da solidariedade que deveria ser inerente ao ser humano. Sem teto, idosos em lares de longa permanência, indígenas, bem como os profissionais de saúde, cuja atuação tem sido essencial, precisam estar nas primeiras filas do processo de vacinação.

 

As crianças no Ensino Fundamental

Nesse cenário, as autoridades decretaram a retomada das aulas presenciais, principalmente para as crianças do Ensino Fundamental, medida esta que tem apoio de parte da população, e é rejeitada por outra parte. Apesar do desencontro de opiniões, os ensinos público e privado estão retomando as aulas presenciais com base no entendimento de que o dano potencial sobre as crianças provocado pelo afastamento da rotina escolar é extremamente grave e tem implicações que vão muito além de conteúdos não aprendidos. O isolamento produz impactos psicológicos e na saúde emocional de crianças e familiares, amplia a desigualdade e os riscos de evasão escolar, com consequências danosas para as crianças e altos custos sociais.

 

Não podemos esquecer os professores do Ensino Fundamental

Entretanto, os professores dessas crianças, docentes do Ensino Fundamental, já sacrificados de várias formas, são neste momento novamente desvalorizados ao não serem incluídos como prioritários no processo de vacinação. Assim como a atuação dos profissionais de saúde é fundamental para preservar vidas, a atuação dos professores do ensino fundamental é fundamental para preservar a saúde e o futuro de nossas crianças e da nossa sociedade.

O Conselho Gestor do Campus da USP de São Carlos quer se manifestar, através deste texto, pedindo que as autoridades no mínimo valorizem os professores, que são essenciais, e como tal deveriam ter sido ao menos lembrados no difícil momento que estamos atravessando.

Não ter vacina em quantidade suficiente para imunizar toda a população, como seria esperado, é um grande problema, mas ignorar os pilares de nossa sociedade é um erro e uma injustiça.

 

Prof. Vanderlei Salvador Bagnato

Presidente do Conselho Gestor do Campus USP de São Carlos

SÃO CARLOS/SP - Realiza-se entre os dias 8 e 10 de março do corrente ano um minicurso de Espectroscopia de Fotoelétrons Excitados por Raios-X (XPS), organizado pelo Prof. Dr. Renato Vitalino Gonçalves.

O objetivo principal do curso é apresentar os princípios fundamentais da técnica de XPS e da análise de dados. O curso será realizado em modo virtual, utilizando a plataforma de videoconferência Google Meet.

O evento será organizado em palestras, que abordarão os seguintes tópicos:


- Interação da radiação com a matéria;
- Efeito fotoelétrico;
- XPS: Uma abordagem histórica;
- Notação espectroscópica de raios-X;
- Acoplamento spin-órbita;
- Deslocamento químico;
- Tipos de amostras;
- Exemplos de contaminação;
- Overview sobre a calibração pelo carbono adventício;
- Análise de dados;
- Exercícios práticos utilizando o software CasaXPS.


As inscrições são gratuitas e haverá um número limitado de participantes.

A seleção ocorrerá a partir das inscrições feitas por formulário eletrônico, no link:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfl_mRq2Tj4Xs33wmHkQh1f82_Uzbam3hOu4BMjPkdfZYZrhg/viewform 

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