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UCRÂNIA - A Ucrânia afirmou nesta quarta-feira (30) que a defesa antiaérea do país derrubou mais de 20 mísseis de cruzeiro e vários drones explosivos, no ataque mais potente contra Kiev desde a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), que provocou duas mortes.

O ataque aconteceu no momento em que a Rússia anunciou que um aeroporto próximo da fronteira com a Estônia foi atacado com drones e, segundo agências estatais, vários aviões foram danificados.

Um correspondente da AFP em Kiev ouviu pelo menos três grandes explosões às 5H00 (23H00 de Brasília, terça-feira) como parte da onda de 28 mísseis de cruzeiro e 16 drones explosivos.

A Administração Militar da Cidade de Kiev afirmou que este foi o "maior" ataque contra a capital desde a primavera e duas pessoas morreram na queda de escombros.

As tropas russas lançaram, a partir de várias direções, "grupos" de drones de iranianos Shahed contra a capital, que também foi alvo de mísseis da Força Aérea, informou a Administração Militar da capital.

Funcionários do governo municipal avaliavam os danos e os moradores limpavam os escombros em um prédio residencial, que teve as janelas destruídas.

 

- Ataques no Mar Negro -

No início da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia atacava de maneira sistemática as cidades ucranianas, mas as operações diminuíram à medida que os estoques russos se esgotaram e as defesas ucranianas foram reforçadas.

A Ucrânia, ao mesmo tempo, intensificou os ataques com drones no território da Rússia.

Moscou anunciou que destruiu quatro embarcações ucranianas com quase 50 soldados a bordo no Mar Negro e afirmou que impediu ataques com drones ucranianos em vários pontos de seu território.

O ministério russo da Defesa destacou que destruiu "quatro embarcações militares de alta velocidade" no Mar Negro à meia-noite (horário de Moscou).

As embarcações transportavam "unidades de desembarque das forças de operações especiais ucranianas", acrescentou em um comunicado.

A nota não informa a área do Mar Negro em que aconteceram os ataques.

Também durante a madrugada, na mesma região, as defesas russas impediram um "ataque de drone marítimo" perto da baía de Sebastopol, na península anexada da Crimeia, informou o governador local, Mikhail Razvozhayev.

Kiev e Moscou intensificaram as operações no Mar Negro desde que a Rússia abandonou um acordo, mediado pela ONU e a Turquia, para permitir a exportação de grãos ucranianos por suas águas.

Sebastopol é a base da frota russa do Mar Negro e a cidade mais importante da Crimeia, alvo frequente de ataques de Kiev.

Na última semana, Kiev reivindicou uma operação militar nesta península, anexada em 2014 pela Rússia, durante a qual suas unidades especiais hastearam uma bandeira nacional.

 

- Drones contra a Rússia -

A Ucrânia executou uma série de ataques com drones contra os territórios controlados por Moscou, informaram as autoridades russas.

As defesas aéreas "impediram" um ataque no aeroporto de Pskov (noroeste), a quase 800 quilômetros da Ucrânia e perto das fronteiras com Letônia e Estônia, ex-repúblicas soviéticas agora dentro da União Europeia.

O governador da região de mesmo nome, Mikhail Vedernikov, publicou um vídeo nas redes sociais de um grande incêndio, no qual é possível ouvir explosões e sirenes.

As autoridades avaliam os danos do ataque que, segundo o governador, não provocou vítimas.

Dois aviões de transporte pesado foram incendiados no ataque, informou o ministério de Emergências, citado pela agência de notícias RIA Novosti.

O governador anunciou que todos os voos previstos para quarta-feira no aeroporto de Pskov foram cancelados "até a averiguação dos possíveis danos na pista".

Os aeroportos moscovitas de Vnukovo e Domodedovo interromperam temporariamente as operações.

As autoridades de outras regiões, como Briansk e Oriol, perto da fronteira com a Ucrânia, e Kaluga e Riazan, nas proximidades de Moscou, anunciaram que destruíram ou derrubaram drones ucranianos.

O prefeito da capital russa também destacou que as defesas aéreas destruíram um drone "direcionado contra Moscou", que não provocou danos ou vítimas, segundo informações preliminares.

Há várias semanas, a Ucrânia executa ataques de drones contra Moscou e outras regiões da Rússia quase diariamente, em uma tentativa de levar o conflito para o território do país rival.

 

 

AFP

UCRÂNIA - A Ucrânia anunciou na segunda-feira (28) que recuperou uma pequena localidade na frente de combate sul, onde suas tropas esperam avançar na difícil contraofensiva em curso contra as linhas de defesa russas.

Depois de acumular equipamentos militares fornecidos pelos aliados ocidentais, Kiev iniciou em junho a aguardada contraofensiva para atacar as posições russas que foram reforçadas nos últimos meses.

As autoridades ucranianas afirmam que os avanços são lentos, mas seguros, enquanto Moscou insiste em que a contraofensiva de Kiev está fracassando.

"Robotyne foi liberada. Nossas forças estão avançando para o sudeste de Robotyne e o sul de Mala Tokmachka", afirmou a vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Malyar.

A localidade recuperada fica no eixo de ataque das cidades de Tokmak e Melitopol, ocupadas pelas forças russas. Kiev busca romper a continuidade dos territórios ocupados por Moscou no sul e no leste do país.

Com a tomada de Robotyne, o Exército ucraniano espera conseguir abrir uma brecha na frente sul, mas, para alcançar esse objetivo, precisa superar trincheiras, barreiras antitanque e campos minados espalhados pelos russos.

Na frente leste, as tropas ucranianas recuperaram na última semana de combates um quilômetro quadrado ao sul de Bakhmut, cidade capturada em maio por Moscou.

Ao mesmo tempo, a Rússia prosseguiu nesta segunda-feira sua campanha de bombardeios e matou pelo menos duas pessoas em um ataque contra uma instalação industrial na região de Poltava, centro da Ucrânia. O ataque também deixou cinco feridos, segundo a polícia.

O chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Yermak, escreveu nas redes sociais que as forças russas haviam atacado uma instalação petrolífera na localidade de Gogoleve e que dois empregados haviam morrido. Moscou afirmou, no entanto, que os bombardeios haviam mirado um armazém de armamento.

 

- Enormes meios -

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, nas sigla em inglês), um centro de análises pró-Ocidente, calcula que a Rússia mobilizou recursos significativos para defender as posições que está cedendo no momento e questiona se Moscou terá a capacidade de fazer o mesmo com as próximas linhas de defesa.

"As forças russas comprometeram uma quantidade considerável de material, esforços e homens para manter posições de defesa onde as forças ucranianas estão penetrando", destaca o ISW.

Para as autoridades ucranianas, cada localidade reconquistada representa um golpe às ambições do presidente russo, Vladimir Putin, um ano e meio após o início da invasão.

"Toda a legitimidade de Putin diante da elite russa se deve ao fato de que ainda não perdeu a guerra. Quanto mais a Rússia perder o controle dos territórios ocupados, mais rápido diminuirá o apoio ao regime", escreveu o conselheiro da presidência ucraniana, Mikhailo Podolyak, na rede X (antes conhecida como Twitter).

 

- Recuperar a iniciativa -

A Ucrânia luta, ao mesmo tempo, para manter suas linhas diante de uma ofensiva russa no nordeste, que avança há várias semanas.

Kiev teme que Moscou mobilize dezenas de milhares de homens neste eixo de ataque, para romper a frente de batalha neste setor e obrigar a Ucrânia a adotar um desvio de suas operações no sul.

Ilia Yevlash, porta-voz do Comando Leste do Exército ucraniano, afirmou no domingo que Moscou reuniu 45.000 soldados na área de Kupiansk, e outros 48.000, nas proximidades Lyman, mais ao sul.

No sábado, em um relatório, o Ministério britânico da Defesa afirmou que, diante dos avanços ucranianos, a Rússia poderia tentar "recuperar a iniciativa", multiplicando as operações de ataque.

"Kupiansk-Lyman é uma zona potencial para este cenário", afirma o documento.

A Ucrânia mantém a pressão e intensifica os ataques com drones em território russo: algumas ações atingiram Moscou e a península anexada da Crimeia, uma base crucial para o abastecimento das tropas de Moscou.

 

 

AFP

KIEV - Três pessoas foram mortas em um ataque noturno com mísseis russos contra a Ucrânia, e uma quarta morreu em um bombardeio na manhã de segunda-feira, disseram autoridades ucranianas.

O ministro do Interior, Ihor Klymenko, disse que as três pessoas mortas durante a noite eram trabalhadores de uma instalação industrial atingida na região de Poltava. Outros cinco ficaram feridos e outra pessoa estava desaparecida, segundo ele.

O chefe de gabinete presidencial, Andriy Yermak, descreveu a instalação como uma fábrica de óleo vegetal no distrito de Myrhorod, na região de Poltava, e postou fotos mostrando a fábrica em chamas. Klymenko disse que o fogo foi extinto posteriormente.

“As pessoas trabalhavam no turno da noite”, afirmou Yermak no aplicativo de mensagens Telegram.

Oleksandr Prokudin, governador da região de Kherson, disse que uma mulher de 63 anos foi morta em um bombardeio na vila de Sadove por volta das 10h40 de segunda-feira, pelo horário local.

Os militares ucranianos disseram que a Rússia lançou quatro mísseis do Mar Negro durante a noite, dois dos quais foram abatidos.

Os militares também afirmaram que a região de Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia, foi atingida por um ataque com mísseis. As autoridades locais disseram que várias casas particulares foram danificadas, mas não relataram vítimas.

A Rússia, que enviou dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia há 18 meses, não comentou imediatamente os relatos.

 

 

Reportagem de Pavel Polityuk; reportagem adicional de Anna Pruchnicka / REUTERS

UCRÂNIA - O ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta sexta-feira (25) que neutralizou 42 drones ucranianos perto da Crimeia, na maior tentativa recente de ataque aéreo contra a península, onde a Ucrânia reivindicou na véspera uma incursão terrestre de suas forças especiais.

O território, anexado por Moscou em 2014, é um alvo frequente das tropas ucranianas desde o início da ofensiva russa, mas nas últimas semanas Kiev intensificou os ataques.

"Nove drones foram destruídos depois que dispararam sobre o território da República da Crimeia. E 33 drones foram neutralizados por meios de guerra eletrônica e caíram sem atingir seu alvo", informou o ministério russo no Telegram.

O comunicado não cita possíveis danos ou vítimas após a tentativa de ataque, ou devido à queda dos drones abatidos.

O governador nomeado por Moscou para Sebastopol, Mikhail Razvozhayev, já havia anunciado que vários drones haviam sido destruídos "na área do cabo Quersoneso", a cerca de 10 km desta cidade que abriga a frota russa no Mar Negro.

Os serviços de emergência "não constataram danos nas infraestruturas civis", afirmou o governador. "Todas as forças e serviços estão preparados para o combate", acrescentou.

A Ucrânia não esconde a intenção de recuperar esta península no Mar Negro. Recentemente, o país aumentou a pressão na região, com ataques de drones navais e aéreos.

No final de julho, Moscou anunciou que derrubou 25 aparelhos na península. Algumas semanas antes, o balanço foi de 28 drones derrubados.

Além do ataque contra a Crimeia, a Defesa russa anunciou que interceptou um míssil ucraniano direcionado contra "alvos civis" na região de Kaluga, limítrofe com Moscou.

"Ninguém ficou ferido e não há danos nas infraestruturas", declarou o governador regional, Vladislav Shapsha.

 

- Operação na Crimeia -

Na quinta-feira, 24 de agosto e Dia da Independência, a Ucrânia anunciou uma operação especial na Crimeia, com forças especiais que hastearam a bandeira nacional no território.

A inteligência militar ucraniana não divulgou detalhes ad missão, mas destacou que as forças entraram pelo mar, cumpriram os objetivos estabelecidos e deixaram a região "sem baixas".

Na quarta-feira, o serviço de inteligência informou a destruição de um potente sistema russo de mísseis terra-ar, também na Crimeia.

As ações integram a contraofensiva de Kiev para tentar recuperar os territórios sob controle russo, mas que avança de maneira mais lenta que o esperado.

As autoridades ucranianas, em particular o presidente Volodimir Zelensky à frente, insistem que o país precisa de aviões de combate modernos para superar a atual situação.

Após vários apelos, a Ucrânia obteve a promessa da Dinamarca, Holanda e Noruega sobre o fornecimento de caças F-16 americanos. Os pilotos ucranianos, no entanto, precisam de treinamento para utilizar os aviões.

O Pentágono anunciou na quinta-feira que o treinamento começará em setembro nos Estados Unidos e que o processo vai demorar de cinco a oito meses, dependendo das habilidades dos militares ucranianos.

Zelensky conversou por telefone com o presidente americano Biden sobre o tema e para garantir que outros países aprovem rapidamente o envio de seus F-16 à Ucrânia assim que o treinamento for concluído, informou a Casa Branca.

 

- Putin fala sobre Prigozhin -

O conflito foi abalado nas últimas horas pelo acidente aéreo de quarta-feira nas proximidades de Moscou que supostamente matou o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin.

Na primeira reação do Kremlin ao acidente, o presidente Vladimir Putin elogiou na quinta-feira a "contribuição" de Prigozhin na Ucrânia e expressou "pêsames" aos parentes das vítimas da queda do avião.

O misterioso acidente que não deixou sobreviventes, apenas dois meses após a tentativa de motim do grupo Wagner contra o Estado-Maior russo, alimenta especulações de um eventual assassinato orquestrado.

Zelensky e Biden acusaram Putin.

"Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas não estou surpreso", disse Biden na quarta-feira. "Não há muita coisa que aconteça na Rússia que Putin não esteja por trás", acrescentou.

 

 

AFP

KIEV - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, prometeu nesta quarta-feira acabar com a ocupação russa da península da Crimeia e de todas as outras áreas que Moscou controla em seu país.

A Rússia tomou e anexou a Crimeia em 2014, em um movimento não reconhecido pela maioria dos outros países, e ocupou outras partes da Ucrânia desde a sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022. Kiev iniciou uma contraofensiva para tentar recuperar as terras perdidas.

"A Crimeia será desocupada como todas as outras partes da Ucrânia que infelizmente ainda estão sob o domínio do ocupante", afirmou Zelenskiy numa conferência internacional sobre a Crimeia, na qual ele disse que participaram representantes de mais de 60 países e organizações internacionais.

O presidente disse que as tropas ucranianas estavam avançando na contraofensiva lançada por Kiev no início de junho, mas não deu detalhes. Ele não estabeleceu prazo para a Ucrânia recuperar o controle da Crimeia.

A Rússia não dá sinais de abandonar a Crimeia, que tem usado como plataforma para lançar ataques com mísseis contra alvos ucranianos. Moscou diz que um referendo realizado depois que as forças russas tomaram a península mostrou que os crimeanos desejam genuinamente fazer parte da Rússia. O referendo não é reconhecido pela maioria dos países.

Os participantes da conferência da Plataforma da Crimeia ouviram discursos proferidos em vídeo por líderes estrangeiros, incluindo o presidente turco, Tayyip Erdogan, e o presidente francês, Emmanuel Macron.

Erdogan reiterou que Ancara não reconhece a anexação da Crimeia pela Rússia e apoia a integridade territorial da Ucrânia. Ele disse que a Turquia está trabalhando duro para manter as linhas de comunicação abertas, na esperança de que uma paz “justa e duradoura” possa ser acordada.

Zelenskiy afirmou que quando a Crimeia voltar ao controle ucraniano, fará parte da economia da Ucrânia e, portanto, da economia global.

"Hoje estamos dando o primeiro passo econômico. Estamos assinando o primeiro documento com empresas que estão prontas para entrar na Crimeia depois da Ucrânia", disse ele.

 

 

Reportagem de Anna Pruchnicka / REUTERS

UCRÂNIA - Três pessoas morreram e outras duas ficaram feridas, na terça-feira (22), em bombardeios russos contra duas cidades perto de Lyman, no leste da Ucrânia, anunciou o chefe da administração da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko.

As forças russas “atingiram as cidades da comunidade de Lyman esta noite: três pessoas foram mortas e uma ficou ferida em Torske, outro civil foi ferido em Zakitne”, escreveu Kyrylenko no Telegram.

“Segundo dados preliminares, os invasores atacaram as cidades com artilharia”, informou o gabinete do procurador regional de Donetsk em sua página no Facebook. O primeiro ataque ocorreu em Torske, às 18h50 locais (12h50 de Brasília) e o lançado contra a cidade de Zakitne ocorreu meia hora depois.

As pessoas mortas em Torske são duas mulheres e um homem idosos, entre 63 e 88 anos, que estavam sentados em um banco no momento do ataque, acrescentou o gabinete do procurador. Uma pessoa da mesma cidade sofreu ferimentos no tórax, mas costas e no quadril.

Segundo a mesma fonte, um homem de 26 anos sofreu uma fratura no crânio e uma concussão cerebral na cidade de Zakitne.

Outros quatro civis foram feridos por tiros de morteiro e um imóvel residencial foi atingido por dois drones explosivos em Seredyno-Buda, na região de Soumy, no nordeste da Ucrânia, informou a administração militar regional no Facebook.

 

 

ISTOÉ

RÚSSIA - O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta terça-feira (22) que sua aviação destruiu um navio de reconhecimento da Ucrânia no Mar Negro, cenário de ataques cada vez mais intensos entre os dois lados.

Além disso, pelo quinto dia consecutivo, o ministério anunciou que derrubou drones ucranianos na região de Moscou, que também virou um alvo frequente ações de Kiev nas últimas semanas.

"A tripulação de um Su-30cm (avião de combate russo) da Aviação Naval da Frota do Mar Negro destruiu um navio de reconhecimento das Forças Armadas ucranianas", afirmou o ministério em uma nota divulgada no Telegram.

O navio, que não foi identificado no comunicado, estava na "área de instalações russas de produção de gás no Mar Negro", acrescenta.

O Mar Negro virou um foco de conflito desde que a Rússia abandonou, em julho, um acordo mediado pela ONU e a Turquia que permitia as exportações de grãos ucranianos.

A Ucrânia intensificou os ataques contra navios ou posições russas na península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, enquanto a Rússia bombardeou em várias oportunidades as infraestruturas portuárias do país vizinho no Mar Negro e no rio Danúbio.

Na segunda-feira à noite, o ministério russo anunciou que neutralizou dois drones ucranianos a 40 quilômetros da Crimeia. Os aparelhos caíram no Mar Negro.

Na semana passada, navios militares russos destruíram um drone naval ucraniano durante uma tentativa de ataque, anunciou a pasta da Defesa.

 

- Drones contra Moscou -

Na manhã de terça-feira, a Rússia já havia anunciado a detecção e destruição de "dois drones" ucranianos na região de Moscou, que não provocaram vítimas nem danos, segundo o ministério.

O prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, disse que um aparelho foi abatido na área de Krasnogorsk, cerca de 20 km ao noroeste do Kremlin, e o segunda na área de Chastsy, quase 50 km ao sudoeste do centro da capital.

Os aeroportos internacionais de Domodedovo, Sheremetyevo e Vnukovo, em Moscou, foram fechados por alguns minutos, segundo a agência estatal russa TASS.

Na região russa de Briansk, na fronteira com a Ucrânia, a defesa aérea interceptou dois drones, que caíram sem provocar vítimas, anunciaram as autoridades de Moscou.

A intensificação dos ataques de Kiev contra zonas inimigas acontece de modo paralelo à contraofensiva iniciada em junho para tentar recuperar o território ocupado pela Rússia, mas a operação avança de modo mais lento que o governo ucraniano esperava.

As autoridades ucranianas anunciaram na segunda-feira que recuperaram três quilômetros quadrados perto de Bakhmut, no leste do país, e que não houve "mudanças significativas" na frente de batalha no sul.

Em uma viagem surpresa pela Europa para pedir mais ajuda ao país, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, desembarcou na Grécia na segunda-feira, depois de visitar Suécia, Holanda e Dinamarca.

As autoridades gregas apresentaram a proposta de treinar pilotos ucranianos nos caças F-16, informou Zelensky.

A Ucrânia celebrou na semana passada a decisão dos Estados Unidos de autorizar que Dinamarca e Holanda enviem para Kiev 61 caças F-16, após o treinamento dos pilotos ucranianos.

O treinamento organizado por uma coalizão de 11 nações deve começar ainda em agosto e as autoridades estão confiantes de que os pilotos estarão preparados no início de 2024.

A autorização para o envio dos aviões, muito aguardada por Kiev, provocou uma advertência de Moscou. O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse que o Kremlin consideraria os F-16 uma ameaça "nuclear" por sua capacidade de transportar armas atômicas.

 

 

AFP

COPENHAGUE - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, previu nesta segunda-feira que a Rússia perderá a guerra que ainda assola seu país, um dia depois que a Dinamarca e a Holanda prometeram doar caças F-16 para a Ucrânia.

"Hoje estamos confiantes de que a Rússia perderá essa guerra", disse Zelenskiy em um discurso diante de uma grande multidão ao ar livre em Copenhague.

 

 

Reportagem de Jacob Gronholt-Pedersen / REUTERS

UCRÂNIA - O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, demitiu todos os chefes regionais dos escritórios de recrutamento na Ucrânia. A onda de demissões foi impulsionada pelas inúmeras suspeitas de corrupção dentro dos quadros militares. Pouco antes, todos os escritórios de recrutamento militar em diferentes regiões do país haviam sido auditados.

De acordo com o Departamento de Investigações da Ucrânia, foram abertos 112 processos criminais contra representantes destes escritórios, 33 casos foram declarados suspeitos e ações judiciais estão sendo movidas contra 15 pessoas.

"Este sistema precisa ser administrado por pessoas que saibam exatamente o que é a guerra e por que o cinismo e o suborno durante a guerra constituem traição", disse Zelenski após uma reunião do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, onde a decisão foi tomada. O presidente anunciou que ex-combatentes irão ser os novos responsáveis pelo recrutamento.

 

Casos de suborno e atestados falsificados

Essa não é a primeira tentativa do presidente ucraniano de controlar a corrupção no país. Mas nas últimas semanas, os escândalos se acumularam em torno de vários chefes de escritórios de recrutamento.

O ex-comissário militar de Odessa, Yevhen Borisov, por exemplo, foi acusado de ter aceitado suborno e, assim, embolsado milhões de euros desde o início da guerra. Segundo a imprensa local, após a invasão russa, Borisov comprou imóveis de luxo na Espanha e carros de luxo para parentes. Após o caso vir à tona, ele foi demitido e preso.

A auditoria nos escritórios de recrutamento também revelou que o comissário militar na Transcarpátia, oeste da Ucrânia, recrutou soldados para uma obra em sua propriedade. Já em Rivne, no noroeste do país, houve até mesmo casos de abuso.

O chefe de um escritório na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, também foi preso. Segundo a investigação, ele enviou subordinados próximos a ele para uma brigada ucraniana. Apesar de nunca terem participado de combates, os enviados foram remunerados como tal. As quase 100 buscas em escritórios de recrutamento em Kiev e em 10 outras regiões também revelaram a evidência de venda de supostos atestados médicos para a dispensa do serviço militar.

 

Oposição pede mais transparência

Enquanto isso, a oposição no parlamento ucraniano pediu ao presidente que torne públicos os critérios usados ​​para demitir os todos comissários militares, e não apenas aqueles flagrados em violações. "Se todos aceitaram subornos e se envolveram em atividades ilegais, eles não devem apenas ser demitidos, e sim presos", escreveu disse Irina Herashchenko, da bancada Solidariedade Europeia.

Zelenski prometeu prisões, mas não em todos os casos. "As autoridades que confundem distintivos militares com favoritismo certamente serão levadas ao tribunal", disse o presidente. Ele destacou ainda que os oficiais demitidos contra os quais não houver indícios de crime ou violação deverão ir para o front, caso queiram manter a patente e provar sua dignidade.

 

Apelo público por demissões

Para o cientista político Volodimir Fesenko, do centro ucraniano de pesquisa política aplicada Penta, a substituição completa dos comissários militares é uma resposta ao apelo público. O especialista acredita que o presidente aposta agora em pessoas com experiência em combate que deverão se tornar "guardas morais contra a corrupção no sistema".

Fesenko ressalta, no entanto, que a mudança que não se trata de uma reforma e que o aparato estatal não oferece proteção total contra a corrupção. "Mesmo para os que entrarão agora, as tentações serão grandes. Trata-se de cargos lucrativos, pois muitos tentam comprar sua dispensa para não ir para a guerra".

Hlib Kanevski, do centro anticorrupção StateWatch, considera a substituição dos comissários militares necessária, mas não precisaria ter ocorrido todas ao mesmo tempo. Essa mudança, segundo ele, pode atrasar o sistema de recrutamento por pelo menos três meses. "Substituir todas as lideranças antigas por novas traz benefícios de curto prazo, pois o presidente atende ao anseio por justiça", pontua.

"Mas se o sistema perde muitas lideranças ao mesmo tempo, isso tem um impacto negativo nos trabalhos", avalia o especialista. Segundo Kanevski, simplesmente substituir as pessoas não é suficiente, pois os novos acabariam caindo no mesmo ambiente corrupto.

 

Na busca de soluções

Lyubov Halan, do centro de direitos humanos Prinzip, que oferece assistência jurídica a soldados, acredita que a corrupção — mesmo entre as novas lideranças — só pode ser combatida com transparência. "As investigações não devem ser limitar a casos individuais. O sistema precisa ser reformado, pois isso afeta muito a percepção da sociedade sobre a mobilização e os ânimos daqueles que estão lutando. Enquanto uns compram sua dispensa com meros trocados, outros estão em trincheiras, e isso é escandaloso, injusto e mina a confiança no Estado", disse Halan.

Para combater o problema, a especialista sugere uma gestão eletrônica eficiente de documentos no sistema de recrutamento, permitindo assim a troca de dados.

A Agência Nacional de Prevenção da Corrupção da Ucrânia elaborou um plano visando especificamente o cruzamento das fronteiras do país por cidadãos ucranianos. "O abuso mais comum nas repartições de recrutamento é o atestado de incapacidade para o serviço militar. As certidões emitidas permitem a saída do país", conta Oleksandr Novikov, chefe do órgão. Conforme seu plano, deverão ser alteradas as regras de cruzamento de fronteira e emissão dos respectivos documentos. As bases de dados do serviço fronteiriço e as dos serviços de recrutamento devem estar interligadas. Segundo Novikov, isso garantiria mais transparência em todo o processo.

O presidente ucraniano já havia anunciado que intensificaria as ações contra a corrupção no país. Uma das razões é promover o avanço das negociações sobre uma possível adesão à União Europeia e à Otan, já que tais reformas são uma condição da UE para a adesão ao bloco.

 

 

 

Autor: Lilia Rzheutska / DW BRASIL

MOSCOU - A Rússia afirmou nesta sexta-feira (18) que destruiu drones ucranianos aéreos e navais em Moscou e no Mar Negro, alvos frequente das tropas de Kiev nas últimas semanas.

"Esta noite, em uma tentativa de atacar Moscou, as forças de defesa aérea destruíram um drone", afirmou o prefeito da capital russa, Serguei Sobianin.

"Os destroços do drone caíram na área do Centro de Exposições e não provocaram danos significativos ao edifício ou vítimas", acrescentou o prefeito.

O Ministério da Defesa atribuiu a ação Kiev. Um comunicado afirma que o ataque aconteceu às 4H00 (22H00 de Brasília, quinta-feira) contra "alvos em Moscou e sua região".

O Centro de Exposições, na zona oeste da cidade e a apenas cinco quilômetros do Kremlin, recebe vários congressos profissionais.

A agência estatal de notícias TASS informou que uma das paredes do pavilhão desabou parcialmente. O espaço aéreo nas proximidades do aeroporto de Vnukovo foi fechado por alguns minutos.

Os ataques com drones da Ucrânia contra territórios russos controlados pela Rússia aumentaram nas últimas semanas, mas geralmente não provocam vítimas ou danos.

A capital russa, que no início do conflito não sofreu com as hostilidades, virou um alvo frequente de ataques. No final de julho e início de agosto, a Força Aérea interceptou drones sobre o distrito financeiro de Moscou. Os destroços provocaram danos a um arranha-céu.

Em maio, dois aparelhos foram derrubados nas proximidades do Kremlin.

Há algumas semanas, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, advertiu que a "guerra" estava chegando à Rússia, "a seus centros simbólicos e a suas bases militares".

 

- Hostilidades no Mar Negro -

Outro foco de hostilidades é o Mar Negro, especialmente desde que a Rússia abandonou em meados de julho o acordo, mediado pela ONU e a Turquia, que permitia a exportação de grãos ucranianos.

Na quinta-feira à noite, as forças russas impediram um ataque com um drone naval contra sua frota na região, que também é um alvo recorrente de Kiev, informou o Ministério da Defesa.

O drone ucraniano tinha como alvos dois barcos de patrulha que "cumpriam tarefas de controle de navegação na parte sudoeste do Mar Negro, 237 km ao sudoeste de Sebastopol", afirmou o ministério.

"O aparelho inimigo sem tripulação foi destruído pelos disparos dos navios russos sem conseguir cumprir seu objetivo", acrescenta uma nota oficial.

Um dos alvos era o navio "Vassili Bykov", que no domingo disparou tiros de advertência contra um cargueiro de uma empresa turca que seguia para o porto ucraniano de Izmail.

Desde o fim do acordo de exportação de grãos, os dois lados ameaçam atacar os navios de carga que avançam em direção aos portos do lado considerado inimigo.

Apesar da tensão, na quinta-feira um cargueiro que zarpou da Ucrânia chegou a Istambul, segundo sites que monitoram o tráfego marítimo, o primeiro a completar o trajeto desde o fim do acordo.

Moscou intensificou nas últimas semanas os ataques contra as infraestruturas portuárias ucranianas no Mar Negro e no Danúbio.

As hostilidades acontecem de modo paralelo à contraofensiva militar iniciada em junho pela Ucrânia, que registra um avanço mais lento do que o esperado por Kiev, apesar dos novos equipamentos de defesa fornecidos pelos aliados ocidentais.

 

 

AFP

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