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EUA - O Kremlin disse na quinta-feira (22) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, 81, "degradou" seu próprio país ao xingar seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, de "filho da puta maluco" em um evento de campanha. O governo russo definiu o comentário como um "ato fracassado de um caubói de Hollywood".

Em comício para arrecadar fundos ocorrido em San Francisco na noite desta quarta-feira (21), Biden usou a sigla "SOB" ao se referir a Putin. Em inglês, é a abreviatura de "son of a bitch" (filho da puta). Seria o equivalente a "fdp" em português.

"Temos um fdp maluco como este Putin, e outros, e sempre temos que nos preocupar com o conflito nuclear, mas a ameaça existencial para a humanidade é o clima", disse Biden em breve discurso.

Atrás do republicano Donald Trump em pesquisas de intenção de voto na disputa pela Casa Branca, em novembro, o democrata subiu o tom em relação a Putin. Em outras ocasiões, o presidente americano já havia dito que o líder russo é "assassino", "carniceiro" e "criminoso de guerra" -a invasão da Rússia à Ucrânia completará dois anos no sábado (24).

Biden disse ainda que os EUA anunciariam nesta sexta (23) um novo pacote de sanções contra Moscou pela morte em condições nebulosas de Alexei Navalni, o mais conhecido opositor de Putin -o ativista estava em uma prisão de segurança máxima e, seis dias após sua morte, a família ainda não pôde ver o corpo. Segundo o Serviço Federal Prisional russo, ele morreu após desmaiar durante uma caminhada.

Em comentário à TV pública russa, Putin disse que o xingamento de Biden exemplifica o motivo de ele preferir Biden a Trump para um segundo mandato à frente da Casa Branca, como havia dito na semana passada.

"Estamos prontos para trabalhar com qualquer presidente. Mas acredito que, para nós, para a Rússia, é preferível Biden como presidente, e julgando pelo que ele acabou de dizer, estou absolutamente certo", afirmou.

Não é a primeira vez que Biden xinga alguém em público. Em janeiro de 2022, o presidente disse que um repórter da Fox News, emissora de viés conservador, era um "filho da puta estúpido" após ser questionado sobre o índice de inflação. Aparentemente, o presidente não percebeu que o seu microfone estava aberto, e o momento foi captado pelas câmeras de televisão.

Em relação ao comentário desta quinta, o porta-voz do Kremlin disse que o comentário foi vergonhoso.

"É improvável que o uso desse tipo de linguagem contra o chefe de outro Estado atinja o presidente Putin. Mas isso rebaixa aqueles que usam esse vocabulário ", disse Dmitri Peskov à agência de notícias Reuters. Segundo ele, o comentário foi provavelmente uma tentativa do democrata de parecer um caubói de Hollywood. "Mas, sinceramente, não acho que isso seja possível."

"Putin já usou alguma palavra grosseira para se dirigir a você? Isso nunca aconteceu. Portanto, acho que esse vocabulário rebaixa a própria América", acrescentou.

O ex-presidente russo Dmitri Medvedev, que ocupou o Kremlin de 2008 a 2012, também rebateu o americano e afirmou que a ameaça existencial ao mundo vinha de "velhos inúteis, como o próprio Biden". Medvedev disse que Biden está senil e "pronto para iniciar uma guerra com a Rússia".

A Guerra da Ucrânia, a morte de Navalni e as declarações dos EUA de que a Rússia planeja colocar uma arma no espaço têm mantido um alto nível de tensão nas relações entre Moscou e o Ocidente.

 

 

POR FOLHAPRESS

RÚSSIA - O presidente Vladimir Putin disse nesta quarta-feira que cientistas russos estão próximos de criar vacinas contra o câncer que em breve poderão estar disponíveis para os pacientes.

Putin disse em comentários televisionados que "chegamos muito perto da criação das chamadas vacinas contra o câncer e de medicamentos imunomoduladores de uma nova geração".

"Espero que em breve eles sejam efetivamente usados como métodos de terapia individual", acrescentou, falando em um fórum de Moscou sobre tecnologias futuras.

Putin não especificou quais tipos de câncer as vacinas propostas teriam como alvo, nem como.

Vários países e empresas estão trabalhando em vacinas contra o câncer. No ano passado, o governo do Reino Unido assinou um acordo com a BioNTech, sediada na Alemanha, para lançar testes clínicos que fornecem "tratamentos personalizados contra o câncer", com o objetivo de atingir 10.000 pacientes até 2030.

As empresas farmacêuticas Moderna e MSD estão desenvolvendo uma vacina experimental contra o câncer que, segundo um estudo em estágio intermediário, reduziu pela metade a chance de recorrência ou morte por melanoma -- o câncer de pele mais mortal -- após três anos de tratamento.

Atualmente, existem seis vacinas licenciadas contra o papilomavírus humano (HPV), que causa muitos tipos de câncer, inclusive o câncer de colo do útero, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, bem como vacinas contra a hepatite B (HBV), que pode levar ao câncer de fígado.

Durante a pandemia do coronavírus, a Rússia desenvolveu sua própria vacina Sputnik V contra a Covid-19 e a vendeu para vários países, embora internamente tenha enfrentado uma relutância generalizada do público em ser vacinado.

O próprio Putin disse que havia tomado a Sputnik, em uma tentativa de garantir à população sua eficácia e segurança.

 

 

 

Reportagem de Lucy Papachristou / REUTERS

RÚSSIA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em uma entrevista transmitida na quarta-feira (14) que prefere Joe Biden a Donald Trump, mas que está disposto a trabalhar com qualquer presidente dos Estados Unidos.

Putin foi questionado pelo entrevistador russo Pavel Zarubin sobre quem era melhor para a Rússia -o democrata ou o republicano. "Biden. Ele é uma pessoa mais experiente e previsível, um político da velha guarda. Mas trabalharemos com qualquer presidente dos EUA em quem o povo americano tenha confiança", afirmou.

O líder russo disse que a campanha eleitoral americana está ganhando impulso e que, em sua opinião, é incorreto a Rússia interferir no processo.

Putin também comentou relatos sobre a saúde de Biden, fazendo referência a uma ocasião em que o líder americano bateu a cabeça ao sair de um helicóptero que o trazia à Casa Branca. "O fato de que em algum lugar, saindo do helicóptero, ele bateu a cabeça no helicóptero -bem, quem não bateu em algum lugar com a cabeça?"

Ele enfatizou que não se enxerga no direito de fazer quaisquer comentários sobre este assunto. "Não devemos olhar para isso, devemos olhar para a posição política."

As eleições presidenciais americanas, em 5 de novembro, estão novamente se encaminhando para um embate entre Donald Trump e Joe Biden, uma repetição do pleito de 2020.

Desde o início da Guerra da Ucrânia, há quase dois anos, Biden tem feito de Putin um vilão. Além de definir várias rodadas de sanções contra Moscou -com apoio da União Europeia-, seu governo se tornou um dos principais financiadores de armamentos para Kiev. O democrata também viu com bons olhos a adesão da Finlândia e da Suécia à Otan, a aliança militar ocidental.

Contudo, Biden já deixou claro em várias ocasiões que não quer um conflito direto com a Rússia, tampouco tentar derrubar Putin ou atacar o país.

 

 

POR FOLHAPRESS

RÚSSIA - O presidente Vladimir Putin disse na quarta (31) que o míssil que derrubou um avião de transporte com 74 pessoas a bordo em Belgorodo, no sudoeste da Rússia, foi disparado por um sistema antiaéreo americano Patriot.

O russo não apresentou as evidências de sua acusação, embora os primeiros relatos das autoridades que investigavam o abate ocorrido há uma semana eram de que fragmentos sugeriam que arma usada era de fabricação ucraniana.

Putin pediu, assim como a Ucrânia fizera antes, uma investigação internacional sobre o incidente -algo inusual para o líder, que sempre desprezou conclusões externas, como no caso do abate de um Boeing-777 sobre a Ucrânia em 2014, atribuído por uma apuração holandesa a separatistas pró-Rússia.

Há muitas implicações na fala de Putin, que ocorre em meio ao pior momento para os ucranianos na guerra, salvo o início da invasão de fevereiro de 2022.

Isso porque os Estados Unidos e a Otan, clube militar liderado por Washington, sempre condicionaram a entrega de material bélico para Kiev ao compromisso de não empregá-lo contra território russo. O medo era o de dar um motivo para Putin escalar o conflito, acusando o Ocidente de atacar diretamente a Rússia.

Como Putin presumivelmente não vai querer arriscar começar a Terceira Guerra Mundial agora, até porque está em um momento de vantagem no conflito como vizinho, é provável que sua fala tenha mirado o ânimo ocidental em apoiar Kiev com mais armamentos.

Ela ocorreu um dia depois da divulgação, pela imprensa americana, que o governo Joe Biden autorizou o envio de um novo tipo de artilharia que vai dobrar para 150 km o alcance das armas atuais dos ucranianos. Trata-se da GLSDB (sigla inglesa para Bomba de Pequeno Diâmetro Lançada do Solo), uma arma que adapta guiagem nova à munição antiga, que por ser mais barata pode ser entregue em grande quantidade.

Não está claro, contudo, sob qual rubrica orçamentária virão tais bombas, dado que os EUA anunciaram não ter mais dinheiro novo para fornecer armas à Ucrânia se o Congresso não aprovar um pacote de R$ 300 bilhões proposto por Biden no ano passado e vetado pela oposição republicana.

A acusação de Putin também é feita sob medida para dissuadir a Alemanha de fornecer mísseis de cruzeiro avançados Taurus, arma que o governo de Volodimir Zelenski vem fazendo lobby para ter. Com capacidade de atingir alvos a 500 km, eles dobrariam o alcance de armas semelhantes que Reino Unido e França deram para a Ucrânia.

Berlim foi quem forneceu duas baterias Patriot para a Ucrânia, e se comprometeu a repassar mais desses sistemas em um anúncio no ano passado. Ao menos uma delas foi destruída por um míssil hipersônico Kinjal russo no fim do ano passado.

A escassez do vital armamento, o mais sofisticado sistema antiaéreo a serviço da Ucrânia, joga dúvida sobre a afirmação do presidente russo. Parece improvável que a Ucrânia deslocaria sua única bateria remanescente para a longe da capital, seu centro nervoso a ser defendido, para atacar alvos dentro da Rússia.

Se quisesse fazer isso, poderia usar o sistema americano-norueguês Nasams ou o alemão Iris-T, que tem em maior quantidade. Ou algum dos remanescentes de seu arsenal antiaéreo soviético, notadamente os lançadores S-300, embora haja relatos de que falta munição para o modelo.

No abate do grande Il-76, modelo que é a espinha dorsal da aviação de transporte militar russa, morreram 74 pessoas. Dessas, 65 seriam prisioneiros de guerra ucranianos que rumavam para uma troca naquele dia por detentos russos no país vizinho, segundo Moscou. Kiev não confirma, mas também não desmente a informação, assim como a autoria do disparo.

Nesta quarta, houve a primeira troca de prisioneiros de guerra desde o incidente, com 195 russos e 207 ucranianos voltando para seus países.

Politicamente, a pressão fica redobrada sobre Zelenski, que adicionou uma crise militar doméstica à lista de seus problemas -que começam pela inapetência dos EUA e da Europa em renovar o apoio militar ao país depois do fracasso de sua contraofensiva, no ano passado, e o recrudescimento dos ataques aéreos russos neste inverno do Hemisfério Norte.

Na segunda (29), o presidente pediu a cabeça do comandante das Forças Armadas, Valeri Zalujni, que declinou da oferta de fazê-lo voluntariamente. Com o ônus da demissão do popular general na mão, Zelenski ainda viu a notícia vazar, e manteve o suspense sobre o que irá ocorrer.

Este relato, feito por diversos políticos ucranianos e com pelo menos um aliado de Zalujni o confirmando em público, não foi desmentido. O presidente e o general se estranhavam há meses, com declarações contraditórias de lado a lado, e o entorno de Zelenski vê o o militar como uma estrela em ascensão política com pretensões maiores.

A cisão não passou despercebida em Moscou, onde o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que o caso está sendo "monitorado" e que revelaria "os problemas de Kiev".

 

 

POR FOLHAPRESS

MOSCOU (Reuters) - Um importante diplomata russo disse que Moscou e Washington ainda estavam envolvidos em negociações delicadas sobre uma troca de prisioneiros, mas acusou os Estados Unidos de vazar detalhes para a imprensa.

Os EUA disseram em 5 de dezembro que a Rússia havia rejeitado uma proposta "nova e significativa" para a libertação de Paul Whelan, o ex-fuzileiro naval norte-americano que cumpre pena de 16 anos na Rússia por espionagem, e do repórter norte-americano Evan Gershkovich, que aguarda julgamento em Moscou por acusações de espionagem.

Os dois homens negam que sejam espiões e os EUA têm os classificado como "detidos injustamente" pela Rússia.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse à agência de notícias Interfax em uma entrevista publicada nesta sexta-feira: "A questão da troca de cidadãos que cumprem pena de prisão na Rússia e nos Estados Unidos é extremamente delicada. As decisões nessa área são frequentemente prejudicadas por serem ativamente discutidas em público".

Ele disse que os contatos sobre possíveis trocas estavam sendo conduzidos pelos serviços de inteligência de ambos os países.

"É interessante que os participantes desses contatos do lado norte-americano insistam em sua total confidencialidade. Nós também aderimos a essa linha, mas então ocorrem certas reviravoltas quando a Casa Branca regularmente organiza 'vazamentos' e começa a discutir questões sensíveis no espaço público."

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na semana passada que Moscou esperava chegar a um acordo, mas que Washington precisava ouvir as condições da Rússia, que ele não especificou.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na quarta-feira que Washington estava buscando ativamente a libertação de Whelan e Gershkovich.

Os dois países já fizeram trocas de prisioneiros de alto nível no passado -- mais recentemente, em dezembro de 2022, quando Moscou trocou Brittney Griner, uma estrela do basquete dos EUA condenada por um crime relacionado a drogas na Rússia -- pelo traficante de armas russo Viktor Bout.

O Wall Street Journal tem negado veementemente que seu repórter Gershkovich seja um espião. Ele foi detido em março e acusado de tentar obter segredos militares.

Whelan, preso em 2018, foi citado pela BBC nesta semana dizendo que se sentia "abandonado" pelos EUA e que sua vida estava "se esvaindo" em uma colônia penal russa.

A Casa Branca disse na quinta-feira que estava "muito preocupada" com os relatos de que Whelan se sentia sob ameaça física na prisão.

 

 

 

Por Reuters

BRUXELAS - Países membros estão divididos sobre a reunião anual dos ministros das Relações Exteriores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, na quinta-feira, com as nações bálticas, e a Ucrânia está se recusando a comparecer devido à presença de Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia.

Composta por 57 membros,  a OSCE (sigla em inglês) é a sucessora de uma organização da era da Guerra Fria com a qual as potências soviéticas e ocidentais se envolveram, mas está agora em grande parte paralisada pelo uso contínuo, por parte da Rússia, do veto efetivo que cada país tem.

Os EUA e seus aliados procuram simultaneamente manter viva a OSCE e responsabilizar a Rússia pela invasão da Ucrânia. Eles comparecem à reunião enquanto fazem questão de denunciar as ações de Moscou --  postura que alguns dos aliados mais próximos da Ucrânia têm pouco interesse.

“Como é que se pode falar com um agressor que está cometendo genocídio, uma agressão total contra outro Estado-membro, a Ucrânia?”, disse a jornalistas nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, em Bruxelas, onde participou de uma reunião da OTAN.

A Estônia, a Lituânia e a Letônia estão do lado da Ucrânia nessa questão. A agência de notícias russa Tass informou que Lavrov chegou a Skopje nesta quarta-feira após um vôo tortuoso de cinco horas, que evitou o espaço aéreo de países que proibiram aeronaves russas.

O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse compreender o desconforto com a participação de Lavrov na reunião em Skopje, na Macedônia do Norte. Afirmou, no entanto, que era uma oportunidade para Lavrov ouvir uma ampla condenação da guerra da Rússia na Ucrânia.

 

 

Por Andrew Gray e Francois Murphy e Ingrid Melander / REUTERS

RÚSSIA - Países no centro das duas principais guerras em curso no mundo, na Ucrânia e em Israel, Rússia e Irã finalizaram um antecipado acordo militar segundo o qual Moscou irá fornecer caças e helicópteros de ataque modernos para Teerã.

É a primeira vez que a República Islâmica faz uma aquisição do tipo desde que encomendou 35 caças MiG-29, que já estavam entrando em obsolescência, da União Soviética em 1990.

Segundo o ministro-adjunto da Defesa do país persa, Mehdi Farahi, disse nesta terça (28) à agência de notícias Tasnim, "os planos foram finalizados para caças Sukhoi Su-35, helicópteros de ataque Mil Mi-28 e treinadores a jato Iak-130 para integrar as unidades de combate do Exército do Irã".

O acordo vinha sendo costurado há anos, e há especulações de que parte dos caças já esteja nas mãos iranianas, dado que havia um lote de 24 Su-35 em padrão de exportação pronto para ser entregue ao Egito, que abandonou o negócio após a invasão russa da Ucrânia, em 2022.

Não foi o único país a fazer isso, temendo represálias indiretas vindas das sanções ocidentais devido à guerra. A Indonésia, tradicional comprador de armas russas, também desistiu do mesmo caça em favor de modelos ocidentais. O Egito já opera o francês Rafale e negocia a aquisição da versão mais recente do americano F-15.

A compra iraniana é a primeira de material de ponta desde que o país adquiriu 80 caças F-14 dos Estados Unidos, em 1976, quando ainda era regido pelo xá. Até a Revolução Islâmica, que cortou laços entre Teerã e Washington, 79 deles foram entregues -e 41 seguem voando, segundo o IISS (Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de Londres).

Eles formam o centro da aviação de combate do país, que tem 312 aeronaves, incluindo aí os MiG-29 e uma coleção de modelos americanos ainda mais velhos: 74 F-5 e 62 Phantom-2, além de 12 Mirage F-1 confiscados do vizinho Iraque na guerra entre os países (1980-88).

É uma frota obsoleta, com alguns melhoramentos domésticos. O Irã se destaca, contudo, em outros campos, particularmente o arsenal sofisticado de mísseis balísticos. Com 610 mil militares, tem a maior força do Oriente Médio e acaba de lançar um novo destróier.

Essa posição e a rede de aliados regionais fez com que os EUA ameaçassem diretamente o país a não se envolver na guerra entre Israel e o Hamas, grupo palestino apoiado por Teerã assim como o Hezbollah libanês e a milícia houthi do Iêmen, que têm atacado o Estado judeu de forma lateral desde o início do conflito ora pausado.

Não se sabe valores nem números exatos de equipamento envolvido na negociação entre Putin e os aiatolás. O Su-35 é considerado um avião sofisticado, apesar de não ter um radar comparável ao de modelos ocidentais, mas 24 unidades não mudarão o balanço militar da região. Mas é um salto de qualidade notável após 47 anos com os F-14.

Em 2022, o Irã administrou o 10º orçamento militar do mundo, segundo o IISS -US$ 44 bilhões, num ranking liderado com folga pelos EUA, seguidos por China e Rússia. O Brasil está em 15º, com US$ 23 bilhões nas contas britânicas.

O país vive sob sanções por parte dos EUA, que deixaram em 2018 o acordo que aliviava a pressão sobre a economia local em troca de Teerã não desenvolver a bomba atômica. Há negociações visando reabrir o arranjo, e hoje especialistas creem que os iranianos estão tecnologicamente aptos a montar um artefato nuclear.

 

RÚSSIA BUSCA MERCADOS

Putin é aliado do Irã e dos outros membros do chamado Eixo da Resistência contra a normalização da existência de Israel entre seus vizinhos árabes, mas mantinha até a guerra boa relação com Tel Aviv. O russo, contudo, tem outros problemas para lidar na sua outrora pujante indústria de exportação bélica.

Moscou segue tendo na Índia, que mantém uma posição de independência no conflito ucraniano, seu maior mercado militar, ao lado da aliada China. Mas o fechamento global de portas a seu material levou a procurar países considerados párias no Ocidente.

Além do Irã, de quem recebe drones de ataque usados quase diariamente contra a Ucrânia, a Rússia estreitou laços com a opaca Coreia do Norte, ditadura comunista mais fechada do mundo.

O anunciado lançamento de um satélite espião, que segundo o ditador Kim Jong-un lhe permitiu ver a Casa Branca e instalações navais americanas, se realmente foi bem-sucedido teve a mão russa: no encontro que teve com Putin em setembro, foi discutida cooperação espacial.

Em troca, embora ninguém confirme, especula-se que Pyongyang tenha fornecido munição para artilharia russa de seus estoques. O Pentágono disse na segunda (27) que até mil contêineres com armamentos foram enviados desde então para Moscou.

 

 

POR FOLHAPRESS

FINLÂNDIA - A Finlândia fechará quatro pontos de passagem de sua longa fronteira com a Rússia, com o objetivo de interromper o fluxo de migrantes do Oriente Médio e da África. O país nórdico acusa Moscou de estar levando essas pessoas para a fronteira de forma deliberada como retaliação à sua adesão à Otan.

O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, e a ministra do Interior, Mari Rantanen, disseram na quinta-feira (16/11) que os pontos de passagem da região sudeste do país – Imatra, Niirala, Nuijamaa e Vaalimaa – serão fechados à meia-noite de sexta-feira na fronteira com a Rússia, que também serve como fronteira externa da União Europeia (UE). A medida ficará em vigor até 18 de fevereiro.

A fronteira entre os dois países tem 1.340 quilômetros, e a paisagem inclui de florestas densas no sul a relevos acidentados no Ártico. Atualmente, há nove pontos de passagem, sendo um exclusivo para viagens de trem.

Durante o anúncio, Orpo referiu-se a dezenas de migrantes, a maioria do Oriente Médio e da África, que chegaram nos últimos dias ao país nórdico sem a documentação adequada e pediram asilo depois de supostamente terem sido ajudados pelas autoridades russas a viajar para a zona de fronteira.

Há décadas, as autoridades de fronteira de ambos os países vinham cooperando para deter pessoas sem os vistos ou passaportes necessários antes que pudessem tentar entrar em qualquer um dos dois países.

 

Pedidos de asilo

As autoridades finlandesas disseram que, nos últimos meses, a Rússia começou a permitir que viajantes sem documentos acessassem a zona de fronteira e entrassem nos pontos de passagem, onde poderiam solicitar asilo na Finlândia.

A guarda de fronteira finlandesa afirmou que, nos últimos dias, os migrantes chegaram principalmente do Iraque, Síria, Iêmen, Turquia e Somália, e quase todos chegaram à zona de fronteira em bicicletas que, segundo relatos da mídia finlandesa e russa, foram fornecidas e vendidas a eles.

A maioria deles usou a Rússia apenas como um país de trânsito para entrar na Finlândia e, consequentemente, na UE, informaram as autoridades. Cerca de 280 migrantes de outros países chegaram à Finlândia vindos da Rússia desde setembro.

Segundo o país europeu, não é o número de migrantes que importa, mas o fato de haver informações apontando que eles estão servindo a um plano de Moscou. "Não se trata de uma questão normal sobre política de asilo", disse Rantanen.

Na quarta-feira, o presidente finlandês, Sauli Niinistö, associou as ações da Rússia à adesão da Finlândia à Otan em abril, após décadas de não alinhamento militar, algo que fez Moscou ameaçar Helsinque com medidas de retaliação.

Ele observou que a Finlândia deve estar preparada para "certa malícia" da Rússia devido à sua decisão de se juntar à aliança militar ocidental, motivada pelos desdobramentos da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

"Sim, estamos constantemente sendo lembrados [por Moscou] de que a Finlândia aderiu à Otan", disse Niinistö a repórteres durante uma visita à Alemanha.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, foi questionado na quarta-feira sobre o fechamento dos pontos de passagem na fronteira e disse que as autoridades russas "lamentam profundamente que a liderança da Finlândia tenha escolhido o caminho do distanciamento deliberado da natureza anteriormente boa de nossas relações bilaterais".

 

 

bl/le (AP, AFP)

dw.com

EUA - O presidente americano, Joe Biden, fez um discurso em rede nacional do Salão Oval da Casa Branca na quinta (19) anunciando que enviará ao Congresso nesta sexta um pacote urgente de ajuda a Israel e Ucrânia. O valor pode chegar a US$ 100 bilhões, de acordo com a imprensa americana.

Foi o segundo discurso do Salão Oval, reservado para ocasiões de maior relevância, proferido por Biden em toda sua presidência.

Ele comparou ainda a Rússia e o Hamas, afirmando que ambos querem "aniquilar democracias vizinhas" e representam ameaças à segurança nacional americana. Biden disse ainda que "adversários" dos EUA observam atentamente os conflitos e a resposta de Washington, e que por isso ela deve ser firme, do contrário outros problemas podem surgir em outras regiões -entre elas, o Indo-Pacífico, citou, em uma referência velada à China.

O objetivo da fala foi atrelar o apoio de Washington à Ucrânia, que sofre crescente resistência de republicanos, à aliança com Israel, está muito mais consensual no país.

"É um investimento inteligente que vai pagar dividendos para a segurança americana por gerações", disse. "Isso vai nos ajudar a construir um mundo mais seguro, pacífico e próspero para nossos filhos e netos."

O apelo tem um destinatário claro, vizinho da Casa Branca: o Congresso. Um pacote bilionário de ajuda a Kiev já havia sido enviado para aprovação do Legislativo no mês passado em conjunto com as leis orçamentárias para o ano fiscal de 2024, mas não foi votado.

Desde o início de outubro, a Câmara está paralisada após derrubar de maneira inédita seu presidente. Até agora, os republicanos, que são maioria na Casa, não conseguiram concordar com um novo nome para suceder Kevin McCarthy, o que impede que qualquer outro tema seja votado pelos deputados.

"Vocês não podem deixar a política pequena, partidária, raivosa, atrapalhar nossas responsabilidades como uma grande nação", afirmou Biden.

O argumento do democrata é que ambos os confrontos, por mais que estejam longe dos EUA, são ameaças ao interesse nacional do país. "Eu sei que esses conflitos podem parecer distantes", disse. "A liderança americana é o que mantém o mundo em pé. As alianças americanas são o que mantém nós, a América, seguros."

Caso os EUA recuem de seu apoio à Ucrânia, o líder russo, Vladimir Putin, não vai se limitar a invadir esse território, como também vai avançar para a Polônia e os países bálticos, disse o americano.

Biden repetiu que não vai enviar tropas americanas para lutar com russos ou no Oriente Médio, apenas equipamentos bélicos "empilhados nos estoques" dos EUA.

O discurso, que durou 15 minutos, acontece um dia após a visita do democrata a Israel, em uma demonstração de apoio ao seu maior aliado no Oriente Médio, e do veto do país a uma resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas que pedia pausas humanitárias e condenava os ataques terroristas pelo Hamas.

Biden reforçou nesta quinta que "o mundo não pode abandonar a solução de dois Estados" para o conflito, e alertou para episódios de antissemitismo e islamofobia. Ele citou o assassinato de uma criança de origem palestina de 6 anos em Chicago na semana passada.

Ele se disse ainda sensibilizado com o ataque a um hospital na Cidade de Gaza que deixou centenas de mortos. Autoridades palestinas e israelenses trocam acusações sobre a autoria da explosão. Voltando a repetir o que disse em sua visita a Israel, Biden afirmou que Tel Aviv não é responsável pela tragédia.

 

 

POR FOLHAPRESS

UCRÂNIA - O balanço anterior apontava para um morto e dois feridos. "Zaporíjia. Ataques com mísseis por terroristas contra a cidade, contra as infraestruturas, contra um edifício residencial, um edifício normal de cinco andares", escreveu Volodymyr Zelensky na plataforma de mensagens Telegram.

O chefe de Estado ucraniano acrescentou que "oito apartamentos foram destruídos" e que "há feridos e mortos" e "pode haver pessoas sob os escombros". "As operações de salvamento prosseguem", acrescentou Zelensky, que apresentou condolências às famílias e amigos das vítimas do "terror russo".

O Presidente ucraniano afirmou que a Rússia "continua a sua tática de guerra contra os civis" e agradeceu a "todos aqueles que não são indiferentes".

"Faremos tudo o que for possível para que o Estado terrorista pague pela sua responsabilidade. O terrorismo russo tem de perder", concluiu Zelensky.

 

 

POR LUSA

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