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RÚSSIA - Em meio a perdas brutais de equipamento blindado na Guerra da Ucrânia, o governo de Vladimir Putin decidiu enviar ao país invadido os primeiros T-14 Armata, o mais recente modelo de tanque russos.

Ao menos foi o que anunciou na terça (25) a agência estatal RIA-Novosti, citando informações extraoficiais do Kremlin. Na ritualística de comunicação russa, isso significa que é provável que os tanques tenham ido, embora o efeito tenda a ser mais simbólico.

A RIA não disse quantos tanques foram enviados, nem para onde, mas apenas que "eles ainda não participaram em operações de assalto direto", sendo empregados em "coordenação de combate". Também afirmou que eles foram equipados com proteção adicional em suas laterais.

O T-14 é, no papel, o mais avançado tanque de guerra do mundo. Como a sigla sugere, teve seu desenho finalizado em 2014, e, no ano seguinte, estreou na parada da principal data do calendário militar russo, o Dia da Vitória (na Segunda Guerra Mundial) em 9 de maio.

O modelo é revolucionário: em vez de posicionar os operadores do canhão na torre, ela é completamente automatizada. Os três tripulantes vão à frente, em um compartimento blindado separado do resto do maquinário.

Isso resolve um problema trágico do desenho do T-72, o venerando tanque que é o centro da força blindada russa. Para ter o famoso perfil baixo e tamanho reduzido, tornando-se um alvo menor, o blindado usa um sistema de municiamento automático, no qual até 40 projeteis ficam num carrossel embaixo da torre.

O resultado é que o comandante do veículo e o operador do canhão sentam sobre os explosivos, e as diversas torres explodidas para longe dos T-72 na Ucrânia são testemunho do que isso significa em batalha. Modelos mais novos, como o T-80 e o moderno T-90 aliviaram, não suprimiram a falha.

Em tanques ocidentais maiores e mais pesados, como o Leopard-2 que agora está na Ucrânia e o americano M1A2 Abrams, um quarto soldado na tripulação faz o municiamento dos projeteis.

O desenvolvimento do T-14 provou-se problemático. Nos ensaios de sua estreia em 2015, um dos tanques pifou e ficou travado no meio de uma avenida, mas as questões parecem ser maiores. A previsão inicial dos russos era de ter 2.300 dos modelos até 2025.

Oficialmente, apenas um lote de 40 seria entregue para ação neste ano, e o mais recente orçamento militar russo previa apenas 132 blindados. Mesmo que Moscou tenha mudado décadas de doutrina, deixando a ideia soviética de quantidade se sobrepor a qualidade, é pouco para o maior país do mundo —e uma potência de natureza continental.

Segundo um especialista militar russo, que pede para não se identificar, os cerca de US$ 5 milhões (R$ 25 milhões) gastos para fazer um T-14 seriam melhor aplicados equipando com novas miras e blindagem adicional os tanques já existentes. Aparentemente, foi isso que o Ministério da Defesa optou por fazer.

Com efeito, o que se viu na invasão da Ucrânia em 2022 foram grandes quantidades de T-72, com níveis variados de modernização, seguidas por um contingente menor do poderoso T-80, que peca por usar uma turbina beberrona de combustível no motor.

Só mais para o fim do ano passado os T-90, mais modernos, foram vistos em ação, e em números menores. Já tanques retirados das antigas reservas soviéticas, relíquias como o T-62 e o T-64, foram avistados com certa frequência, em especial na retaguarda dos territórios ocupados no leste e sul do país.

O T-14, se chegar a ser usado em combate, não deverá fazer mais do que uma aparição simbólica pelos números envolvidos. Mas bastará ele abater um dos tanques de segunda mão enviados por países da Otan (aliança militar do Ocidente) que o golpe de propaganda estará dado.

Não é o suficiente, contudo. Levando em conta apenas avistamentos de tanques destruídos, capturados ou abandonados confirmados por georreferenciamento pela equipe do site holandês Oryx, os russos perderam 1.906 tanques na guerra até esta terça.

Isso corresponde a 56% de sua frota ativa pré-conflito, embora a conta seja imprecisa por desconsiderar reservas antigas enviadas à guerra e a produção de 2022 de novos veículos.

O número, de todo modo, impressiona. Do lado ucraniano, foram 490 perdas de uma frota de 987, mas houve diversas reposições: 230 T-72 poloneses e, agora, cerca de 40 dos 140 Leopard-2 alemães prometidos pelo Ocidente já chegaram, assim como 14 modelos Challenger-2 britânicos, que são considerados pouco práticos pelo peso excessivo.

A Otan treinou a tripulação dos novos tanques, e tudo indica que Kiev aguarda ter uma certa massa crítica para começar sua prometida contraofensiva, que parece se concentrar em Kherson (sul), onde as forças russas estão menos robustas.

 

 

por IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO

UCRÂNIA - Sob o ruído das bombas e diante das paredes que tremem em um refúgio militar subterrâneo, um soldado ucraniano é evacuado em uma ambulância em Bakhmut, o atual epicentro da guerra da Ucrânia onde o Exército ucraniano tenta resistir ao avanço russo.

Militares e enfermeiros fazem neste soldado ferido, com o rosto ensanguentado, os primeiras curativos antes de se esconderem de novo, enquanto prossegue um intenso bombardeio russo.

“Doutor, por que sinto tanto frio? Sinto como se estivesse indo embora”, afirma o soldado deitado em um colchão cheio de lama.

No domingo, uma equipe da AFP pôde trabalhar em Bakhmut, uma oportunidade rara para a imprensa de verificar a devastação nesta localidade do leste da Ucrânia.

Antes do conflito, viviam ali cerca de 70.000 pessoas, mas, agora, ela se transformou em símbolo da guerra de atrito que se tornou a invasão russa da Ucrânia.

Os jornalistas acompanharam soldados ucranianos e ouviram o ruído constante dos disparos da artilharia russa durante o tempo em que estiveram em Bakhmut.

No entorno de imóveis residenciais já não há nenhum rastro de seus moradores e a sombra da guerra é onipresente, desde as ruínas e estilhaços de vidro espalhados pelo chão, até as cruzes fincadas que indicam a localização dos túmulos improvisados de soldados mortos em combate.

Diante do Exército russo e dos paramilitares do Grupo Wagner, que controlam 80% de Bakhmut, as tropas ucranianas resistem como podem na parte ocidental desta cidade do Donbass.

Ambos os lados sofreram baixas importantes nesta batalha, a mais longa da guerra na Ucrânia e que monopoliza atualmente os esforços bélicos, à espera de que comece a contraofensiva ucraniana, anunciada em diversas ocasiões, mas depois adiada.

 

– ‘Estamos cansados’ –

“Eles não param de nos atacar, dia e noite. Só param quando os atacamos e estão ocupados evacuando seus mortos e feridos”, explica um comandante adjunto de uma unidade ucraniana, cujo apelido de guerra é o “Filósofo”.

“Pouco a pouco, vão capturando áreas” da cidade, afirma de um posto de comando subterrâneo em Bakhmut.

“Estamos cansados e as tropas esgotadas”, reconhece o “Filósofo”, que explica que seus homens da 93ª brigada, às vezes, chegam a ficar a menos de três metros do inimigo.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, advertiu, em março, que a queda de Bakhmut abriria caminho para o Exército russo para avançar no Donbass, com a mira posta nas cidades de Sloviansk e Kramatorsk.

A decisão do governo ucraniano de não desistir de Bakhmut traz custos importantes para o Exército ucraniano, que sofre diariamente com as baixas de soldados que morrem ou ficam feridos.

“A cada dia que resistimos aqui, damos uma oportunidade para outras unidades para se prepararem para uma contraofensiva”, opina este comandante adjunto, que, assim como muitos dos soldados ucranianos presentes no local, se queixa da falta de munição.

 

– ‘Nenhum lugar para se esconder’ –

Não obstante, a defesa da cidade está por um fio, mais precisamente, por uma estrada.

A rodovia T 0504, rebatizada “a estrada da vida”, é a única via da cidade que permanece sob controle das tropas ucranianas e que serve para abastecê-las.

Imagens gravadas com drones pelas equipes de reconhecimento do Exército ucraniano, e que a AFP pôde ver, mostram uma sucessão interminável de construções em ruínas, além de veículos e árvores carbonizadas nas margens desta última estrada em disputa.

“Fortificamos nossas posições e os russos chegam lançando tudo o que têm e tudo o que podem. Bombardeiam tudo com mísseis, obuses de morteiro e com tanques. Não há nenhum lugar para se esconder”, reconhece Andriy, outro soldado de 38 anos.

O comandante Andriy, de 26 anos, maneja um canhão no meio de um terreno encharcado perto de Bakhmut.

Seu trabalho é essencial: evitar um ataque russo pela estrada.

“Se conseguirem bloqueá-la [a estrada], todo o mundo em Bakhmut vai morrer. Não teremos provisões, nem munições, nem comida. Nada. Ficaremos completamente isolados”, explica, enquanto seus homens dedicam-se a juntar os obuses que acabam de receber.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

AFP

SEVASTOPOL - As autoridades russas anunciaram na segunda-feira uma suspensão da navegação em águas ao largo da península da Crimeia, cidade de Sevastopol - anexada em 2014 - horas após os sistemas de defesa aérea terem abatido dois drones lançados pelas forças ucranianas contra a cidade, embora não tenham confirmado se existe uma ligação.

A direção para o Desenvolvimento de Infraestruturas de Transportes afirmou que "a navegação de passageiros está suspensa", sem especificar as razões, antes de notar que foi ativada uma rota terrestre para cobrir o transporte afetado, como noticiado pela agência noticiosa russa Interfax.

Horas antes, o governador do Sevastopol Mikhail Razvozhaev disse na sua conta do Telegrama que dois drones tinham sido interceptados por volta das 3.30 da manhã, hora local. De acordo com os dados disponíveis, um deles foi destruído e o outro explodiu por si só. Tudo aconteceu numa estrada externa, não há danos'', disse ele.

Os serviços secretos britânicos disseram em finais de março que os ataques com drones à base russa na península da Crimeia, na cidade de Sevastopol, estão a "limitar" as operações da Frota do Mar Negro.

Sevastopol, devido à sua localização estratégica e ao acolhimento da base principal da frota russa do Mar Negro, tem sido alvo de vários ataques com drones ucranianos. Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro do ano passado, que existe um nível de alerta "amarelo" na Crimeia.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS360

BELGOROD - Uma grande explosão atingiu uma rua na cidade russa de Belgorod, que fica do outro lado da fronteira com a Ucrânia, mas não houve relatos iniciais de feridos, disseram autoridades locais.

O governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, anunciou a imposição de estado de emergência e disse no Telegram que havia uma cratera medindo 20 metros de diâmetro em uma das principais ruas da cidade. Ele não disse qual era a causa.

Imagens de vídeo do local mostraram pilhas de concreto na rua, vários carros danificados e um prédio com janelas quebradas. Uma foto mostrou o que parecia ser um carro de cabeça para baixo no telhado de uma loja.

Belgorod é uma das várias regiões do sul da Rússia onde alvos como depósitos de combustível e munição foram abalados por explosões desde o início do que Moscou chama de sua "operação militar especial" na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

 

 

 

Reportagem de David Ljunggren / REUTERS

UCRÂNIA - O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, visitou na terça-feira (18) a cidade de Avdiivka, um dos principais pontos da frente leste da batalha, anunciou a assessoria de imprensa do governo.

"Tenho a honra de estar aqui hoje, agradecê-los por seu serviço, pela defesa de nossa terra", afirmou Zelensky aos militares em Avdiivka, segundo a presidência.

A assessoria de Zelensky publicou fotografias e um vídeo da visita, pouco depois do anúncio feito pelo Kremlin de uma visita surpresa de Vladimir Putin às zonas ocupadas da Ucrânia.

As imagens mostram o presidente ucraniano com um um moletom preto, sem colete à prova de balas ou capacete, primeiro a céu aberto com os militares e depois em um hangar industrial onde entregou condecorações do Estado aos soldados.

O vídeo também mostra veículos, possivelmente do comboio presidencial, circulando pelas ruas entre prédios destruídos ou danificados.

"Eu desejo a vocês apenas a vitória, o que desejo a todos os ucranianos", afirmou Zelensky aos militares. "Com pessoas tão fortes, após a vitória, tenho certeza de que juntos vamos reconstruir a Ucrânia", acrescentou.

A cidade de Avdíivka, perto de Donetsk, capital regional ocupada, está há meses entre os pontos de maior tensão da região de mesmo nome, que o exército russo deseja controlar por completo.

 

 

por AFP

KREMLIN - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma visita surpresa a duas regiões da Ucrânia ocupadas pelas tropas de Moscou, anunciou o Kremlin nesta terça-feira (18), no momento em que as forças de Kiev preparam uma grande ofensiva.

Durante as visitas, que não tiveram as datas reveladas, Putin se reuniu com os comandantes militares na região de Kherson (sul) e em Lugansk (leste).

Moscou reivindica a anexação das duas regiões, embora suas tropas não controlem as áreas por completo. O exército russo, inclusive, sofreu um duro revés e foi obrigado a abandonar cidade de Kherson, capital da região de mesmo nome, no fim do ano passado.

A presidência ucraniana denunciou a visita e acusou o presidente russo de comparecer à cena de seus "crimes".

Esta viagem "é um 'passeio especial' do autor dos assassinatos em massa nos territórios ocupados", afirmou no Twitter Mikhaylo Podoliak, conselheiro da presidência ucraniana.

Pouco depois do anúncio da visita de Putin, Kiev informou que um bombardeio russo deixou seis feridos na cidade de Kherson.

Esta foi a segunda viagem do chefe de Estado russo em um mês a uma área ucraniana ocupada por Moscou.

"O comandante supremo das Forças Armadas da Federação da Rússia visitou o quartel-general da unidade militar 'Dnieper'", na região de Kherson, afirmou o Kremlin em um comunicado.

Putin se reuniu com o comandante das forças aerotransportadas russas, general Mikhail Teplinskiy, e outros altos oficiais militares para discutir a situação nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia, áreas que Moscou anunciou ter anexado em setembro.

De acordo com analistas, esta zona pode ser o cenário de uma ofensiva das forças ucranianas na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), para tentar retomar dos russos os territórios ocupados.

O local é particularmente estratégico, já que os territórios conquistados por Moscou nas regiões de Zaporizhzhia e Kherson formam uma continuidade terrestre entre a Rússia e a península da Crimeia, anexada em 2014. A ruptura desta ligação terrestre seria um grande revés para Moscou.

 

- Preparativos ucranianos -

De acordo com a presidência, Putin felicitou os militares por ocasião da festa ortodoxa da Páscoa, celebrada no domingo.

"É importante ouvir a opinião de vocês sobre a situação, escutá-los, trocar informações", declarou Putin, segundo um vídeo divulgado pelo Kremlin.

O exército russo abandonou a cidade de Kherson em novembro de 2022 para recuar até o outro lado do rio Dnieper.

Em Luhansk, Putin se reuniu com membros da Guarda Nacional russa, anunciou o Kremlin.

Em março, o presidente russo fez visitas surpresa à Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014, e a Mariupol, cidade portuária ucraniana cercada durante meses e tomada pelas forças russas em maio de 2022.

A Rússia sofreu consideráveis derrotas militares no ano passado, em particular nas proximidades de Kiev, e teve que retirar suas tropas não apenas da cidade de Kherson, mas também de toda a região de Kharkiv (nordeste).

Atualmente os combates mais violentos acontecem em Bakhmut (leste), epicentro do conflito e a batalha mais longa e sangrenta desde o início da ofensiva russa, em fevereiro de 2022.

Após quase nove meses de confrontos, dois terços da cidade estão sob controle russo.

As forças ucranianas, que recentemente receberam tanques pesados e canhões de longo alcance de seus aliados ocidentais, prometem há semanas uma nova contraofensiva, quando as condições climáticas permitirem as ações.

A Ucrânia afirma que formou brigadas de ataque e armazenou munição com este objetivo.

Kiev não divulgou números, mas o fundador do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que tem seus combatentes na linha de frente no leste da Ucrânia, advertiu que Moscou deve se preparar para enfrentar uma força ucraniana de entre 200.000 e 400.000 homens.

 

 

AFP

UCRÂNIA - O Estado-Maior General das Forças Armadas Ucranianas denunciou no domingo "dezenas" de ataques russos a posições ucranianas no leste do país que resultaram em pesadas perdas para os atacantes.

Em particular, disse que 45 ataques russos foram repelidos em torno de Bakhmut e Marinka, onde a linha da frente não mudou. O inimigo está a sofrer pesadas baixas, mas mantém o seu plano de ocupação do território ucraniano", disse ele.

Em outras partes do país também houve ataques apesar das férias da Páscoa ortodoxa, como em Mykolaiv, onde dois adolescentes foram mortos, segundo o governador militar, Vitali Kim.

Em Zaporíjia, o governador militar, Yuri Malashko, relatou um "grande ataque" que danificou uma igreja, forçando o cancelamento das celebrações religiosas. Eles não respeitam nada, nem mesmo a noite da ressurreição de Cristo", lamentou ele.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

ALEMANHA - A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, pediu na sexta-feira (14) que a China peça para o "agressor russo" que pare a guerra na Ucrânia e disse que "nenhum outro país tem mais influência sobre a Rússia".

"Eu me pergunto por que até agora a China não incluiu um pedido ao agressor russo para parar a guerra", disse a chefe da diplomacia alemã em Pequim, em uma coletiva de imprensa ao lado do ministro chinês das Relações Exteriores, Qin Gang.

Segundo Baerbock, a recente visita do presidente chinês Xi Jinping a Moscou demonstra "que nenhum outro país tem mais influência sobre a Rússia que a China e que a decisão de usar essa influência afeta diretamente os interesses essenciais da Europa".

Em sua primeira visita ao gigante asiático, a ministra acredita que assim como o país trabalhou com sucesso para um equilíbrio pacífico entre o Irã e a Arábia Saudita, "queremos que a China pressione a Rússia para pôr fim de uma vez por todas a sua ofensiva e se engaje em uma solução pacífica para o conflito".

A China anunciou após a reunião que seu ministro da Defesa, Li Shangfu, viajará à Rússia no domingo (16) e ficará até o dia 18 de abril. Ele se reunirá com seu homólogo russo, Serguei Shoigú, para abordar "a cooperação bilateral no âmbito da defesa, assim como questões de segurança global e regional", segundo o Ministério da Defesa da Rússia.

A visita de Annalena Baerbock acontece uma semana depois do presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também pedirem para que Pequim desempenhe um papel a favor da paz na Ucrânia.

A pressão internacional aumentou nas últimas semanas, a ponto da China intervir e levar a Rússia para a mesa de negociações.

Pequim se declara oficialmente neutra desde o início do conflito, sem nunca ter condenado a ofensiva russa nem adotado sanções contra Moscou.

Qin Gang afirmou na sexta-feira (14) que a "China sempre acreditou que a única maneira de resolver a crise ucraniana é promover a paz e as negociações"

A ministra alemã também foi firme no debate sobre Taiwan, onde as tensões aumentaram nas últimas semanas.

"Uma escalada militar no Estreito de Taiwan, por onde passa 50% do comércio mundial, seria um cenário catastrófico para o mundo inteiro", disse Baerbock. Qin Gang respondeu que "Taiwan pertence à China".

 

 

por AFP

UCRÂNIA - As tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de algumas partes de Bakhmut diante de novos ataques russos à cidade arruinada, disse o Reino Unido nesta sexta-feira, com Moscou pressionando para obter uma vitória antes da esperada contraofensiva da Ucrânia.

Autoridades ucranianas dizem que a Rússia está retirando tropas de outras áreas do front para uma grande investida contra Bakhmut, que Moscou tenta capturar há nove meses para revigorar a invasão que lançou há mais de um ano.

No passado, os países ocidentais apontavam a relação complicada entre o Ministério da Defesa russo e a principal força mercenária do país, Wagner, como uma grande fraqueza russa.

"A Rússia reenergizou seu ataque à cidade de Bakhmut, em Donetsk Oblast, enquanto as forças do Ministério da Defesa russo e do Grupo Wagner melhoraram a cooperação", disseram os militares britânicos em nota diária.

"As forças ucranianas enfrentam problemas significativos de reabastecimento, mas fizeram retiradas ordenadas das posições que foram forçadas a ceder."

Perto de Bakhmut, soldados de uma unidade de artilharia ucraniana estavam carregando projéteis em um obus da era soviética e atirando em direção à linha de frente, onde disseram que a Rússia havia concentrado seus soldados de infantaria.

"Nosso alvo nessa direção é principalmente a infantaria. Há uma grande concentração do 'fator humano' da Federação Russa", disse Dmytro, comandante da unidade de artilharia.

Bakhmut, que tinha cerca de 70 mil pessoas antes da guerra, tem sido o principal alvo da Rússia em uma grande ofensiva de inverno que até agora rendeu poucos ganhos, apesar do combate terrestre de infantaria de uma intensidade não vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, disse que os comandantes russos redirecionaram tropas de outras áreas para Bakhmut.

"O inimigo está usando suas unidades mais profissionais lá e recorrendo a uma quantidade significativa de artilharia e aviação", escreveu ela no aplicativo de mensagens Telegram.

"Todos os dias, o inimigo realiza em Bakhmut de 40 a 50 operações de ataque e 500 episódios de bombardeio."

A atualização britânica informou que os ucranianos ainda controlam os distritos ocidentais da cidade, mas foram submetidos a um intenso fogo de artilharia russa nas últimas 48 horas.

Unidades de mercenários de Wagner agora se concentram em avançar no centro de Bakhmut, enquanto paraquedistas russos os substituem em ataques nos flancos da cidade, disse.

Capturar a cidade seria a primeira vitória substancial da Rússia em oito meses. Moscou diz que abriria uma rota para capturar mais território na região de Donbas, no leste da Ucrânia, um importante objetivo de guerra.

 

 

Por Kai Pfaffenbach e Manuel Ausloos / REUTERS

RÚSSIA - As exportações de petróleo da Rússia atingiram em março o nível mais elevado desde abril de 2020, apesar das sanções da União Europeia e do G7, mas a receita é muito inferior ao valor registrado no mesmo período do ano passado, informou a Agência Internacional de Energia (AIE).

As exportações de petróleo aumentaram 0,6 milhão de barris diários (mbd) em março, a 8,1 mbd, o que representa quase um bilhão de dólares a mais em receita para Moscou, a um total de US$ 12,7 bilhões, um valor que, no entanto, é 43% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a AIE.

“As exportações russas de petróleo registraram em março o nível mais elevado desde abril de 2020 graças ao aumento dos fluxos de produtos, que voltaram aos níveis observados pela última vez antes da invasão da Ucrânia pela Rússia”, afirmou a AIE, que tem sede em Paris, em seu relatório mensal.

Apesar das sanções internacionais em represália à ofensiva russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, a Rússia redirecionou as exportações de combustíveis para outros países, como a Índia.

“A Rússia foi o maior fornecedor de petróleo da Índia em fevereiro, pelo oitavo mês consecutivo, com uma cota de quase 38%”, informou na quinta-feira a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), que citou dados da Kpler, uma empresa de análise de commodities.

Além das sanções ao petróleo russo em vigor desde 5 de dezembro, em fevereiro a União Europeia adotou um embargo às compras de derivados de petróleo russos por via marítima. Além disso, os países do G7 aplicam um teto ao preço dos derivados de petróleo procedentes da Rússia.

Moscou anunciou em 10 de fevereiro que reduziria sua produção em 500.000 barris por dia, mas não atingiu a meta em março.

“A produção russa de petróleo bruto caiu quase 290.000 barris diários em março, a 9,58 milhões de barris diários, sem cumprir sua meta de redução (…) porque o país parece estar transferindo seus barris para novos mercados, apesar das sanções da UE”, afirmou a AIE.

 

 

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