fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

UCRÂNIA - Um grupo de soldados russos desenterrou algo inesperado, enquanto cavava novas linhas defensivas em Melitopol, cidade do oblast (província) de Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia.

O local, que era uma espécie de cemitério de bovinos, continha antraz, já que dois soldados foram, supostamente, infectados pela substância e, rapidamente, hospitalizados.

“Não, este não é um episódio de um filme de terror”, escreveu o prefeito exilado de Melitopol, Ivan Federov, em seu canal público do Telegram.

Os dois homens eram de Rosvoisk. Após a confirmação do diagnóstico, receberam alta do hospital e foram levados para um local desconhecido.

Federov explicou que a unidade inteira foi mantida em quarentena. Ele acrescentou que até mesmo as terras da Ucrânia estavam a fazer sua parte para expulsar os russos do país.

“Eles definitivamente não terão um final feliz”, acrescentou Federov, destacando a realidade de uma guerra que colocou os homens de ambas as nações no fogo cruzado.

Segundo Joe Barnes, em um artigo para o The Telegraph, a unidade que cavava novas trincheiras defensivas em Zaporíjia, provavelmente, preparava-se para a tão esperada contra-ofensiva ucraniana.

O antraz é uma infecção bacteriana grave, que, geralmente, só é transmitida aos humanos por meio de animais infectados.

Joe Barnes observou que o antraz não era desconhecido na Rússia, já que foi endêmico na maior parte da União Soviética, no século XX, devido às práticas agrícolas.

De acordo com a Mayo Clinic, o antraz pode causar feridas na pele, vômitos e, em casos graves, ser fatal.

Em março de 2022, o The Daily Beast relatou que soldados russos cavaram uma série de trincheiras defensivas na zona de exclusão de Chernobyl e sofreram uma doença aguda causada pela radiação.

As tropas cavaram suas trincheiras na extremamente contaminada Floresta Vermelha, da Ucrânia e, mais tarde, foram tratadas em Gomel, na Belarus.

A área é considerada tão tóxica que nem sequer trabalhadores altamente especializados de Chernobyl podem entrar lá.

A empresa estatal de energia da Ucrânia, Energoatom, que administrou a área do desastre nuclear antes da invasão, explicou a situação.

“Não surpreendentemente, os ocupantes receberam doses significativas de radiação e entraram em pânico ao primeiro sinal de doença”, comunicou.

A agência confirmou que as tropas russas haviam escavado “a área mais poluída de toda a zona de exclusão”, o que explicaria por que tantos soldados adoeceram tão rapidamente.

 

 

por Zeleb.es / thedailydigest.com

UCRÂNIA - O governo da Ucrânia afirmou nesta terça-feira (16) que derrubou seis mísseis hipersônicos russos Kinzhal durante um ataque noturno contra Kiev.

"Outro sucesso incrível da Força Aérea ucraniana! Durante a noite, nossos defensores do céu derrubaram SEIS mísseis hipersônicos russos Kinzhal e outros 12 mísseis", escreveu no Twitter o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov. 

A Ucrânia anunciou há uma semana que derrubou pela primeira vez um míssil hipersônico Kinzhal utilizando sistemas fornecidos pelos Estados Unidos.

Os mísseis Kinzhal ("punhal" em russo) são mais difíceis de interceptar do que outros tipos de projéteis.

O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou este míssil em 2018 e o chamou de "arma ideal" por sua dificuldade de interceptação.

Kiev recebeu em meados de abril os primeiros Patriot, um dos sistemas de defesa antiaérea mais avançados dos Estados Unidos, utilizado para derrubar o primeiro míssil Kinzhal. 

As autoridades ucranianas não divulgaram que sistema foi utilizado para derrubar os mísseis Kinzhal nos ataques da noite passada.

Alguns destroços caíram em vários bairros de Kiev, incluindo no zoológico da capital ucraniana, e três pessoas ficaram feridas, segundo o prefeito da cidade, Vitali Klitschko. 

 

 

AFP

 KIEV - O Exército da Ucrânia celebrou nesta segunda-feira os recentes avanços em torno de Bakhmut com sua primeira contraofensiva bem-sucedida na batalha contra as forças russas pelo controle da cidade no leste do país.

Mas Kiev também disse que a situação em Bakhmut é difícil. O lado ucraniano afirmou que Moscou não alterou seu objetivo de capturar a cidade e estava enviando tropas para os arredores de Bakhmut.

Os militares ucranianos disseram na semana passada que começaram a empurrar as forças russas para dentro e ao redor de Bakhmut após meses de combates pesados, e Moscou reconheceu que suas forças recuaram no norte da cidade.

“O avanço de nossas tropas na direção de Bakhmut é o primeiro sucesso de ações ofensivas na defesa de Bakhmut”, disse o coronel general Oleksandr Syrskyi, comandante das forças terrestres, em comunicado publicado no aplicativo de mensagens Telegram.

"Os últimos dias mostraram que podemos avançar e destruir o inimigo mesmo em condições extremamente difíceis", afirmou ele. "Estamos lutando com menos recursos que o inimigo. Ao mesmo tempo, podemos arruinar seus planos."

Espera-se que Kiev lance uma grande contraofensiva em breve para tentar retomar territórios ocupados pela Rússia, mas as autoridades ucranianas indicaram que os ganhos em torno de Bakhmut não sinalizam que o contra-ataque mais amplo tenha começado.

A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, disse que combates intensos continuavam em Bakhmut e arredores, e que "tudo" é difícil no local.

"Os russos não mudaram seus objetivos. Eles estão enviando tropas de assalto para os arredores de Bakhmut", escreveu ela no Telegram.

A Reuters não pôde verificar de forma independente os relatos do campo de batalha.

 

 

 Por Dan Peleschuk

Reportagem adicional de Lidia Kelly / REUTERS

UCRÂNIA - As tropas ucranianas conseguiram avanços significativos ao redor da cidade cercada de Bakhmut (leste), epicentro dos combates contra a Rússia há vários meses, anunciou nesta sexta-feira (12) a vice-ministra da Defesa, Ganna Maliar.

"O inimigo sofreu baixas importantes. Nossas forças de defesa avançaram dois quilômetros nas proximidades de Bakhmut. Não perdemos nenhuma posição na cidade esta semana", afirmou Maliar em um comunicado divulgado nas redes sociais.

As declarações de Maliar foram divulgadas depois que uma fonte da cúpula militar ucraniana anunciou esta semana que as tropas russas recuaram em algumas áreas de Bakhmut, depois dos contra-ataques das forças de Kiev.

A Rússia, no entanto, negou na quinta-feira que a Ucrânia tenha registrado avanços em Bakhmut e afirmou que os relatos de perdas territoriais ao redor da cidade "não correspondem à realidade".

O grupo paramilitar russo Wagner, que comanda o ataque terrestre de Moscou contra Bakhmut, reclamou recentemente da falta de munições e ameaçou abandonar a localidade se não recebesse mais apoio do Kremlin.

O Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos Estados Unidos, destaca em uma análise divulgada nesta sexta-feira que Kiev "provavelmente perfurou algumas linhas russas durante contra-ataques perto de Bakhmut".

 

 

AFP

"Um lançamento foi detectado. Manobre!"

UCRÂNIA - A ordem da equipe ucraniana em terra é clara — um avião de combate russo Su-35 disparou um míssil contra a aeronave de Silk. Ele sabe que tem que abortar a missão para sobreviver.

Silk, codinome do piloto, rapidamente mergulha seu caça bimotor MiG-29 tão baixo que consegue ver as copas das árvores. A antiga aeronave da era soviética começa a trepidar ao ser levada ao limite. Silk passa por torres e colinas que estudou meticulosamente no mapa enquanto se preparava para esta missão.

"Esses voos próximos à superfície são os mais difíceis", diz Silk. "Você tem que se concentrar muito. E, por causa da baixa altitude, você não tem tempo ou espaço para ejetar com segurança."

Jatos de combate como o pilotado por Silk acompanham aeronaves ucranianas de ataque ao solo durante suas missões de combate na linha de frente. O trabalho de Silk é fornecer cobertura contra mísseis ar-ar russos. Mas não há muita coisa que os jatos ucranianos possam fazer para detê-los.

"Nosso maior inimigo são os caças russos Su-35", diz outro piloto de MiG-29 cujo codinome é Juice.

"Conhecemos as posições da defesa aérea [russa], sabemos seus alcances. É bastante previsível, então conseguimos calcular quanto tempo podemos ficar [dentro da sua zona]. Mas no caso de caças, eles são móveis. Eles têm uma boa imagem aérea, e eles sabem quando estamos voando para a linha de frente."

As patrulhas aéreas russas são capazes de detectar a decolagem de um jato nas profundezas do território ucraniano. Seus mísseis R-37M podem atingir um alvo aéreo a uma distância de 150-200 km, enquanto os foguetes ucranianos só conseguem percorrer até 50 km.

Assim, os aviões russos podem ver as aeronaves ucranianas e derrubá-las muito antes de representarem qualquer ameaça.

Desde o início da invasão russa, a Força Aérea Ucraniana sofreu fortes baixas — embora não revele os números exatos.

A alegação da Rússia de que eles destruíram mais de 400 aviões ucranianos não parece plausível, dado que estimativas independentes do tamanho da frota ucraniana apontam para pelo menos metade desse número.

O relatório Military Balance 2022, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), afirma que a Força Aérea Ucraniana tinha 124 aeronaves com capacidade de combate antes da invasão russa em grande escala.

Para acabar com a superioridade da Rússia no ar, a Ucrânia quer que seus parceiros ocidentais forneçam jatos mais modernos, como o F-16 fabricado nos Estados Unidos.

"Nossos pilotos voam no fio da navalha", diz o coronel Volodymyr Lohachov, chefe do departamento de desenvolvimento de aviação da Força Aérea Ucraniana.

"Mas os jatos F-16 nos permitiriam operar além dos sistemas de defesa aérea do inimigo."

E seus mísseis podem ser eficazes em uma distância de até 150 km, o que permitiria a eles atacar também jatos russos.

"É claro que ainda seremos alvos", diz Juice.

"Mas será uma luta igualitária. No momento, não temos nenhuma resposta a eles."

Os F-16 possuem radares melhores que podem detectar mísseis disparados contra eles. Atualmente, a equipe que monitora os radares em solo precisa comunicar verbalmente os pilotos sobre as ameaças que eles enfrentam.

"Nossos jatos não têm um sistema para avisar sobre lançamentos [de foguetes russos]", diz um piloto de jato de ataque Su-25 cujo codinome é Pumba.

"É tudo baseado no visual. Se você os vê, simplesmente tenta escapar disparando armadilhas de calor e manobrando."

A superioridade aérea da Rússia significa que a Ucrânia pode se dar ao luxo apenas a uma mobilização limitada da sua aviação militar perto da linha de frente, o que pode ter um grande impacto no sucesso de qualquer futura operação de contra-ataque. De acordo com Juice, eles realizam até 20 vezes menos missões do que a Força Aérea Russa.

E as armas que as aeronaves de ataque ucranianas possuem são do estoque de antigas bombas e foguetes não guiados da era soviética, que estão se esgotando rapidamente devido aos suprimentos limitados.

Mas não se trata apenas de apoio aéreo para tropas terrestres. Os jatos ocidentais também poderiam melhorar os sistemas de defesa aérea da Ucrânia, de acordo com os pilotos.

"Nossas aeronaves têm radares antigos que não detectam mísseis de cruzeiro [russos]. Somos como gatos cegos quando tentamos derrubá-los", explica o coronel Lohachov.

O alcance das armas ocidentais do F-16 permitiria que eles interceptassem mísseis de cruzeiro "de longa distância diretamente em nossas fronteiras, em vez de tentar pegá-los em algum lugar em áreas centrais da Ucrânia", observa Juice.

Os caças MiG-29 que a Polônia e a Eslováquia transferiram para a Ucrânia recentemente não resolvem seus principais problemas, dizem os pilotos ucranianos. Esses aviões têm as mesmas armas antigas e capacidade limitada da frota ucraniana.

Mas o governo dos EUA descartou o envio de jatos F-16 para a Ucrânia. Muitos temem que fornecer aeronaves ocidentais à Ucrânia só vai escalar o conflito, atraindo os EUA e a Europa diretamente para a guerra.

Nem sequer o treinamento de pilotos ucranianos para pilotar esses aviões foi aprovado. Na verdade, Colin Kahl, subsecretário de políticas de defesa do Pentágono, disse que "o cronograma mais rápido" para a entrega dos F-16 seria de 18 meses e, portanto, não fazia sentido treinar pilotos com antecedência.

No entanto, as autoridades ucranianas esperam obter esses jatos de países europeus, o que ainda exigiria o consentimento dos EUA, mas seria muito mais rápido de entregar.

Quanto ao treinamento de pilotos, "só conseguimos enviar um certo número de pessoas por um período limitado num dado momento. Precisamos evitar reduzir nossas capacidades militares aqui", diz o coronel Lohachov.

Portanto, a melhor opção, segundo ele, é começar a enviar pequenos grupos agora para ter pilotos treinados suficientes quando os aviões chegarem.

Está claro, no entanto, que esses jatos não serão entregues a tempo para a esperada contra-ofensiva da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já anunciou que esta operação vai seguir adiante sem esperar pelas aeronaves ocidentais.

Alguns especialistas questionam o impacto que os F-16 poderiam ter nesta guerra.

O professor Justin Bronk, pesquisador do Royal United Service Institute (RUSI), diz que esses jatos forneceriam uma camada extra de defesa, mas "não reverteriam a guerra por conta própria".

Até mesmo com os jatos F-16, "os pilotos ucranianos ainda teriam que voar muito baixo em qualquer lugar perto das linhas de frente por causa da ameaça terrestre da Rússia, e isso limitaria o alcance efetivo dos mísseis", explica Bronk.

"E também significa que empregar o poder aéreo da maneira que o Ocidente fez em guerras como do Iraque, Líbia, Afeganistão, não é possível na Ucrânia."

Os desafios logísticos levantam questões sobre se vale a pena enviar os jatos F-16 para a Ucrânia. Não se trata apenas de treinar pilotos e mecânicos — a infraestrutura precisa ser aprimorada também.

Os F-16 são projetados para pistas muito suaves e longas. A Ucrânia terá que adaptar seus aeródromos atuais para atender a esses requisitos — pavimentá-los, esvaziá-los e ampliá-los.

"Mas fazer isso será visível para os russos do espaço e por meio de fontes de inteligência humana", argumenta Bronk.

"E se você fizer apenas uma ou duas bases e tentar estabelecer apoio terrestre para operar os F-15 ou F-16, os russos vão ver e vão atacá-las."

"Você teria que fazer então várias delas. E esbarra na seguinte questão — vale a pena o número de profissionais qualificados e a quantidade de esforço político e apoio logístico que poderia ser usado para outras coisas, como tanques e artilharia, ou sistemas de defesa aérea terrestres?"

Por enquanto, pilotos ucranianos como Pumba, Silk e Juice vão ter que contar com seus antigos caças e jatos de ataque da era soviética.

Quando um alarme convoca para uma nova missão de combate, eles correm em direção a sua aeronave. Fazem um sinal de joia para os mecânicos para confirmar que todos os sistemas a bordo estão funcionando.

Alguns deles participaram de mais de 100 missões de combate. Mas eles sabem que cada voo pode ser o último.

 

 

BBC NEWS

UCRÂNIA - Civis teriam sido atingidos em ataques com drones e mísseis contra Kiev e outras cidades ucranianas. Nova ofensiva ocorre na véspera do Dia da Vitória, que marca capitulação da Alemanha nazista em 1945.A Rússia lançou uma nova onda de ataques aéreos a Kiev e outras cidades da Ucrânia, disseram autoridades ucranianas nesta segunda-feira (08/05), deixando um rastro de destruição, mortos e feridos.

“Infelizmente, há civis entre os mortos e feridos; prédios, casas particulares e outras infraestruturas civis foram danificadas”, disseram as Forças Armadas da Ucrânia.

A intensificação da ofensiva russa ocorre na véspera do Dia da Vitória, um dos feriados mais comemorados na Rússia, que marca o aniversário da capitulação da Alemanha nazista em 1945.

 

Noite teve ataques com 35 drones e 16 mísseis

O comando militar da Ucrânia disse que as forças ucranianas destruíram 35 drones Shahed, de fabricação iraniana, lançados durante a noite pela Rússia em diferentes alvos em todo o país.

“A Federação Russa [também] lançou 16 ataques com mísseis na noite passada, em particular nas cidades de Kharkiv, Kherson, Mykolaiv e na região de Odessa”, disse o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia em sua atualização diária.

Ao menos cinco pessoas ficaram feridas em ataques russos contra Kiev, disseram autoridades ucranianas. Mísseis incendiaram um depósito de alimentos na cidade de Odessa, no Mar Negro, e explosões foram relatadas em várias outras regiões ucranianas.

Em Kiev, três pessoas ficaram feridas em explosões no distrito de Solomyanskyi, e outras duas no momento em que destroços de um drone caíram no distrito de Sviatoshyn, disse o prefeito Vitali Klitschko em seu canal no Telegram.

Aeroporto, depósito de alimentos e prédio residencial entre os alvos

Segundo a administração militar de Kiev, destroços de um drone também caíram em uma pista do aeroporto de Zhuliany, um dos dois aeroportos de passageiros da capital ucraniana, sem provocar incêndios. Serviços de emergência estariam trabalhando no local.

Os militares também disseram que, no distrito central de Shevchenkivskyi, em Kiev, destroços de drones aparentemente atingiram um prédio de dois andares, causando danos. Não havia informações imediatas sobre possíveis vítimas.

Enquanto isso, Serhiy Bratchuk, porta-voz da administração militar de Odessa, postou em seu canal do Telegram fotos de uma grande estrutura totalmente tomada por chamas, no que ele disse ser um ataque russo a um depósito de alimentos.

Após os alertas de ataque aéreo soarem por horas em cerca de dois terços da Ucrânia, também houve relatos de sons de explosões na região de Kherson, no sul e na região de Zaporíjia, no sudeste.

 

Rússia espera capturar Bakhmut até terça-feira

A Rússia intensificou o bombardeio de Bakhmut e espera tomar a cidade até esta terça-feira, disse o principal general ucraniano encarregado da defesa da cidade sitiada, prometendo fazer de tudo para evitar que isso aconteça.

O coronel-general Oleksandr Syrskyi, comandante ucraniano das forças terrestres, disse que as forças russas aumentaram a intensidade do bombardeio da cidade com armas pesadas, começaram a usar equipamentos mais avançados e estavam reagrupando suas tropas.

“Hoje é importante tomarmos decisões o mais rápido possível e prevermos as ações do inimigo”, disse Syrskyi em seu canal no Telegram, após uma visita às tropas ao longo da linha de frente de Bakhmut.

“Os russos ainda esperam capturar a cidade até 9 de maio. Nossa tarefa é impedir isso”, disse ele.

A batalha por Bakhmut, onde antes viviam 70 mil pessoas, tem importância simbólica para ambos os lados, com a Ucrânia ainda conseguindo manter o controle sobre algumas partes da cidade, após mais de dez meses de combate feroz contra o Exército russo e o grupo mercenário Wagner.

Para Moscou, Bakhmut é vista como um trampolim para atacar outras cidades ucranianas. Kiev, por outro lado, diz que manter a defesa de Bakhmut, ocupando importantes forças ofensivas russas, permite aos militares preparar sua esperada contraofensiva.

 

(ip/lf (AP, AFP, dpa, Reuters, ots)

REVISTA PLANETA

KIEV - Uma importante autoridade ucraniana disse nesta sexta-feira que a Rússia está levando combatentes mercenários do Grupo Wagner de outras partes da linha de frente para lutar em Bakhmut, no leste da Ucrânia, e que Moscou quer capturar a cidade a tempo para as comemorações do Dia da Vitória em 9 de maio.

A vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, fez os comentários depois que o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse que suas forças mercenárias se retirariam de Bakhmut em 10 de maio devido a pesadas perdas e suprimentos inadequados de munição.

Isso ocorreria um dia após os eventos anuais que comemoram a vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, um dia importante no calendário russo.

"Agora estamos vendo eles puxando (combatentes) de toda a linha ofensiva onde os combatentes do Wagner estavam, eles estão puxando para a direção de Bakhmut", afirmou Maliar em comentários televisionados.

Ela disse que as forças ucranianas não estavam apenas na defensiva na cidade, mas também realizando ataques. Espera-se que Kiev lance nas próximas semanas uma contraofensiva para tentar repelir as forças russas no leste e no sul.

"Os russos estão inclinados ao simbolismo, seu mito histórico chave é 9 de maio e eles realmente estabeleceram o objetivo de assumir o controle de Bakhmut até esta data", declarou ela.

Os mercenários de Prigozhin têm liderado o ataque de meses da Rússia a Bakhmut, na região industrial de Donbas.

Embora de valor estratégico militar questionável, Bakhmut, que tinha uma população pré-guerra de 70.000 pessoas, assumiu uma enorme importância simbólica na invasão da Rússia. As baixas foram altas.

A Rússia marca anualmente o dia 9 de maio com uma grande parada militar na Praça Vermelha comandada pelo presidente Vladimir Putin.

 

 

por Por Pavel Polityuk / REUTERS

RÚSSIA - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou nesta sexta-feira (5) que o suposto ataque com drones contra o Kremlin não poderia ter acontecido sem o conhecimento dos Estados Unidos e advertiu que seu país responderá com "ações concretas".

"Trata-se de um ato hostil. Está claro que os terroristas de Kiev não poderiam ter feito isto sem o conhecimento de seus chefes", afirmou Lavrov, durante uma visita à Índia, em referência ao governo dos Estados Unidos.

A Rússia afirmou na quarta-feira que interceptou dois drones ucranianos lançados na noite de terça-feira contra o Kremlin. O país denunciou uma tentativa de assassinato do presidente Vladimir Putin. A Ucrânia negou qualquer envolvimento e os Estados Unidos questionaram as acusações russas.

A Rússia responderá com "ações concretas", advertiu o ministro russo.

Na quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, acusou o governo dos Estados Unidos de ter patrocinado o suposto ataque.

Washington reagiu de maneira imediata e denunciou uma "mentira", além de negar qualquer envolvimento.

"Se você acredita que, porque Estados Unidos e a Ucrânia negaram as acusações, devemos deixar de pensar o que sabemos, não é assim", insistiu Lavrov nesta sexta-feira.

"A capacidade de nossos amigos ucranianos e ocidentais de mentir é bem conhecida", ironizou o chanceler russo.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, pediu na quinta-feira à Rússia que não utilize o "suposto ataque como desculpa para continuar intensificando a guerra".

 

 

AFP

RÚSSIA - Satélites revelam que Moscou já ergueu centenas de quilômetros de defesas nas áreas invadidas. Mas elas também podem ser fator de desvantagem. Moral das tropas e armas ocidentais podem fazer a diferença.

Desde dezembro o exército russo ergue grandes fortificações ao longo de todo o front de guerra na Ucrânia. Imagens de satélite mostram que as tropas que invadiram o país em 24 de fevereiro de 2022 estão fortificando pontos estratégicos dos territórios ocupados, preparando-se para uma contraofensiva. Segundo o serviço secreto britânico, há décadas o mundo não se vê baluartes de tal porte.

A agência de notícias Reuters igualmente registra milhares de novas fortalezas, localizadas nas fronteiras da Rússia e no sul e leste ucranianos: trincheiras, fossos e bloqueios rodoviários se estendem por centenas de quilômetros, além dos chamados "dentes de dragão" da época da Segunda Guerra.

Na opinião de Rob Lee, associado do Foreign Policy Research Institute da Filadélfia, Moscou teria aprendido com a bem-sucedida contraofensiva ucraniana de 2022: "Depois da ofensiva em Kharkiv, a Rússia reconheceu que uma derrota é possível, e que pode voltar a perder território. Acho que se reconheceu que a Ucrânia é capaz de empreender ofensivas."

 

O que mostram os satélites

Estão sendo cavadas sobretudo trincheiras em que os soldados podem ficar de pé, reforçadas na frente com sacos de areia e com pedras. Elas visam proteger a infantaria russa de balas, estilhaços de granadas e fogo de artilharia, relata Brady Africk, do American Enterprise Institute, em Washington, baseado em análise de imagens de satélite.

Atualmente há numerosos postos desse tipo ao longo de estradas importantes e nas proximidades de cidades estratégicas. Observadores relatam também sobre campos minados.

Tudo indica que é nessas áreas onde são construídas as estruturas de defesa maiores que os russos contam com uma ofensiva das forças armadas ucranianas. Tais postos se concentram no sudeste da região de Zaporíjia, no leste da Ucrânia e em torno do istmo que liga a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, ao restante do país sob invasão.

"São fortificações para se levar a sério, que foram construídas em seis meses", explica Oleh Zhdanov, perito militar e coronel da reserva ucraniana. Ele ressalva, contudo, que se trata apenas de instalações localizadas. Assim, a rede ferroviária a leste de Melitopol, por exemplo, está livre de tais baluartes.

 

Fortalezas também são desvantagem para russos

Niklas Masuhr, do Center for Security Studies da Escola Politécnica Federal de Zurique, avalia a situação: "As fortificações propiciam uma certa previsibilidade e estruturam operações futuras. Isso atenua as fraquezas da Rússia, pois via de regra as forças armadas ucranianas desempenham melhor em situações militares improvisadas e cambiantes."

 

Burocracia ainda mais reduzida

"Por outro lado, a vinculação das tropas a territórios fortificados os torna mais previsíveis para os ucranianos, que conhecem os locais", acrescenta Masuhr. Rob Lee concorda que a concentração de algumas tropas num trecho definido representa uma vantagem para os ucranianos, permitindo-lhes penetrar fundo no território sob ocupação russa. Desse modo, eles poderão destruir mais outras linhas fortificadas e alcançar um avanço maior.

No entanto as imagens de satélite ainda não mostram as posições da artilharia, observa Zhdanov, explicando que os russos só as ocuparão pouco antes do início dos combates. Outro fator importante seriam as forças aéreas russas, as quais, contudo, raramente penetram no espaço sob controle de Kiev, graças à atual eficácia da defesa aérea ucraniana.

"O importante é que as forças de ataque da Ucrânia possuam suficientes sistemas de defesa aérea que protejam as tropas diretamente. Elas serão acompanhadas por uma defesa aérea no nível tático-operativo, que cobrirá territórios inteiros. Esse é um fator a ser considerado e levado muito a sério", alerta Zhdanov.

 

Moral dos soldados é vital

O coronel reformado ressalva, contudo, que o resultado da contraofensiva não depende unicamente dos baluartes russos nas regiões ocupadas, os quais, segundo os analistas, são capazes de deter um grande avanço do exército ucraniano.

"O elemento mais importante da defesa é: não importa o quanto os soldados se enterrem ou se fortifiquem, tudo depende de sua vontade de se defender e de seu estado emocional e psíquico." Zhdanov recorda que durante a ocupação de Kherson, por quase meio ano os militares russos haviam erguido baluartes diante da cidade, em três linhas. No entanto, isso não impediu que ela fosse libertada pelas forças armadas ucranianas.

"A meta da Ucrânia deve ser imobilizar a liderança militar russa e fazer os soldados russos entrarem em pânico", explicou à CNN Franz-Stefan Gady, especialista em táticas de combate modernas e analista do Institute for International Strategic Studies de Londres. Ele crê que surpresa tática, liderança no campo de batalha e moral de combate serão decisivas nas primeiras 24 horas da ofensiva.

Oleh Zhdanov lembra que na libertação da região de Kharkiv unidades altamente móveis penetraram nas lacunas entre as estruturas fortificadas e trincheiras sem se envolver na luta. "Elas cuidaram para criar caos e pânico entre o inimigo, e então as tropas de assalto da unidade principal levaram a batalha a cabo."

 

Situação inédita para forças ucranianas

Lee, do Foreign Policy Research Institute, avalia que, para romper os baluartes russos e liberar os territórios ocupados, os tanques de combate e outros veículos blindados ucranianos precisam proceder de modo coordenado com engenheiros, artilharia e até mesmo aviões. Para tal, serão providenciais os equipamentos militares ocidentais recém-fornecidos.

Entre esses, Zhadnov destaca tanto o sistema americano de remoção de minas M58 MICLIC (Mine Clearing Line Charge) quanto os tanques para formação de pontes provisórias Biber, fornecidos pela Alemanha, que permitem superar pequenos obstáculos; e os tanques de engenharia Dachs. Além disso, a Ucrânia recebeu tanques para remoção de minas.

Para Niklas Masuhr, o apoio ocidental será também importante na capacitação das forças ucranianas para operarem em grupos armados combinados, unindo e concentrando diversas unidades num combate eficaz. Tanto os armamentos com munição fornecidos quanto o apoio informativo continuado terão significado decisivo, frisa o especialista em segurança.

Segundo o major-general reformado australiano Mick Ryan, um planejamento inteligente por parte da Ucrânia poderá ser ainda mais determinante do que os armamentos ocidentais, com "treinamento dos membros de batalhões, brigadas e da liderança para operações complexas com grupos armados combinados", pois se trata de uma operação de solo extremamente difícil.

Masuhr concorda, alertando: "Nunca vimos ataques do exército ucraniano a posições russas tão fortificadas como essas. As contraofensivas anteriores foram contra tropas russas debilitadas, dispersas. A situação atual é totalmente diferente."

 

 

 

Autor: Daniil Sotnikov / DW

UCRÂNIA - "Vemos como, com o apoio de Lukashenko, as crianças são levadas da Ucrânia para Belarus e Rússia", diz à DW o político oposicionista belarusso Pavel Latushko, que vive na Polônia devido às ameaças do regime de Alexander Lukashenko. Em março de 2023, ele foi condenado à revelia a 18 anos de prisão por um tribunal belarusso.

De acordo com a União Europeia e o comissário presidencial ucraniano para os direitos infantis, até agora mais de 16 mil crianças teriam sido deportadas de áreas da Ucrânia ocupadas pela Rússia, sob várias circunstâncias, inclusive de orfanatos. Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, e sua comissária para os direitos infantis, Maria Lwova-Belowa, pelo suposto sequestro de crianças ucranianas.

Segundo Latushko, o transporte de menores para Belarus também viola a Convenção de Genebra de 1949. O oposicionista enfatiza que Belarus está disponibilizando seu território para a agressão russa contra a Ucrânia e, portanto, não pode ser considerada um "Estado neutro". Esses fatos levaram Latushko a coletar material que pretende apresentar não só ao Ministério Público da Ucrânia, como também ao procurador do TPI em Haia.

A estadia dos menores ucranianos em Belarus é amplamente noticiada na mídia estatal daquele país.

"Os propagandistas dizem que as crianças estão sendo levadas para Belarus para descansarem. Mas uma criança de seis anos pode decidir deixar um país por conta própria, neste caso a Ucrânia? Não. Isso é impossível", argumenta o oposicionista belarusso, enfatizando que nem as famílias deixaram o país voluntariamente, nem as autoridades ucranianas deram permissão para que as crianças fossem levadas.

 

"Ajuda para as crianças do Donbass"

Segundo Latushko, Belarus e Rússia têm projetos especiais visando levar a Belarus menores ucranianos entre seis e 15 anos de idade, e "essas decisões foram tomadas por ordem de Vladimir Putin e Alexander Lukashenko". Uma resolução sobre "ajuda para as crianças do Donbass", datada de 16 de setembro de 2022, previa o transporte de 1.050 menores ucranianos para Belarus.

Esses projetos são apoiados financeiramente pela estatal Belaruskali, uma das maiores produtoras de fertilizantes potássicos do mundo. "O dinheiro vai para a Fundação Alexei Talai, que organiza a saída das crianças no território ucraniano", diz Latushko. Elas também teriam sido levadas para Belarus por padres da Igreja Ortodoxa Belarussa, que faz parte do Patriarcado de Moscou.

No fim de outubro, o secretário da entidade supranacional União da Rússia e Belarus, Dmitry Mesentsev, visitou o campo infantil "Dubrava" perto de Minsk, propriedade da Belaruskali. Lá ele afirmou que "várias dezenas de milhões de rublos foram alocados para o projeto" e que o trabalho continuará.

"Apoiamos com satisfação a viagem das crianças para Belarus via Rostov", disse Mesentsev. Ele acrescentou que o objetivo é ajudá-las a "esquecer experiências difíceis e realizar sonhos" para que se tornem "cidadãos confiáveis do seu país".

"Nem Haia impedirá nossas obras de caridade"

Em abril e maio, a Fundação Talai planeja levar mais de mil crianças ucranianas para Belarus. A DW pediu a Alexei Talai que explicasse o papel de sua organização, mas não houve resposta. Ele é integrante da equipe paralímpica de natação, empresário e participante assíduo de ações de apoio a Lukashenko. Em resposta às alegações de Latushko, escreveu em seu canal no Telegram que "nem mesmo Haia nos impedirá de fazer obras de caridade e ajudar ainda mais as crianças do Donbass".

Talai também visitou em abril os mais de 300 menores da Ucrânia no campo de Dubrava. Lá, distribuiu, entre outras coisas, fitas nas cores das bandeiras russa e belarussa. O lugar também foi visitado pelo cientista político pró-governo Alexander Shpakovsky, o primeiro secretário da União da Juventude Republicana de Belarus, Alexander Lukyanov, e por membros do clube militarista Rodnik.

Segundo Latushko, sob as disposições do direito internacional, tudo isso pode ser inequivocamente classificado como crime de guerra destinado a educar crianças com sentimentos antiucranianos. O chefe da federação dos sindicatos de mineiros e químicos da cidade de Minsk, Dmitry Shvaiba, também admitiu que Belarus quer oferecer às crianças da Ucrânia uma educação em escolas profissionalizantes e depois um emprego.

"Eles estão, então, buscando potencial mão de obra para Belarus", alerta Latushko.

 

O que dizem Kiev e Unicef

O ex-comissário do presidente ucraniano para os direitos da criança e chefe da Fundação Salve a Ucrânia, Mykola Kuleba, disse ao canal de TV polonês Belsat que o lado ucraniano ainda não tem fatos documentados sobre o transporte de suas crianças para Belarus, e que são necessárias investigações.

Se houver provas suficientes, não se descarta um mandado de prisão para Alexander Lukashenko e outros envolvidos, acrescentou Kuleba, segundo quem o caso pode também ser classificado como crime de guerra.

De acordo com Aaron Greenberg, conselheiro-chefe regional do Unicef para proteção infantil na Europa e Ásia Central, sua organização está ciente de relatos de que "algumas crianças ucranianas foram levadas por período curto da Federação Russa para Belarus".

"Continuamos profundamente preocupados com relatos de transportes de crianças sem as devidas salvaguardas e retornos acelerados de crianças de locais de reassentamento que não levam em consideração o melhor interesse delas", informou o Unicef à DW.

A entidade também se disse preocupada com os procedimentos acelerados para mudar a cidadania das crianças.

 

 

Por Tatsiana Harhalyk, Deutsche Welle

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Junho 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
          1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.