Estudo da UFSCar busca voluntários que tiveram, ou não, a doença para entender os efeitos do vírus
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Fisiologia e Biofísica Muscular (LFBM), do Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem como objetivo estudar as causas da fraqueza muscular observada após infecção pelo novo coronavírus. O estudo é desenvolvido por Anabelle Silva Cornachione, docente do DCF, e pela pós-doutoranda Patty Karina dos Santos, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
De acordo com as pesquisadoras, a Covid-19 mostrou ser uma doença que não afeta apenas o trato respiratório dos indivíduos infectados, tendo efeitos consideráveis sobre o sistema musculoesquelético, causando fadiga excessiva, dor muscular, dor nas juntas e fraqueza muscular. Esses sintomas podem persistir por muito tempo após o término da infecção, impactando o dia a dia de inúmeros indivíduos.
"Pouco se sabe sobre o efeito do SARS-CoV-2 em músculos esqueléticos, principalmente de indivíduos que não necessitaram de hospitalização e suporte ventilatório. E como o sistema muscular tem uma importância fundamental no nosso cotidiano, nos permitindo andar, correr, sentar etc., entender como o músculo é afetado pela Covid-19 é essencial para uma adequada reabilitação pós-doença", comentam as pesquisadoras.
A expectativa do estudo é obter um melhor entendimento dos efeitos do novo coronavírus no sistema musculoesquelético, possibilitando uma melhoria no diagnóstico, no manejo e no tratamento de indivíduos acometidos pela doença. "Além disso, espera-se obter informações importantes sobre a fraqueza muscular persistente que tem sido observada em muitos indivíduos após o término da infecção viral", apontam.
É o primeiro curso aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico do interior de São Paulo
SÃO CARLOS/SP – O Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da Santa Casa abre, nesta segunda-feira (6), as inscrições para a 2a Turma do Curso Técnico de Enfermagem. São 30 vagas para candidatos, que vão passar por um processo seletivo no dia 07 de janeiro. Para se inscrever, é só acessar http://iep.santacasasaocarlos.com.br/inscricao/. A taxa de inscrição custa R$ 29,90.
O curso é o primeiro aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico no interior de São Paulo. Para André Mascaro, gerente do IEP, “esse reconhecimento por parte da Secretaria de Educação já demonstra o nível de qualidade que nosso curso vai oferecer aos alunos. E tem muito mais, eles vão aprender com profissionais que estão na linha de frente, dentro de um hospital de alta complexidade e com o que há de mais moderno em termos de tecnologia, como o centro de simulação realística”, explica.
Para se conseguir cursar a segunda turma do Curso de Técnico em Enfermagem, os candidatos têm que ser maiores de 18 anos e ter o ensino médio completo. O processo seletivo constará de uma prova objetiva com 30 questões (10 de Língua Portuguesa, 10 de Matemática e 10 de Ciências Biológicas). O curso é presencial, com dois anos de duração e os aprovados poderão pagar à vista com 20% de desconto com valor de R$ 6.777,60. Ou em 24 parcelas de R$ 353,00 e também outras modalidades de parcelamento. O início das aulas será no dia 24 de janeiro de 2022.
“Para nós já foi um orgulho montar a primeira turma do Curso Técnico de Enfermagem aqui no IEP da Santa Casa. Nosso objetivo era formar profissionais com formação sólida e mais preparados para enfrentar as dificuldades do mercado de trabalho. Sabemos do nosso desafio, mas o fato de abrirmos uma segunda turma é a confirmação de que nosso sonho deu certo”, comenta a Gerente de Práticas Educacionais, Vanísia Sulpino.
E a cada dia a demanda por profissionais da área de enfermagem só aumenta. E ajudar na formação dessas pessoas é também uma marca da Santa Casa de São Carlos. “ Nossa missão principal é a prestação de serviços de saúde de excelência à população. Mas, além disso, a abertura dessa segunda turma do Curso Técnico de Enfermagem do IEP representa mais um passo, mais uma etapa, para transformar a Santa Casa em um hospital de referência no Ensino e Pesquisa, afirma o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior.
45% da população brasileira apresenta algum sintoma de DTM
SÃO CARLOS/SP - Um projeto apoiado pela FAPESP (CEPID-CEPOF), para tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF), com aplicação de Laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom e terapia com vácuo, foi desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo sido publicados quatro artigos clínicos, sendo dois neste último mês de setembro de 2021.
A Disfunção Temporomandibular é considerada uma das dores orofaciais mais comuns, resultado de inflamação e dores que podem aparecer nos músculos da mastigação e na articulação temporomandibular (ATM) que liga a cabeça da mandíbula à base do crâneo. Normalmente, a DTM está associada a um apertamento dental noturno, usualmente conhecido como “bruxismo do sono”, podendo também surgir devido a pequenos traumatismos (pancadas) e vícios posturais, entre outras causas.
Segundo dados recentes, cerca de 45% da população brasileira apresenta sintomas relacionados com essa doença, cuja maior prevalência é em mulheres com idades entre os 20 e 50 anos de idade, sendo que 10% apresentam necessidade de tratamento.
Para o pesquisador do IFSC/USP, Vitor Hugo Panhóca, responsável por estas pesquisas, este novo tratamento, agora feito com duas metodologias inovadoras e distintas, vem na sequência de anteriores pesquisas feitas ao longo dos últimos cinco anos. “De fato, começamos a abordar esta nova metodologia de tratamento em 2015, com métodos aplicando laser e led, sendo que os estudos evoluíram para este novo tratamento feito com dois equipamentos distintos, mas cuja eficácia é semelhante - o laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom ou terapia de vácuo. Estes equipamentos foram desenvolvidos pelo Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP sob a coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato”.
O Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca, auxiliado pela Profª. Patricia Eriko Tamae e demais pesquisadores da equipe do Laboratório de Biofotônica, do IFSC USP, já realizaram o atendimento experimental em vários grupos de pacientes, cujos resultados demonstraram uma substancial redução de dor, a reabilitação da abertura da boca (extensão do maxilar) e, com isso, a recuperação de uma boa qualidade de vida nos pacientes portadores de DTM. Em um futuro próximo os pesquisadores irão organizar outros grupos compostos por um maior número de pacientes voluntários, no sentido de comprovar os resultados obtidos com estes procedimentos inovadores.
Confira, abaixo, os artigos publicados sobre este assunto
Treatment of temporomandibular disorder using synergistic laser and ultrasound application. Oral Health Dental Manag,
https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-17-issue-2-year-2018.html
Increased Oral Health-Related Quality of Life Postsynergistic Treatment with Ultrasound and Photobiomodulation Therapy
in Patients with Temporomandibular
Disorders. Photobiomodulation, photomedicine, and laser surgery
https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/photob.2019.4697
Synergistic effect of low-level laser and vacuum therapy on the temporomandibular disorder: two cases report. Laser Physics Letters
https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1612-202X/ac20de/meta
Comparison of the Synergistic Effect of Vacuum Therapy or Ultrasound Associated with Low Power Laser Applied in Temporomandibular Disorders. Oral Health Dental Manag,
https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-20-issue-9-year-2021.html
Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP
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