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Estudo vai comparar exercícios realizados presencialmente e por telerreabilitação

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Avaliação e Intervenção do Complexo do Ombro, do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), busca voluntários para estudo que tem o objetivo de comparar os resultados de um programa de exercícios terapêuticos para o ombro realizado a partir da telerreabilitação com o mesmo protocolo sendo realizado presencialmente. O projeto é desenvolvido pelo doutorando Vander Gava, com orientação da docente Paula Rezende Camargo, do DFisio, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
De acordo com os pesquisadores, a dor no ombro é uma das maiores queixas de dor e perda de função na população. Para eles, o tratamento fisioterapêutico é efetivo para o paciente e pode ser ampliado a um número de maior de pessoas por meio da telerreabilitação - tratamento é ofertado a distância por meio de videochamadas, ligações ou suportes semelhantes. "Os resultados deste estudo ajudarão os clínicos a entenderem se existem diferenças entre a telerreabilitação e o tratamento presencial para a dor no ombro. Além disso, será possível identificar quais as barreiras e os facilitadores do atendimento por telerreabilitação", relata Vander Gava.
A pesquisa vai oferecer uma avaliação presencial aos voluntários e eles também responderão questionários eletrônicos. Após essa etapa, o participante será alocado de forma aleatória para o grupo de telerreabilitação ou para o grupo de tratamento presencial. Toda a equipe de pesquisa já está vacinada e adota todas as medidas sanitárias para a Covid-19.
Estudo é voltado à participação de graduandos da área de saúde de todo o Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de Iniciação Científica, desenvolvida no Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está convidando graduandos de cursos da área da saúde de todo o País para avaliar o conhecimento deles a respeito da caderneta de saúde da pessoa idosa. O estudo é feito pela estudante de Gerontologia da UFSCar, Luana Rafaela Porcatti, sob orientação de Karina Gramani Say e coorientação de Fabiana Orlandi, docentes do DGero.
De acordo com Karina Say, o acompanhamento adequado da saúde do idoso deve ser feito, conforme preconização mundial, a partir de uma avaliação multidimensional desse paciente, a ser realizada pelo menos uma vez ao ano. "É a partir dessa avaliação que a equipe de saúde cria o plano de cuidado e as unidades e gestores podem se organizar melhor para ações e serviços de apoio para a promoção e assistência à saúde", explica Say. 
Nesse cenário, a caderneta de saúde da pessoa idosa é a primeira ferramenta para que essa avaliação multidimensional seja feita na Atenção Primária, conforme indicado pelo Ministério da Saúde. "De posse da caderneta, o idoso atendido em qualquer outro serviço, por qualquer outro profissional especialista ou no hospital, levará todas as informações já preenchidas", complementa a docente que orienta o estudo.
Pesquisa vai utilizar protocolos de exercícios que podem melhorar a dor crônica das participantes

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, está buscando voluntárias para participarem de estudo que tem por objetivo avaliar a efetividade de dois protocolos de exercício na redução da dor e incapacidade de mulheres com disfunção temporomandibular (DTM). Serão ofertadas 16 sessões gratuitas e a expectativa é a redução das dores, incapacidade e outros sintomas relacionados à DTM. 
A pesquisa é conduzida por Luiz Felipe Tavares, sob orientação de Ana Beatriz de Oliveira, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) e Reitora da UFSCar. De acordo com o pesquisador, as causas da DTM são multifatoriais e incluem diversos aspectos como sociais, cognitivos, biológicos e emocionais. "Diferentes aspectos têm sido relatados como possíveis fatores de risco para DTM, tais como hábitos parafuncionais (ex: mascar chicletes, roer unhas), má oclusão e estresse emocional, trauma físico, hipermobilidade articular e tempo prolongado na cadeira de tratamento odontológico", exemplifica Tavares. Ele complementa que o estudo optou por avaliar apenas as mulheres visto que esse público tem cerca de 2,5 vezes mais chances de dor orofacial. "Isso pode ser parcialmente explicado por fatores físicos, emocionais e hormonais. Entretanto, o tratamento depende mais da causa e do diagnóstico específico do que do sexo", aponta.
Tavares explica que exercícios de fortalecimento dos músculos da cabeça e pescoço e a terapia manual têm efeitos positivos já conhecidos na redução das dores orofaciais. Além disso, o pesquisador afirma que os exercícios aeróbicos - como caminhar ou pedalar - também oferecem benefícios diretos na redução da dor em pacientes crônicos, melhorando a qualidade de vida e saúde mental de pessoas com diversas patologias como fibromialgia, obesidade, depressão e dores de cabeça. "Entretanto, ainda não se sabe quais os efeitos de adicionar os exercícios aeróbicos aos exercícios para o pescoço em pessoas com DTM. Explicar aos pacientes que atividade aeróbica tem o potencial de redução de dor pode ser tranquilizador e motivador", relata Luiz Felipe Tavares.
O pesquisador comenta que a inserção de um tratamento multimodal, que inclua a aptidão aeróbica juntamente com exercícios de força e flexibilidade, tem melhorado a funcionalidade significativamente. "Conhecer estes efeitos no tratamento de mulheres com DTM é o objetivo principal da nossa pesquisa", reforça.
Tavares aponta que, tradicionalmente, profissionais da saúde utilizam fármacos como primeira forma de tratamento e, muitas vezes, subestimam a atividade física como primordial no combate à dor crônica. "Deve-se lembrar que o exercício aeróbico é uma opção de tratamento com poucos efeitos adversos que pode promover melhora na severidade da dor e capacidade funcional de pacientes com dor crônica", destaca. Diante disso, a expectativa da pesquisa é que os protocolos de exercícios propostos sejam eficazes na redução das dores, incapacidade e outros sintomas relacionados à DTM. "Assim, profissionais de saúde e, principalmente, fisioterapeutas poderão aplicar os resultados da pesquisa em sua prática clínica", comenta o pesquisador sobre os resultados do estudo e sua aplicabilidade.
Levantamento foi feito em pesquisa da UFSCar, em parceria com universidade do Reino Unido

 

SÃO CARLOS/SP - Sentar e levantar de uma cadeira, equilibrar-se parado e andar uma curta distância são funções simples de serem avaliadas por profissionais de saúde. Quando estão alteradas, podem prever muito precocemente o declínio funcional, especialmente em homens com obesidade abdominal e fraqueza muscular. Este é o principal resultado do estudo realizado no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFT) da UFSCar. A pesquisa foi feita por Roberta de Oliveira Máximo, sob orientação do professor Tiago da Silva Alexandre, do Departamento de Gerontologia da Instituição.
O estudo contou com 3.875 idosos ingleses acompanhados por oito anos e foi realizado em parceria com pesquisadores da University College London, no Reino Unido. Os idosos tiveram o desempenho físico avaliado pelo Short Physical Performance Battery (SPPB), uma bateria de testes conhecida por profissionais de saúde que inclui a combinação de sentar e levantar da cadeira, equilíbrio em pé e caminhada por 2,4 m.
"O comprometimento no desempenho físico é o primeiro indicador de função prejudicada em idosos e é considerado uma fase de transição pré-clínica para incapacidade, ou seja, aparece antes das dificuldades em atividades cotidianas como usar transporte, fazer compras, cuidar da casa e roupas, preparar refeições, tomar banho, se vestir, ir ao banheiro e se alimentar", pontua Alexandre. O docente explica que o comprometimento no desempenho físico é considerado como o sexto sinal vital na avaliação de idosos. Diante disso, destaca que descobrir precocemente esses indicadores poderia evitar incapacidade em atividades da vida diária entre os idosos.
De acordo com a pesquisa, apenas um grupo específico de homens idosos apresentaram maior comprometimento no desempenho físico ao longo do tempo de acompanhamento: aqueles que tinham a combinação de obesidade abdominal e fraqueza muscular (conhecida como dinapenia). "Este fenótipo é comum entre idosos e reconhecido no meio científico pelo nome de obesidade abdominal dinapênica. No estudo, foi considerada pela circunferência de cintura maior que 102 cm para homens e maior que 88 cm para mulheres e pelo teste de força de preensão manual menor que 26 kg para homens e menor que 16 kg para mulheres", explica o orientador.
Com o processo de envelhecimento, homens e mulheres apresentam perda de força muscular acompanhada por um acúmulo de gordura abdominal. Contudo, a situação é pior entre os homens. "Homens perdem mais força muscular que as mulheres ao longo da vida e já apresentam uma tendência ao acúmulo de gordura abdominal antes do processo de envelhecimento. A gordura abdominal é mais metabolicamente ativa e gera uma inflamação crônica de baixo grau, levando a repercussões negativas sobre a função muscular. Isso explica as diferenças entre os sexos e a razão pela qual a obesidade abdominal dinapênica afeta mais o desempenho físico em homens", esclarece Roberta Máximo.
A situação é diferente quando, ao invés de avaliar a obesidade abdominal, se avalia a obesidade geral pelo índice de massa corporal (IMC). Neste caso, obesidade geral combinada com dinapenia não se relacionou com a pior trajetória do desempenho físico nem em homens nem em mulheres, sugerindo que a avaliação da obesidade pelo IMC não é capaz de capturar as mudanças de distribuição de gordura corporal que acontecem com o envelhecimento e que têm impacto no desempenho físico.
O estudo traz outro dado importante indicando que nem a obesidade abdominal nem a dinapenia isoladas foram associadas com o pior desempenho físico de idosos ao longo do tempo, demonstrando que levar em conta a avaliação separada dessas duas condições no lugar do fenótipo de obesidade abdominal dinapênica pode subestimar um real problema futuro de declínio do desempenho físico em idosos.
Os autores acreditam que, mesmo tendo avaliado idosos ingleses, esse fenômeno também ocorra em idosos brasileiros, podendo ser ainda pior, pois aqui a prevalência de obesidade é maior que na Inglaterra.
A partir do estudo, os pesquisadores apontam a importância do diagnóstico precoce desses indicadores e da oferta do cuidado necessário para essa população. "O estudo sugere que a identificação e o manejo clínico do fenótipo da obesidade abdominal dinapênica com exercícios aeróbicos e resistidos são essenciais para evitar os primeiros sinais de declínio funcional em homens idosos", avaliam Alexandre e Máximo.
A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp - 17/26377-4 e 18/13917-3) e foi publicada, recentemente, como artigo no The American Journal of Clinical Nutrition. A íntegra do artigo pode ser acessada neste link (https://bit.ly/3vPQ7tF).
Estudo convida mulheres que estejam no terceiro trimestre da gestação para participação online

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), intitulado "Aspectos Emocionais da Experiência do Parto", está convidando voluntárias para participação online. O objetivo é compreender os aspectos emocionais envolvidos na gestação, parto e pós-parto, incluindo expectativas, pensamentos, sentimentos e emoções.
"Este estudo busca a compreensão da perspectiva das mulheres a respeito desse importante evento (experiência parto), dando voz e espaço para que elas possam assumir maior protagonismo nesse momento de suas vidas", explica Marília Vidal de Vasconcelos Barros, estudante de graduação em Psicologia da UFSCar e responsável pela pesquisa. 
O trabalho conta com orientação da professora Sabrina Mazo D'Affonseca, do Departamento de Psicologia (DPsi), e tem o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Segundo a estudante, "as participantes terão a oportunidade de falar a respeito da sua história de vida, podendo compreendê-la melhor e ter seus sentimentos validados". Para isso, estão sendo convidadas mulheres que estejam no terceiro trimestre da gestação, de qualquer região do País, para participarem em formato online. A participação conta com entrevistas virtuais e resposta à instrumentos de pesquisa. A inscrição é totalmente gratuita e deve ser feita pelo formulário eletrônico https://bit.ly/3MAx79c. Dúvidas podem ser esclarecidas com a pesquisadora responsável pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 44247321.4.0000.5504).
Pesquisa, que considera as diferenças culturais, convida pais e mães para participação online

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo da UFSCar está convidando pais e mães brasileiros e estrangeiros para uma pesquisa sobre como eles lidam com as discordâncias na criação dos filhos. O objetivo é identificar as semelhanças e diferenças nos cuidados de filhos em dois tipos de casais: de nacionalidade mista (mãe ou pai brasileiros e o outro estrangeiro) e casais brasileiros, considerando os efeitos das diferenças culturais.
"Atualmente há milhões de pessoas saindo de seus países de origem em busca de novas oportunidades, e essa realidade cria demandas para lidar com diferenças culturais e também com a adaptação sociocultural", analisa Melissa Giannina Sueros Torres, graduanda do curso de Psicologia da UFSCar e responsável pelo estudo. "Dentro da Psicologia, e no cenário brasileiro, não existem pesquisas sobre o processo de adaptação cultural de imigrantes em contextos familiares e penso que a minha pesquisa será de muita importância para podermos entender como acontecem essas negociações entre os pais no cuidado de uma criança e como estes lidam com as diferenças culturais como, por exemplo, a linguagem e a religião", explica Torres.
A pesquisa "A criação de filhos em casais com um parceiro imigrante e em casais brasileiros" tem orientação da professora Elizabeth Joan Barham, do Departamento de Psicologia (DPsi), e apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Melissa Sueros Torres conta que o tema da pesquisa, relacionado à adaptação cultural, surgiu porque é estrangeira. Além disso, "ao me aprofundar no tema, entendi como esse fenômeno de adaptação sociocultural faz com que a pessoa desenvolva diversas habilidades para poder lidar com diferenças culturais. E, no contexto familiar, não é diferente, já que para construir e manter a relação coparental é necessário ter habilidades para lidar com diferenças. Mas essa demanda pode ser ainda maior em relacionamento entre pessoas que cresceram em dois países diferentes".

Como participar
Para participar do estudo, é preciso ter domínio de leitura e fala do Português (nível básico); ser pai ou mãe de uma criança; residir no Brasil; ser brasileiro ou estrangeiro; e ter acesso a um dispositivo com conexão com Internet.
A participação consiste em preencher um formulário online, com duração de 30 minutos. Em seguida, será agendada uma entrevista, pela plataforma Google Meet, com duração de 10 a 15 minutos. Os pais e mães interessados devem preencher o respectivo formulário, disponível pelos links https://bit.ly/3M0A3MQ (pais) e https://bit.ly/3vf3zsf (mães) ou, então, entrar em contato com a pesquisadora Melissa Sueros Torres, pelo e-mail melissa.sueros@estudante.ufscar.br, que também pode esclarecer dúvidas sobre o trabalho. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 50251921.0.0000.5504).
Em artigo publicado em Nature Food, pesquisadores da UFSCar e da UFV indicam que 95% dos produtores desses alimentos atuam na informalidade no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Em publicação recente em periódico do grupo Nature, pesquisadores brasileiros mostram como, no País, a legislação referente a alimentos de origem animal atua para exclusão de pequenos produtores do mercado formal, levando a insegurança alimentar, desigualdades estruturais e obstáculos ao desenvolvimento regional. O texto, publicado em Nature Food com o título "Animal-source food legislation as a tool for the exclusion of smallholder farmers in Brazil" (https://rdcu.be/cK7hA), tem como autores Naaman Francisco Nogueira Silva, docente do Centro de Ciências da Natureza (CCN) do Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Davi Augusto Santana de Lelis e Antônio Fernandes de Carvalho.
A partir de compilação de dados, os autores concluem que apenas 5% dos produtores de alimentos de origem animal no Brasil conseguem atender às exigências para atuação no mercado formal de carne, ovos, mel, pescado, leite, e seus derivados. Ou seja, 95% atuam na informalidade, impedidos por barreiras comerciais de ingressar em um mercado dominado por oligopólios industriais.
No País, o sistema regulatório para alimentos de origem animal foi, em grande medida, instituído pela Lei nº 1.283, de 1950. A legislação determina que todos os produtores tenham alvará sanitário para venda, de acordo com seu âmbito de atuação. Assim, para o comércio entre estados brasileiros, ou para outros países, a produção precisa ser fiscalizada por órgão federal; para circulação entre municípios de um mesmo estado, pelo órgão estadual; e, para comércio em uma única cidade, a fiscalização é municipal. 
Segundo os pesquisadores, essa lei proíbe, indiretamente, que um produtor fiscalizado por um órgão municipal comercialize seus produtos em outras cidades, e, de maneira análoga, impede que um produtor fiscalizado por um órgão estadual faça comércio com os demais estados da Nação. Assim, a barreira comercial, tal qual está colocada, serviria apenas aos interesses de grandes empresas.
No artigo, os pesquisadores apontam que, além dessas exigências serem exclusivas para produtos de origem animal - não se aplicando a outros alimentos e bebidas -, a fiscalização nos municípios e estados em geral é inexistente ou inoperante.
"Cerca de 60% dos municípios brasileiros não têm serviço de inspeção municipal e, nos grandes centros, não há pessoal suficiente para atender a demanda. Para poder comercializar em todo o País, é preciso fiscalização federal, algo inviável para pessoas com propriedades em locais muito distantes. Tudo isso dificulta a formalização do pequeno produtor", exemplifica o docente da UFSCar.
Ao permanecerem na informalidade, à margem dos sistemas regulatórios, pequenos produtores trabalham na precariedade, em condições inseguras e sem acesso a direitos trabalhistas. Também ficam sem acesso a empréstimos e compras governamentais. Além disso, não contribuem para o desenvolvimento regional como poderiam, por exemplo, pelo fomento ao turismo rural relacionado à produção artesanal. De outro lado, consumidores não têm a garantia de segurança dos alimentos, que podem apresentar contaminação química ou biológica, fraude ou adulteração, uso incorreto de aditivos ou rotulagem inadequada, dentre outros problemas.
Outro ponto é que o produtor não consegue gerar empregos formais. Também é comum o êxodo rural. "Os filhos, que comumente dariam continuidade ao trabalho, vão para a cidade procurar outras ocupações, pois não veem perspectiva naquela atividade", registra o pesquisador. "Além disso, se não há inspeção, como são feitos os abates em termos de bem-estar animal? Ou quais são impactos ao meio ambiente decorrente do descarte de abatedouros clandestinos?", complementa.
Nos últimos cinco anos, algumas condições melhoraram, mas os problemas permanecem. No artigo, é evidenciado como dois mecanismos recentes criados pelo Governo Federal para amenizar este cenário não equacionam o problema.
Um deles é o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa - https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/suasa/sisbi-1), em que órgãos de inspeção municipais ou estaduais podem solicitar - voluntariamente - a equivalência de seus serviços aos do órgão federal. Para isso, é necessário comprovar que a inspeção segue exatamente as mesmas regras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do sistema federal. No entanto, como a adesão é voluntária, a solução fica fora da governabilidade do produtor.
O outro mecanismo é o Selo Arte (https://bit.ly/seloartegov). Com ele, produtores que comercializam alimentos considerados artesanais (produzidos por famílias, em pequena escala) e tradicionais (com histórico de produção específico em determinada região, como o queijo da Canastra, por exemplo), se fiscalizados por um serviço oficial de inspeção, podem ser autorizados pelo estado de origem a vender em todo o território nacional.
Apesar dos avanços, na prática, as dificuldades persistem. De cerca de 300 mil pequenos produtores existentes no País, menos de 600 usam um desses dois mecanismos.

Mudança de cenário
No artigo, os autores propõem soluções com base na Constituição Brasileira, uma vez que ela prevê o tratamento diferenciado para pequenos produtores. Assim, destacam a necessidade de estabelecimento de marco regulatório com regras diferenciadas, adaptadas às diferentes realidades.
Para respeitá-la, os docentes propõem a criação de um marco regulatório que revogue a legislação vigente, separando produção industrial de pequena escala e, assim, adaptando os mecanismos de fiscalização de forma a condizer com a realidade de cada um.
Neste sentido, afirmam que a segurança alimentar deve ser garantida por um sistema de inspeção eficiente e, ao mesmo tempo, inclusivo, ou seja, que não impeça a integração de agricultores familiares e outros pequenos produtores ao mercado formal. Além disso, destacam que não há fundamento sanitário para a imposição de barreiras comerciais indiretas por meio da legislação. "Se houve aprovação do município ou do estado, ou seja, se o produto foi considerado seguro para o consumo humano, o alimento também é apto para ser comercializado em outros lugares", detalha o professor da UFSCar.
Assim, a proposta é que pequenos produtores com fiscalização de serviços municipais ou estaduais possam comercializar sua produção em todo o território nacional, e que produtores industriais precisem da aprovação federal para comércio entre estados e para outros países.
Para sanar a questão das limitações dos serviços de inspeção, uma possibilidade é a criação de consórcios entre os municípios. Assim, é possível dividir os custos com pessoal e logística e atender um maior número de produtores de uma determinada região.
"Se não colocarmos o 'dedo na ferida', estas arbitrariedades continuarão trazendo prejuízos para a sociedade brasileira. Perdemos todos nós", lamenta Naaman Nogueira.
Estudo vai avaliar os efeitos da terapia manual na intensidade da dor, funcionalidade e na percepção de melhora dos pacientes

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de pós-doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, está buscando voluntários que tenham dor lombar crônica para investigar os efeitos da terapia manual na intensidade de dor, na funcionalidade e na percepção de melhora dos indivíduos. Serão oferecidas seis sessões de terapia manual gratuitas para os participantes. O estudo é realizado pela pós-doutoranda Helen Nogueira Carrer, sob supervisão de Thaís Chaves, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.
A coluna lombar está localizada na parte mais baixa nas costas, próximo ao quadril. De acordo com Helen Carrer, a dor lombar afeta cerca de 23% da população mundial e pode ser recorrente em até 80% dos indivíduos acometidos. "Geralmente, esse tipo de dor está associado a incapacidades progressivas, que trazem prejuízos tanto na funcionalidade e qualidade de vida dos indivíduos, como desdobramentos socioeconômicos desfavoráveis", explica a pesquisadora. Ela também relata que a causa da dor lombar é multidimensional e diversos fatores de risco estão associados, como por exemplo, o sedentarismo, a obesidade, o estresse, dentre outros.
Carrer explica que não há um tratamento padronizado para pacientes que apresentam dor lombar e há várias intervenções fisioterapêuticas disponíveis para tratar o problema. No entanto, segundo ela, a terapia manual tem se destacado nos estudos já realizados por possibilitar mudanças nos desfechos clínicos de percepção de dor e funcionalidade dos pacientes. "A terapia manual consiste na realização de movimentos articulares bem específicos que são capazes de promover melhora da mobilidade da coluna e, consequentemente, melhora da dor", explica a pós-doutoranda da UFSCar.
Além de oferecer as sessões de terapia manual para os participantes, a pesquisa também vai testar como a terapia manual interfere na percepção de dor ao estímulo térmico de calor nos voluntários. "A aplicabilidade desse estudo, além de oferecer assistência às pessoas, possibilita uma conduta terapêutica com maiores detalhamentos técnicos e com uma nova perspectiva de avaliação por meio do teste de dor ao calor", destaca a pesquisadora sobre a importância do estudo. 

Voluntários
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, com idades entre 18 e 55 anos, que tenham dor lombar há três meses ou mais, e que não tenham feito nenhum tratamento nos últimos três meses. Além disso, os voluntários devem apresentar limitações nas tarefas diárias causadas pela dor.
Os participantes passarão por avaliação e seis sessões de terapia manual (uma vez por semana). As reavaliações acontecerão um e três meses após a primeira avaliação. Todas as atividades serão presenciais e acontecerão na Unidade Saúde Escola (USE), que fica na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. Os interessados devem entrar em contato com a equipe pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone/WhatsApp (16) 98163-8793 (Helen). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52359521.1.0000.5504).

Primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho

 

SÃO CARLOS/SP - Completamente renovado em seu espaço interno, o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), Polo de São Carlos, reativou no passado dia 18 de abril as suas atividades com a realização da primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho que irão desenvolver seus projetos a partir de agora, trabalhos que divulgaremos muito em breve.

Tendo como coordenador o Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e como vice-coordenador o Prof. Frank Crespílho (IQSC/USP), o IEA-São Carlos foi sujeito, nos dois últimos anos, a uma série de obras que visaram principalmente a reestruturação e adequação dos espaços internos, que agora estão em perfeitas condições para receberem alunos, professores e pesquisadores interessados em desenvolver seus trabalhos e projetos. Nesse período também foram criados ou reativados novos Grupos de Trabalho, que são as principais plataformas de atuação do IEA.

Embora a pandemia tenha atrasado o desenvolvimento desses trabalhos, que deveriam ter sido concluídos em um espaço de tempo mais curto, o certo é que a renovada área está agora disponível e operacional, como salientou o Prof. Zucolotto. “Esta foi uma reunião muito importante, pois marca a retomada dos trabalhos do nosso polo do IEA, e teve por objetivo não só apresentar o novo espaço físico do IEA, completamente renovado, como também de reunir e apresentar o grupo inicial de coordenadores dos projetos que serão os incentivadores para que outros grupos possam aqui se reunir para desenvolver seus trabalhos.

Igualmente entusiasmado com a reativação dos trabalhos, o Prof. Frank Crespilho, afirmou que sua presença não se limitaria ao cargo de vice-coordenador, mas também ao desenvolvimento de projetos e Grupos de Trabalho. Estiveram presentes nesta reunião os Profs. Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP, que inicialmente irá trabalhar na área de “Educação nas Escolas”, José Marcos Alves (EESC/USP), que iniciará o projeto “Inclusão Social”, Tadeu Malheiros (EES/USP), que irá avançar com o projeto “Cidades Globais”, Frank Crespilho com o grupo de trabalho “Observatório da COVID-19”, e Juliana Cancino (FFCLRP/USP), cujo projeto traz estudos sobre os Aspectos Regulatórios e os Impactos Econômicos e Sociais da Nanotecnologia.

O que é o IEA

Criado em 29 de outubro de 1986, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (sede), da mesma forma que o seu polo instalado no Campus de São Carlos, é um órgão de integração destinado à pesquisa e discussão, de forma abrangente e interdisciplinar, das questões fundamentais da ciência e da cultura. Sua missão é realizar, junto a segmentos representativos da sociedade, estudos sobre instituições e políticas públicas (nacionais, estaduais, municipais e até supranacionais), destacando-se os trabalhos sobre políticas de desenvolvimento da ciência, tecnologia e cultura, bem como sobre o uso social do conhecimento.

Pela natureza de suas atividades, o IEA desempenha papel significativo no incremento do intercâmbio científico e cultural entre a USP e instituições brasileiras e estrangeiras (universidades, organizações governamentais e não-governamentais, entidades científicas e culturais etc.). Isso se dá através de convênios de cooperação e intercâmbio acadêmico ou convites específicos a pesquisadores e intelectuais, brasileiros e estrangeiros, com trabalhos representativos e enriquecedores dos debates realizados no Instituto.

Para atender às suas finalidades, o IEA possui estrutura acadêmica diferenciada das demais unidades e institutos da USP. O IEA não ministra cursos de graduação ou pós-graduação, não possui quadro estável de pesquisadores, uma vez que a abrangência de seus debates interdisciplinares habilita-o ao debate teórico e prospectivo de questões científicas, não à execução de trabalhos experimentais.

A estrutura acadêmica do IEA é composta por grupos de pesquisa e estudo e outras formas de organização de pesquisadores. A participação nas atividades é aberta a pesquisadores e profissionais com projetos relacionados com os temas de trabalho do IEA. A análise dessa confluência temática é feita pelos coordenadores das equipes de pesquisa. Podem participar brasileiros e estrangeiros, integrantes ou não da USP, portadores ou não de título universitário. Outros pesquisadores são integrados temporariamente em função das atividades específicas de projetos e cátedras do Instituto, como por exemplo os professores visitantes e seniores.

 

 

Rui Sintra - Assessoria de Comunicação - IFSC/USP

Estudo avaliará o uso da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea e atenderá as participantes por seis meses

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (Lamu) da UFSCar, está convidando voluntárias para estudo que utilizará a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea para tratar a dor causada pela dismenorreia primária (cólica menstrual). As participantes receberão avaliação e tratamento gratuitos por seis meses. 
A pesquisa é realizada por Jéssica Rodrigues, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, sob orientação de Patricia Driusso e Mariana Arias Avila, docentes do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição. O objetivo central da pesquisa é avaliar o efeito da aplicação da Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea sobre a intensidade da dor em mulheres acometidas pela cólica menstrual e estimar o custo-efetividade e custo-utilidade do procedimento.
A cólica menstrual se caracteriza por uma dor pélvica provocada pela liberação de prostaglandina, substância que faz o útero contrair para eliminar o endométrio (camada interna do útero que cresce para nutrir o embrião), em forma de sangramento, durante a menstruação, quando o óvulo não é fecundado. Cerca de 50% das mulheres sentem cólicas menstruais em alguma fase da vida. A dismenorreia pode ser primária - quando a causa é o aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio - ou secundária - quando resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo. Para alívio da dor, algumas mulheres recorrem à prática de exercícios físicos, compressas quentes no local da dor, dietas ricas em fibras e, em alguns casos, uso de medicamentos anti-inflamatórios. 
De acordo com Jéssica Rodrigues, a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea é um recurso fisioterapêutico analgésico utilizado para amenizar o desconforto provocado pela cólica menstrual. "O estudo é importante para, futuramente, apontar um tratamento não medicamentoso para amenizar o desconforto provocado pela cólica menstrual", avalia a pesquisadora quanto à importância do projeto. 
Para desenvolver o estudo, estão sendo convidadas mulheres, a partir de 18 anos, que tenham cólica menstrual e não tenham filhos. As participantes serão avaliadas e divididas, por sorteio, em três grupos: dois que serão tratados por eletroterapia e outro que receberá uma cartilha com orientações. As voluntárias devem residir em São Carlos e o acompanhamento da pesquisa será por seis meses.
Interessadas em participar da pesquisa devem preencher este formulário (https://bit.ly/35CXmw5) até o dia 31 de maio. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 16530619.3.0000.5504).

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