SÃO CARLOS/SP - As turmas são para adultos iniciantes, perfeitas para quem nunca teve contato com o instrumento.
Confira os horários:
Quarta-feira – 18h às 19h15: Iniciação Instrumental para Adultos (18 anos ou mais)
Quarta-feira – 19h30 às 20h45: Iniciação Instrumental para Adultos (18 anos ou mais)
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Encontro foi no Ciesp e contou com participação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico
SÃO CARLOS/SP - No último dia 17, empresários de diferentes ramos de São Carlos e região participaram de evento com a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) instalada na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Embrapii UFSCar-Materiais O encontro aconteceu no Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) - regional São Carlos, e também contou a participação de integrantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Carlos.
Durante o evento, o coordenador da Embrapii-UFSCar, Ernesto Pereira, apresentou a Unidade, projetos já realizados e abordou as inúmeras parcerias que podem ser desenvolvidas junto a empresas e indústrias de São Carlos e região, com foco na solução de desafios dessas organizações, desenvolvimento e inovação. "A nossa Unidade reúne pesquisadores para atender as demandas das empresas e elaborar propostas técnicas que tragam solução, otimização e melhorias para as parceiras", frisou Pereira. Ele aponta que as demandas podem ser das mais variadas áreas e níveis de complexidade, sendo que os valores para o desenvolvimento dos projetos são custeados em divisão entre a empresa, a Embrapii-UFSCar e outras possíveis fontes de fomento.
Adilson de Oliveira, diretor do Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos (IEAE) da Universidade, destacou a importância dessa aproximação entre a UFSCar e as empresas, por meio da unidade da Embrapii. "O conhecimento gerado na Universidade faz sentido quando ele chega à sociedade. Essa parceria com as empresas para o desenvolvimento de pesquisas que promovem modernização e inovação leva o conhecimento como benefício para a sociedade, cumprindo uma missão importante da nossa Instituição", reflete Oliveira.
Rafael Barberis, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico de São Carlos, reforçou a importância do evento para aproximação entre os empresários e a UFSCar. "Um dos nossos objetivos é disseminar conhecimento e reunir todos os lados - poder público, universidade e empresas. É fundamental que as empresas descubram e aproveitem a expertise que temos aqui na cidade para progredir cada vez mais no setor econômico", pontua. Marcos Henrique dos Santos, diretor titular da regional do Ciesp em São Carlos e também empresário na área de tecnologia, valoriza essa aproximação, principalmente no período pós- pandemia, que passa por um processo de reindustrialização. "É muito difícil para as empresas nacionais buscarem recursos para investir em tecnologia. Nosso país é carente em várias questões, tem impostos altos, juros altos e fragilidades na formação de mão de obra. A Embrapii reúne características para nos apoiar, é um projeto bem elaborado para auxiliar as empresas nacionais com tecnologia, recurso e conhecimento. Inclusive, a gente pode absorver nas empresas a mão de obra formada na Universidade", reflete. Ele acrescenta que o evento foi valoroso para o Ciesp por estar relacionado com a vocação do Centro que é apoiar e proteger as indústrias.
Luiz Fernando Sverzut é empresário e proprietário de empresa na área de máquinas para produção de embalagens flexíveis, sediada em São Carlos. Ele participou do evento e relatou seu objetivo diante das apresentações realizadas. "Estamos buscando parcerias maiores, pensando em inovação, pesquisa e tecnologia. A gente percebe que as indústrias de São Carlos estão cercadas de universidades, mas usam pouco esses recursos disponíveis. Viemos buscar mais isso, já que essas instituições têm expertise maior para nos ajudar. Pequenas e médias indústrias têm potencial para fazer parcerias com as universidades e institutos de pesquisa", relatou.
Além da apresentação da Embrapii-UFSCar, Regiane Travensolo, da área de Transferência de Tecnologia da Agência de Inovação (AIn) da Universidade, também falou sobre patentes, inovação industrial e aspectos jurídicos. O diretor jurídico da Fundação de Apoio Institucional (FAI) da UFSCar, Marcelo Garzon, esclareceu questões de segurança jurídica que as parcerias das empresas com a Embrapii têm no processo. O evento promoveu espaço para troca de experiências, esclarecimento de dúvidas e networking.
Produzido por egressos da Universidade, filme também já foi exibido na República Tcheca, Chile, EUA e Colômbia
SÃO CARLOS/SP - Depois de ser exibido na República Tcheca, Chile, EUA e Colômbia e selecionado para festivais no Uruguai e Canadá, o longa-metragem "As Quatro Estações da Juventude" (@as4estacoesdajuventude), dirigido por Essi Rafael e produzido por Lucas Pelegrino, ambos alunos egressos do curso de graduação em Imagem e Som da UFSCar, estreia em seu primeiro festival brasileiro. A exibição acontece no dia 23 de julho, no festival Bonito CineSur - Festival de Cinema Latino-Americano de Bonito.
"As Quatro Estações" acompanha a história de jovens alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ao longo de uma década. O enredo narra acontecimentos desde o trote aos questionamentos sobre a formação que cada um escolheu para si.
O diretor, Essi Rafael, cursou Imagem e Som na UFSCar entre 2006 e 2009; Pelegrino, entre 2009 e 2012. "Porém, vale enfatizar que as imagens do filme são de 2010 a 2013", ressaltam. "Como a gente se formou no curso de Cinema, fazer um filme foi uma maneira natural de exercitarmos o ofício e nos expressar, mas, sobretudo, de aprendermos. Foi uma grande escola tanto na parte técnica quanto depois, quando tivemos que aprender como fazer esse filme existir comercialmente. Porém, tudo começou de uma maneira bem despretensiosa, com recursos próprios e com a ajuda dos nossos colegas de curso", relata o produtor.
A estreia em território nacional está prevista para início de 2025. Estão sendo planejadas sessões pelo interior e cidade de São Paulo, tanto em salas de cinema convencionais como em cineclubes e casas de cultura.
Já o lançamento mundial aconteceu no último dia 5 de junho, na sala 6 do Golden Apple Cinema do Zlin Film Festival, na República Tcheca. O evento tcheco é um dos maiores e mais antigos do mundo sobre filmes com o tema Infância e Juventude. Foi ele o escolhido para dar o pontapé na tour. "É um lugar especial para a estreia de nosso documentário, que começou como um sonho de jovens universitários", afirma Essi.
Em seguida, o filme seguiu viagem para a Filadélfia para concorrer aos principais prêmios do Philadelphia Latino Arts & Film Festival (PHLAFF), evento que historicamente dá destaque para a cinematografia latino-americana nos EUA. A première aconteceu em 22 de junho. Entre 30 de julho e 6 de agosto, o documentário participará de mais uma incursão internacional, no Festival Internacional de Nuevo Cine Independiente, no Uruguai. Entre 5 e 15 setembro, será exibido na 22ª edição do Vancouver Latin American Film Festival, no Canadá; nele, Essi concorre ao prêmio da categoria Novos Diretores.
O filme também já ganhou o prêmio WIP Puerto Lab no Festival Internacional de Cinema de Cartagena (FICCI), na Colômbia, em março do ano passado (bit.ly/4eKeVcp). Fundado em 1960, o Festival é o evento mais antigo do gênero na América Latina. A produção também foi selecionada, no mesmo ano, para comparecer presencialmente ao Chile durante o encontro internacional de documentários Conecta.
Boyhood universitário
O produtor define "As quatro estações da juventude" como o "Boyhood universitário", numa alusão ao filme de Richard Linklater. Para Pelegrino, a chave dessa conexão é o tempo de filmagem. Pelo fato de o arco narrativo usar uma década como referência, o espectador testemunha diversas transformações nos personagens, que vão da alegria por ingressarem na universidade ao medo e desesperança diante de um mercado de trabalho inflexível.
O roteiro se apega na vida dos estudantes, mas também joga luz para o contexto ao qual ela acontece. Implementação de cotas sociais e raciais, retração de investimento público na educação, Covid-19, risco de paralisação da UFSCar, todos estes temas perpassam a narrativa de alguma forma. Nas palavras de Essi, o clima de decepção e falta de esperança de uma geração que foi do céu ao inferno em dez anos acabam por compor o pano de fundo do documentário.
"A ideia foi trazer para o filme um pouco do que essa geração de jovens dos anos 2010 enfrentou em sua trajetória da universidade até a vida adulta", reforça o cineasta.
Distribuição no interior paulista
O lançamento no Brasil de "As Quatro Estações" faz parte do projeto Núcleo de Distribuição Cinema do Interior. Com coordenação geral do produtor Lucas Pelegrino, ele prevê a exibição em salas de cinema tradicionais e alternativas de filmes 100% realizados no interior de São Paulo. Os longas trabalham com temáticas plurais que trazem a singularidade das suas regiões específicas de produção.
São quatro ao todo. Além do filme de Essi Rafael, fazem parte da coleção: "Estranhas Cotoveladas", "Ivan" e "Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca" bit.ly/3RsKUE5, todos de 2023.
"Queremos ativar um circuito exibidor no interior paulista e, com isso, abrir novos horizontes para a indústria cinematográfica regional. Não só nas salas de cinema tradicionais, mas também em outros espaços, permitindo que o nosso público tenha acesso à riqueza cultural e à diversidade das histórias do nosso interior", conclui Pelegrino, sócio-fundador da LPB Content, produtora voltada para a realização de filmes no interior paulista. O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo.
Acompanhe as novidades sobre o filme "As quatro estações da juventude" no Instagram @as4estacoesdajuventude.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação (SME) está finalizando as obras de ampliação e reforma do Centro Educacional e Cultura Tinho Leopoldino, localizado no distrito de Santa Eudóxia, um investimento de R$ 145.635,05.
Estão sendo executadas a ampliação e reforma da cozinha com a colocação de piso, azulejos, instalação de forro em PVC, além de serviços hidráulicos, elétricos e pintura.
Os banheiros também estão sendo ampliados e totalmente reformados. Nas salas estão sendo instaladas divisórias em drywall. As obras já estão 60% concluídas.
Segundo a secretária Municipal de Educação, Paula Knoff, o local está sendo ampliado para o atendimento de mais crianças por meio do Programa Vida Melhor desenvolvido em parceria com o Salesianos que hoje já trabalha com 80 crianças do distrito no contraturno escolar.
O Programa Vida Melhor (PROVIM) da Rede Salesiana de São Carlos existe desde 2001 e tem por objetivo oferecer proteção social a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco, por meio do desenvolvimento de suas potencialidades, bem como favorecer aquisições para a conquista da autonomia, protagonismo e cidadania, mediante o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Inscrições devem ser feitas até o dia 19 de julho
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Universidade Federal do ABC (UFABC), a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), a Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (DIPEBS) e o Ministério da Educação (MEC), está com inscrições abertas para o curso de aperfeiçoamento na modalidade a distância intitulado "Formação de práticas pedagógicas em Educação Bilíngue de Surdos".
O objetivo é promover a formação de professores da Educação Básica sobre educação bilíngue de/para surdos com ênfase nas práticas pedagógicas, permitindo que os participantes se instrumentalizem para que possam assistir pedagogicamente as pessoas surdas respeitando a primeira língua (Libras) e sistematizando a segunda língua, o Português escrito. Ao capacitar os professores, a intenção é também proporcionar aos surdos a possibilidade de acessar o conhecimento e se desenvolver pedagogicamente.
O curso será completamente online, carga horária de 180 horas e com materiais e videoaulas bilíngue produzidos por professores e pesquisadores da área, bem como contará com professores formadores, supervisores, tutores e técnicos para suporte e acompanhamento constante dos cursistas. São oferecidas 200 vagas voltadas a professores da rede pública da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I.
As inscrições devem ser feitas até o dia 19 de julho, por meio deste formulário online (https://bit.ly/3XXlaDy). As informações completas estão disponíveis no edital (https://bit.ly/3xPSjqf).
Atividade é aberta a empresários e industriais e as inscrições são gratuitas
SÃO CARLOS/SP - No dia 17 de julho, próxima quarta-feira, às 15 horas, será realizado o evento "Diálogo Indústria & UFSCar: como a Embrapii pode ajudar a sua indústria!", promovido pela parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). A atividade é gratuita, aberta a empresários e industriais de São Carlos e região e a inscrições estão abertas.
O evento vai apresentar a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) UFSCar-Materiais, as possibilidades de cooperação e as alternativas para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para as indústrias de São Carlos e região. Serão apresentadas também as formas de financiamento de projetos e como as parcerias entre a UFSCar e as indústrias podem ser realizadas.
Durante a programação, serão abordados os seguintes temas: Funcionamento da Embrapii-UFSCar; Casos de sucesso; Propriedade Intelectual nos projetos com a Embrapii; Como fazer um projeto com a Embrapii-UFSCar; e Suporte jurídico aos projetos.
A atividade terá início às 15h, no Auditório do Ciesp, que fica na R. Cel. José Augusto de Oliveira Salles, 1.515, na Vila Izabel, em São Carlos. As inscrições devem ser feitas pelos telefones do Ciesp - (16) 3368-1037 e (16) 99783-3365 -, pelo Whatsapp da Embrapii - (16) 3306-6949 - ou pelo link https://bit.ly/3Lmu31S.
Obras escritas por Marisa Bittar e Amarílio Ferreira Jr. analisam a educação no período soviético
SÃO CARLOS/SP - No último dia 28 de junho, a professora Marisa Bittar, do Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi recepcionada pelo Embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Kazimirovitch Labetskiy, na sede da Embaixada, em Brasília (DF). A visita foi motivada pelo interesse do Embaixador em conhecer os dois livros sobre a educação soviética escritos por Bittar em parceria com Amarílio Ferreira Jr., também do DEd, que faleceu no dia 3 de abril.
Na ocasião, Bittar apresentou o livro "A educação soviética", publicado em 2021 pela EdUFSCar, que trata da política educacional adotada nas 15 Repúblicas da União Soviética após a Revolução de 1917. Em seguida, apresentou o segundo livro, "A escola da Revolução Russa", publicado em 2023 (Pedro & João Editores), que mostra a escola soviética por dentro, isto é, o seu currículo; a condição dos professores; a vida dos alunos; as atividades extraescolares; a sua rotina e a aprendizagem. A professora conta que, ao ver as fotografias publicadas no livro, o embaixador exclamou: "Isso era obrigatório!", referindo-se a uma imagem em que as crianças cantam ao som do piano tocado pela professora. "O interesse da Embaixada da Rússia foi conhecer a história dos livros com o objetivo de divulgá-los", assinala Bittar.
Os dois livros resultaram de longa pesquisa realizada nos Arquivos Especiais do Instituto de Educação da University College London (UCL), na Inglaterra, onde os autores realizaram pós-doutorado em História da Educação (2011-2012). Na sequência, os pesquisadores prosseguiram como Professores Visitantes na Instituição, onde, em 2019, concluíram as pesquisas para os dois livros. As fontes consultadas foram exclusivamente em Inglês e Russo. Além disso, Ferreira Jr. e Bittar contaram com suas próprias vivências na União Soviética, pois, quando jovens, moraram e estudaram no Instituto de Ciências Sociais de Moscou, no período de 1981 a 1984.
"O primeiro livro - ‘A educação soviética’ - traz uma visão mais geral e horizontal da educação, sua relação com o Estado, as reformas pelas quais passou, a relação com o Partido Comunista, sua crise no começo da década de 1980 e o fim da União Soviética. O segundo livro é centrado na escola; trata-se de uma visão vertical, aprofundada, sobre como ela funcionou por dentro", diferencia Bittar. "Um detalhe importante: ambos contam com um belo álbum fotográfico".
As duas publicações exigiram muita dedicação dos autores, pois além de a pesquisa ter sido feita em inglês e russo, o assunto em si geralmente é visto de forma preconceituosa. A professora Marisa explica:
"O tema da educação soviética era praticamente desconhecido no Brasil ao passo que, em língua inglesa, já contava com importantes estudos. O nosso livro foi o primeiro em Língua Portuguesa (considerando os países falantes do nosso idioma, portanto, não só o Brasil, mas também Portugal, Angola, Moçambique etc.)".
Bittar conta que, no encontro, o Embaixador se interessou em conhecer a pesquisa que originou os dois livros e relembrou feitos positivos alcançados pela Revolução de 1917 na política educacional como: a rápida alfabetização de adultos; a escola de cultura e de trabalho; e a valorização da ciência. A professora conta que, para o embaixador, "a Rússia está melhor hoje, mas uma das heranças mais significativas da Revolução Bolchevique foi o nível alcançado pela educação e pela ciência", fato corroborado pelas pesquisas realizadas por Amarílio Ferreira Jr. e Marisa Bittar.
Educação, Ciência e Trabalho
"A escola criada pela Revolução Russa foi baseada em princípios socialistas. Era obrigatória, da creche ao final do Ensino Médio. Rigorosa, patriótica e disciplinadora. Foi uma escola de trabalho e de cultura.
Formou a classe trabalhadora para as profissões necessárias à etapa de desenvolvimento das 15 Repúblicas soviéticas. Foram profissões massivas, desde professores, enfermeiros e operários fabris até especialidades em línguas estrangeiras, técnicos, cientistas e artes em geral", destaca a professora da UFSCar. "O ingresso à universidade baseava-se em rigorosos exames. A política educacional era centralizada e igual para as 15 Repúblicas existentes na União Soviética (1917-1991)".
Entre os pontos fortes dessa escola, a professora destaca o currículo científico aliado à ginástica e à cultura. "Foi uma escola construída em pouco tempo como política estratégica de Estado e apoiada firmemente pela sociedade. Uma escola totalmente ligada ao setor produtivo. Mas devemos observar também a sua dimensão ideológica, pois era difusora dos valores da Revolução de 1917, como lealdade à 'Mãe Pátria', concepção de mundo materialista e patriotismo", explica ela. "Contraditoriamente, o fator ideológico acabou gerando postura crítica ao próprio socialismo praticado pelo Estado constituindo-se em uma das razões da crise e do fim da União Soviética", analisa a professora Marisa, acrescentando: "A escola era totalmente laica, mas a religião não foi extinta pela Revolução. O cristianismo ortodoxo, um dos elementos culturais marcantes do País continuou sendo praticado no âmbito da família e das igrejas; aliás, belíssimas, e todas preservadas".
Ela destaca como essa escola elevou o País ao patamar de potência mundial após a Revolução de 1917 tendo passado por duas guerras mundiais, guerra civil e Guerra Fria. Na Segunda Guerra Mundial, a União Soviética foi o país que mais perdeu vidas, 26 milhões de pessoas. Mesmo assim, a escola de educação geral e para o trabalho foi construída para todos, da creche ao ensino secundário, em curto espaço de tempo. "Foi o primeiro País a lançar um satélite artificial ao espaço (Sputnik, 1957) e isso foi resultado do avanço da ciência e da qualidade da escola. Yuri Gagárin foi o primeiro ser humano a viajar ao espaço (1961). Esse avanço foi resultado da ciência e da escola soviética", completa a professora, que conclui: "nós devemos conhecer a história da educação de outros povos não para copiá-la, mas para compreendermos como eles enfrentaram os seus desafios educacionais e construíram os seus sistemas nacionais de escolas públicas".
PORTO ALEGRE/RS - Os Correios doaram 21,5 mil livros para o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Rio Grande do Sul, depois da situação de calamidade pública devido às chuvas volumosas que atingiram o estado, em maio deste ano.
As obras doadas pela empresa pública são de diversas áreas do conhecimento, como administração, biografias, espiritualidade, filosofia, história, literatura, matemática, psicologia e sociologia.
O primeiro lote de livros foi entregue na terça-feira (9), ao Instituto Cervantes de Porto Alegre (RS), organização sem fins lucrativos vinculada ao governo da Espanha. A instituição de ensino fará a triagem e a distribuição do material a 44 bibliotecas de escolas públicas afetadas pelas cheias.
Os títulos pertenciam ao acervo das bibliotecas dos Correios nos Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, além da região metropolitana de São Paulo e estavam armazenados no campus da Universidade Corporativa dos Correios, em Brasília.
Recomposição de acervo
Outra ação promovida para recomposição do acervo de 138 bibliotecas escolares destruídas pelas enchentes, nos municípios gaúchos, é a campanha Mochila Cheia, coordenada pela Secretaria da Educação (Seduc) do Rio Grande do Sul.
A lista completa dos livros aceitos para doação está disponível no site da Seduc.
Em Porto Alegre, o ponto de coleta da campanha é a Escola Estadual Maria Thereza da Silveira, que funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. No interior do estado, as doações são organizadas pelas respectivas coordenadorias Regionais de Educação.
Distribuição de kits escolares
A Campanha Mochila Cheia também entregou, na quinta-feira (11), os primeiros kits escolares para crianças e jovens atingidos pelas enchentes, montados a partir das doações de pessoas físicas e jurídicas, como entidades, associações e instituições da sociedade civil.
Os primeiros beneficiados foram os estudantes abrigados no Centro Esportivo Sesi Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre.
A meta da Secretaria da Educação estadual é reunir mais de 100 mil kits escolares completos para garantir que os estudantes possam acompanhar as aulas em boas condições.
Até o momento foram doados cerca de 217 mil itens – incluindo mochilas, cadernos, lápis de cor, canetas hidrocor, apontadores, giz de cera, canetas, estojos, lápis preto, lapiseiras, caixas de grafite, borrachas, calculadoras, réguas e garrafas squeezes.
As equipes da secretaria selecionam e organizam os donativos, conforme a idade e a série escolar dos beneficiários.
Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - Mexe aqui, mexe ali e com as idas e vindas entre as duas casas do Congresso e nove meses de tramitação, a reforma do novo ensino médio segue agora para a sanção do presidente Lula, após ter sua última versão aprovada na terça-feira (9) na Câmara.
As mudanças já são para 2025 no caso de alunos ingressantes no ensino médio. Os que já estiverem com o ensino médio em curso terão um período de transição.
Foi mantida a essência do projeto do governo federal, que era ampliar a parcela de conteúdos da formação básica curricular - as disciplinas tradicionais, como português, matemática, física, química, inglês, história e geografia, conforme delineado pela Base Nacional Comum Curricular.
Pelo texto agora aprovado, a carga horária da formação geral básica nos três anos de ensino médio voltará a ser de 2,4 mil. Outras 600 horas obrigatórias deverão ser preenchidas com disciplinas dos itinerários formativos, nos quais há disciplinas opcionais à escolha do aluno. A carga horária total será então de 3 mil horas, 1 mil horas para cada ano, dividido em 200 dias letivos de cinco horas cada.
A proposta atende à reivindicação da comunidade escolar e de entidades ligadas à educação, que se mobilizaram e pressionaram pela mudança, descontentes com o novo modelo de ensino médio que entrou em vigor em 2022, quando a formação geral foi reduzida a 1,8 mil horas.
A reforma que segue para sanção aumentou para 2,1 mil horas a formação geral básica também no ensino técnico. As demais 900 horas devem ser dedicadas ao ensino profissionalizante, totalizando as 3 mil horas da carga total. No final, a Câmara rejeitou proposta aprovada no Senado que previa a possibilidade de que o ensino técnico chegasse a 3,6 mil.
A exceção ficou para o caso de profissões que exijam tempo maior de estudo. Nesse caso, 300 horas da formação geral poderão ser utilizados para o aprofundamento de disciplinas que tenham relação com o curso técnico - por exemplo, mais física para alunos de eletrotécnica.
Itinerários
Outra mudança no novo Ensino Médio, proposta pelo Senado e mantida na Câmara, prevê menos liberdade nos itinerários formativos, que agora deverão seguir diretrizes nacionais, a serem elaboradas Conselho Nacional de Educação (CNE), colegiado formado por representantes da sociedade civil indicados pelo Ministério da Educação.
De acordo com o novo texto, as disciplinas optativas no ensino médio deverão estar relacionais a um dos seguintes quatro itinerários formativos: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ou ciências humanas e sociais aplicadas. As diretrizes nacionais devem observar ainda especificidades da educação indígena e quilombola.
Isso restringe as possibilidades dos itinerários formativos. Os defensores da restrição apontaram a experiência malsucedida em diversos estados nos quais a ausência de padronização levou a uma ampliação de desigualdades, com a oferta de mais de 30 trilhas de aprofundamento em alguns locais e de nenhuma em outros.
Também prevaleceu ao final a novidade de que, a partir de 2027, sejam cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) conteúdos dos itinerários formativos, além daqueles da formação geral básica que já são cobrados. Essa ideia havia sido retirada no Senado, mas acabou reinserida no texto final pelo deputado Mendonça Filho (União-PE), relator do tema na Câmara.
A proposta foi criticada publicamente por integrantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem.
Língua estrangeira
Uma proposta inserida pelo Senado e rejeitada na Câmara foi a obrigatoriedade do espanhol na formação geral básica. O texto que segue para sanção prevê apenas o inglês como língua estrangeira obrigatória, conforme defendiam secretários de educação, que alegavam aumento de custos com a novidade, além de falta de professores.
Pelo texto final, o espanhol poderá ser ofertado de acordo com a disponibilidade dos sistemas de ensino. Em comunidades indígenas, o Ensino Médio poderá ser ofertado nas língua maternas de cada povo.
Escolas noturnas
O Senado inseriu e a Câmara manteve a exigência de que seja mantida na sede de cada município brasileiro ao menos uma escola com a oferta de ensino médio regular noturno. A condição é que haja demanda manifestada e comprovada por esse turno nas matrículas feitas junto às secretarias de educação.
Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
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