fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

Na publicação, pesquisador destaca a importância do Centro Cultural Quilombaque, no bairro de Perus da capital paulista

 

SÃO CARLOS/SP - Há uma absoluta necessidade de que o Centro Cultural Quilombaque, localizado na região periférica de Perus, na cidade de São Paulo, continue existindo. A afirmação é do professor Cesar Alves Ferragi, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que está atuando na campanha de preservação do local. "O Quilombaque é um centro cultural, um local de resistência, que hoje está sendo ameaçado de despejo por conta da especulação imobiliária na região. Ele promove a transformação social desse bairro periférico por meio da consciência que a arte propõe", afirma.
"O Quilombaque é um suspiro no modo de vida das pessoas da região e sua extinção pode ser evitada", defende Ferragi, que esteve no local algumas vezes, com alunos da UFSCar e visitantes estrangeiros, em especial da Universidade Breda de Ciências Aplicadas, da Holanda, parceira da UFSCar. 
Durante as visitas, professores, alunos e comunidade conversaram sobre o chamado Turismo de Resistência, termo cunhado por visitantes da Organização Mundial do Lazer que ali estiveram. "A capacidade - e a necessidade - de construir juntos é algo que tem dado o tom de inovação social do Quilombaque", afirma Ferragi. "As visitas ao Quilombaque foram uma experiência marcante a todos nós. Marcaram porque percebemos como as pessoas de Perus e região estão dando conta de lidar com os silenciamentos e distanciamentos simbólicos das periferias do Brasil. Principalmente em termos de sua relação com o território, com a terra, com a história do local e com a ancestralidade do povo que ali habita", relata. 
Segundo ele, Perus foi um bairro famoso por conta da antiga fábrica de cimento, hoje desativada. "O vazio provocado pela entrada e saída de uma grande empresa, pareceu-nos simbolicamente uma experiência de desterritorialização das pessoas, que aparece muito no corpo, na dança, no grito do Quilombaque. Amanhã, caso o Quilombaque desapareça, as pessoas não terão mais o lugar que constela todas as suas relações de familiares, amigos... de comunidade. Como alguém que mora na Consolação, centro de São Paulo, percebi em Perus um grau de território, de relação com as trilhas, com a história, que hoje nos bairros centrais mal temos. Com a sua extinção, o que está em jogo é a imposição de um espaço confinado nessas vidas ali do entorno, um atestado claustrofóbico de um espaço que acabará virando doença, dor e impossibilidade", aponta o professor.
De acordo com ele, "a realidade periférica de Perus não fica atrás das demais tragédias comumente reportadas na mídia. Observamos habitações irregulares por todos os lados, esgotos a céu aberto e pouco verde nas ruas. Existe o tráfico, sim. Ao mesmo tempo observamos algumas hortas comunitárias, parques de skate... e uma grande árvore, gigantesca, plantada no Quilombaque. Isso para mim foi importante, ao ver como uma comunidade se ergue, orgânica, ampla e abrangente como uma árvore; como uma possibilidade de pulsão de vida, em contraponto às pulsões de morte. Ele representa um lugar para que narrativas próprias falem, para que pessoas da comunidade falem por elas próprias. Isso é inovação social, e faz bem".
Mesmo com todas as violências, o Quilombaque, conta Ferragi, vibra uma narrativa que não é contada, e que vai contra uma narrativa hegemônica de periferia como um lugar hostil, triste e perigoso. "É importante saber dessa narrativa, que é a vivida pelo Quilombaque. A força das pessoas que sustentam o Quilombaque é o que mais inspira. Força interior para retomar a vida exterior, uma vontade de fazer esforço na direção oposta daquilo que mingua suas potências. Os corpos que ali dançam e se expressam, na batida do Jongo, são resistências vivas em oposição aos corpos confinados em quartos escuros e sem janela", salienta o professor.

Publicação
A atuação de Ferragi junto ao Centro Cultural Quilombaque deu origem aos capítulo "Placemaking, Social Constructionism and Global South" (em Português, "Placemaking, Construcionismo Social e Sul Global"), publicado no "Manual SAGE de Práticas Construcionistas Sociais" ("The SAGE Handbook of Social Constructionist Practices"), da editora inglesa SAGE. O capítulo, em Inglês, tem a coautoria da professora Celiane Camargo-Borges, da Universidade Breda de Ciências Aplicadas, da Holanda, e descreve práticas de turismo de base comunitária em torno do Quilombaque.
Para saber mais sobre ao assunto, acesse o artigo publicado por Cesar Ferragi no Linkedin (https://bit.ly/3jOI9dj). Acompanhe as novidades sobre o Centro Cultural Quilombaque nas páginas do Facebook (facebook.com/quilombaque) e Instragram (instagram.com/quilombaque).

Com resultados inovadores, tese recebeu Prêmio Capes na área de Cîências Ambientais

 

SÃO CARLOS/SP - Como é possível fortalecer a representação e a participação dos segmentos sociais envolvidos nas decisões de gestão de recursos hídricos no Brasil? Essa foi uma das questões que norteou a tese de doutorado desenvolvida por Flávia Darre Barbosa junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Com foco nos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs), Barbosa identificou os principais desafios para propor uma nova abordagem do processo participativo na gestão da água e dos recursos hídricos no Brasil. 
A relevância dos resultados fez com que a tese, realizada entre 2015 e 2019, recebesse da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o Prêmio Capes de Teses - Edição 2020 na área de Ciências Ambientais. O trabalho foi orientado pelo professor Frederico Yuri Hanai, do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da UFSCar, e coorientado pelo engenheiro Paulo Augusto Romera e Silva (in memorian), do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo. 
"O tema gestão de água e recursos hídricos, no Brasil e no mundo, requer muito cuidado, atenção e inovação, sobretudo com o avanço de impactos socioambientais significativos nessa área como, por exemplo, a escassez hídrica e a qualidade da água", defende a autora da tese premiada, que destacou o apoio e os ensinamentos de seus orientadores, imprescindíveis para a qualidade e repercussão de seu trabalho.
Ela explica que os CBHs são fundamentais para o processo participativo em uma gestão efetiva e sustentável dos recursos hídricos, mas que ainda existem grandes desafios a serem superados nos Comitês. "Desafios que envolvem questões políticas e institucionais, instrumentos de gestão, comunicação e informação, qualidade de representação entre outros. Por isso, é preciso continuar fortalecendo os CBHs para que se avance no processo participativo, com ampla participação de todos os segmentos - Poder Público (Federal, Estadual e Municipal); sociedade civil organizada; e dos usuários de água. É preciso inserir a participação popular, da comunidade que está na ponta, que está ao lado do rio que transborda, da água que precisa ser tratada", recomenda. 
Nesse sentido, a pesquisa elencou 29 desafios dos CBHs, reunidos em sete grupos estratégicos: Questões políticas institucionais; Institucionalização e atuação do CBH; Instrumentos de gestão dos recursos hídricos; Comunicação, Informação, Conhecimento e Divulgação; Representação e representantes no CBH; Articulações; e Participação no CBH. 
Dentro dos sete grupos estratégicos a tese também aponta o que é preciso ser feito para o fortalecimento dos Comitês, como por exemplo, o aumento das articulações com outras políticas públicas; transparência ao processo de gestão; comunicação e divulgação; paridade de representação; equilíbrio entre as organizações que compõem a sociedade civil organizada; parcerias para a gestão da água e dos recursos hídricos; contribuição para instituições com menor capacidade financeira, entre outras ações.

Métodos e diferenciais
Em linhas gerais, explica Barbosa, os CBHs são os colegiados, que dentro do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, devem promover o ambiente de discussão entre sociedade e Estado, nos temas e pautas referentes à gestão da água e dos recursos hídricos. A pesquisa deu ênfase para dois CBHs com métodos diferenciados: um Comitê Estadual (CBH Turvo Grande - em que foi feita observação participante e aplicação de método participativo) e um Comitê Interestadual (CBH Grande- com realização de observação simples). "Mas também foi realizada aplicação de questionários e entrevistas com representantes de CBHs de vários estados brasileiros. Ao todo a pesquisa alcançou 60 CBHs", descreve a pesquisadora. 
"As políticas nacional e estaduais de recursos hídricos no Brasil proporcionam o viés participativo na gestão com a criação dos colegiados, como os CBHs, o que é princípio fundamental para uma boa gestão. Porém, a participação na gestão da água vai além do que está proporcionado na legislação, pois deve envolver, e creio que de forma ampla, os representantes e a sua representatividade, os interesses dos diversos setores da sociedade e os interesses da comunidade", defende.
Um dos diferenciais que contribuiu para a premiação da tese foi relacionar esses temas, apresentando uma nova abordagem para compreender o processo participativo, em escalas e graus de participação, além de considerar a representação e a representatividade. "Como a pesquisa foi essencialmente qualitativa, procurei tratar grande parte dos dados com muito rigor, e sem utilizar programas de tratamento de dados e análises estatísticas", destaca Barbosa. 
O trabalho "Comitês de Bacias Hidrográficas, representação e participação: desafios e possibilidades à gestão da água e dos recursos hídricos no Brasil" está disponível na íntegra no Repositório Institucional da UFSCar, em https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11643. Mais informações podem ser obtidas com a pesquisadora, por meio do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

São ofertadas 24 vagas e as inscrições podem ser feitas até 14 de outubro

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas, até 14 de outubro, as inscrições na seleção para o curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia (PPGGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). No total, são ofertadas 24 vagas e todas as etapas do processo seletivo serão realizadas de forma remota em virtude da pandemia da Covid-19. O início do curso será no primeiro semestre de 2021.

O PPGGero tem duas linhas de pesquisa: Saúde, Biologia e Envelhecimento; e Gestão, Tecnologia e Inovação em Gerontologia. O objetivo do Programa é capacitar o aluno, teórica e metodologicamente, para atuar como docente do Ensino Superior e iniciar a carreira de pesquisador, produzindo conhecimento em Gerontologia e tornando-o acessível à comunidade científica e à população em geral.

O processo seletivo terá duas etapas: análise e arguição do projeto de pesquisa e análise do currículo. As inscrições devem ser feitas conforme as instruções do edital, disponível em www.ppggero.ufscar.br. As orientações completas sobre a seleção também estão no edital. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Inscrições para mestrado vão até 20 de outubro; para o doutorado até 3/11

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) do Campus São Carlos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas em processos seletivos para os cursos de mestrado e doutorado acadêmicos, com início em 2021.
As inscrições para o mestrado serão realizadas até 20 de outubro, e todas as instruções estão em edital disponível no site do PPGEP (em www.ppgep.dep.ufscar.br). São 41 vagas disponíveis, em cinco linhas de pesquisa: Dinâmica Tecnológica e Organizacional; Gestão de Cadeias Agroindustriais; Gestão da Qualidade; Gestão da Tecnologia e da Inovação; e Planejamento e Controle de Sistemas Produtivos.
O processo seletivo, para o mestrado, é composto de duas etapas, eliminatórias e classificatórias: prova de conhecimento específico (na linha de pesquisa selecionada) e defesa oral do projeto de pesquisa.
Para o doutorado, as inscrições acontecem em fluxo contínuo, com dois ciclos de avaliação, o primeiro já encerrado. Para o segundo, as inscrições devem ser feitas antes de 3 de novembro, para divulgação do resultado em janeiro de 2021. O número de vagas disponíveis após o encerramento do primeiro ciclo será divulgado em 26 de outubro. Também são duas as etapas no processo seletivo: análise curricular e defesa oral do projeto. Todos os detalhes estão registrados no edital do processo seletivo para o doutorado, também em www.ppgep.dep.ufscar.br.
Mais informações sobre o PPGEP podem ser conferidas no site do Programa.

BRASÍLIA/DF - Os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 têm até as 23h59 desta quinta-feira (8), para cadastrar ou alterar a foto de inscrição na Página do Participante, para concluir esta etapa do exame. O prazo anterior terminaria no dia 1º de outubro.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a mudança na data foi devido ao grande número de acessos em um só dia. "A prorrogação tem o objetivo de garantir a realização do procedimento por parte dos inscritos. Participantes que já incluíram a foto anteriormente não precisam repetir a operação", informou o Inep.

Segundo o Inep, não serão aceitas imagens de pessoas com óculos escuros ou artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares). A fotografia também deve mostrar o rosto inteiro do participante, com uma boa iluminação e foco, além de estar nos formatos de arquivo JPEG e PNG (tamanho máximo de 2 MB). Imagens em PDF não serão permitidas. O Inep e o Ministério da Educação (MEC) não realizam validação da foto.

 

Provas

Por causa da pandemia do novo coronavírus, as provas da edição 2020 do exame foram adiadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa); e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). Além de uma redação e 45 questões, os candidatos terão que responder questões sobre quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

 

Dúvidas

As informações a respeito do Enem 2020 podem ser acompanhadas nos portais do Inep e do MEC, assim como nas redes sociais oficiais dos dois órgãos do governo federal. Dúvidas podem ser sanadas pelo Fale Conosco do instituto, por meio do autoatendimento online ou do 0800 616161, a central aceita apenas chamadas feitas de telefone fixo.

 

 

*Por Agência Brasil

SÃO PAULO/SP - A reabertura das escolas públicas e particulares na capital paulista nesta quarta-feira, apenas para atividades extracurriculares limitadas a 20% do público, representa o primeiro passo de uma retomada gradual. A previsão de retorno às aulas na capital é dia 3 de novembro, de acordo com a Prefeitura, mas algumas escolas só devem retomar as atividades curriculares em 2021. Nesta quarta-feira, haverá o primeiro teste.

Por isso, o cuidado com as medidas de prevenção e distanciamento físico e a preocupação com o lado emocional de crianças e adolescentes depois de um longo período de isolamento encabeçam a lista de tarefas do dia dos educadores e diretores. Haverá na maior parte dos casos atividades de acolhimento e reconhecimento da escola após a quarentena.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) afirma que 80% das escolas particulares devem reabrir - cerca de 3,2 mil estabelecimentos. “Muitas famílias ainda têm receio da contaminação. Elas só vão se sentir seguras quando perceberem que todos os cuidados estão sendo tomados e não há riscos”, afirma Benjamim Ribeiro da Silva, presidente do sindicato.

Na rede da Prefeitura, apenas uma das 4 mil unidades educacionais optou pela retomada. “O retorno é facultativo e a decisão foi tomada pelos Conselhos Escolares de cada unidade, compostos por professores, direção, estudantes e famílias”, esclarece a gestão municipal, que espera adesão maior a partir do dia 19. Uma pesquisa com mais de 380 famílias conduzida por escolas municipais de São Miguel Paulista e Itaim, na zona leste, aponta que 80% delas não pretendem enviar os filhos.

Já na esfera estadual 100 dos 1.086 centros educacionais da cidade devem retomar as atividades. No restante do Estado, porém, onde houve concordância dos municípios, começam aulas presenciais limitadas ao ensino médio e Educação de jovens e adultos (EJA). O retorno dos estudantes do ensino fundamental só deverá acontecer em 3 de novembro.

Além dos protocolos de distanciamento e da adoção do uso obrigatório de máscaras e oferta de álcool em gel, as escolas poderão receber presencialmente até 20% do total de alunos em todas as séries. A participação nas atividades não é obrigatória e os estudantes do grupo de risco para a covid-19 não podem voltar. Professores e servidores públicos só voltam se assinarem um termo de responsabilidade.

Exemplos

A Stance Dual School, escola bilíngue na Bela Vista, região central, fará um sistema de revezamento. Dos 25 alunos do 9.º ano, por exemplo, 18 confirmaram o retorno. Para garantir o distanciamento, as atividades serão ministradas para grupos de seis ou sete. “É o momento de repensar a convivência”, explica a professora Ana Cláudia Esteves Correa, orientadora educacional do fundamental 2.

Outros colégios renomados marcaram a volta para a semana que vem. O Colégio Nossa Senhora das Graças, por exemplo, na zona oeste paulistana, só vai adotar atividades de acolhimento e reforço a partir de 13 de outubro. Serão atividades de interação, diferentes para cada faixa etária. No Colégio Equipe, outro da zona oeste, a primeira atividade será a pintura tradicional de um muro pelos estudantes da 3.ª série do ensino médio.

As atividades extracurriculares permitidas incluem reforço escolar - preferencialmente de Língua Portuguesa e Matemática -, atividades culturais, cursos de idiomas, atividades esportivas que não demandem contato físico e organização coletiva, acolhimento, musicalização, contos literários, oficina de culinária, teatro de fantoches e atividades recreativas.

 

 

*Por: Gonçalo Junior / ESTADÃO

Projeto acompanhou mais de 4 mil voluntários por quatro anos e foi divulgado recentemente em publicação internacional

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) comprovou que existe relação entre a deficiência de vitamina D e o risco de incapacidade funcional em atividades básicas de vida diária (ABVD) em pessoas com mais de 50 anos de idade. O estudo é fruto do mestrado de Mariane Marques Luiz, fisioterapeuta e atual doutoranda em Fisioterapia pela UFSCar, e teve a orientação de Tiago da Silva Alexandre, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da Instituição. A pesquisa contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp -Processo N. 18/13917-3).

A capacidade funcional é a habilidade que idosos apresentam para realizar as tarefas do dia a dia de forma independente. A incapacidade, portanto, se caracteriza pela dificuldade ou a impossibilidade de desempenhar atividades cotidianas como comer, se vestir, tomar banho, levantar, ir ao banheiro e andar. Apesar de alguns trabalhos já terem demonstrado uma associação entre baixos níveis de vitamina D com o comprometimento da capacidade funcional de idosos, nenhum havia verificado se a deficiência de vitamina D é um fator de risco para o desenvolvimento da incapacidade. "Assim, nossa pesquisa teve como objetivo analisar se a deficiência de vitamina D era um fator de risco para desenvolver incapacidade em ABVD, além de verificar se esse risco se dava de forma distinta entre homens e mulheres com 50 anos ou mais", destaca Alexandre.

O projeto acompanhou uma amostra de 4.814 participantes provenientes de uma base de dados do Elsa (English Longitudinal Study of Ageing), da Inglaterra, que integra, junto a outros estudos, o International Collaboration of Longitudinal Studies of Aging (InterCoLAging), coordenado pelo professor Tiago Alexandre. Para conduzir a pesquisa, foram selecionados somente indivíduos que não relataram dificuldade para realizar tarefas cotidianas. Os selecionados foram classificados quanto aos níveis de vitamina D no sangue, como suficiente, insuficiente ou deficiente, e também foram coletados dados socioeconômicos e as condições clínicas dos participantes. Após dois e quatro anos, esses indivíduos foram novamente avaliados para verificar se houve o desenvolvimento de dificuldade para realizar uma ou mais das ABVD.

De acordo com o docente da UFSCar, no final dos quatro anos de acompanhamento, os homens com deficiência de vitamina D tiveram um risco 44% maior de desenvolver incapacidade, quando comparados aos homens com níveis suficientes de vitamina D. Por sua vez, as mulheres com deficiência de vitamina D tiveram um risco 53% maior de desenvolver incapacidade, quando comparadas às mulheres com níveis suficientes de vitamina D.
Alexandre explica que o envelhecimento é, frequentemente, acompanhado de uma redução nos níveis de vitamina D no sangue e acrescenta: "Devido à vitamina D possuir uma importante participação na manutenção da saúde dos ossos e músculos, a sua deficiência pode levar a prejuízos musculares como a fraqueza e a atrofia muscular. Consequentemente, pode haver o comprometimento da funcionalidade dos indivíduos mais velhos, repercutindo em dificuldade ou impossibilidade de realizar as ABVD".

O professor também indica que, apesar do risco de desenvolver incapacidade ser numericamente maior nas mulheres com deficiência de vitamina D quando comparadas aos homens com a mesma deficiência, não houve diferença estatística entre esses valores. "Dessa forma, não é possível afirmar que existe diferença entre sexos na deficiência de vitamina D como fator de risco para incapacidade em ABVD", esclarece Alexandre.

Como resultado, o professor destaca que a relação entre "deficiência de vitamina D e incapacidade é clinicamente relevante, pois os níveis de vitamina D podem representar um indicador precoce do comprometimento funcional, que representa um importante agravo para a saúde dos idosos". Assim, segundo ele, o adequado monitoramento dos níveis de vitamina D é uma estratégia para prevenir o desenvolvimento de incapacidade em idosos. A principal fonte de vitamina D é a exposição ao sol, mas, em alguns casos, pode ser indicada a suplementação.

O estudo também teve a participação de pesquisadores da University College London, do Reino Unido, e foi publicado recentemente no Journal of Nutrition (https://bit.ly/33drU3k). O projeto utilizou os bancos de dados do Elsa, que teve sua aprovação ética concedida pelo Comitê de Ética em Pesquisa Multicêntrica de Londres (MREC 2/1/91).

O foco é combater infecções durante o uso de ventilação mecânica

 

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) finalizaram o processo de desenvolvimento de um tubo endotraqueal especial que evita a formação de colônias bacterianas, evitando, dessa forma, infecções. O trabalho foi recentemente publicado pela prestigiosa revista da Academia Americana de Ciências – Procedings of the National Academy of Science (PNAS), no último mês de agosto.

O processo de intubação nada mais é que a introdução de um tubo na traqueia, um procedimento médico rotineiro que se realiza sempre que existe a necessidade de auxiliar a respiração de pacientes que estejam com doenças respiratórias, ou pelo fato do sistema nervoso estar comprometido em dar o comando aos pulmões para inflarem e desinflarem.

O designado tubo endotraqueal é, de fato, um objeto estranho ao corpo humano, sendo que na região da traqueia onde ele fica instalado existem mucos e outros fluidos, que, em situação normal, são constantemente trocados. Porém, na presença do tubo, esses fluidos e mucos acumulam-se e, devido a esse fato, inicia-se um processo de multiplicação bacteriana e as infecções se estabelecem, sendo muito comum os pacientes intubados contraírem pneumonia.

O trabalho dos pesquisadores do Grupo de Óptica do IFSC/USP consistiu em aderir aos tubo endotraqueal uma molécula de curcumina - que é totalmente amigável ao ser humano, não causando nenhum problema -, seguindo-se a introdução, nesse tubo, de uma fibra óptica - pouco mais grossa que um fio de cabelo - que ilumina o interior do tubo.

Dessa forma, quando as moléculas são iluminadas, um processo chamado “ação fotodinâmica” ocorre na superfície do tubo, produzindo espécies reativas de oxigênio, que atacam as bactérias, evitando assim qualquer infecção.

A equipe de pesquisadores está agora realizando mais testes e ensaios para, finalmente, testar em seres humanos.

Se este protocolo for bem sucedido, a solução poderá ser um alivio para os problemas de infecção relacionados com a ventilação mecânica em todo mundo, especialmente agora, em um momento grave onde as infecções respiratórias são as principais preocupações relacionadas com a pandemia da COVID-19.

Esta pesquisa teve a colaboração de pesquisadores da Universidade de Coimbra (Portugal).

 

 

 

*Por: Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

Pesquisador convida educadores e estudantes a avaliarem planos de aula

 

SÃO CARLOS/SP - Colaborar para que profissionais da Educação atuantes na educação pré-escolar possam abordar conceitos elementares relacionados ao conhecimento de computação junto a crianças de 4 e 5 anos. Esta é a intenção de pesquisa em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizada com o objetivo de propor e avaliar um conjunto de atividades voltadas ao oferecimento de suporte a esses educadores.

Para a avaliação, Everton Martins, estudante de mestrado no PPGCC responsável pela pesquisa, convida profissionais ou estudantes vinculados à pré-escola (inclusive professores que já tenham atuado nesse nível de ensino no passado), para colaborarem na análise de três planos de ensino para ensino de computação na pré-escola. A participação é voluntária e anônima, com preenchimento de formulário cujo tempo de resposta é estimado em cerca de 15 minutos. Não é necessária qualquer experiência prévia na área da Computação.

O formulário está disponível via https://bit.ly/3injCKF, e o prazo para recebimento das respostas é o próximo dia 18 de outubro. A orientação da pesquisa é de Vânia Paula de Almeida Neris, docente no Departamento de Computação (DC) da UFSCar.

Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 28449020.8.0000.5504).

Programação, online, terá palestras, treinamentos, workshops e outras atividades

 

SÃO CARLOS/SP - De 6 a 10 de outubro, o grupo Impacta, formado por estudantes de graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, promove mais uma edição da Semana de Engenharia de Produção de São Carlos, a XVII SemEP. Inteiramente online, a programação terá palestras, discussão de cases, treinamentos e workshops abordando temas diversos associados à área, com participação de profissionais de empresas como Unimed, Raccoon e BTC, dentre outras. Dentre os tópicos previstos estão desenvolvimento de produto, marketing digital, indústria 4.0 e inteligência emocional.

Mais informações e instruções para inscrição devem ser acompanhadas nos perfis do grupo Impacta no Facebook (www.facebook.com/ImpactaGrupo) e Instagram (@gimpacta).

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Outubro 2025 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
    1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31    
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.