SÃO PAULO/SP - O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começou a ser aplicado ontem (21) para estudantes de todo o país. Ele terá sequência no próximo domingo (28). Apenas depois do fim da aplicação o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) irá divulgar o gabarito oficial e os Cadernos de Questões. A previsão é que a divulgação ocorra no dia 1º de dezembro.
O Enem utiliza um sistema de correção chamado teoria de resposta ao item (TRI), conhecido como um método antichute. Mesmo com o gabarito em mãos, não é possível saber a pontuação final do exame. Explicações detalhadas do cálculo da nota do Enem estão disponíveis no Guia do Participante do Enem 2021.
Na prova objetiva do Enem, a nota não é calculada levando-se em conta somente o número de questões corretas, mas também a coerência das respostas do participante ao conjunto das questões que formam a prova. A TRI estima a dificuldade das questões e avalia o conhecimento dos participantes. Assim, estudantes com o mesmo número de acertos da prova poderão ter notas diferentes.
Nesse domingo (21), os estudantes fizeram as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No próximo domingo, eles resolverão, em cinco horas, as questões de ciências da natureza e de matemática. Com exceção da redação, todas são provas objetivas, de múltipla escolha. Cada uma com 45 questões.
Na hora da correção, a TRI vai levar em consideração a coerência da prova, ou seja, é esperado que um estudante que acerte questões muito difíceis, acerte também as muito fáceis. Se isso não acontecer, o sistema pode entender que ele chutou a questão e, por isso, ele pontuará menos nessa questão do que candidatos que tenham mantido certa coerência esperada.
As questões do Enem são escolhidas a partir do Banco Nacional de Itens (BNI), acervo de questões que é frequentemente abastecido com novas questões. Cada questão é testada antecipadamente com um grupo de estudantes e classificada de acordo com a dificuldade. Por causa disso, é possível compor várias provas do Enem, com temas diferentes, mas com o mesmo nível de dificuldade.
Segundo o Inep, o modelo matemático da TRI usado no Enem considera três parâmetros:
*Parâmetro de discriminação: poder de discriminação que cada questão possui para diferenciar os participantes que dominam dos participantes que não dominam a habilidade avaliada naquela questão.
*Parâmetro de dificuldade: associado à dificuldade da habilidade avaliada na questão, quanto maior seu valor, mais difícil é a questão. Ele é expresso na mesma escala da proficiência. Em uma prova de qualidade, devemos ter questões de diferentes níveis de dificuldade para avaliar adequadamente os participantes em todos os níveis de conhecimento.
* Parâmetro de acerto casual: em provas de múltipla escolha, um participante que não domina a habilidade avaliada em uma determinada questão da prova pode responder corretamente a um item devido ao acerto casual. Assim, esse parâmetro representa a probabilidade de um participante acertar a questão não dominando a habilidade exigida.
Outra característica da TRI é não ter um limite inferior ou superior padrão entre as áreas de conhecimento. Isso significa que as proficiências dos participantes não variam entre zero e mil. Os valores máximos e mínimos de cada prova dependerão das características dos itens selecionados. No Enem, somente a prova de redação tem um valor máximo (mi)l, já que o processo de correção é diferente.
O Enem reúne mais de três milhões de estudantes em todo o país, tanto na versão impressa quanto na versão digital. O exame seleciona estudantes para vagas do ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.
Rossieli Soares esteve com prefeito Airton Garcia neste sábado em São Carlos
SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia esteve reunido na manhã deste sábado (20/11), na Diretoria Regional de Ensino, com o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, a diretora regional de Ensino, Débora Costa Blanco, e com a equipe técnica da Secretaria Estadual de Educação, para dar continuidade ao processo de construção de 6 novas escolas estaduais e 1 centro regional de formação de professores em São Carlos com recursos do Governo do Estado.
Acompanharam o prefeito os secretários de Governo, Edson Fermiano, de Educação, Wanda Hoffmann, de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Wilson Jorge Marques, além do chefe de gabinete, José Pires (Carneirinho).
Na primeira etapa do termo de compromisso a diretora Débora Costa Blanco apresentou um levantamento ao Estado identificando as regiões de São Carlos que precisam de unidades escolares estaduais, ou seja, com oferta do ensino fundamental completo e ensino médio. Jardim Ipanema, Douradinho/Jardim dos Coqueiros, Jockey Clube, Parque Novo Mundo e Jardim Embaré estão entre os locais indicados pela Diretoria de Ensino. No início da semana uma equipe técnica visitou as áreas disponibilizadas pelo município para a construção das unidades escolares. "Na reunião deste sábado o secretário Rossieli e sua equipe repassaram para São Carlos como cadastrar as demandas e as áreas que serão doadas no novo sistema informatizado da educação estadual que é semelhante ao Plano de Ações Articuladas (PAR) do Governo Federal, para que esse processo entre ainda no orçamento de 2021", explica Débora Costa Blanco que ressaltou que todas as escolas serão de tempo integral.
"Muito importante esse encontro para que a gente possa alinhar a nossa parceria em satisfazer as demandas do município de São Carlos no atendimento tanto às crianças do ensino infantil, quanto aos estudantes dos ensinos fundamental e médio, no menor tempo possível. Estamos caminhando com o Governo do Estado e avançamos. Agora é arregaçar as mangas, ir para a parte técnica e acertar todas as condições para o futuro das nossas escolas", ressaltou a secretária de Educação, Wanda Hoffmann que também solicitou recursos para construir um novo prédio para a EMEB Maria Ermantina Carvalho Tarpani, localizada no Botafogo.
O prefeito Airton Garcia reafirmou ao secretário estadual de Educação que para ele não interessa se a escola é estadual ou municipal, que o importante é que todos tenham garantia de vagas no ensino público. "Já disponibilizamos as áreas e nos comprometemos em realizar os processos licitatórios bem como colocar engenheiros da Prefeitura para acompanhar a execução das obras. Essa semana minha equipe técnica vai incluir todos os dados no novo sistema e esperamos finalizar todo o processo ainda esse ano. Agradecemos ao secretário Rossieli Soares pela confiança no nosso trabalho", disse o prefeito Airton Garcia que, no início da semana, acompanhou a visita técnica às áreas que serão doadas ao Estado para a construção das escolas.
"A primeira etapa está avançada, uma vez que a Prefeitura já possui os terrenos. Agora vamos fazer a avaliação técnica das áreas para ver qual projeto é adequado para cada terreno. Depois dessa etapa de aprovação, o município faz oficialmente a doação dessas áreas e finalizamos o processo com o repasse de recursos para o município. O Estado vai repassar os recursos, a Prefeitura vai executar as obras e nós vamos administrar as unidades escolares depois de prontas, ou seja, as escolas continuam sendo estaduais", finaliza Rossieli Soares.
O investimento do Governo do Estado será de aproximadamente R$ 7 milhões para a construção de cada unidade escolar. No total, devem ser atendidos 8 mil alunos dos ensinos fundamental e médio.
SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal, vereador Roselei Françoso (MDB), protocolou na última quinta-feira (18) uma moção de congratulação aos estudantes e professoras da Escola Estadual Professor Sebastião Oliveira Rocha pelo primeiro lugar no prêmio “Respostas para o Amanhã”.
Os integrantes da escola venceram com o projeto “TESLA - Reaproveitamento de resíduos orgânicos para a produção de biogás”, que apresenta um biodigestor caseiro para a produção de biogás, tendo como meta abastecer a cozinha da escola.
De iniciativa da Samsung, com coordenação geral do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária, os alunos Asaf Prates Almeida, Guilherme Henrique de Andrade, João Almas e Maria Paula Melo, do 2º ano B, são os campeões do prêmio.
A professora de química, Barbara Daniela Guedes Rodrigues, foi a orientadora da turma de estudantes, com a parceria da professora Isabel Kakuda.
A competição desafiava alunos e professores da rede pública a desenvolverem soluções para problemas locais com experimentação científica e tecnológica por meio da abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
IBATÉ/SP - No Brasil, dia 20 de novembro comemora-se o dia da Consciência Negra. Esta data é marcada pela morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que lutou contra a escravidão.
A semana da Consciência Negra foi comemorada nas escolas da rede municipal de ensino com inúmeras atividades.
As escolas Ruth Zavaglia Gomes, Jovina de Paula Pessente, Bruna Esposito e Julio Benedicto Mendes, abordam desde o início do ano práticas relacionadas a esta temática. Especialmente na semana de 16 a 19 de novembro, foram realizadas atividades de forma lúdica e prazerosa, envolvendo a cultura afro-brasileira, com o objetivo de valorizarmos e respeitarmos esta cultura e diversidade étnico-racial.
Os alunos participaram de ações pedagógicas que envolveram práticas por meio de histórias infantis e rodas de conversas, apresentações de música com os clássicos de samba brasileiro, aula de capoeira com os professores e alunos do Centro de Formação Artística Anna Ponciano Marques, pintura facial, máscaras africanas, confecção de caxixi (um tipo de chocalho de origem africana), confecção de produções artísticas como o panô, colar de macarrão, perfil humano com colagens de diferentes materiais e desenhos e as brincadeiras africanas que foram trabalhadas pelos Professores de Educação Física.
A conscientização sobre o respeito e a valorização da história e da cultura africana no Brasil é trabalhada no decorrer do ano letivo, pois é um processo que não pode ser feito em apenas um dia ou uma semana.
A solidariedade e apoio da USP São Carlos
SÃO CARLOS/SP - São 24 núcleos de alfabetização nas áreas rural e urbana do Município de São Carlos, estando inscritos no programa cerca de 270 pessoas jovens, adultas, idosas, pessoas em situação de rua e pessoas com deficiência, além de atender pessoas que vivem no campo e cuja a maior parte está em processo de alfabetização, pois nunca frequentaram a escola. O projeto envolve pessoas com idade superior a 18 anos, majoritariamente mulheres, que nunca frequentaram a escola ou que deixaram de frequentar há muito tempo, por diversos fatores que afetam a vida a adulta, a maior concentração de estudantes é por mulheres em todos os núcleos.
Resumidamente, este é o objetivo e o trabalho desenvolvido pelo movimento de alfabetização de jovens e adultos de São Carlos, designado “MOVA São Carlos”, um projeto criado em 2002, sobre a regulamentação da Lei Nº12.968 de março 2002, e que desde então está tendo grande relevância para a comunidade, pois possibilita que a população que não teve acesso a leitura e a escrita possa se alfabetizar e adquirir a dimensão instrumental que é de fundamental importância para as vivências sociais.
Dados do IBGE constataram que no Brasil, no ano de 2018, havia cerca de 11,3 milhões pessoas que ainda não sabiam ler e escrever, ou se sabiam não conseguiam compreender o que estava escrito nos textos. Nessa perspectiva, o “MOVA São Carlos” vem atuando e colaborando relevantemente para a diminuição desse índice, pois possibilita investimentos na área da educação de pessoas jovens e adultas.
“O MOVA São Carlos” é um projeto gratuito que surgiu a partir das experiências desenvolvidas em 1989 pelo “MOVA São Paulo” e que teve a participação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Secretaria Municipal de Educação, envolvendo professores voluntários da rede municipal de ensino e da Universidade, que trabalharam juntos para desenvolver apoio e formação dos educadores e educadoras do movimento. Além disso, nessa época foi possível estabelecer uma parceria com o “Brasil Alfabetizado”, onde, a través de vários recursos, foi possível ampliar salas de aula e a formação de educadores e educandos e oferecer o curso de “Inclusão Digital” que era sistematizado, pelas professoras e professores da UFSCar e equipes estudantes da graduação e pós-graduação.
As atuações do “MOVA São Carlos”são voluntárias e gratuitas, ou seja, quem deseja estudar tem atendimento gratuito e material à disposição, como lápis, cadernos, borrachas e apontadores. “A equipe do “MOVA São Carlos” faz o trabalho de campo, ou seja, faz visitas às casas das pessoas nos bairros e as convida para se inscreverem no projeto, dando exemplos concretos de quem já se alfabetizou. Esse pré-contato com as pessoas é indispensável, pois a partir dele conseguimos saber quais são suas demandas e necessidades, porque nem sempre elas se sentem encorajadas a frequentar as aulas de imediato. Além disso, proporciona-nos fazer um levantamento prévio em relação ao número de pessoas que estão fora da escola em cada comunidade”, salienta a Profª Maria Alice Zacharias, alfabetizadora e coordenadora do “MOVA- São Carlos”.
Os núcleos são constituídos em espaço cedidos por apoiadores. Assim, cabe ressaltar que é importante que às pessoas tenham acesso ao conhecimento e a equipe MOVA orienta e encaminha as educandas e educandos para que deem continuidade aos estudos, pois compreendemos como é relevante a formação escolar em qualquer etapa da vida.
A solidariedade do IFSC/USP
As ações do “MOVA São Carlos”, por serem voluntárias, contam com o apoio de inúmeros parceiros, como, por exemplo: Secretaria Municipal de Educação de São Carlos, Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional (ACORDE), Associação de Apoio Educacional e Social de São Carlos (APRENDER), universidades privadas, USP, UFSCar - Grupo de Pesquisa Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa (NIASE), estabelecimentos comerciais, entidades religiosas, assentamentos, acampamentos rurais, centros espíritas, Serviço Social do Comércio (SESC), e particularmente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), conforme explica a Profª Maria Alice. “O Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos de São Carlos (MOVA), diante do isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19, tem procurado possíveis soluções para que os estudantes jovens e adultos, possam ter o contato com os conteúdos escolares, para além do atendimento presencial. Nesse sentido, junto com a equipe de educadoras e educadores foi cogitada a possibilidade de transmitir aulas pelo Canal 10 da Net/TV USP e pelo canal YouTube. Sabendo que o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato sempre atua no sentido de contribuir com a sociedade, o “MOVA São Carlos” procurou-o em março deste ano para pedir sua colaboração. Prontamente, o Prof. Bagnato se dispôs a conceder o estúdio de gravação do CEPOF/USP para que fosse possível gravar aulas dedicadas às pessoas jovens e adultas em processo de alfabetização. Em meados de maio de 2021, as aulas vêm sendo produzidas com a finalidade de proporcionar o compartilhamento dos conteúdos, abrangendo temáticas diversificadas e articuladas com a vida adulta. As aulas são gravadas por educadoras e educadores voluntários, com o apoio da equipe de produção da PROVE, que se encontra ao serviço do IFSC/USP, através dos profissionais Brás José Muniz, Anderson Muniz e Marcel Firmino”, enaltece a professora.
Além disso, a coordenação do “MOVA São Carlos”, junto com uma equipe de educadoras de apoio, vem organizando os cadernos de atividades, articulados com os conteúdos escolares, dedicados a quem não tem acesso aos canais de TV e YouTube. Mesmo com o retorno das aulas presencias, a Profª Maria Alice considera relevante manter as aulas nesses canais, tendo em vista que o isolamento social provocado pela pandemia vem impactando negativamente a vida educacional de muitas pessoas. “Ter o conteúdo escolar disponível no canal do YouTube, por exemplo, é um recurso relevante para que as pessoas possam assistir e rever os conteúdos, se for necessário”, enfatiza a educadora.
A proposta do “Mova São Carlos” para o ano de 2022 é oferecer à comunidade cursos gratuitos de tecnologias digitais, idiomas, culinária, mecânica, artesanato e cursinho comunitário, entre outros, por meio de parcerias, e implantar o projeto “Horta Solidária”.
A sede do “MOVA São Carlos” está localizada na Av. João Dagnone, nº 7, em São Carlos
Contato - (16) 99235-2190
Facebook - https://www.facebook.com/movasaocarlos/posts/?ref=page_internal
Confira a localização do núcleos do “MOVA São Carlos”.
Rui Sintra - jornalista - IFSC/USP
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