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Levantamento foi feito em pesquisa da UFSCar, em parceria com universidade do Reino Unido

 

SÃO CARLOS/SP - Sentar e levantar de uma cadeira, equilibrar-se parado e andar uma curta distância são funções simples de serem avaliadas por profissionais de saúde. Quando estão alteradas, podem prever muito precocemente o declínio funcional, especialmente em homens com obesidade abdominal e fraqueza muscular. Este é o principal resultado do estudo realizado no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFT) da UFSCar. A pesquisa foi feita por Roberta de Oliveira Máximo, sob orientação do professor Tiago da Silva Alexandre, do Departamento de Gerontologia da Instituição.
O estudo contou com 3.875 idosos ingleses acompanhados por oito anos e foi realizado em parceria com pesquisadores da University College London, no Reino Unido. Os idosos tiveram o desempenho físico avaliado pelo Short Physical Performance Battery (SPPB), uma bateria de testes conhecida por profissionais de saúde que inclui a combinação de sentar e levantar da cadeira, equilíbrio em pé e caminhada por 2,4 m.
"O comprometimento no desempenho físico é o primeiro indicador de função prejudicada em idosos e é considerado uma fase de transição pré-clínica para incapacidade, ou seja, aparece antes das dificuldades em atividades cotidianas como usar transporte, fazer compras, cuidar da casa e roupas, preparar refeições, tomar banho, se vestir, ir ao banheiro e se alimentar", pontua Alexandre. O docente explica que o comprometimento no desempenho físico é considerado como o sexto sinal vital na avaliação de idosos. Diante disso, destaca que descobrir precocemente esses indicadores poderia evitar incapacidade em atividades da vida diária entre os idosos.
De acordo com a pesquisa, apenas um grupo específico de homens idosos apresentaram maior comprometimento no desempenho físico ao longo do tempo de acompanhamento: aqueles que tinham a combinação de obesidade abdominal e fraqueza muscular (conhecida como dinapenia). "Este fenótipo é comum entre idosos e reconhecido no meio científico pelo nome de obesidade abdominal dinapênica. No estudo, foi considerada pela circunferência de cintura maior que 102 cm para homens e maior que 88 cm para mulheres e pelo teste de força de preensão manual menor que 26 kg para homens e menor que 16 kg para mulheres", explica o orientador.
Com o processo de envelhecimento, homens e mulheres apresentam perda de força muscular acompanhada por um acúmulo de gordura abdominal. Contudo, a situação é pior entre os homens. "Homens perdem mais força muscular que as mulheres ao longo da vida e já apresentam uma tendência ao acúmulo de gordura abdominal antes do processo de envelhecimento. A gordura abdominal é mais metabolicamente ativa e gera uma inflamação crônica de baixo grau, levando a repercussões negativas sobre a função muscular. Isso explica as diferenças entre os sexos e a razão pela qual a obesidade abdominal dinapênica afeta mais o desempenho físico em homens", esclarece Roberta Máximo.
A situação é diferente quando, ao invés de avaliar a obesidade abdominal, se avalia a obesidade geral pelo índice de massa corporal (IMC). Neste caso, obesidade geral combinada com dinapenia não se relacionou com a pior trajetória do desempenho físico nem em homens nem em mulheres, sugerindo que a avaliação da obesidade pelo IMC não é capaz de capturar as mudanças de distribuição de gordura corporal que acontecem com o envelhecimento e que têm impacto no desempenho físico.
O estudo traz outro dado importante indicando que nem a obesidade abdominal nem a dinapenia isoladas foram associadas com o pior desempenho físico de idosos ao longo do tempo, demonstrando que levar em conta a avaliação separada dessas duas condições no lugar do fenótipo de obesidade abdominal dinapênica pode subestimar um real problema futuro de declínio do desempenho físico em idosos.
Os autores acreditam que, mesmo tendo avaliado idosos ingleses, esse fenômeno também ocorra em idosos brasileiros, podendo ser ainda pior, pois aqui a prevalência de obesidade é maior que na Inglaterra.
A partir do estudo, os pesquisadores apontam a importância do diagnóstico precoce desses indicadores e da oferta do cuidado necessário para essa população. "O estudo sugere que a identificação e o manejo clínico do fenótipo da obesidade abdominal dinapênica com exercícios aeróbicos e resistidos são essenciais para evitar os primeiros sinais de declínio funcional em homens idosos", avaliam Alexandre e Máximo.
A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp - 17/26377-4 e 18/13917-3) e foi publicada, recentemente, como artigo no The American Journal of Clinical Nutrition. A íntegra do artigo pode ser acessada neste link (https://bit.ly/3vPQ7tF).
Criado por inventores da UFSCar e da USP a partir de bagaço de cana-de-açúcar, invento otimiza trabalho e tempo, além de gerar economia e menos resíduos na Natureza

 

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um material biodegradável que libera nutrientes, de forma lenta e prolongada, para produção e crescimento de plantas. A tecnologia otimiza trabalho e tempo, além de gerar economia e menos resíduos.
Feito a partir da fibra de celulose, extraída do bagaço da cana-de-açúcar, o invento tem a aparência de um papel e carrega três macronutrientes essenciais para o desenvolvimento de qualquer tipo de planta: nitrogênio, fósforo e potássio. É biodegradável por sofrer decomposição natural ao entrar em contato com o ambiente.
O método foi registrado como patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com o apoio da Agência de Inovação (AIn) da UFSCar, e é inédito para este tipo de uso.
O material deriva da tese de Lucas Luiz Messa, doutor em Engenharia e Ciência de Materiais pela USP, campus de Pirassununga, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sob orientação de Roselena Faez, docente no Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar) do Campus Araras da UFSCar.
A espessura do papel varia de 0,12 a 0,21 milímetros, sendo possível usá-lo como embalagem - na produção e no transporte de mudas, descartando o uso de plásticos ou potes - e, também, de forma fragmentada, em pequenos pedaços, para o crescimento e nutrição de plantas já em solo.
No mercado, já existem fertilizantes de liberação lenta e prolongada; também há materiais biodegradáveis para acomodar as plantas. "Mas essas duas características em um só produto é a novidade da tecnologia", assegura Faez.
O método para obtenção é simples, pois o bagaço da cana - matéria-prima abundante e de baixo custo - tem de 40 a 44% de celulose para extração. Além disso, o processo de produção não usa solventes e não gera resíduos.
Após esta etapa, são incorporados os macronutrientes - a quantidade exata de cada um varia de acordo com a demanda da planta, sendo, portanto, um material modulável e que evita desperdícios.
O produto permite, também, a inserção de micronutrientes, como magnésio, cobre, ferro e zinco, importantes em menor quantidade e em outras etapas de crescimento, sendo necessários estudos prévios e detalhados de cada espécie.
E, por ser biodegradável, em cerca de 45 dias o material sofre decomposição natural, sem impacto ao ambiente ou prejuízos às plantas. "Geralmente, em um estágio de 40 dias, elas já criaram novas raízes e, assim, suporte para seguirem crescendo dali em diante", relata a docente da UFSCar.
Atualmente, esse processo de nutrição é feito com fertilizantes inseridos de forma manual, no solo. "O agricultor já insere nutrientes em excesso, pois são sais solúveis e, com chuvas, podem ser levados para rios e lagos. Isso gera, além de desperdícios, perdas econômicas e ambientais", analisa a docente. 
Outra vantagem: o custo é baixo - cerca de R$ 0,27 por grama de embalagem -, algo interessante e viável para pequenos produtores de agricultura familiar.
"Em vez de reaplicar o fertilizante de duas até quatro vezes num determinado período (cerca de 45 dias), o produtor só usa o material uma vez, até a sua biodegradação natural. Sabe que a planta está recebendo os nutrientes necessários para se fortalecer sem desperdícios. Isso é vantajoso principalmente para o pequeno produtor, geralmente sozinho ou com equipe pequena, pois pode dedicar este tempo a outras atividades", afirma a docente.
Por ser facilmente modulada, a tecnologia atende diversas áreas da agricultura - de horticultura e floricultura a culturas de ciclos mais longos, como, por exemplo, em restaurações florestais.
"É possível inseri-la em mudas de eucalipto, por exemplo, com os nutrientes necessários a elas. Este, inclusive, é um de nossos estudos em andamento, e as perspectivas são boas", adianta Faez.
A tecnologia está disponível para comercialização de pequenos, médios e grandes produtores. Empresas e pessoas interessadas em adquirir o material podem entrar em contato com a Agência de Inovação da UFSCar, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas, desde 21 de março, para o Processo Seletivo do Doutorado, com ingresso em fluxo contínuo para o primeiro ou segundo semestre de 2022.  
O PPGEP possui cinco linhas de pesquisa: Dinâmica Tecnológica e Organizacional (DTO), Gestão de Cadeias Agroindustriais (GCA), Gestão da Qualidade (GQ), Gestão da Tecnologia e da Inovação (GTI) e Planejamento e Controle de Sistemas Produtivos (PcsP). Para esse edital, são oferecidas 30 vagas, distribuídas nas seguintes linhas: DTO (três vagas), GCA (quatro vagas), GTI (três vagas), GQ (dez vagas) e PCsP (dez vagas). 
O processo seletivo tem duas etapas: Análise Curricular (Etapa 1) e Defesa Oral do Projeto (Etapa 2). Todas as etapas são eliminatórias.
O PPGEP da UFSCar é um dos pioneiros e mais reconhecidos programas acadêmicos de Mestrado e Doutorado na área de Engenharia de Produção no Brasil. Desfrutando de padrão de excelência nacional e internacional, atualmente ele é avaliado como "nível 5" pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação (MEC). 
O edital completo do processo seletivo para o doutorado pode ser conferido no site do PPGEP (https://www.ppgep.ufscar.br/pt-br/processo-seletivo/doutorado).

BRASÍLIA/DF - O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta semana o Relatório Anual da Secretaria de Educação Básica referente ao ano de 2021. O documento apresenta 52 ações realizadas pelo ministério, em atenção ao cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação referentes à educação básica. Essas ações envolvem educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos.

A educação básica abordada pelo relatório engloba um universo de 46 milhões de alunos, sendo 38 milhões da rede pública. São 178 mil escolas, sendo 137 mil públicas; e mais de 2,19 milhões de professores. Desses, 1,7 milhão estão na rede pública. “Essa entrega [do relatório] traz transparência e prestação de contas daquilo que a gente tem feito pela educação básica dos nossos estudantes”, disse o ministro Victor Godoy.

Políticas educacionais, uso pedagógico das tecnologias, ampliação do número de matrículas, preparação para o Novo Ensino Médio, formação docente, valorização de profissionais e apoio de plataformas digitais para a gestão educacional são alguns dos temas das iniciativas. Segundo o MEC, embora o documento se refira a 2021, a maioria do trabalho apresentado nele continua em vigor.

Segundo Godoy, o ministério tem trabalhado na recuperação das aprendizagens, uma ação para preencher lacunas de aprendizado nos estudantes. Para Godoy esse tópico é uma das prioridades na política do MEC. “Os nossos dois pilares aqui à frente do MEC são a recuperação das aprendizagens e a tecnologia na educação brasileira”, disse. “Estamos muito próximos de fazer a nossa grande entrega, que será uma política de recuperação das aprendizagens e nessa política trazemos esse componente da inovação e tecnologia para a educação brasileira”.

Formação Docente

No lançamento do relatório, o diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação Básica, Renato Brito, destacou a presença de 20 ações, das 52 do relatório, relativas à formação de professores. 

“Educação Infantil, Bem-Estar no Contexto Escolar, Gestão Escolar, Educação em Tecnologia e Ensino Médio; só essas cinco formações atingiram 590 mil professores de um universo de quase 2,2 milhões de professores no país”, disse Brito. 

Ele citou também que os cursos de formação oferecidos pelo MEC também são abertos a professores da rede privada.

Escolas Cívico-Militares

O diretor de políticas para escolas cívico-militares, Gilson Oliveira, tratou como bem-sucedido o projeto de escolas cívico-militares. Nesse formato, as secretarias estaduais de Educação continuam responsáveis pelos currículos escolares, que é o mesmo das escolas civis. Os militares, que podem ser integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas, atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares.

Foram implantadas 216 escolas em todos os estados da federação. Oliveira destacou o Paraná, com 14 escolas; o Rio Grande do Sul, com 13; o Pará, com dez; Santa Catarina, com nove; além de Minas Gerais e Tocantins, com oito cada. Segundo Oliveira, esse tipo de escola “não tem o objetivo de impor a cultura militar” e é voltada sobretudo para localidades com maior índice de violência.

“Tivemos uma melhoria das instalações, pela manutenção e zelo demonstrados pelos alunos e incentivado pelas nossas equipes. É uma iniciativa que não pode ser universalizada, mas se mostra como uma alternativa viável de um modelo de gestão escolar de excelência para áreas de vulnerabilidade social”, afirmou o diretor do ministério.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

Estudo convida mulheres que estejam no terceiro trimestre da gestação para participação online

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), intitulado "Aspectos Emocionais da Experiência do Parto", está convidando voluntárias para participação online. O objetivo é compreender os aspectos emocionais envolvidos na gestação, parto e pós-parto, incluindo expectativas, pensamentos, sentimentos e emoções.
"Este estudo busca a compreensão da perspectiva das mulheres a respeito desse importante evento (experiência parto), dando voz e espaço para que elas possam assumir maior protagonismo nesse momento de suas vidas", explica Marília Vidal de Vasconcelos Barros, estudante de graduação em Psicologia da UFSCar e responsável pela pesquisa. 
O trabalho conta com orientação da professora Sabrina Mazo D'Affonseca, do Departamento de Psicologia (DPsi), e tem o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Segundo a estudante, "as participantes terão a oportunidade de falar a respeito da sua história de vida, podendo compreendê-la melhor e ter seus sentimentos validados". Para isso, estão sendo convidadas mulheres que estejam no terceiro trimestre da gestação, de qualquer região do País, para participarem em formato online. A participação conta com entrevistas virtuais e resposta à instrumentos de pesquisa. A inscrição é totalmente gratuita e deve ser feita pelo formulário eletrônico https://bit.ly/3MAx79c. Dúvidas podem ser esclarecidas com a pesquisadora responsável pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 44247321.4.0000.5504).
Pesquisa, que considera as diferenças culturais, convida pais e mães para participação online

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo da UFSCar está convidando pais e mães brasileiros e estrangeiros para uma pesquisa sobre como eles lidam com as discordâncias na criação dos filhos. O objetivo é identificar as semelhanças e diferenças nos cuidados de filhos em dois tipos de casais: de nacionalidade mista (mãe ou pai brasileiros e o outro estrangeiro) e casais brasileiros, considerando os efeitos das diferenças culturais.
"Atualmente há milhões de pessoas saindo de seus países de origem em busca de novas oportunidades, e essa realidade cria demandas para lidar com diferenças culturais e também com a adaptação sociocultural", analisa Melissa Giannina Sueros Torres, graduanda do curso de Psicologia da UFSCar e responsável pelo estudo. "Dentro da Psicologia, e no cenário brasileiro, não existem pesquisas sobre o processo de adaptação cultural de imigrantes em contextos familiares e penso que a minha pesquisa será de muita importância para podermos entender como acontecem essas negociações entre os pais no cuidado de uma criança e como estes lidam com as diferenças culturais como, por exemplo, a linguagem e a religião", explica Torres.
A pesquisa "A criação de filhos em casais com um parceiro imigrante e em casais brasileiros" tem orientação da professora Elizabeth Joan Barham, do Departamento de Psicologia (DPsi), e apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Melissa Sueros Torres conta que o tema da pesquisa, relacionado à adaptação cultural, surgiu porque é estrangeira. Além disso, "ao me aprofundar no tema, entendi como esse fenômeno de adaptação sociocultural faz com que a pessoa desenvolva diversas habilidades para poder lidar com diferenças culturais. E, no contexto familiar, não é diferente, já que para construir e manter a relação coparental é necessário ter habilidades para lidar com diferenças. Mas essa demanda pode ser ainda maior em relacionamento entre pessoas que cresceram em dois países diferentes".

Como participar
Para participar do estudo, é preciso ter domínio de leitura e fala do Português (nível básico); ser pai ou mãe de uma criança; residir no Brasil; ser brasileiro ou estrangeiro; e ter acesso a um dispositivo com conexão com Internet.
A participação consiste em preencher um formulário online, com duração de 30 minutos. Em seguida, será agendada uma entrevista, pela plataforma Google Meet, com duração de 10 a 15 minutos. Os pais e mães interessados devem preencher o respectivo formulário, disponível pelos links https://bit.ly/3M0A3MQ (pais) e https://bit.ly/3vf3zsf (mães) ou, então, entrar em contato com a pesquisadora Melissa Sueros Torres, pelo e-mail melissa.sueros@estudante.ufscar.br, que também pode esclarecer dúvidas sobre o trabalho. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 50251921.0.0000.5504).
Em artigo publicado em Nature Food, pesquisadores da UFSCar e da UFV indicam que 95% dos produtores desses alimentos atuam na informalidade no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Em publicação recente em periódico do grupo Nature, pesquisadores brasileiros mostram como, no País, a legislação referente a alimentos de origem animal atua para exclusão de pequenos produtores do mercado formal, levando a insegurança alimentar, desigualdades estruturais e obstáculos ao desenvolvimento regional. O texto, publicado em Nature Food com o título "Animal-source food legislation as a tool for the exclusion of smallholder farmers in Brazil" (https://rdcu.be/cK7hA), tem como autores Naaman Francisco Nogueira Silva, docente do Centro de Ciências da Natureza (CCN) do Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Davi Augusto Santana de Lelis e Antônio Fernandes de Carvalho.
A partir de compilação de dados, os autores concluem que apenas 5% dos produtores de alimentos de origem animal no Brasil conseguem atender às exigências para atuação no mercado formal de carne, ovos, mel, pescado, leite, e seus derivados. Ou seja, 95% atuam na informalidade, impedidos por barreiras comerciais de ingressar em um mercado dominado por oligopólios industriais.
No País, o sistema regulatório para alimentos de origem animal foi, em grande medida, instituído pela Lei nº 1.283, de 1950. A legislação determina que todos os produtores tenham alvará sanitário para venda, de acordo com seu âmbito de atuação. Assim, para o comércio entre estados brasileiros, ou para outros países, a produção precisa ser fiscalizada por órgão federal; para circulação entre municípios de um mesmo estado, pelo órgão estadual; e, para comércio em uma única cidade, a fiscalização é municipal. 
Segundo os pesquisadores, essa lei proíbe, indiretamente, que um produtor fiscalizado por um órgão municipal comercialize seus produtos em outras cidades, e, de maneira análoga, impede que um produtor fiscalizado por um órgão estadual faça comércio com os demais estados da Nação. Assim, a barreira comercial, tal qual está colocada, serviria apenas aos interesses de grandes empresas.
No artigo, os pesquisadores apontam que, além dessas exigências serem exclusivas para produtos de origem animal - não se aplicando a outros alimentos e bebidas -, a fiscalização nos municípios e estados em geral é inexistente ou inoperante.
"Cerca de 60% dos municípios brasileiros não têm serviço de inspeção municipal e, nos grandes centros, não há pessoal suficiente para atender a demanda. Para poder comercializar em todo o País, é preciso fiscalização federal, algo inviável para pessoas com propriedades em locais muito distantes. Tudo isso dificulta a formalização do pequeno produtor", exemplifica o docente da UFSCar.
Ao permanecerem na informalidade, à margem dos sistemas regulatórios, pequenos produtores trabalham na precariedade, em condições inseguras e sem acesso a direitos trabalhistas. Também ficam sem acesso a empréstimos e compras governamentais. Além disso, não contribuem para o desenvolvimento regional como poderiam, por exemplo, pelo fomento ao turismo rural relacionado à produção artesanal. De outro lado, consumidores não têm a garantia de segurança dos alimentos, que podem apresentar contaminação química ou biológica, fraude ou adulteração, uso incorreto de aditivos ou rotulagem inadequada, dentre outros problemas.
Outro ponto é que o produtor não consegue gerar empregos formais. Também é comum o êxodo rural. "Os filhos, que comumente dariam continuidade ao trabalho, vão para a cidade procurar outras ocupações, pois não veem perspectiva naquela atividade", registra o pesquisador. "Além disso, se não há inspeção, como são feitos os abates em termos de bem-estar animal? Ou quais são impactos ao meio ambiente decorrente do descarte de abatedouros clandestinos?", complementa.
Nos últimos cinco anos, algumas condições melhoraram, mas os problemas permanecem. No artigo, é evidenciado como dois mecanismos recentes criados pelo Governo Federal para amenizar este cenário não equacionam o problema.
Um deles é o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa - https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/suasa/sisbi-1), em que órgãos de inspeção municipais ou estaduais podem solicitar - voluntariamente - a equivalência de seus serviços aos do órgão federal. Para isso, é necessário comprovar que a inspeção segue exatamente as mesmas regras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do sistema federal. No entanto, como a adesão é voluntária, a solução fica fora da governabilidade do produtor.
O outro mecanismo é o Selo Arte (https://bit.ly/seloartegov). Com ele, produtores que comercializam alimentos considerados artesanais (produzidos por famílias, em pequena escala) e tradicionais (com histórico de produção específico em determinada região, como o queijo da Canastra, por exemplo), se fiscalizados por um serviço oficial de inspeção, podem ser autorizados pelo estado de origem a vender em todo o território nacional.
Apesar dos avanços, na prática, as dificuldades persistem. De cerca de 300 mil pequenos produtores existentes no País, menos de 600 usam um desses dois mecanismos.

Mudança de cenário
No artigo, os autores propõem soluções com base na Constituição Brasileira, uma vez que ela prevê o tratamento diferenciado para pequenos produtores. Assim, destacam a necessidade de estabelecimento de marco regulatório com regras diferenciadas, adaptadas às diferentes realidades.
Para respeitá-la, os docentes propõem a criação de um marco regulatório que revogue a legislação vigente, separando produção industrial de pequena escala e, assim, adaptando os mecanismos de fiscalização de forma a condizer com a realidade de cada um.
Neste sentido, afirmam que a segurança alimentar deve ser garantida por um sistema de inspeção eficiente e, ao mesmo tempo, inclusivo, ou seja, que não impeça a integração de agricultores familiares e outros pequenos produtores ao mercado formal. Além disso, destacam que não há fundamento sanitário para a imposição de barreiras comerciais indiretas por meio da legislação. "Se houve aprovação do município ou do estado, ou seja, se o produto foi considerado seguro para o consumo humano, o alimento também é apto para ser comercializado em outros lugares", detalha o professor da UFSCar.
Assim, a proposta é que pequenos produtores com fiscalização de serviços municipais ou estaduais possam comercializar sua produção em todo o território nacional, e que produtores industriais precisem da aprovação federal para comércio entre estados e para outros países.
Para sanar a questão das limitações dos serviços de inspeção, uma possibilidade é a criação de consórcios entre os municípios. Assim, é possível dividir os custos com pessoal e logística e atender um maior número de produtores de uma determinada região.
"Se não colocarmos o 'dedo na ferida', estas arbitrariedades continuarão trazendo prejuízos para a sociedade brasileira. Perdemos todos nós", lamenta Naaman Nogueira.

Os kits contam com itens  mochila, tênis e material escolar.

TAMBAÚ/SP - Nesta semana a Prefeitura Municipal de Tambaú, através da Coordenaria de Educação, começou a realizar a entrega dos uniformes para os alunos da rede municipal de educação, na EMEB “Djanira Félix Bomfim Bacci”, CMEI “Yolanda Gandolfi Pereira”, CMEI "Latifi Ristum Salum Ferreira”.

O Kit é composto por uma mochila, um par de tênis e mais: agenda escolar, apontador, borracha, caderno de desenho, canetinha hidrográfica, giz de cera, guache, lápis de cor, lápis grafite, massinha de modelar, pincel, tesouro e cola. Um total de 22.500 itens de material escolar que representam um investimento de R$ 88.877,50 para alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental! “Foi emocionante para mim estar ao lado de minha Mãe, Sônia Maria Teixeira Spiga Real, que é Professora e Primeira Dama do nosso Município, concretizar esse sonho, um sonho de um futuro brilhante. Oferecendo mais dignidade e igualdade para as nossas crianças, tendo dentro Escola as mesmas oportunidades”, afirmou o Prefeito Dr. Leonardo Teixeira Spiga Real.

Além dos novos uniformes, a rede municipal de educação conta agora também com uma nova metodologia, o Sistema Sesi de Ensino. A Coordenadoria Municipal de educação destaca os investimentos na dignidade na sala de aula, dando oportunidade para todos os alunos terem as mesmas condições de frequentar a escola com o uniformes padrões para meninos e meninas. “É uma alegria muito grande ver nos olhos de nossas crianças ganhando o Tênis e a Mochila. Esperança e trabalho de mãos dadas para a construção de um futuro melhor”, concluiu o Prefeito Dr. Leonardo.

A Prefeitura Municipal de Tambaú reforça aos pais, mães e responsáveis para incentivar a vida escolar dos filhos e sempre ensinar e ajudar as crianças a terem zelo por seus uniformes e materiais! A Educação é base para construção de uma sociedade mais justa e com mais oportunidades.

Live aborda temática de obras recém-lançadas pela EdUFSCar e ocorre em 4 de maio, às 16 horas

 

SÃO CARLOS/SP - Quais habilidades sociais são necessárias para ter boas relações interpessoais e melhorar a qualidade de vida? Como aperfeiçoá-las e exercê-las nos mais variados contextos, como o pessoal, o familiar e o profissional? Em salas de aula, como incentivar estas habilidades entre os estudantes e, com isso, motivá-los na aprendizagem?
Estas e outras questões serão refletidas no próximo encontro da série "EdUFSCar no Ar", uma iniciativa da Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) em parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) e a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da Universidade.
O evento ocorre no dia 4 de maio, às 16 horas, e abordará duas obras lançadas pela EdUFSCar - "Aperfeiçoando minhas habilidades sociais e competência social" e "Habilidades sociais e socioemocional na escola: manual do professor" -, produzidas por pesquisadores do grupo de pesquisa Relações Interpessoais e Habilidades Sociais (RIHS), vinculado à Universidade.
Os livros são de autoria de Zilda Aparecida Pereira Del Prette e Almir Del Prette, docentes vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da Instituição - e que são os convidados especiais deste evento.
Ambas as publicações se voltam ao aperfeiçoamento destas habilidades, que dizem respeito a características como empatia, assertividade, expressividades, saber falar e trabalhar em público, lidar com críticas, tomar decisões e solucionar problemas, indispensáveis para um bom convívio com familiares, colegas, estudantes e demais relacionamentos.
A mediação do encontro será de Adriana Arruda, jornalista do ICC, e a transmissão será feita via Facebook (facebook.com/ufscaroficial e facebook.com/editora.edufscar) - e YouTube (youtube.com/ufscaroficial). A participação é aberta a todas as pessoas interessadas, que poderão enviar perguntas e comentários aos autores.
Os livros dos Del Prette estarão disponíveis para compra no site da Editora (edufscar.com.br) na semana da live, com desconto de 30% até a data posterior ao evento (5/5).

Sobre as obras
Ambas as publicações lançadas pela EdUFSCar têm, como diferencial, um modelo autoinstrucional de aprendizagem: os capítulos trazem material em hipermídia, ou seja, textos vinculados a imagens, vídeos e músicas, com acesso por QRCodes - que também levam os leitores a páginas de um site criado especificamente como apoio e hospedagem às atividades virtuais de aprendizagem. Ao exercitar os conhecimentos e habilidades na prática, é possível receber feedbacks imediatos, fixando o aprendizado.
"As atividades propostas nas obras são frutos de anos de pesquisa, foram testadas e validadas. Por isso, possuem evidências de efetividade", compartilha Zilda Del Prette. Parte dessas iniciativas foi reportada e pode ser conhecida em matéria no Portal da UFSCar (https://bit.ly/3vmWapA).
Um dos conceitos esclarecido nas obras é o de competência social e sua relação com as habilidades sociais.
"As habilidades sociais se configuram como um dos requisitos para a competência social - esta, sim, possui um significado mais amplo, pois envolve, além de ações e comportamentos, valores, consciência social, autoconhecimento e autocontrole. Nós só consideramos uma pessoa socialmente competente em função da forma como ela age e dos resultados que ela produz para si mesma, para o outro e para grupos sociais", explica a docente.
O primeiro livro - "Aperfeiçoando minhas habilidades sociais e competência social" - é voltado a qualquer pessoa que queira conhecer as principais habilidades sociais e exercitá-las, no sentido de contribuir para a qualidade de suas relações interpessoais. 
Com 117 páginas, a obra esmiuça, no capítulo 1, as bases teóricas do campo. Nos demais (capítulos 2 a 6), detalha cada uma das habilidades sociais (comunicação corporal e paralinguística; empatia; conversação e feedback; assertividade; solução de problemas e tomada de decisões), com exemplos práticos de situações para que o leitor avalie se são ou não condizentes com essas habilidades. 
Um dos exemplos se refere a reações empáticas no cotidiano. "Em cenários desafiadores, como perda de emprego, pessoas com reações empáticas têm atitudes como validar o sentimento do outro; reduzir a tensão e produzir alívio e consolo; se colocar à disposição para compartilhar dificuldades ou êxitos; fortalecer vínculos de amizade; diminuir sentimentos de culpa ou vergonha; se predispor à análise do problema e à busca por soluções; entre outras", enumera a pesquisadora.
Já o segundo livro - "Habilidades sociais e desenvolvimento socioemocional na escola: manual do professor" - é destinado a estudantes de licenciaturas e Pedagogia e professores dos ensinos Fundamental e Médio. Ao longo de 173 páginas, a publicação visa contribuir para o aperfeiçoamento pedagógico na promoção da aprendizagem acadêmica em articulação com o desenvolvimento socioemocional dos alunos - conjunto de competências estabelecidas na Base Nacional Curricular Comum (BNCC) como um dos direitos educacionais de todas as crianças e jovens.
"Nossas pesquisas e cursos mostram que as habilidades sociais são importantes na qualidade das interações sociais e educativas entre professor e aluno, além de facilitarem a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes, trazendo motivação para a aprendizagem e redução de problemas de comportamento. Com estes resultados satisfatórios, compilamos parte do conhecimento aplicado neste livro, levando atividades e exercícios validados para uma população mais ampla", sintetiza.
O livro traz temas como práticas de habilidades de mediação pedagógica para o ensino efetivo e interativo, suporte socioemocional, importância de feedbacks positivos, prevenção e combate ao bullying, melhoria na relação com família e comunidade.
Mais informações sobre as publicações podem ser conferidas no site da EdUFSCar (edufscar.com.br).
Estudo vai avaliar os efeitos da terapia manual na intensidade da dor, funcionalidade e na percepção de melhora dos pacientes

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de pós-doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, está buscando voluntários que tenham dor lombar crônica para investigar os efeitos da terapia manual na intensidade de dor, na funcionalidade e na percepção de melhora dos indivíduos. Serão oferecidas seis sessões de terapia manual gratuitas para os participantes. O estudo é realizado pela pós-doutoranda Helen Nogueira Carrer, sob supervisão de Thaís Chaves, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.
A coluna lombar está localizada na parte mais baixa nas costas, próximo ao quadril. De acordo com Helen Carrer, a dor lombar afeta cerca de 23% da população mundial e pode ser recorrente em até 80% dos indivíduos acometidos. "Geralmente, esse tipo de dor está associado a incapacidades progressivas, que trazem prejuízos tanto na funcionalidade e qualidade de vida dos indivíduos, como desdobramentos socioeconômicos desfavoráveis", explica a pesquisadora. Ela também relata que a causa da dor lombar é multidimensional e diversos fatores de risco estão associados, como por exemplo, o sedentarismo, a obesidade, o estresse, dentre outros.
Carrer explica que não há um tratamento padronizado para pacientes que apresentam dor lombar e há várias intervenções fisioterapêuticas disponíveis para tratar o problema. No entanto, segundo ela, a terapia manual tem se destacado nos estudos já realizados por possibilitar mudanças nos desfechos clínicos de percepção de dor e funcionalidade dos pacientes. "A terapia manual consiste na realização de movimentos articulares bem específicos que são capazes de promover melhora da mobilidade da coluna e, consequentemente, melhora da dor", explica a pós-doutoranda da UFSCar.
Além de oferecer as sessões de terapia manual para os participantes, a pesquisa também vai testar como a terapia manual interfere na percepção de dor ao estímulo térmico de calor nos voluntários. "A aplicabilidade desse estudo, além de oferecer assistência às pessoas, possibilita uma conduta terapêutica com maiores detalhamentos técnicos e com uma nova perspectiva de avaliação por meio do teste de dor ao calor", destaca a pesquisadora sobre a importância do estudo. 

Voluntários
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, com idades entre 18 e 55 anos, que tenham dor lombar há três meses ou mais, e que não tenham feito nenhum tratamento nos últimos três meses. Além disso, os voluntários devem apresentar limitações nas tarefas diárias causadas pela dor.
Os participantes passarão por avaliação e seis sessões de terapia manual (uma vez por semana). As reavaliações acontecerão um e três meses após a primeira avaliação. Todas as atividades serão presenciais e acontecerão na Unidade Saúde Escola (USE), que fica na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. Os interessados devem entrar em contato com a equipe pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone/WhatsApp (16) 98163-8793 (Helen). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52359521.1.0000.5504).

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