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SÃO CARLOS/SP - O IFSC/USP lança neste dia 03 de agosto, pelas 09h30, no Centro de Apoio Didático - Sala-10 (CAD) localizado na Área-2 do Campus USP de São Carlos, o novo programa de difusão científica da USP denominado “Vem Saber”.

O programa foi criado pelo Prof. Antonio Carlos Hernandes, do IFSC/USP, e desenvolverá quatro projetos de pesquisa e extensão com alunos oriundos de escolas de ensino médio do estado de São Paulo.

Entre os projetos, o de maior capilaridade e abrangência, envolve um novo espaço físico para a “Sala do Conhecimento”.

As atividades com as escolas de ensino médio no projeto “Sala do Conhecimento” iniciam-se no dia 2 de agosto, sendo que somente nesses mês  irão passar por aquele espaço cerca de seiscentos alunos.

A agenda para o segundo semestre já tem 1.600 alunos inscritos, oriundos de 32 escolas e de 18 cidades diferentes pertencentes ao Estado de São Paulo.

O novo espaço físico para acomodar a “Sala do Conhecimento” trará muito mais possibilidades de realização de atividades práticas de ciência com os estudantes, em um ambiente moderno e de fácil acesso, sendo que a chegada dos alunos em três dias da semana trará movimentação para a Área-2 do Campus da USP São Carlos.

 

 

Rui Sintra - IFSC/USP

Publicação foi feita a partir de programa de pesquisa #CasaLibras, da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - As crianças surdas têm menos acesso a conteúdos culturais que as ouvintes. Isso ocorre, entre outros fatores, por conta da falta de materiais literários produzidos na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para ajudar a preencher essa lacuna, foi desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) o programa #CasaLibras, coordenado pela professora Vanessa Regina de Oliveira Martins, docente do Departamento de Psicologia (DPsi). As atividades do programa, iniciadas na pandemia da Covid-19, são voltadas a crianças surdas e contam com a produção de materiais literários em Libras, bem como eventos virtuais interativos e em apoio às escolas. A partir dessa iniciativa, foi lançado, em formato digital, o livro "#CasaLibras - Educação de surdos, Libras e infância: ações de resistências educativas na pandemia da Covid-19". A obra reúne a produção de materiais em Libras, desenvolvidos pelo programa #CasaLibras, da UFSCar, com narrativas advindas de histórias infantis populares.
O objetivo do programa é ampliar o conhecimento cultural das crianças surdas por meio da democratização da cultura popular literária, explicam os organizadores da publicação, os professores Vanessa Martins e Guilherme Nichols e a servidora técnico-administrativa Regina Célia Torres, todos do DPsi da UFSCar.  A obra é gratuita e pode ser acessada em https://bit.ly/3z0eaYD.  
"As narrativas voltadas a crianças surdas levam em consideração a especificidade visual que a modalidade linguística da Libras traz", detalha a coordenadora do programa #CasaLibras. Ela conta que, para chegar até as crianças surdas, essas narrativas também consideram a produção discursiva com escolhas de vocabulários, na língua de sinais, que expandem a gestualidade e alguns recursos imagéticos (verbais e não verbais), de modo que seja favorecida a apropriação do conteúdo das histórias também por crianças surdas que estão em aquisição tardia de linguagem. "Mais de 90% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes e acabam tendo contato com a Libras apenas na escola. Portanto, pelo desconhecimento e não uso dessa língua por seus familiares, a criança adentra à escola com um restrito uso de gestos caseiros, com uma aquisição de conteúdo e conhecimento de mundo aquém do esperado, isso por conta da aquisição tardia da Libras pela falta de interlocutores em potencial para tal desenvolvimento", relata a professora.   

O livro
O livro recebeu o nome de "#CasaLibras - Educação de surdos, Libras e infância: ações de resistências educativas na pandemia da Covid-19", porque divulga os dados e resultados de produção de ensino, pesquisa e extensão do programa, que enfoca a criação de narrativas literárias em Libras para crianças surdas. 
As atividades do programa são voltadas para a educação de surdos, produção de materiais literários em Libras e apoio às escolas inclusivas com programas bilíngues, por meio da oferta de formação e atividades lúdicas dirigidas às crianças surdas. O #CasaLibras nasceu durante a pandemia da Covid-19 por conta do isolamento social e a falta de materiais didáticos em Libras. Desde então, seus materiais têm sido usados de forma ampla e gratuita em escolas públicas de todo o Brasil, conta Martins. 
A obra é composta por artigos de professores que trabalham com o conceito de "Educação na Diferença", numa perspectiva filosófica de abordagem francesa, explica a coordenadora do programa.   
O trabalho apresenta quatro áreas de discussão. A primeira é formada por capítulos de autores que compõem a rede de estudo no campo da diferença em diálogo com as questões de inclusão, infância e surdez. No segundo tópico, o leitor encontra ações e pesquisas interligadas a crianças surdas e ao #CasaLibras. O terceiro eixo apresenta análises da abrangência nacional do programa; por fim, o livro reúne relatos de experiências da equipe da iniciativa, composta por docentes, estudantes de graduação e pós-graduação e técnico-administrativos da UFSCar. A ilustração da capa foi criada por Anderson Marques da Silva e Regina Célia Torres, ambos técnico-administrativos da UFSCar.  
"Os textos teóricos são base para o constructo epistemológico que pauta nosso programa e que pode ser material importante para docentes de alunos surdos, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação da área da filosofia da diferença, mesmo aos que trabalham com outras temáticas voltadas à infância e as ações inclusivas a grupos minoritários, bem como a gestores de escolas que precisam lidar com concepções voltadas a práticas educativas a crianças surdas e às diferenças. Além disso, o livro traz capítulos mais ensaísticos e relatos de experiência que abordam práticas desenvolvidas pela equipe do #CasaLibras, de modo que tais relatos poderão contribuir com estudantes em formação nas áreas de tradução e interpretação Libras/Língua portuguesa, Educação Especial, Imagem e Som e outras áreas transversais à Educação", detalha Martins. 

Trabalho inovador
Vanessa Martins explica por que o trabalho é inovador: "Primeiro porque não temos repositórios midiáticos livres, de grande porte, voltado a crianças surdas. Segundo porque temos poucas produções literárias com narrativas em Libras de pessoas de toda parte do Brasil, representando a comunidade surda como as construídas neste programa. E, por fim, porque temos hoje no #CasaLibras um repositório variado culturalmente e de uso gratuito, com ampla circulação e que vem sendo usada por instituições de ensino públicas do Brasil todo".
Esses materiais estão compilados no canal do #CasaLibras no Youtube (https://bit.ly/3PQotVF). "A necessidade de instrumentalizar as escolas com conteúdos literários e também de entretenimento às crianças surdas, no isolamento social, fez com que a ação ganhasse urgência de desenvolvimento", avalia a coordenadora. "Esperamos que a obra ‘viralize’ mais ações voltadas aos estudos sobre surdez, infância e diferenças", complementa. 
O livro, disponível gratuitamente no site Pedro e João Editores (https://bit.ly/3z0eaYD), recebeu financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação Especial (PPGEEs) - por estar vinculado a pesquisas da primeira organizadora, Vanessa Martins, docente do Programa. O #CasaLibras é vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Inscrições são de 22 de julho a 22 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - De 22 de julho a 22 de agosto, estão abertas as inscrições no processo de seleção de candidatos para os cursos de mestrado e de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFil) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com início no primeiro semestre de 2023.
São oferecidas 10 vagas para o mestrado e 10 para o doutorado. A inscrição deve ser feita exclusivamente por meio digital, conforme instruções dos editais, que estão disponíveis no site do PPGFil.
O PPGFil tem como área de concentração "Estrutura e gênese do conceito de subjetividade" e divide-se em quatro linhas de pesquisa: "A questão da subjetividade na História da Filosofia"; "A subjetividade na Filosofia da Psicologia e da Psicanálise"; "Ética e Filosofia Política"; "Filosofia da Linguagem".
Todas as informações, incluindo etapas de seleção e cronograma, devem ser conferidas nos editais, em www.ppgfil.ufscar.br.

SÃO CARLOS/SP - Conforme já divulgamos anteriormente, o Instituto de Estudos Avançados - USP Polo São Carlos, reativou em abril último as suas atividades com a realização da primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho que irão desenvolver seus projetos.

O IEA - USP Polo São Carlos - coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e pelo vice-coordenador, Prof. Frank Crespílho (IQSC/USP), conta atualmente com cinco grupos de trabalho que irão se debruçar sobre as seguintes temáticas: “Educação nas Escolas”, “Inclusão Social”, “Cidades Globais”, “Observatório da COVID-19 e “Estudos sobre os Aspectos Regulatórios e os Impactos Econômicos e Sociais da Nanotecnologia”, sendo que “Inclusão Social” será o tema em destaque nesta reportagem, um projeto cujo coordenador é o Prof. José Marcos Alves, docente do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC - USP).

O objetivo principal deste grupo de trabalho, denominado “Grupo de Estudos de Ações Sociais do Campus USP São Carlos” (GEAS), é não só divulgar junto à sociedade as ações sociais que são realizadas por todas as Unidades do Campus USP de São Carlos, bem como atrair e trazer para o seu seio parceiros do mundo corporativo que possam subscrever projetos no sentido da Universidade apoiar de forma mais consistente as comunidades mais carentes de nossa cidade, indo ao encontro daquilo que é uma das prioridades da USP - se aproximar e apoiar o mais possível a sociedade.

Contextualizando o projeto

Neste contexto, vale a pena recordar as ações e o comprometimento da Universidade de São Paulo em termos de ações sociais. Em julho de 2019 ocorreu, no exterior, a terceira edição do denominado “Conselho Global de Líderes de Universidades”, um evento onde esteve presente o ex-reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, um encontro que esteve relacionado com um estudo feito pela Universidade de Oslo (Noruega), apontando que as universidades têm se afastado das necessidades e dos problemas da sociedade, criando assim um vácuo. Foram 45 as universidades presentes nesse evento, representando 25 países, tendo sido elaborada no final dos trabalhos a declaração “Reconstruindo a Universidade e as Relações com a Sociedade” - https://www.guc-hamburg.de/press/declaration-rebuilding-university.pdf .

Nesse mesmo ano, os três reitores das universidades paulistas - USP, UNICAMP e UNESP - reuniram-se no evento “USP Talks - Conectando a Universidade e a Sociedade”, igualmente relacionado com o problema relatado pela Universidade de Oslo, onde o Prof. Vahan Agopyan salientou que se fala muito do número de artigos científicos publicados e de sua importância para a ciência como dois indicativos da importância que as universidades têm. No entanto, o dirigente sublinhou que o que a sociedade espera é que as universidades tenham mais ações em prol de um benefício direto e imediato junto a ela, resolvendo inúmeros problemas que vão surgindo. Um outro evento, promovido e realizado pela USP, marcou o ano de 2020, reforçando a temática discutida anteriormente: tratou-se do encontro subordinado ao tema “Conselho Consultivo da USP discute o social e a valorização da educação básica”, o que demonstra, de fato, a preocupação dos gestores da USP em interagir cada vez mais com a sociedade, algo que tem sido quase que uma constante através da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), tendo como exemplos os programas “USP e a Comunidade”, desdobrado nos programas “USP Aproximação-Ação”, criado em 1998, e mais recentemente o programa “USP Aproxima Escola”.

As ações sociais no IEA - USP Polo São Carlos

Sobre as ações sociais inseridas no Campus USP de São Carlos, o Prof. Alves salienta, em primeiro lugar, o “Projeto Pequeno Cidadão” - http://pequenocidadao.sc.usp.br/ , criado em 1996 e com resultados surpreendentes, coordenado pela Prefeitura do Campus. “É um projeto com vinte e seis anos de atuação com resultados sociais extremamente importantes e com uma parceria muito sólida com a empresa internacional KPMG”, salientando que, em sua opinião, esse projeto foi o primeiro passo dado pelo Campus USP de São Carlos para se aproximar das populações com baixa renda. Os alunos que participam desse programa são selecionados e permanecem no Campus de São Carlos ao longo de quatro anos, quatro horas por dia nos períodos da manhã ou tarde, executando atividades educacionais, esportivas e recreativas, com direito a transporte e alimentação e utilizando a infraestrutura do CEFER – Centro de Educação Física, Esportes e Recreação do Campus USP de São Carlos. Tem sido um projeto de grande sucesso e alguns desses alunos saem daqui com um desejo enorme de ingressar em um curso superior. É um projeto muito importante, voltado para a sociedade, idealizado e implementado pelo Prof. Dagoberto Dario Mori, docente aposentado da EESC”, sublinha nosso entrevistado.

É fato que as cinco Unidades do Campus de São Carlos - Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Instituto de Química, Instituto de Física, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, e Escola de Engenharia, a que se lhes junta a Prefeitura do Campus e o Centro de Divulgação Científica e Cultural, já têm um histórico muito grande no que diz respeito à realização de ações sociais, o que incentivou a criação no final de 2020 do Polo de Ações Sociais USP São Carlos (PAS) no sentido de se congregar, fortalecer e divulgar todos os projetos, iniciativas e ações que sejam relevantes para a sociedade e que se transformem em um legado permanente.

Os principais objetivos do GEAS, no Instituto de Estudos Avançados - USP - Polo São Carlos, estão divididos em três frentes, a saber:

  1. Interagir com as comunidades bastante carentes e com problemas sociais graves que residem no entorno norte da Área 2 do Campus USP de São Carlos;

2 - Reforçar o relacionamento da USP com as escolas públicas de São Carlos e região, beneficiando os projetos e ações já realizadas anteriormente e em conjunto com a Diretoria Regional de Ensino, com resultados muito positivos;

3 - Trazer empresas da cidade para conhecerem as atividades da USP em termos de ações sociais e estabelecer parcerias para a criação de novos programas;

Sobre estes objetivos, o Prof. Alves comenta: “O Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP Campus de São Carlos (IAU - USP) desenvolve projetos para as populações carentes que vivem no entorno da Área 2 do Campus USP de São Carlos, mas é necessário expandir estes projetos. É importante construir infraestrutura desportivas, incentivo ao uso de espaços verdes, e a criação de programas para jovens e adultos residentes naquela área, valorizando a população local. A criação de um projeto na Área 2 com perfil semelhante ao “Projeto Pequeno Cidadão” da Área 1 seria um enorme benefício a esta população.   Quanto ao objetivo de estabelecer parcerias com empresas da cidade, com foco em ações sociais, saliento o projeto “Formação de Profissionais em Tecnologia da Informação” https://eesc.usp.br/noticias/posts_s.php?guid=27383&termid=not_geral inaugurado há cerca de três meses com o objetivo de iniciar a formação de alunos do ensino médio profissionalizante na área de TI, com o envolvimento da UFSCar e patrocínio da empresa “Tapetes São Carlos”. É um projeto extremamente importante, que conta com alunos da Escola Técnica Estadual Paulino Botelho, uma ETEC do Centro Paula Souza, e profissionais da Tapetes São Carlos. A proposta é capacitar jovens alunos e profissionais para trabalharem em uma área de alta demanda e cujo futuro se mantém muito promissor”, destaca o Prof. Alves.

A Universidade em total interação com a sociedade ! ... Esta é a motivação das ações do “Grupo de Estudos de Ações Sociais” do Campus USP de São Carlos (GEAS), cujo trabalho é desenvolvido no IEA - USP Polo São Carlos.

 

 

Rui Sintra

Estudo teve mais 1,6 mil participantes de todo o Brasil, abordando as relações entre trabalho e família em diferentes setores

 

SÃO CARLOS/SP - Neste terceiro ano de convivência com a Covid-19, com medidas menos restritivas de distanciamento, diversas atividades já voltaram ao ritmo normal em escolas, empresas, comércios e nas rotinas familiares. Mas, no começo da pandemia, em 2020, a modalidade remota exigiu reorganização rápida na relação trabalho-família. Investigando a temática, uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi premiada em concurso nacional de artigos científicos promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A pesquisa que deu origem ao artigo vencedor integra o projeto de doutorado desenvolvido por Marcela Alves Andrade, estudante no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, sob orientação de Tatiana Sato, docente no Departamento de Fisioterapia da Instituição. Dentre outros resultados, o trabalho mostra conflito menor na relação trabalho-família em pessoas com mais de 60 anos e, no outro extremo, dificuldades maiores entre profissionais do setor de Educação.
A pesquisa, que teve início em 2020, configura estudo longitudinal em um grupo de trabalhadores denominado IMPPAC (Implicações da pandemia de Covid-19 nos aspectos psicossociais e capacidade para o trabalho em trabalhadores brasileiros - estudo longitudinal). A iniciativa recebeu apoio da Capes e, atualmente, tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).O objetivo central é avaliar aspectos psicossociais e a capacidade para o trabalho em profissionais de diversos setores econômicos, com acompanhamento longitudinal durante 12 meses. Foram aplicados questionários online junto a 1.698 trabalhadores, dentre os quais o Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ II-Br), desenvolvido na Dinamarca, traduzido e adaptado para o Português brasileiro pelo grupo de pesquisa liderado pela professora Sato. O questionário abrange uma série de aspectos, dentre os quais o conflito entre trabalho e família, tema do concurso de artigos científicos. "A partir do artigo, pudemos explorar este aspecto de forma mais aprofundada", explica Tatiana Sato.
"Nós tivemos de modificar nossa forma de trabalhar e de se relacionar com o trabalho dentro de casa com a família. Foi tudo muito brusco, inesperado e imprevisível. Então, este tema é muito relevante e interessante", destaca a professora. Neste contexto, o estudo identificou que o conflito foi menor em pessoas acima dos 60 anos, "o que atribuímos à maior experiência para lidar com o trabalho e a família e, também, ao fato de que os trabalhadores com mais idade podem ter tido redução da carga de trabalho na pandemia por comporem o grupo de risco".
Outros pontos importantes destacados na pesquisa referem-se ao trabalho no setor da Educação e ao medo de se contaminar no trabalho. Esses fatores, segundo a orientadora da pesquisa, foram associados ao conflito entre trabalho e família. "Sabemos que os professores foram altamente impactados pelo ensino remoto, o que gerou aumento das demandas de trabalho e da chance de conflitos com a vida familiar". Em relação ao medo de contaminação, a professora relata que no início da pandemia havia muito medo de que os familiares pudessem ser contaminados e, em decorrência dessa insegurança, muitos profissionais relataram durante a pesquisa que seus familiares desejavam que eles deixassem suas profissões, principalmente os da área da saúde, ou mudassem de emprego, mesmo que momentaneamente, para que o risco fosse minimizado. "Assim, o estresse emocional e psicológico devido ao medo da contaminação pode ter ocasionado conflitos entre diferentes membros da família", salienta a pesquisadora.
A docente aponta, no entanto, que algumas hipóteses iniciais do estudo não foram confirmadas. Uma delas relaciona-se à parentalidade e associava o conflito trabalho-família ao fato de se ter filhos. "Este resultado não se confirmou. Discutimos este aspecto compreendendo que ter filhos gera demandas, mas também pode ter contribuído para melhorar as relações entre o trabalho e a família, uma vez que os trabalhadores com filhos tiveram mais momentos de distração familiar e, assim, conseguiram gerenciar melhor o desgaste provocado pelo confinamento", expõe Sato. Outra expectativa do estudo era que as mulheres tivessem maior chance de conflito entre trabalho e família, por conta das demandas com os afazeres domésticos e de cuidado familiar, o que também não se confirmou.
A família é um fator determinante na vida do indivíduo e contribui positivamente para as relações interpessoais. "Portanto, os conflitos causados por altas demandas de trabalho e modificações nos processos de trabalho devido às medidas restritivas resultaram em reações sem precedentes, devendo ser cada vez mais objeto de estudo", reforça Sato. A docente também aponta que o estudo mostrou que o convívio social é importante para o bem-estar individual e coletivo e que nem todos os trabalhadores conseguem conciliar a demanda do trabalho e da família de forma positiva. "O retorno às atividades presenciais e as redes de apoio podem auxiliar neste processo. É fundamental que as famílias fiquem atentas a estas modificações de comportamentos, busquem separar as atividades de trabalho das atividades com a família e realizem mais atividades de lazer dentro e fora do ambiente familiar", recomenda a docente.
Para a doutoranda Marcela Andrade, o reconhecimento da pesquisa no concurso da Capes é um estímulo para a continuidade dos estudos. "Estar cursando o doutorado na UFSCar foi um fator decisivo para o sucesso das publicações internacionais e para a vitória neste concurso. É um caminho necessário fazer pesquisa sobre os aspectos psicossociais dos trabalhadores brasileiros, a fim de compreendermos os impactos diretos e indiretos, imediatos e tardios, ocasionados pela pandemia de Covid-19. Muito ainda há por se compreender, muitas hipóteses precisam ser confirmadas, e o único caminho para se alcançar isso é a pesquisa", conclui Andrade.
O artigo premiado será divulgado, em breve, em publicação específica do Observatório Nacional da Família.
Há vagas para MBA em Gestão Empresarial, MBE em Gestão da Produção e MBA a distância em Agronegócio e Gestão Agroindustrial

 

SÃO CARLOS/SP - Atualmente, em todo o mundo, organizações passam por grandes mudanças no ambiente interno, principalmente, devido ao avanço da tecnologia. De acordo com os especialistas, cada vez mais os profissionais precisam estar capacitados para modernizar a gestão e as operações e incorporar novas práticas, buscando vantagens competitivas sustentáveis. Visando oferecer métodos e conceitos de base e novos conhecimentos, habilidades e competências, estão abertas as inscrições para os cursos de especialização ofertados pelo Departamento de Engenharia de Produção (DEP) da UFSCar. Há vagas para o MBA em Gestão Empresarial, MBE em Gestão da Produção e MBA a distância em Agronegócio e Gestão Agroindustrial.
A pós-graduação em Gestão Empresarial aborda estratégias que podem melhorar a eficácia organizacional, com foco no gerenciamento, no desenvolvimento e na motivação das pessoas. O curso oferece uma formação generalista, que enfatiza a promoção da cooperação e da integração interfuncional e a relação da organização com os contextos socioeconômicos nos quais ela está inserida. São abordados Sistemas de Produção e Estratégia, Gerenciamento de Projetos, Administração Financeira, Planejamento e Controle, Logística Integrada, Gestão da Cadeia de Suprimentos e da Qualidade, Marketing, além de Gamificação e Jogos em Empresas, dentre outros assuntos. Engenheiros, administradores, advogados, economistas, psicólogos, pedagogos e outros graduados que trabalham em empresas públicas ou privadas podem participar.
Por sua vez, o MBE em Gestão da Produção da UFSCar prepara e qualifica profissionais que trabalham em diferentes sistemas produtivos para que compreendam a importância do gerenciamento de operações das cadeias de suprimentos em ambientes variados, buscando torná-los mais sustentáveis e conectados às tecnologias emergentes. As temáticas serão tratadas com base em conceitos da Administração de Pessoal, da Organização da Produção, da Sociologia Econômica e da Psicologia Organizacional, ressaltando os aspectos cognitivos para explicar o comportamento e desempenho das pessoas nas organizações. Engenheiros, administradores, economistas e demais profissionais graduados em nível superior que atuam em diversas áreas e setores da economia e que buscam atualização podem realizar inscrição.
Por fim, o MBA a distância em Agronegócio e Gestão Agroindustrial prepara profissionais para o gerenciamento das organizações nesta área. O curso aborda conhecimentos, técnicas e ferramentas que permitem aumentar a eficiência dos processos de produção, comercialização e distribuição em um contexto social ambientalmente sustentável. A especialização foi criada e é oferecida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais (GEPAI) da UFSCar, referência nacional na produção de conhecimento na área e responsável nos últimos 28 anos por consultorias a órgãos públicos e privados e por publicações de dezenas de livros, mais de mil artigos e mais de uma centena de pesquisas acadêmicas. Profissionais de diversas formações acadêmicas que trabalham ou desejam trabalhar nos diferentes tipos de organizações e instituições que compõem o agronegócio brasileiro já podem se inscrever.
O início das aulas está previsto para o mês de agosto. Os interessados podem realizar a inscrição pelo site www.dep.ufscar.br/especializacao. Na página, há mais informações sobre disciplinas, professores, horários de aula, duração e valores de investimento. Ex-alunos de pós-graduação do DEP têm 30% de desconto na matrícula e nas mensalidades do novo curso. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone (16) 3351-8238.

SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL), tem batalhado desde o início do seu mandato por melhorias na área da educação. Visitando as escolas, o parlamentar percebeu uma demanda que se tornou recorrente: a falta de nomenclaturas das unidades escolares, com a ausência de identificação através de placas e sinalizações.

Ele encaminhou documentos e teve reuniões na Secretaria de Educação, cobrando o poder público para que realizasse a implantação de tal medida. A Prefeitura atendeu ao pedido do vereador e iniciou a colocação das placas nas CEMEIS Benedita Stahl Sodré, no Jardim Beatriz, Homero Frei, no Santa Felícia, Helena Dornfeld, na Vila São José, Cecília Rodrigues, no Jardim São Carlos e Marli de Fátima Alves, no Bairro São Carlos VIII.

“A implantação da identificação nas escolas é um elemento visual que facilita o acesso à escola e organiza o fluxo de toda comunidade escolar, além é claro, de tornar a escola mais bonita e organizada e valorizar o trabalho de nossos Professores/servidores. Nossa luta é para que todas as escolas recebam esse novo letreiro”, argumentou Bruno Zancheta.

Objetivo é mapear dados que sirvam de alerta para toda a sociedade

 

SÃO CARLOS/SP - A depressão pós-parto é uma condição relativamente comum nas mulheres, mas que é negligenciada devido à pressão social da mãe estar sempre feliz pelo nascimento do filho. Isso gera desconforto e sensação de culpa nessas mães. Quem explica é Helena de Freitas Rocha e Silva, estudante do curso de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ela está considerando esse contexto para desenvolver uma pesquisa na qual mapeia o índice de mulheres que apresentaram sintomas da patologia de depressão pós-parto recentemente. Para isso, o estudo está convidando mulheres que tenham passado pela experiência do parto há, no máximo, 10 meses, para responderem um questionário online.
"É necessário fazer esse mapeamento da depressão pós-parto e trazer esses dados para a sociedade, de modo que alerte para agências de saúde e população em geral para a gravidade desse problema", explica a pesquisadora. "O meu estudo foca no índice de depressão pós-parto entre mulheres pretas e pardas. Sabe-se que essa população é mais afetada pelo abandono parental, maior pressão social e outras violências, por isso gostaria de mapear como isso afeta a saúde mental dessas mulheres", complementa. 
O trabalho tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e orientação da professora Sabrina Mazo D'Affonseca, do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade.

Como participar
Pode participar da pesquisa qualquer mulher que tenha tido a experiência de parto há, no máximo, 10 meses. O questionário online tem tempo estimado de 20 minutos de resposta e pode ser acessado em https://bit.ly/3yE9APn. É garantido o sigilo de todas as informações e toda a participação é online. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 55454321.0.0000.5504).
Encontros virtuais acontecem entre 2 de agosto e 27 de setembro; inscrições estão abertas

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 2 de agosto e 27 de setembro, sempre às terças-feiras, serão realizados os encontros da Atividade Curricular de Integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão (Aciepe) intitulada "Memórias femininas, territórios, lutas e solidão: Conexões Brasil e América Latina".
De acordo com a professora Lourdes de Fátima Bezerra Carril, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e responsável pela atividade, "a América Latina se constitui de forma fragmentada, provocando a invisibilidade e o distanciamento das lutas empreendidas nesse tempo-espaço. A ocultação da produção intelectual, política, bem como popular e cultural feminina, em todas as instâncias da vida, é resultado das assimetrias e opressões sociais. Ao passo que se aprofundam as ofensivas neoliberais aos corpos dissidentes, emergem resistências em diferentes esferas da vida". 

BRASÍLIA/DF - A sexta edição do Prêmio Espantaxim vai premiar 246 crianças e adolescentes de 7 a 13 anos que escreveram textos a partir do tema “As Quatro Estações – Primavera, Verão, Outono e Inverno. Cada estação do ano tem seus encantos e particularidades e esses fenômenos da natureza afetam o sentimento das pessoas”.

Do total de trabalhos recebidos, foram premiados textos nas categorias redação (128), mensagem (29) e poesia (89). Desses 246 premiados, uma comissão julgadora integrada por jornalistas, psicólogos e professores selecionou 41 vencedores entre os melhores trabalhos enviados.

A solenidade de premiação será no dia 4 de dezembro, às 15h, no Teatro Gazeta, em São Paulo.

Criado em 2010, com realizações a cada dois anos, o Prêmio Espantaxim estimula a criança a ler e a escrever, contribuindo para a formação de novos leitores e autores.

Pequenos premiados

Os irmãos Sofia e Heitor Costa Leite, 7 anos, são vencedores nas categorias poesia e redação, respectivamente. Estudantes de Campina Grande (PB), eles afirmam que os pais sempre foram grandes incentivadores da leitura em casa.

“Meus pais sempre liam para nós antes de dormir. Foram tantas histórias que isso despertou a minha imaginação para criar várias histórias divertidas e legais. Para o Prêmio Espantaxim, escrevi uma poesia sobre a primavera, pois essa é minha estação favorita. Gosto das flores e de como tudo fica mais colorido”, disse Sofia.

“Comecei a me interessar pela leitura e escrita com meus pais, que sempre leem para mim e minha irmã. Escrevi sobre a minha estação preferida, o inverno. Aqui no Nordeste não faz muito frio, mas quando faz, é um friozinho tão gostoso que poderia durar o ano inteiro”, afirmou Heitor.

As irmãs Manuela e Milene Lucena Melo Nogueira Jordão, 8 anos, também alunas na capital paraibana, conquistaram premiação na categoria poesia. “Comecei a gostar de ler e escrever na escola. Escrevi uma poesia sobre o verão, que é a minha estação favorita, pois é quando chegam as férias, o calor. Éa época do ano em que me divirto mais”, afirmou Manuela.

Já Milene escreveu seu poema sobre a primavera. “Gosto da primavera porque a natureza fica mais radiante e isso me deixa mais feliz. Comecei a gostar mais de ler e escrever na escola e fiquei muito surpresa de ser premiada no Prêmio Espantaxim”.

O estudante Renato Boschi Covo, 10 anos, de Indaiatuba (SP), premiado na categoria poesia, ficou feliz ao receber a notícia entre os colegas de escola. “Estava com minha mãe no carro quando ela viu no site que eu estava entre os premiados. Fiquei muito feliz, pois me dediquei muito para escrever o poema. Achei que tinha ficado bom, mas não esperava estar entre os premiados. Foi uma grande surpresa! No dia seguinte, a coordenadora da minha escola foi até a sala de aula dar a notícia e meus colegas me aplaudiram. Foi muito legal”, relatou Renato.

Já a aluna Raíssa Alves da Costa Lima, 12 anos, de João Pessoa, disse que está ansiosa para o dia da premiação. “Minha mãe sempre lê poesias para mim e me incentiva a também escrever os meus próprios poemas e a ler. Durante a pandemia, ela me motivou a procurar um concurso ao qual pudesse enviar os meus textos. Foi assim que descobri o Prêmio Espantaxim, que foi o primeiro que participei. Fiquei muito surpresa quando soube que estava entre os premiados e agora estou na expectativa pela cerimônia de premiação”.

Premiação

Nas edições anteriores, a cerimônia de premiação ocorreu no auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp), mas como o lugar é pequeno, para 344 pessoas, a direção resolveu mudar para o Teatro Gazeta, mais amplo, com 716 lugares.

“A gente estava restringindo muito o número de convidados. As crianças ficavam tristes, porque não podiam convidar a avó, a madrinha. Não cabia no Masp”, explicou a criadora do concurso literário nacional infantojuvenil, escritora e compositora Dulce Auriemo. “A opção então foi procurar um espaço maior. Vamos deixar que as crianças convidem mais gente”.

As 246 crianças e adolescentes premiados receberão três exemplares cada da VI Antologia, livro especial, ilustrado, onde são publicados os textos originais, com a letra dos pequenos escritores, e também as versões digitadas, após revisão. Eles receberão também o exclusivo boneco do personagem Espantaxim, mascote do prêmio.

Os 41 vencedores do concurso literário recebem ainda o Troféu Espantaxim, criado em 2010 e que, este ano, traz na mão o logotipo das quatro estações, além da coleção completa de livros e CD’s do Projeto Espantaxim, idealizado por Dulce Auriemo e que está completando 20 anos de existência.

A relação completa de nomes, escolas, cidades e estados dos premiados pode ser consultada no site do prêmio.

Sexta edição

A sexta edição do Prêmio Espantachin recebeu 3,3 mil trabalhos de crianças e adolescentes de 7 a 13 anos de idade, estudantes de 76 escolas públicas e privadas, que representaram 42 cidades e 15 estados brasileiros.

“Se queremos pessoas que amem e valorizem a leitura e a escrita, precisamos incentivá-las desde cedo, na infância, em um trabalho conjunto com as escolas. É isso o que procuramos fazer por meio do Prêmio Espantaxim”, afirma Dulce.

 

 

Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil 

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