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EUA - Um novo aplicativo para smartphones pode ser uma ferramenta eficaz na detecção precoce de sinais de demência.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos EUA, descobriram que testes realizados por meio de um celular podem auxiliar na identificação da demência frontotemporal em pessoas com maior predisposição genética para desenvolver a doença.

Segundo o site Euro News, os pesquisadores, em parceria com uma empresa de software, conduziram testes entre 2019 e 2023. O aplicativo foi avaliado em 360 participantes, incluindo 209 mulheres e 151 homens, com idade média de 54 anos. Os dados coletados incluíram gravações de voz, testes de marcha, equilíbrio e linguagem.

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Muitos dos participantes tinham maior predisposição genética para a doença, embora ainda não apresentassem sintomas. Os testes revelaram que o aplicativo identifica com precisão as pessoas "mais sensíveis aos primeiros sinais" de demência em comparação com os testes cognitivos clínicos convencionais.

A ciência reconhece que o tratamento precoce oferece melhores resultados, mas diagnosticar a doença continua sendo um desafio.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EUA - Uma nova vacina desenvolvida por pesquisadores tem potencial para a proteção contra vários tipos de coronavírus, muitos ainda sequer conhecidos.

Estudo foi publicado pela revista científica Nature Nanotechnology nesta segunda (6). A nova vacina funcionaria por meio de antígenos que são ligados a uma estrutura chamada nanopartícula. Ela treina o sistema imunológico do corpo para reconhecer pelo menos oito tipos de coronavírus diferentes, entre eles SARS-CoV-1, SARS-CoV-2.

Vacina passou por testes em ratos. O imunizante provocou uma ampla resposta imunológica, mesmo em ratos que foram pré-imunizados com SARS-CoV-2.

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"Criamos uma vacina que oferece proteção contra uma ampla gama de diferentes coronavírus - incluindo aqueles que ainda nem conhecemos. Nosso foco é criar uma vacina que nos proteja contra a próxima pandemia de coronavírus e que esteja pronta antes mesmo de a pandemia começar", afirmou Rory Hills, pesquisador do Departamento de Farmacologia da Universidade de Cambridge, primeiro autor do relatório, em comunicado.

"Não precisamos esperar que surjam novos coronavírus. Sabemos o suficiente sobre os coronavírus e as diferentes respostas imunológicas a eles, para que possamos começar a construir vacinas protetoras contra coronavírus desconhecidos agora", disse Mark Howarth, professor do Departamento de Farmacologia da Universidade de Cambridge, autor sênior do estudo.

O trabalho envolveu uma colaboração entre cientistas da Universidade de Cambridge, da Universidade de Oxford e do Caltech.

 

 

POR FOLHAPRESS

SÃO CARLOS/SP - Projetado para apoiar pesquisadores em todas as áreas do conhecimento, o Portal da Escrita Científica da USP de São Carlos organiza nos dias 17, 18, 24 e 25 de abril, sempre às 15h30 e de forma remota, o “I Curso de Outono em Escrita Científica da USP”.

Este evento, gratuito e aberto a todos os interessados, visa aprimorar as habilidades científico-acadêmicas de alunos de pós-graduação, pós-doutores, docentes e pesquisadores, além de alunos de graduação, em pesquisa básica e/ou aplicada.

Espera-se que os participantes otimizem suas potencialidades no desenvolvimento de pesquisa científica de alto nível, no estado-da-arte, através da adequada redação científica de artigos científicos internacionais.

Nessa nova edição, o curso traz 4 módulos que abordam desde a estrutura de artigos científicos, passando por linguagem e editoração, até temas atuais como a utilização de Inteligência Artificial no apoio à escrita.

Este Curso será ministrado pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto.

Link para Inscrição - http://tiny.cc/dcbjxz

EUA - Elon Musk anunciou que o implante cerebral recentemente instalado por sua empresa, a Neuralink, permitiu que um paciente movimentasse o cursor na tela de um computador apenas com o poder da mente.

"Os avanços têm sido significativos, e o paciente parece ter se recuperado completamente, sem efeitos neurológicos adversos de que tenhamos conhecimento", compartilhou em um grupo na rede social X [antigo Twitter], conforme citado pelo Metro UK. Ele então fez uma revelação que pode transformar a maneira como interagimos usando nossa mente.

"O paciente foi capaz de controlar um cursor na tela apenas com a mente", revelou.

Em janeiro, o empresário já havia anunciado que a Neuralink, da qual é cofundador, havia realizado com sucesso o primeiro implante cerebral em um paciente, uma operação que também foi conduzida por outras empresas e pesquisadores.

O implante, do tamanho de uma moeda, foi previamente testado no cérebro de um macaco, que conseguiu jogar o videogame "Pong" sem a necessidade de controle ou teclado.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

Uma iniciativa da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC em sua 5ª edição

 

SÃO CARLOS/SP - Três renomadas cientistas foram agraciadas com o prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher”, na 5ª edição desta premiação promovida pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciências (SBPC), que este ano homenageia o centenário do nascimento de Carolina Bori.

Destacando “Mulheres Cientistas”, a SBPC atribuiu o prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” a três renomadas pesquisadoras, a saber - Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha (antropóloga), na área de Humanidades, Regina Pekelmann Markus (biomédica), na área de Biológicas e Saúde, e Yvonne Mascarenhas (química), na área de Engenharias, Exatas e Ciências da Terra.

O fundamento para a atribuição do prêmio deste ano consubstancia-se  no destaque que se pretendeu dar  às pesquisadoras que, ao serviço das instituições nacionais, tenham prestado relevantes contribuições à ciência e à gestão científica, além de terem realizado ações em prol da ciência e da tecnologia nacional, não medindo esforços para ultrapassarem as inúmeras dificuldades que encontraram em sua progressão científica.

Nesta edição, a SBPC recebeu 50 indicações enviadas por 52 Sociedades Científicas afiliadas à entidade - 15 da área de Humanidades, 18 de Biológicas e Saúde e 17 de Engenharias, Exatas e Ciência da Terra -, o que dificultou o trabalho da comissão julgadora, já que todas as indicações foram de cientistas de altíssimo nível.

A cerimônia de entrega do prêmio realiza-se no próximo dia 06 de fevereiro, às 10h, no Salão Nobre do Centro Universitário Maria Antonia da USP (Rua Maria Antônia, 294 – 3º andar), em São Paulo, sendo que este evento celebrará, igualmente, o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência”, instituído pela Unesco, enquanto a premiação comemorará o centenário do nascimento de Carolina Bori*.

Esta 5ª edição do Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher”, contou com o patrocínio de dois sócios institucionais da SBPC para a sua realização - o Instituto Serrapilheira e a Microbiológica Química e Farmacêutica, com o apoio da Fundação Péter Murányi.

Confira, abaixo, o perfil das premiadas da 5ª Edição do Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” – Mulheres Cientistas:

Área de Humanidades

Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha (Indicada pela Associação Brasileira de Antropologia – ABA)

A antropóloga é doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1976) e graduada em matemática pela Faculté des Sciences de Paris (1967). Combinou sua atuação como professora e pesquisadora, com uma vasta produção intelectual e atuação em várias entidades, nacionais e internacionais. Fez pós-doutorado na Universidade de Cambridge e foi professora doutora da Universidade Estadual de Campinas e professora titular da Universidade de São Paulo, onde, após a aposentadoria, continua ativa. Foi full professor da Universidade de Chicago de 1994 a 2009, tornando-se professora emérita. Foi professora também no PPGAS do Museu Nacional (UFRJ) e titular da cátedra “savoirs contre pauvretés”, no Collège de France, em 2011-2012.  É autora de 12 livros, 38 artigos em periódicos especializados e 32 capítulos de livros, além de organizadora de quatro livros. Foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia, é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e integra a Comissão Arns de Direitos Humanos, entre outras participações relevantes. Dos muitos prêmios que recebeu, destacam-se a Ordem do Mérito Científico, no Brasil, e a Légion d’honneur na França.

Área de Biológicas e Saúde

Regina Pekelmann Markus (Indicada pela Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental – SBFTE)

Biomédica, com Doutorado em Farmacologia pela Unifesp, Markus é professora titular do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e Pesquisadora Sênior do CNPq. Atua em Cronofarmacologia com foco no estudo das ações da melatonina. Publicou 123 artigos indexados, orientou 74 pesquisadores (pós-graduandos, pós-docs e ICs). Ela é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), atuou em diretorias da SBFTE, SBPC e Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE). Dos diversos prêmios que recebeu, destacam-se o UN Women USA Raise and Raise Others Award (2022), a Medalha da Ordem do Mérito Científico (2023) e o Prêmio Mulheres na Farmacologia no Brasil (SBFTE, 2023).

Área de Engenharias, Exatas e Ciências da Terra

Yvonne Mascarenha(Indicada pela Associação Brasileira de Cristalografia e pelas Sociedades Brasileiras de Física e de Pesquisa em Materiais)

Com graduação em Química e em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1954), doutorado em Química (Físico-Química) pela Universidade de São Paulo (1963), livre-docência (1972) pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado pela Harvard University (1973), Foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Departamento de Física da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), em 1956, e uma das pioneiras na fundação do então Instituto de Química e Física de São Carlos (IFQSC/USP). Tornou-se professora-titular do Instituto e1981, onde também foi diretora, entre 1994 e 1998). Atua em determinação de estruturas cristalinas e moleculares por difração de raios-X, de amostras mono ou policristalinas; estudos estruturais de materiais em solução ou sólidos semicristalinos por espalhamento de raios-X a baixos ângulos. Desde 2010, também se dedica à Difusão Científica voltada para apoio ao Ensino Fundamental e Ensino Médio, coordenando um Grupo de Trabalho do Instituto de Estudos Avançados da USP, Polo de São Carlos, e coordena uma Agência de Difusão Científica, cujo principal veículo de comunicação é o Portal Ciência Web: www.cienciaweb.com.br. Ao longo de sua brilhante carreira, recebeu dezenas de homenagens e distinções. Em 1998 recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe Grã-Cruz e, em 2013, foi homenageada com o título de pesquisadora emérita do CNPq. Foi uma das 12 cientistas a receber o prêmio IUPAC-2017 Distinguished Women in Chemistry or Chemical Engineering Awardspela da União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac) a mulheres com realizações de impacto na pesquisa em química ou engenharia química. Publicou mais de 150 artigos em revistas indexadas sobre cristalografia. Mesmo aposentada, aos 92 anos ainda é atuante, como colaboradora e professora aposentada em exercício, no Instituto de Física de São Carlos.

* Carolina Martuscelli Bori (São Paulo, 4 de janeiro de 1924 — 4 de outubro de 2004) foi uma psicóloga brasileira, pesquisadora na área de psicologia experimental.  Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico, Carolina foi professora emérita da Universidade de São Paulo.  Uma das primeiras psicólogas brasileiras a realizar trabalhos de campo. Sua opção pela área experimental deu-se pela crença no rigor científico em psicologia. Uma das primeiras pesquisas realizadas por ela foi publicada no final da década de 1940 e tratava do preconceito racial e social. Carolina trabalhou, ao mesmo tempo, pela consolidação da Psicologia como ciência na universidade e na sociedade, e pela contribuição da Psicologia para a Educação em todos os níveis.

EUA - A sonda Juno da NASA teve uma oportunidade única para observar e estudar ao detalhe a lua Io de Júpiter, uma vez que passou a pouco mais de 1.600 km de distância deste satélite natural.

Esta é a maior aproximação à lua Io dos últimos 20 anos, o que significa que a NASA teve nesta ocasião a oportunidade ideal para recolher mais dados. Como destaca o site Digital Trends, a Io é um dos corpos celestes geologicamente mais ativos do nosso Sistema Solar - estimando-se que existam mais de 400 vulcões ativos nesta lua.

Sabe-se que a Juno fará mais uma aproximação à lua Io, com esta próxima ocasião a estar prevista para o dia 3 de fevereiro.

 

 

 

por Notícias ao Minuto Brasil

AUSTRÁLIA - Ninguém conseguiu viajar no tempo, mas a sua capacidade teórica ainda é um tema instigante para cientistas de todo o mundo. Esta noção, popularizada por filmes como “O Exterminador do Futuro” e “De Volta para o Futuro”, levanta questões fundamentais sobre as leis do Universo.

Germain Tobar, estudante de física da Universidade de Queensland, na Austrália, fez um avanço há alguns anos. Ele conseguiu formular uma solução que concilia a viagem no tempo com a ausência de paradoxos.

A perspectiva de Tobar em relação à dinâmica clássica sugere que a compreensão do estado de um sistema em um determinado momento pode revelar toda a sua trajetória. No entanto, isto contrasta com a relatividade geral de Einstein, que permite a possibilidade de loops temporais, alterando fundamentalmente o estudo da dinâmica.

A viagem no tempo sem paradoxos

Os cálculos de Tobar indicam que o espaço-tempo poderia se adaptar para evitar paradoxos. Se, por exemplo, um viajante do tempo previne uma doença no passado, a doença ainda pode se propagar por outra via, o que resolveria o paradoxo.

A pesquisa de Tobar examina processos determinísticos em diferentes áreas do espaço-tempo, sugerindo que os loops temporais podem existir com o livre arbítrio e os princípios da física clássica. Fabio Costa, físico da Universidade de Queensland e supervisor de pesquisa de Tobar, destaca a importância dessas descobertas.

A sua investigação sugere que, embora a viagem no tempo possa permitir a manipulação de acontecimentos passados, o Universo se autocorrigiria para evitar paradoxos. Esta hipótese indica que a viagem no tempo, embora permita liberdade de ação, impede inerentemente a criação de paradoxos.

Embora a base matemática para a viagem no tempo pareça sólida, os aspectos práticos de dobrar o espaço e o tempo continuam a ser um desafio. Os modelos científicos atuais de máquinas do tempo existem apenas em cálculos teóricos.

A possibilidade de viajar no tempo atual, uma noção que até Stephen Hawking considerou viável, implica um futuro onde poderíamos interagir com o passado sem medo de criar inconsistências.

Costa destaca que qualquer tentativa de criar um paradoxo nas viagens no tempo seria naturalmente resolvida pelo Universo, mantendo a consistência. A descoberta abre novos caminhos para a compreensão da viabilidade lógica da viagem no tempo no nosso Universo sem paradoxos.

A pesquisa, publicada na revista Classical and Quantum Gravity, baseia-se numa versão anterior de setembro de 2020, marcando um marco significativo na física teórica e na nossa compreensão do tempo.

 

 

Júlia Mazuco (Via N-Experts)

TecMundo

EUA - A NASA divulgou recentemente em seu site um novo conceito “para buscar vida em mundos oceânicos”. Trata-se do Criobot, um tipo de sonda cilíndrica autônoma, que utiliza calor para derreter o gelo abaixo dela, e que deverá, a princípio, explorar as superfícies glaciais das luas Europa, de Júpiter, e Encélado, de Saturno.

Em segundo lugar, trata-se de priorizar o princípio “siga a água”, escolhido durante um workshop realizada pela agência espacial em fevereiro passado, como uma espécie de mantra da comunidade astrobiológica em busca de vida alienígena no universo. A ideia parte do princípio de que a água, "abundante em todo o sistema solar e, talvez, no universo", é um elemento essencial para a existência de vida.

 

Por que buscar vida alienígena em Europa e Encélado?

Após passar anos buscando vida em registros fósseis de Marte, os cientistas parecem ter chegado à conclusão de que a existência de uma potencial vida alienígena passa diretamente pela sua fonte: a água líquida.

De acordo com a NASA, durante os últimos vinte anos os cientistas detectaram um grande número de luas geladas orbitando exoplanetas gigantes. Boa parte delas parece abrigar oceanos globais debaixo de suas grossas crostas de gelo.

Segundo os astrobiólogos, algumas das luas observadas têm um potencial de hospedar mais água do que todos os oceanos da Terra juntos. Portanto, a grande questão é saber como podemos ter acesso a essa imensidão líquida oculta sob camadas quilométricas de gelo.

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Aspectos da "arquitetura pronta para voo" da missão Cryobot

Para viabilizar a missão Cryobot, os participantes do workshop identificaram quatro subsistemas considerados críticos em um projeto de "arquitetura pronta para voo": energia, térmico, mobilidade e comunicação. O primeiro representa o coração do criobot e é baseado em um sistema de energia nuclear capaz de gerar potência e densidade suficientes (em torno de 10 kW) que consigam derreter quilômetros de gelo.

Em segundo lugar, um sistema de gestão térmica demandaria dois circuitos: um bombeando o fluido de trabalho interno através de canais, e outro circulando a água gelada derretida com o ambiente externo. Além disso, um mix de "jateamento de água" e corte mecânico serão também necessários para remover desde partículas finas até blocos sólidos de sal debaixo da sonda.

Finalmente, o sucesso da missão dependerá de um link de comunicação resistente e reforçado, que dê conta de manter o fluxo de informações para um recurso de retransmissão ou diretamente para a Terra. Por isso, os cabos de fibra óptica, que são o padrão da indústria para sondas de derretimento terrestre, deverão ser mantidos nos mundos oceânicos interplanetários, embora outras equipes estejam pesquisando técnicas sem fio.

 

 

Jorge Marin / TecMundo

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe nos próximos dias 05 e 06 de dezembro dois fantásticos eventos acadêmico-científicos abordando a “Física Quântica com Átomos e Íons”, num momento em que se dá a largada para as comemorações do centenário da “Mecânica Quântica”, cujo marco será o ano de 2025.

Estes eventos, que ocorrerão em ambos os dias no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), a partir das 14h00, terão como palestrantes dois Prêmios Nobel da Física: os cientistas norte-americanos David Wineland (Prêmio Nobel - 2012) e William Philipps (Prêmio Nobel -1997).

No evento do dia 05/12, David Wineland destacará o tema “Ìons aprisionados: da metrologia à computação quântica”, enquanto que no dia 06 o destaque vai para a apresentação que William Philippe fará sobre o tema “Física quântica com átomos frios”.

 

Quem são os Prêmios Nobel convidados

David Jeffrey Wineland (24/02/1944) concluiu o seu bacharelado em física na Universidade da Califórnia Berkeley  (1965) e o seu doutorado na Universidade de Harvard em 1970 e fez Pós-doutorado na Universidade de Whashington. Em 1975, juntou-se ao National Bureau of Standards (NIST) onde iniciou o grupo de armazenamento de íons. Atualmente, o cientista é docente na Universidade do Colorado (EUA), em Boulder. David Wineland compartilhou o Prêmio Nobel- 2012 de Física com o francês Serge Haroche.

William Daniel Philipps (05/11/1948) concluiu seu bacharelado em 1970, no Juniata College, tendo terminado seu doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e ingressado no National Institute of Standards and Technology (NIST) em 1978. Em 1993, Philipps ganhou o Prêmio Nobel de Física juntamente com o cientista  francês Claude Cohen-Tannoudji e o seu compatriota Steven Chu. William Phillips leciona no Colégio de Computação, Matemática e Ciências Naturais da Universidade de Maryland (EUA).

Este evento, gratuito e aberto a todos os interessados, mas cujo destaque será para um público-alvo constituído por alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores de qualquer instituição de ensino superior, é promovido pelo Centro de Pesquisa de Óptica e Fotônica (CEPOF), contando com o patrocínio da FAPESP e com os apoios da USP, IFSC/USP e do INCT - Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida.

EUA - Ao sobrevoar um asteroide situado entre as órbitas de Marte e Júpiter a espaçonave Lucy, da Nasa (a agência espacial norte-americana), descobriu que na verdade eram dois: um de 790 metros e outro de 220 metros em seus trechos mais largos. É o que se chama de par binário.

A missão espacial de Lucy é sobrevoar e colher informações sobre sete asteroides selecionados pela Nasa. O primeiro deles, chamado Dinkinesh, fica em um cinturão de asteroides situado entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Quando foi descoberto, em 1999, recebeu o nome provisório de 1999 VD57. Quando sua órbita foi determinada com precisão, ele recebeu o número 152830, mas continuou sem nome oficial. Em janeiro deste ano, quando a equipe da missão Lucy decidiu enviar a sonda homônima para visitar esta rocha espacial, propôs um nome para ela. Dinkinesh significa “maravilhoso” na língua da Etiópia.

O asteroide foi o primeiro visitado pela sonda Lucy durante essa missão, e o principal objetivo da aproximação era testar os sistemas da espaçonave antes de ela iniciar sua atividade científica principal: estudar os misteriosos asteroides troianos de Júpiter, considerados “fósseis” do sistema solar. Mas, acabou havendo uma surpresa.

Semanas antes da chegada da sonda a Dinkinesh, os cientistas da Nasa levantaram a hipótese de o asteroide ser um sistema binário, dada a forma como os instrumentos de Lucy registravam o brilho do asteroide mudando com o tempo. As primeiras imagens do encontro na quarta-feira, 1º, tiraram a dúvida: Dinkinesh é um binário.

“É uma série incrível de imagens. Eles indicam que o sistema de rastreamento funcionou como pretendido, mesmo quando o universo nos apresentou um alvo mais difícil do que esperávamos”, disse Tom Kennedy, engenheiro de orientação e navegação e um dos responsáveis por acompanhar a missão. “Uma coisa é simular, testar e praticar. Outra coisa é ver isso realmente acontecer.”

Embora a aproximação tenha sido inicialmente um teste de engenharia, os cientistas estão entusiasmados para analisar os dados e obter mais informações sobre a natureza dos pequenos asteroides.

“Sabíamos que este seria o menor asteroide do cinturão principal já visto de perto”, disse Keith Noll, cientista do projeto Lucy do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, nos EUA. “O fato de serem dois torna tudo ainda mais emocionante. Em alguns aspectos, estes asteroides parecem semelhantes aos asteroides binários Didymos e Dimorphos próximos da Terra, mas existem algumas diferenças realmente interessantes que iremos investigar.”

O próximo asteroide a ser analisado é Donaldjohanson, ao qual a sonda Lucy chegará só em 2025. Depois ela vai analisar os asteroides de Júpiter, em 2027.

 

 

por Fabio Grellet / ESTADÃO

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