Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - No sábado à noite, dia 20, a cidade recebeu a corrida BeatColorsRun, com percursos de 5 e 10 km, reunindo atletas de diversas regiões em um desafio marcado pelo calor intenso, subidas, curvas e muita adrenalina.
A Associação São-carlense de Atletismo (ASA) marcou presença de destaque, com excelentes colocações e performances que chamaram atenção.
Luiz Shianti conquistou o 2º lugar geral nos 10 km. “Prova forte do início ao fim, calor extremo, percurso desafiador e adversários muito competitivos. Alguns erros me tiraram da primeira colocação, mas não larguei o osso, chegando apenas 9 segundos do vencedor, que fez uma prova belíssima. Muito feliz com toda a torcida que tive, agradeço à minha equipe, amigos e familiares.
Parabéns aos organizadores e a todos os participantes!”, declarou Luiz.
Nos 5 km, Lucas Ferraz garantiu o 3º lugar geral. “Após a Maratona de Floripa, em 31 de agosto, não fiz treinos de intensidade para recuperação, mas consegui manter um ritmo forte e surpreender positivamente”, comentou Lucas.
Micaelli Scatamburgo Guerrero terminou 8ª geral e 1ª na categoria 20-29 anos, enquanto Eli Poli ficou em 10º geral e 1º na categoria 20-29 anos nos 5 km, mostrando força e consistência em cada quilômetro percorrido.
A BeatColorsRun mais uma vez se confirmou como uma prova desafiadora e emocionante, reunindo atletas determinados e fortalecendo o espírito esportivo na região.
BRASÍLIA/DF - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que o "impeachment não é um produto de prateleira para você tirar da vida pública quem você não gosta\", ao ser questionado sobre o plano de bolsonaristas de elegerem senadores em número suficiente para aprovar o impeachment de ministros da Corte, sobretudo de Alexandre de Moraes, a partir de 2027.
"O impeachment é algo grave que você faz e que você aplica quando a pessoa cometeu um crime de responsabilidade, alguma coisa rara, excepcional, fora de padrão, e eu acho muito errado esse discurso", disse o ministro, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Barroso afirmou também que "se o ex-presidente [Jair Bolsonaro] tem apoiadores e conseguir elegê-los para o Senado, faz parte da vida democrática". Ainda de acordo com o ministro, um Congresso conservador não o assusta. "Fazer impeachment de ministro do Supremo não faz nenhum sentido e é uma forma feia de fazer política."
Em outra analogia, Barroso disse que o impeachment "é uma forma de você, em vez de jogar o jogo, você quer tirar de campo quem você não gosta".
Custo do Judiciário
O presidente do ST reconheceu que o Judiciário é caro - custa 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, mas "é a instituição de maior capilaridade no país", o que justificaria o alto custo. "O Judiciário brasileiro custa o custo da presença do Estado em todo o País e uma presença que faz muita diferença na vida das pessoas", disse o ministro na entrevista que ocorreu na noite desta segunda-feira, 22.
Barroso destacou que eventuais abusos devem ser combatidos, mas defendeu os altos salários dos magistrados como forma de recrutar os melhores profissionais. "Se você não paga bem os juízes, você não recruta os melhores nomes para a magistratura, você fica com o que sobrou. Eu não quero o que sobrou. Tem que pagar bem, mas tem que pagar bem dentro da legislação", disse.
por Estadao Conteudo
SÃO PAULO/SP - O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta semana, a lei estadual nº 18.156/2025, que condicionava o funcionamento dos aplicativos de mototáxi à autorização das prefeituras em São Paulo. A decisão do ministro Alexandre de Moraes reforça o entendimento já consolidado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que no início do mês havia derrubado o decreto municipal que proibia a atividade. Para Moraes, a lei estadual criava uma “barreira de entrada” e invadiu competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte.
O impacto econômico do setor é expressivo. Em 2023, os serviços de transporte por motocicletas via aplicativo injetaram cerca de R$ 5 bilhões na economia nacional, sendo R$ 2 bilhões convertidos diretamente em renda para famílias e mais de 114 mil empregos indiretos gerados. Apenas em São Paulo, estimativas apontam que a restrição representava uma perda anual de R$ 820 milhões no PIB municipal.
Mas o efeito mais visível está na mobilidade: em uma cidade onde os moradores perdem, em média, 21 dias por ano presos em congestionamentos, os mototáxis oferecem uma alternativa mais rápida, sem o aperto do transporte coletivo e com especial relevância para quem vive nas periferias e precisa cruzar longas distâncias diariamente. Para muitos, isso significa ganhar horas preciosas que podem ser dedicadas ao lazer e à família.
Para Magno Karl, cientista político do Livres, a decisão reforça a importância da segurança jurídica e evidencia o papel da União na regulação do setor.
“A decisão do ministro Moraes, confirma que estados e municípios não podem simplesmente proibir atividades econômicas garantidas por lei federal. É um passo importante para a mobilidade urbana e para a liberdade de escolha dos cidadãos, mas também um alerta: precisamos de regras claras, e não de proibições arbitrárias que geram insegurança jurídica e prejudicam trabalhadores”, afirma.
A experiência de outras cidades mostra que a regulamentação é mais eficaz para aumentar a segurança viária do que a proibição. Fortaleza, por exemplo, reduziu em 51% as mortes no trânsito nos últimos dez anos, mesmo com o crescimento da frota de motocicletas, ao adotar políticas públicas de integração do serviço, fiscalização e readequação viária.
Luiz Gustavo Neves, CEO da GigU - fintech social que reúne a maior comunidade de trabalhadores de aplicativo do Brasil, destaca o impacto direto sobre a renda de milhares de trabalhadores e suas famílias. “Os apps de mototáxi são, para muitos, a principal ou única fonte de sustento. Quando se proíbe essa atividade, não se retira apenas uma alternativa de mobilidade para a população, mas também uma oportunidade de inclusão produtiva em larga escala. Os dados mostram que estamos falando de bilhões de reais circulando na economia, com impacto concreto no dia a dia das periferias urbanas”, afirma.
Com a decisão do STF, a Lei nº 18.156/2025 ficará suspensa até julgamento definitivo pelo plenário da Corte. A expectativa de especialistas e representantes do setor é de que a etapa de regulamentação avance com base em evidências e boas práticas, de modo a garantir segurança, ampliar a mobilidade e fortalecer a geração de renda na maior metrópole do país.
Estudo mostra que a falta de correção prejudica investimentos e penaliza empresas que não ampliaram empregos ou produtividade
SÃO CARLOS/SP - A Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC) divulgou nesta terça-feira (23) uma nova edição do seu Informativo Econômico, chamando atenção para a necessidade de atualização dos limites de faturamento do regime tributário do Simples Nacional. Segundo o levantamento, a defasagem gera distorções, aumentando a carga tributária sem que isso represente crescimento real das empresas.
Atualmente, o teto anual para Empresário Individual está fixado em R$ 81 mil, mas deveria ser R$ 144.913, considerando a correção inflacionária. Para Microempresas (ME), o limite passaria de R$ 360 mil para R$ 869.480, enquanto o teto para Empresas de Pequeno Porte (EPP) subiria de R$ 4,8 milhões para R$ 8,6 milhões.
De acordo com o estudo, quando o faturamento é usado como base de cálculo para tributação, sem os ajustes necessários, o resultado é um aumento artificial dos impostos, sem ganho em termos de geração de empregos ou produtividade per capita. “Esse cenário transforma o Estado em um agente rentista, que amplia arrecadação sem dar contrapartidas adequadas ao desenvolvimento econômico”, aponta o documento.
A presidente da ACISC, Ivone Zanquim, avaliou que a falta de atualização representa uma injustiça tributária. “O empreendedor brasileiro já enfrenta uma série de obstáculos, desde a alta carga tributária até a complexidade das obrigações fiscais. Manter os tetos de faturamento defasados é penalizar ainda mais quem gera empregos e movimenta a economia. A atualização imediata dos limites é fundamental para garantir competitividade e dar fôlego ao setor produtivo”, afirmou.
Já o economista do Núcleo Econômico da entidade, Elton Casagrande, destacou o efeito prático da defasagem sobre as empresas. “Quando o faturamento nominal é usado como critério de tributação, sem o devido ajuste inflacionário, o resultado é a falsa impressão de crescimento. Na prática, temos empresas que continuam do mesmo tamanho, mas que são tributadas como se estivessem crescendo. Isso distorce o mercado, desestimula investimentos e prejudica a geração de empregos”, explicou.
A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP) também tem defendido a atualização imediata dos valores, medida considerada essencial para estimular a empregabilidade e tornar o ambiente de negócios mais saudável.
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