SÃO CARLOS/SP - A vereadora Raquel Auxiliadora (PT) denunciou nesta última sexta-feira (3) uma situação grave envolvendo a Casa Abrigo Gravelina Teresinha Lemes, equipamento público destinado a acolher mulheres em risco de morte por violência doméstica em São Carlos. Segundo a parlamentar, o governo do prefeito Netto Donato retirou a presença da Guarda Municipal no local durante os dias, deixando as acolhidas em situação de insegurança.
"É desumano o que está acontecendo. Essas mulheres saem de casa para salvar suas vidas e agora estão trancadas dentro da Casa Abrigo sem a proteção da Guarda Municipal", afirmou Raquel, que realizou visita técnica ao espaço.
A vereadora destacou que a equipe da Casa Abrigo é dedicada e comprometida, mas sem segurança permanente, as vidas das mulheres correm risco. “Ao retirar a guarda, o governo não apenas abandona essas mulheres, como também as coloca em cárcere privado. Isso é revitimização, é violência institucional”, afirmou.
Raquel ressaltou ainda que sua visita foi feita de forma sigilosa, sem assessoria, motorista ou registros de imagem, para preservar a segurança das acolhidas. “A Casa Abrigo é um espaço sigiloso justamente para proteger as mulheres que estão sob ameaça. Minha preocupação é com a integridade e a dignidade delas”, disse a parlamentar.
Diante da situação, a vereadora protocolou um requerimento na Câmara Municipal cobrando explicações do Executivo. Entre os pontos questionados ao prefeito Netto Donato estão:
- A justificativa para a retirada da segurança integral;
- Quais medidas estão sendo adotadas para garantir proteção no período diurno e nos finais de semana;
- Se há planejamento para restabelecer a presença da Guarda Municipal 24 horas;
- Quais recursos estão sendo destinados ao fortalecimento da rede de proteção às mulheres;
- E como a Prefeitura pretende integrar a Casa Abrigo a outros órgãos da rede, garantindo sigilo e dignidade.
“Um espaço que nasceu para proteger mulheres não pode ser transformado em cárcere privado pela negligência do poder público. Vamos seguir cobrando respostas e exigindo que a segurança integral seja imediatamente restabelecida”, concluiu Raquel Auxiliadora.































