Jornalista/Radialista
ISLAMABAD - O Paquistão condenou na terça-feira a decisão da Índia de realizar reuniões do Grupo dos 20 no disputado território da Caxemira no Himalaia no próximo mês, chamando a medida de "irresponsável".
A Caxemira é parcialmente governada pelos dois vizinhos com armas nucleares que travaram duas de suas três guerras pelo controle da região.
A Índia atualmente detém a presidência rotativa do G20 por um ano e sediará uma cúpula de líderes em Nova Délhi no início de setembro.
Na sexta-feira, a Índia divulgou um calendário completo de eventos que antecedem a cúpula, que incluiu reuniões do G20 e Youth 20 na capital de verão da Caxemira, Srinagar, e em Leh, na região vizinha de Ladakh, em abril e maio.
O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão emitiu uma declaração condenando a escolha dos locais em território disputado.
"O movimento irresponsável da Índia é o mais recente de uma série de medidas egoístas para perpetuar sua ocupação ilegal de Jammu e Caxemira", afirmou.
Em seguida, acusou a Índia de agir em "desrespeito às resoluções do Conselho de Segurança da ONU e em violação aos princípios da Carta da ONU e do direito internacional".
O Ministério das Relações Exteriores da Índia não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentários sobre a declaração do Paquistão.
Nova Délhi há muito acusa o Paquistão de alimentar uma insurgência separatista de décadas em Jammu e Caxemira, a única região de maioria muçulmana na Índia.
Islamabad nega a acusação, dizendo que apenas fornece apoio diplomático e moral para os caxemires que buscam autodeterminação.
Reportagem de Asif Shahzad / REUTERS
CHILE - Medida será implementada ao longo dos próximos cinco anos. É o terceiro país da América Latina a adotar tal jornada – na Argentina e no México, são 48 horas semanais, e no Brasil, 44 horas. O Congresso do Chile aprovou na terça-feira (11/04) uma lei que reduz a jornada de trabalho semanal de 45 para 40 horas, a ser implementada gradualmente ao longo dos próximos cinco anos.
O Chile será, ao lado de Equador e Venezuela, o terceiro país latino-americano com uma semana de trabalho de 40 horas, em comparação com 48 horas na Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). No Brasil, a jornada de trabalho é de 44 horas por semana.
"Para as pessoas que estão em casa (…) que muitas vezes têm que deixar seus filhos dormindo porque têm que sair muito cedo, este é um projeto que contribuirá enormemente para nossa qualidade de vida", disse a ministra do Trabalho, Jeannette Jara.
O projeto, que já havia sido votado pelo Senado, foi aprovado pela Câmara dos Deputados com 127 votos a favor, 14 contrários e três abstenções.
A iniciativa foi promovida por deputados do Partido Comunista, incluindo Camila Vallejo, atual porta-voz do governo, e aprovada graças a um acordo entre o governo e a oposição.
A nova lei, que deve ser promulgada pelo presidente Gabriel Boric, será implementada gradualmente. Dentro de um ano, a jornada de trabalho será de 44 horas, diminuindo para 42 horas no terceiro ano de implementação e para 40 horas após cinco anos.
"É bom para muitas famílias. Acabei de entrar na casa dos 60 anos. Vou chegar cedo em casa para curtir os netos", disse Julio Arancibia, um jardineiro.
Segundo a lei, os empregadores não poderão cortar os salários dos trabalhadores e ambas as partes poderão negociar uma semana de trabalho de quatro dias com três dias de folga.
No entanto, o benefício não chegará ao trabalho informal, que no Chile alcança 27,3% da população economicamente ativa. "Não somos muito afetados [pela nova lei]. Trabalhamos as mesmas horas que temos [atualmente]. Sei que não vai nos beneficiar", lamentou Patricia Paillacan, uma garçonete de 41 anos.
A América Latina é uma das regiões onde as pessoas trabalham mais horas por ano e têm um dos maiores índices de informalidade no mercado de trabalho, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
bl (AFP, EFE)
KIEV - Forças russas bombardearam cidades da linha de frente no leste da Ucrânia com ataques aéreos e de artilharia, enquanto autoridades dos Estados Unidos intensificavam os esforços para localizar a fonte de um vazamento de documentos norte-americanos sigilosos, incluindo os de planos de contraofensiva ucranianos.
Os russos continuavam sua ofensiva na região de Donetsk, onde várias cidades e vilas foram bombardeadas de forma intensa, disse o Estado-Maior da Ucrânia nesta terça-feira.
As forças ucranianas repeliram vários ataques, afirmou o órgão, conforme os militares russos mantinham seus esforços para assumir o controle de Bakhmut.
Um alto comandante ucraniano acusou Moscou de usar táticas de "terra arrasada".
"O inimigo mudou para as chamadas táticas de terra arrasada da Síria. Ele está destruindo edifícios e posições com ataques aéreos e fogo de artilharia", disse o coronel general Oleksandr Syrskyi, comandante das forças terrestres da Ucrânia, sobre Bakhmut.
A batalha pela pequena e agora em grande parte arruinada cidade à beira de um pedaço do território controlado pela Rússia em Donetsk tem sido a mais sangrenta da guerra de 13 meses, enquanto Moscou tenta injetar força em sua campanha após recentes reveses.
Ambos os lados sofreram pesadas baixas nos combates de Bakhmut, mas Syrskyi declarou: "A situação é difícil, mas controlável".
O chefe da parte de Donetsk controlada por Moscou, Denis Pushilin, disse que as forças russas agora controlam 75% da cidade, embora tenha alertado que é muito cedo para falar sobre a queda de Bakhmut.
Os militares de Moscou também visam a cidade de Avdiivka.
"Os russos transformaram Avdiivka em uma ruína total", disse Pavlo Kyrylenko, governador regional de Donetsk, descrevendo um ataque aéreo na segunda-feira que destruiu um prédio de vários andares.
"No total, cerca de 1.800 pessoas permanecem em Avdiivka, todas arriscando suas vidas todos os dias."
À medida que as batalhas avançam, a emissora norte-americana CNN disse que a Ucrânia foi forçada a alterar alguns planos militares antes de sua tão esperada contraofensiva por causa do vazamento de dezenas de documentos secretos.
Autoridades norte-americanas estão tentando rastrear a fonte do vazamento, revisando como eles compartilham segredos internamente e lidando com as consequências diplomáticas.
Os documentos detalham tópicos como informações sobre o conflito na Ucrânia, no qual Washington tem fornecido a Kiev grandes quantidades de armas e liderado a condenação internacional da invasão de Moscou.
Questionado sobre o relatório, o assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak disse que os planos estratégicos de Kiev permanecem inalterados, mas que táticas específicas sempre estão sujeitas a mudanças.
Alguns especialistas em segurança nacional e autoridades dos EUA disseram suspeitar que o responsável pelo vazamento possa ser norte-americano, mas não descartaram atores pró-Rússia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, se recusou a comentar o vazamento, mas afirmou: "Na verdade, há uma tendência de sempre culpar a Rússia por tudo. É, em geral, uma doença".
Por Pavel Polityuk
Reportagem adicional de Ron Popeski, Nick Starko e Tom Balmforth / REUTERS
EUA - O Los Angeles Lakers viu um desfalcado Minnesota Timberwolves abrir 15 pontos no terceiro quarto. Conseguiu virar o jogo nos últimos segundos. Entregou uma vitória certa com falta de Anthony Davis em Mike Conley a 0,1 segundo do estouro do cronômetro. Mas, na prorrogação, LeBron James e companhia espantaram a zebra.
Com o placar de 108 a 102 no emocionante duelo de play-in, na noite desta terça, em Los Angeles, o time californiano está garantido nos playoffs na sétima colocação da Conferência Oeste. O adversário na primeira rodada será o Memphis Grizzlies, segundo lugar na temporada regular, a partir deste domingo.
James anotou 30 pontos, 10 rebotes e 6 assistências, e liderou Los Angeles. Anthony Davis fez 24 pontos, com 15 rebotes e 4 assistências. Dennis Schroder adicionou 21 pontos, três deles a 1,4 segundo do fim do tempo normal, após passe monumental de James. Seria o arremesso da vitória.
No lance seguinte, Conley conseguiu um chute milagroso do perímetro e a falta de Davis. Arremessou e guardou três lances livres para levar o duelo para o tempo extra. O veterano armador dos Timberwolves terminou com 23 pontos, 4 rebotes e 4 assistências.
Na prorrogação, os Lakers fizeram 10 a 4 sem grandes sustos. Os Wolves não contaram com o suspenso Rudy Gobert, que socou um companheiro de time no último jogo, e o lesionado Jaden McDaniels, que deu um soco na parede e quebrou a mão. Ambos titulares.
Ainda tiveram o all-star Anthony Edwards com desempenho abaixo da crítica. Foram 9 pontos anotados, com 3 acertos em 17 tentativas de quadra, sendo 0 de 9 do perímetro. Karl-Anthony Towns fez 24 pontos e 11 rebotes, mas sofreu com problema de faltas no último quarto, quando o time anotou apenas 12 pontos.
Minnesota ainda tem mais uma chance de alcançar os playoffs. Na sexta-feira, encara o vencedor de New Orleans Pelicans e Oklahoma City Thunder em casa. Quem levar a melhor pega o Denver Nuggets na primeira rodada da pós-temporada.
30 FOR THE KING.
— NBA (@NBA) April 12, 2023
LAKERS WIN TO GET IN.@KingJames powers the Lakers into the #NBAPlayoffs presented by Google Pixel! pic.twitter.com/6Hw35GM3qf
O jogo
Primeiro tempo
Liderados por Karl-Anthony Towns (17 pontos, 6 rebotes e 4 assistências) e Kyle Anderson (7 pontos, 3 rebotes, 5 assistências, 3 roubos e 3 tocos), os Wolves dominaram o primeiro tempo e terminaram com 11 pontos de vantagem, a maior diferença da primeira metade do jogo: 60 a 49.
Os Lakers atacavam mais a cesta e conseguiram 32 a 20 dentro do garrafão, mas o aproveitamento de arremessos dos visitantes impressionava: 58,8% a 40,8% de quadra, 52,9% a 23,1% do perímetro.
Segundo tempo
Os Wolves chegaram a abrir 15 de vantagem no terceiro período, mesmo com atuação fraca de Anthony Edwards (5 pontos, 1 de 9 de quadra). No fim da parcial, no entanto, a diferença caiu para 7. Towns já contava 4 faltas.
A quinta falta do astro veio no início do último quarto, o que facilitou a arrancada de Los Angeles. Mas, mesmo no seu retorno, os visitantes tiveram enormes dificuldades para marcar pontos. Foram apenas 12 no último período.
A reta final foi de arrepiar. Os Lakers correram atrás da virada, que veio com uma bola de três de Dennis Schroder com 1,4 segundo no relógio. Mas ainda havia tempo para um arremesso de três de Mike Conley, com falta de Anthony Davis. O veterano acertou os três lances livres com 0,1 segundo por jogar. Empate em 98 e prorrogação.
Prorrogação
Os Lakers dominaram o tempo extra, mas Minnesota teve a chance de empatar com 12 segundos no relógio, num roubo de bola no meio da quadra e um arremesso de três de Tayshaun Prince. No aro. O time da casa assegurou a vaga nos playoffs na sequência, no jogo de lances livres.
Por Redação do ge
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