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SUIÇA - Tina Turner, cantora considerada a rainha do rock n' roll, morreu aos 83 anos. A morte foi confirmada pelo assessor dela nesta 4ª feira (24). A causa da morte ainda não foi divulgada.

A cantora de sucessos como "What's Love Got to Do with It", "The Best" e "We Don't Need Another Hero" se lançou em carreira solo nos anos 1980. Antes, Tina e o ex-marido, Ike Turner, fizeram sucesso no final dos anos 1960 e início dos anos 1970.

Tina ganhou oito prêmios do Grammy e vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo.

Anna Mae Bullock nasceu em uma família pobre dos Estados Unidos. Aos 15 anos, foi abandonada pelos pais e cantou em boates para se sustentar.

Em uma das apresentações, ela conheceu Ike Turner com a banda The Kings of Rhythm. Anna Mae pediu para ser backing vocal e em pouco tempo se tornou uma das vozes principais. Ike e ela decidiram formar uma dupla e, após se casarem, ela adotou o nome artístico Tina Turner. Ao lado do marido, Tina dominou o cenário da música soul nos anos 60 e 70.

Na vida pessoal, o casamento foi marcado por brigas e escândalos. Alcóolatra e dependente de drogas, Ike culpava Tina pelo declínio da dupla, a agredia, humilhava e traía. Ela apareceu em público diversas vezes com o olho roxo ou com o lábio inchado. Depois de 18 anos, ela se cansou das agressões e decidiu abandonar o marido. Na justiça, propôs abrir mão de todo o patrimônio em troca de poder manter o sobrenome Turner.

Tina recomeçou do zero. Sem dinheiro, morou com uma amiga e abriu shows para outros grupos famosos, como os Bee Gees. Para voltar ao cenário musical, apostou no rock, influenciada pelos Rolling Stones e por David Bowie. Adotou também um novo estilo, com roupas ousadas e cabelos loiros espetados.

Em 1984, lançou o álbum ‘Private dancer’. O hit ‘Whats love gotta do with it’ teve ascensão meteórica e ajudou Tina a vender mais de dez milhões de cópias em todo o mundo. O título de rainha do rock surgiu aos 45 anos. Ela exibia as belas pernas, cantava e dançava sem perder o fôlego, levando a multidão ao êxtase.

Em 1986, lançou a biografia ‘Eu, Tina: a história da minha vida’, que conta a trajetória profissional e pessoal com o ex-marido, além de revelar as constantes agressões. O livro virou filme em 1993, estrelado por Angela Basset e Laurence Fishburne. Ike morreu em 2007.

O álbum seguinte foi ‘Break every rule’, com o qual Tina fez a maior turnê de sua carreira. Foram 14 meses viajando. Um show dessa turnê no Brasil entrou para o livro dos recordes: a cantora reuniu nada menos que 184 mil pessoas em uma única apresentação no Maracanã. O show foi transmitido ao vivo para todo o mundo.

No início dos anos 90, lançou a música ‘The best’, que chegou a ser tema de alguns atletas. Um deles foi Ayrton Senna, que subiu no palco ao lado de Tina durante uma apresentação.

Os trabalhos de Tina Turner não ficaram restritos à música. Ela estrou nos cinemas em 1975 no filme ‘Tommy’. Dez anos depois, fez outro sucesso: ‘Mad Max – Além da cúpula do trovão’. Ela foi responsável também pelo tema do longa-metragem, que dominou as paradas de sucesso. A cantora gravou a trilha de muitas outras produções, incluindo ‘007 contra Golden Eye’.

O sucesso da música fez com que Tina Turner, então com 56 anos, lançasse um novo álbum, ‘Wildest dreams’. No fim da década de 90, lançou o nono álbum da carreira solo e anunciou a aposentadoria dos palcos. ‘Twenty four seven’ teve apenas dois hits, mas o clima de despedida atraiu milhões para os shows.

Em 2008, para marcar os 50 anos dos prêmios Grammy, fez uma apresentação histórica. Além de cantar seus grandes sucessos, fez um dueto com a cantora pop Beyoncé. Quando fez 73 anos, Tina Turner superou Meryl Streep e foi a mulher mais velha a estampar a capa da revista Vogue.

 

 

Por g1

Gusttavo Lima, Jorge & Mateus, Matheus & Kauan e Simone Mendes cantam seus maiores sucessos no Estacionamento da Arena Castelão

 

FORTALEZA/CE - Considerado um dos principais artistas do Brasil na atualidade, o cantor Gusttavo Lima se prepara para trazer mais uma edição histórica de um dos mais importantes festivais de música na atualidade, o festival Buteco, criado pelo cantor, chega a Fortaleza (CE) no dia 3 de junho (sábado), no Estacionamento da Arena Castelão. Com uma mega estrutura digna de shows internacionais, o Embaixador convida grandes nomes do segmento para comandar o palco junto a ele. Em Fortaleza, o evento tem assinatura da Agência After em parceria com a Balada Music. 

Para compor o line-up e reviver grandes sucessos do gênero, Jorge & Mateus, Matheus & Kauan e Simone Mendes também fazem parte da programação. “Estamos com um time de primeira e vamos viver uma experiência incrível! O Buteco é um projeto muito especial para mim e que vem só crescendo, fazendo cada vez mais sucesso a cada ano que passa. A galera de Fortaleza pode esperar um super festival com tudo que merecem! Nos encontramos lá, bbs!”, convida Gusttavo Lima.  

O conceito “Buteco” surgiu a partir do DVD “Buteco do Gusttavo Lima” (2014), onde a intenção era produzir um álbum que reunisse grandes clássicos do sertanejo romântico e de raiz, além de muita moda de viola. O álbum ganhou uma segunda edição em 2017 que deu origem a uma turnê e, posteriormente, ao formato festival que tem hoje. 

O evento, que tem percorrido várias cidades e já é considerado um dos maiores e mais importantes do país, teve suas primeiras edições realizadas em 2018. Batendo recordes de público por onde passa, o Buteco tem arrastado verdadeiras multidões, destacando-se as edições de Belo Horizonte - MG (75 mil pessoas), Goiânia - GO (+ de 50 mil pessoas) e Brasília - DF (+ de 45 mil pessoas). Os ingressos podem ser adquiridos pelo BaladAPP, no site: baladapp.com.br ou no ponto de vendas físico da Agência After (Av. Antônio Sales, n° 3177). 

Serviço

Buteco Fortaleza

Data: 3 de junho (sábado)

Local: Estacionamento da Arena Castelão 

Informações e ingressos: aplicativo Balada App, baladapp.com.br ou no ponto de vendas físico (Av. Antônio Sales, n° 3177)

SÃO PAULO/SP - Um dos maiores nomes do rock mundial, o britânico Roger Waters passará por Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo com sua turnê de despedida, "This is Not a Drill", em outubro e novembro.

O repertório conta com clássicos do músico e também do Pink Floyd -banda da qual ele foi um dos fundadores-, como "Us & Them", "Comfortably Numb", "Wish You Were Here" e "Is This The Life We Really Want?".

Os ingressos para São Paulo, Belo Horizonte e Brasília começam a ser vendidos ao meio-dia de quarta (24), e para as demais cidades, ao meio-dia de quinta (25), no site da Eventim.

A turnê estava prevista para começar em 2020, mas por causa da pandemia teve seu início em 2022.

 

Datas e locais dos shows

  • 24/10 - Brasília, na Arena BRB Mané Garrincha
  • 28/10 - Rio de Janeiro, no Estádio Nilton Santos / Engenhão
  • 01/11 - Porto Alegre, no Estádio Beira Rio
  • 04/11 - Curitiba, na Arena da Baixada
  • 08/11 - Belo Horizonte, no Mineirão
  • 11/11 - São Paulo, no Allianz Parque

 

 

FOLHA de S.PAULO

SÃO PAULO/SP - Segura esse spoiler! Virginia Fonseca está divulgando ao máximo o novo hit do cantor e maridão Zé Felipe, com o lançamento da música “Macho Preferido“. Porém, o que ninguém esperava, era que a influenciadora também participaria das gravações do videoclipe que vem por aí!

No domingo (21), a musa do Instagram deu um show de sensualidade ao publicar um vídeo com um spoiler de tirar o fôlego, que mostrou um pouquinho de como será a nova produção que promete bombar com a dancinha envolvente. “Predadora! Gravação do próximo clipe do @zefelipecantor, aguardem”, disparou a musa na legenda.

Como sempre, a musa foi elogiada nas redes sociais e deixou os fãs babando. “Tudo que eu enxergo nesse vídeo é beleza”, disparou uma seguidora nos comentários da publicação. “Esse figurino está muito incrível, linda demais”, exaltou outro internauta. “Agora só falta abrir um perfil do OnlyFans”, pediu um terceiro.

 

 

Por: Gabriela Ellin / METROPOLITANA

Bruna Magalhães e Bruno Martini lançam “Fica Lá Com Ela” pelo Midas Music. O single que foi disponibilizado pela primeira vez, em 2022, no álbum “Unilateral” de Bruna, volta agora com videoclipe.

Ouça AQUI!
Assista AQUI!

A artista viralizou nas redes sociais cantando “Fica Lá Com Ela”, ganhando o coração do público. “Bruno Martini ouviu a música e gostou muito, me mandou mensagem parabenizando pela letra e melodia. Eu não imaginava que iríamos gravar, ainda mais em parceria com um artista que eu admiro tanto como o Bruno. Certo dia, cheguei na gravadora e de surpresa recebo a notícia que o Bruno tinha criado um arranjo incrível pra música e que precisávamos lançar. Fiquei super feliz e animada pra saber como tinha ficado. De cara já amei, a música estava muito maravilhosa”, comenta Bruna Magalhães.

O fonograma encaixa as batidas eletrônicas de Bruno Martini, com toda sua brasilidade e sons com características orgânicas, ao arranjo original com referencias à música popular brasileira. “Colocamos uma batida que as pessoas pudessem dançar. Ela tem a base da brasilidade, mas ao mesmo tempo vem com a música eletrônica. Eu tenho certeza que é um som que conversará com as pistas e rádios, com os mais diversos públicos ao redor do mundo”, completa Bruno Martini.

A letra fala sobre o término de um relacionamento e a dificuldade de superar um amor que precisou acabar e como lidar com o processo quando ainda há sentimentos envolvidos. Bruna Magalhães canta sobre a tristeza com um tom de deboche, e lá no fundo, um pingo de esperança.

“Fica lá com ela/ Vai pra casa dela/ Dorme lá com ela/ Tira o sono dela/ Bagunça a cama dela/ Cozinha lá com ela/ Se acaba lá com ela/ Cê fica bem com ela”.

O clipe, que acompanha, traz os artistas interpretando a canção no Jardim Botânico de São Paulo, com os pés descalços, em total contato com a fauna e flora. O curta ainda traz dança contemporânea, intercalando com os cenários belíssimos. “O Bruno tem público nacional e internacional, nada mais representativo do que mostrar as belezas naturais do nosso ecossistema. Uma das coisas que mais me deixou animada foi o fato de a locação ter muitas plantas. Sou natural de Belém do Pará e sempre tive muito contato com lugares arborizados”, finaliza a cantora.

 

Sobre Bruna Magalhães

Bruna começou na música de forma independente, foi finalista do ‘MPB Festival Belém’ e ainda em 2017 participou do show da cantora Tiê em Belém, uma de suas principais influências. Além de diversos shows e participações, foi backing vocal da Tiê no Lollapalooza Brasil 2018. Bruna também fez uma participação especial no show do duo Anavitória, em Belém, cantando sua música autoral “No Teu Pescoço” gravada em parceria com o cantor Rubel.

A cantora está prestes a alcançar a marca de 9 milhões de streamings no Spotify e conta com mais de 92 mil ouvintes mensais na plataforma.

Ela se mostra uma potência feminina na Amazônia, representando tantos e trazendo visibilidade pra uma Amazônia que também é berço da nova música brasileira. Bruna é cantora e compositora paraense da MPB contemporânea, trazendo em suas canções histórias autobiográficas de forma intimista e com melodias cheias de personalidade tendo referências da MPB, Pop, Folk e Pop Rock. 

A artista apresenta através da voz suave e aveludada sua visão do amor em diferentes situações da vida, sendo ele correspondido ou não, leve, complexo, mas sempre com uma linha poética de grande intensidade.

Com balanço do bom e velho hip hop que incorpora o boom bap e o R&B, faixa dá início a uma nova fase no trabalho do cantor

 

SÃO PAULO/SP - Depois de encadear uma sequência de faixas românticas como  "Será O Amor?" e "Copos Vazios", Biel Lima lançou no dia 18 de maio, a faixa "Me Deixa Viver". Com letra motivadora, o single traz um desabafo embalado por um balanço relaxante.

“Penso que é cada vez mais importante falar sobre o autoamor e sobre ser um corpo fora dos padrões que pode sim ocupar todos os lugares, mesmo sabendo o simples fato de ser e estar incomoda muita gente, especialmente as mais conservadoras", diz o cantor.

"Escrevi a letra de ‘Me Deixa Viver” após passar por uma experiência profissional em um ambiente conservador e com pessoas que não se intimidavam em colocar observações sobre outros com uma hostilidade disfarçada que levantava discussões, algumas delas, sobre o meu jeito de agir e pensar. Eu preso pela diferença e pela diversidade na minha vida e no meu trabalho e acredito que assim é construído um espaço de convívio sustentável", comentou o artista.

Com assinatura de Jhow Produz no arranjo, mixagem e masterização de San, com seu novo single Biel Lima consolida uma aliança com a produtora Infinity Pro Studio localizada em Guarulhos.

Um hip hop relaxante e ao mesmo tempo dançante que vem da energia da influência do boom bap e do R&B, "Me Deixa Viver" é uma música que mantém as raízes desses gêneros vivas, principalmente em seu propósito de trazer um tema importante para reflexão nos dias de hoje. “Como diz a letra, eu não quero guerra com ninguém eu só quero viver”, conclui Biel.

Link para a música está disponível em todos os streamings:

https://onerpm.link/274824971238

Biel é um artista plural de diversos talentos, na sexta-feira, dia 19, ele esteve no line-up do projeto “Vitrine: Boiler Room Edition”, no Elab Instituto, como DJ. Contudo, é claro que ele não deixaria de colocar voz em algumas faixas (o que tem se tornado sua marca registrada nesse outro caminho) e cantou pela primeira vez “Me Deixa Viver“.

ITIRAPINA/SP - A Prefeitura de Itirapina, através da Secretaria de Educação e Cultura abriu na última quarta-feira (dia 10) um cadastro gratuito de artistas, grupos, bandas, coletivos, espaços culturais, empresas artísticas e de todos os responsáveis por desempenhar alguma iniciativa cultural que residem no município.

O objetivo é mapear os artistas para as escutas setoriais e aplicação da Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc 2 (pois somente os credenciados poderão concorrer aos editais), além de divulgar cursos, eventos, editais e ações da Secretaria de Educação e Cultura e do Conselho Municipal de Política Cultural.

O cadastro será feito por meio do formulário disponível no site oficial da Prefeitura de Itirapina ou direto no Espaço Cultural Casa Guariento localizado na rua 5 nº 195, centro.

Compartilhe e participe!

 

 

PMI

EUA - Shakira lançou na noite de quinta-feira, 11, Acróstico. Sua nova música é uma homenagem aos filhos Milan e Sasha.

Diferentemente das faixas anteriores, neste lançamento a cantora fala sobre passar o tempo com pessoas amadas. Depois de algumas composições inspiradas na separação de Piqué, a compositora celebra a maternidade:

“O que quero é sua felicidade e estar contigo. Um sorriso seu é minha fraqueza, te amar serve de anestesia para dor”, diz um trecho da letra.

O clipe, divulgado nas redes sociais da artista, mostra a animação de um pássaro que cuida e protege os seus filhos em um ninho. Veja:

 

 

ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - A cantora e compositora Maraisa, da dupla sertaneja com Maiara, 35 anos, resolveu falar de um dos trabalhos mais importantes de sua carreira recente ao lado de sua irmã. Na situação, a artista comenta a respeito do sentimento de felicidade nos bastidores de seu novo DVD.

Em sua conta oficial do Instagram, Maraisa inicia falando do Making Of da obra audiovisual intitulada ‘Identidade’. O trabalho das cantoras sertanejas foi gravado em novembro de 2022 no Estado de São Paulo. A artista aponta que se dedicou muito ao projeto:

”Making Of de um dia que entrou para a nossa história, a gravação do nosso DVD Identidade em São Paulo, 11 de novembro de 2022. Mergulhamos nesse projeto e nos dedicamos ao máximo para que tudo saísse como planejado e sonhado, e assim foi!”.

Na sequência, a irmã de Maiara destaca que está muito feliz com a possibilidade de compartilhar seu novo DVD com os fãs. Ela também revela que a produção se encontra disponível no canal oficial da dupla: ”Que felicidade compartilhar com vocês um pouco mais desse dia, o vídeo completo está disponível no nosso canal do YouTube. #DVDIdentidade #MaiaraeMaraisa”, enfatiza.

E é claro que os internautas não poderiam deixar este momento passar como despercebido. Prontamente trataram de comentar a publicação de Maraisa a respeito do DVD Identidade. Uma expõe que jamais irá esquecer o dia que presenciou o show: ”Um dia que jamais me esquecerei! Foi lindo, foi intenso, foi incrível, foi amor e gratidão”. Mais uma diz que ficou feliz ao fazer parte da produção: ”Saber que aquele momento lindo tbm deu muito trabalho para ser realizado! É bom fazer parte disso!”.

 

 

por Gabriel Arruda / AREAVIP

SÃO PAULO/SP - Morreu na segunda-feira, dia 8, a cantora Rita Lee, rainha do rock brasileiro e nome que despontou durante o tropicalismo com a banda Os Mutantes, na década de 1960. Ela estava em sua casa, na capital paulista, com a família.

Reclusa nos últimos anos, a cantora recebeu um diagnóstico de câncer de pulmão em 2021. Após tratamentos, em abril de 2022, a doença teria entrado em remissão.

Rita Lee escreveu sobre sua morte bem ao seu estilo: "Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá. Fãs, esses sinceros, empunharão meus discos e entoarão "Ovelha Negra", as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória. Nas redes virtuais, alguns dirão: Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk."

O trecho está em sua autobiografia, na qual relata no mesmo tom, sempre direto e reto, tanto passagens divertidas, a exemplo das travessuras na infância e na adolescência, quanto trágicas, como o abuso de álcool e drogas e o estupro que sofreu aos seis anos, por um técnico que foi a sua casa consertar uma máquina.

Sem autopiedade, se refere a si própria com bom humor e sarcasmo, assim como aos outros um forte traço da construção de sua imagem como a maior roqueira do Brasil.

A experiência artística não começou muito bem. Quando Rita tinha entre seis e sete anos, a conceituada pianista Magdalena Tagliaferro lhe deu aulas de piano em troca de um tratamento que fez com seu pai, Charles, dentista de origem americana.

Em uma audição, a menina ficou tão nervosa que fez xixi no banquinho do piano. A professora a aconselhou a não seguir adiante na música porque ela tinha medo de palco.

Acontece que Rita, nascida em São Paulo em 31 de dezembro de 1947, morava na Vila Mariana, e o pacato bairro da zona sul, entre os anos 1950 e 1960, era terapia contra essa fobia. Na região, colégios tradicionais como o Marista Arquidiocesano, Cristo Rei, Bandeirantes e o Liceu Pasteur, onde Rita estudou, realizavam festas juninas, da primavera, pró-formaturas e outras, com palcos para apresentações em que os alunos experimentavam uma liberdade que contrastava com o autoritarismo da época.

Rita não seguiu o conselho da professora de piano e, na adolescência, participou de diferentes conjuntos, cantando e tentando tocar instrumentos, até chegar ao quarteto de meninas Teenage Singers.

A brincadeira ficou mais séria quando elas conheceram, em um festival no teatro João Caetano, em 1964, os meninos do Wooden Faces, do qual fazia parte Arnaldo Batista, que já se destacava no baixo. Aproximaram-se, Rita e Arnaldo, com 16 anos, iniciaram um namoro e, com o tempo, as bandas se uniram.

Do entra e sai de integrantes, ficaram seis, entre eles os namorados e Sérgio, irmão caçula de Arnaldo, guitarrista, que aos 13 anos largou a escola para se dedicar à música. Tornaram-se o Six Sided Rockers, que, além dos shows escolares, tocaram em programas da TV Record.

Em 1966, gravaram um compacto, com novo nome, Os Seis. Brigas e rearranjos depois, viraram três, com Rita Lee (principal vocalista e percussão) e os irmãos Arnaldo Batista (vocal, teclado e baixo) e Sérgio Dias (vocal e guitarra).

Passaram a ser Os Bruxos e foram convidados a se tornar banda fixa no programa "O Pequeno Mundo de Ronnie Von", da Record. O apresentador, fã do livro "O Império dos Mutantes", sugeriu que se tornassem Os Mutantes. Em 15 de outubro de 1966, estrearam no programa, com ousadia e originalidade, tocando, com guitarras, a Marcha Turca, de Mozart.

Deram a primeira entrevista, à Folha, e a cantora assim definiu o grupo: "Ele vem de outro planeta para tomar conta do mundo. É moço, inteligente e vai longe, porque encontrou o mundo cheio de mediocridade". Esse moço adorava guitarra, o que não era visto com bons olhos por gente influente da MPB.

Em julho de 1967, Elis Regina organizou a Marcha Contra a Guitarra Elétrica, passeata com artistas contra a "americanização" da música brasileira. Entre os presentes estava Gilberto Gil, que, curiosamente, três meses depois protagonizaria o que ficou conhecido como resposta àquela manifestação.

Ele convidou Os Mutantes para acompanhá-lo na música "Domingo no Parque", no 3º Festival de Música Popular Brasileira da Record. Com arranjos do maestro Rogério Duprat, a apresentação marcou a introdução da guitarra na MPB. As vaias efusivas e a conquista do segundo lugar no festival atestaram que aquilo vinha mesmo de outro planeta e que ainda ia longe.

Além de um rock sem a ingenuidade do iê-iê-iê da Jovem Guarda, o grupo chamou a atenção pelos figurinos e pela performance no palco, e nisso a liderança era de Rita. Depois de um vestido curto e de um coração vermelho desenhado com batom na bochecha, no festival de 1967, ela subiu o tom em 1968.

No 3º Festival Internacional da Canção, o FIC, em que Os Mutantes acompanharam Caetano Veloso em "É Proibido Proibir", Rita se apresentou com um vestido de noiva emprestado da atriz Leila Diniz, que havia usado o figurino em uma novela.

O evento ficou marcado pelo discurso de Caetano contra a reação da plateia, que vaiava e arremessava ovos, tomates, latas e garrafas nos artistas. "Vocês não estão entendendo nada. Se vocês forem em política forem como são em estética, estamos feitos", esbravejou.

Rita adorou, não tinha paciência com jovens de esquerda que só aplaudiam músicas de protesto, com letras e arranjos mais óbvios, e não entendiam quão transgressor podia ser a mistura da canção popular brasileira com o pop internacional em meio a experimentações sonoras.

Essa foi a base da tropicália, movimento artístico liderado por Gil e Caetano, do qual Os Mutantes fizeram parte. No LP "Tropicália", de 1968, a banda participou de três faixas, entre elas "Panis Et Circensis", com o provocativo refrão "Essas pessoas na sala de jantar/ Estão ocupadas em nascer e morrer".

Rita e os irmãos Batista investiram em composições próprias e lançaram em 1968 o primeiro LP. Até 1972, quando Rita sairia do grupo, seriam mais quatro, um por ano, emplacando hits como "Top Top", "Balado do Louco", "Vida de Cachorro" e "Ando Meio Desligado".

Fizeram de tudo nesse tempo, programas de TV, shows, entrevistas, musical no teatro, campanhas publicitárias e até participação em longa-metragem "As Amorosas", de Walter Hugo Khouri. Além de um som de vanguarda e de qualidade, os três encantavam com a mistura de carinha angelical a atitudes endiabradas.

Em tempos extremamente machistas, causava ainda mais impacto a irreverência de Rita, que só crescia. Em 1969, ela voltou a usar, no 4º FIC, o vestido de noiva, mas com uma novidade colocou um enchimento na barriga para se fazer de grávida.

A performance se deu na apresentação de "Ando Meio Desligado", na qual os Mutantes partem do efeito da maconha para algo romântico ("Ando meio desligado/ Eu nem sinto meus pés no chão/ Olho e não vejo nada/ Eu só penso se você me quer"). Na foto da contracapa do LP, Rita está na cama com os irmãos Batista, todos nus.

Foi demais para o conservador Flávio Cavalcanti, um dos mais populares apresentadores de TV do país, que quebrou o disco no ar. Mais sinal de sucesso, impossível. Do Brasil, a repercussão passou a ser internacional, com a presença nos palcos do Midem, tradicional evento do mercado fonográfico em Cannes, em 1969, e do Olympia, em Paris, em 1970. Na turnê francesa, o LSD se tornaria parte da banda.

Substâncias alucinógenas passaram a fazer parte do café da manhã, almoço e jantar de uma espécie de comunidade hippie que os Mutantes formaram na Serra da Cantareira, a Mutantolândia.

Mais do que farra, para o trio, assim como para muitos músicos naquela época, as drogas eram um caminho artístico, de expansão mental. O descontrole, contudo, logo apresentaria a conta para os jovens. Ao longo da vida, a cantora iria enfrentar um entra e sai de internações por abuso de álcool e drogas.

Casamento e banda viveram idas e vindas, até que ambos acabaram para Rita quando ela foi expulsa dos Mutantes em 1972, episódio do qual guardou muita mágoa. Da raiva e da depressão, emergiu a ânsia de provar que, apesar de "o clube do Bolinha dizer que, para fazer rock, era preciso ter colhão, também dava para fazer com útero, ovários e sem sotaque feminista clichê".

Compôs "Mamãe Natureza", que falava das incertezas pós-Mutantes: "Não sei se eu estou pirando/ Ou se as coisas estão melhorando/ Não sei se vou ter algum dinheiro/ Ou se eu só vou cantar no chuveiro". A música lhe deu a certeza de que conseguia compor, fazer arranjos, cantar e tocar sozinha. Ela não estava pirando em seguir carreira solo e logo ia ter "algum dinheiro".

Quem acreditou na força de Rita sem os Mutantes foi André Midani, presidente da gravadora Philips, poderoso do mercado fonográfico. Mesmo antes da expulsão, por insistência dele, a cantora havia feito dois discos solo.

Rita formou, pós-Mutantes, a banda Tutti Frutti e alugou uma casa na represa Guarapiranga para a sua comunidade sexo, drogas e rockinroll. Em 1975, o disco "Fruto Proibido" marcou a nova fase da cantora e uma ruptura na música brasileira. Com capa cor-de-rosa e canções com temática feminina, como "Luz Del Fuego", "Ovelha Negra" e "Agora Só Falta Você", mostrou que era, sim, coisa de mulher "Esse Tal de Roquenrou", outro sucesso do LP.

Em 1976, ela foi presa por porte de drogas, em um raro momento que estava limpa. "Se tivessem vindo uns dois meses atrás, iam achar muita coisa, mas agora estou grávida e não tem nem bituca aqui", disse aos policiais que entraram no seu apartamento. Rita estava no terceiro mês de gravidez de um namorado recente, Roberto de Carvalho, baterista da banda de Ney Matogrosso.

Apesar de não se envolver diretamente com política, a cantora não era flor que se cheirasse para a ditadura. Inimiga da "moral e dos bons costumes", amiga de Gil e Caetano, havia testemunhado contra um policial acusado de matar um rapaz em um de seus shows.

Solo fértil para a polícia "plantar" maconha. Foi grande a repercussão da prisão. Quando ela teve um sangramento, Elis Regina foi à delegacia e não saiu de lá até que um médico fosse chamado, em um episódio que deu início a uma forte amizade entre as duas e selou definitivamente a paz entre a MPB e a guitarra elétrica.

A quebra de fronteiras entre ritmos e influências, com a qual Rita já flertava antes mesmo da tropicália, tornou-se central na consolidação de sua carreira a partir do encontro com Roberto de Carvalho.

Com ele, como escreveu na autobiografia, seu "rockinho radical virou rockarnaval, tango, bossa, pop, bolero e tal". Roberto foi morar com Rita, e vivenciaria ao seu lado a gravidez e o nascimento do primeiro filho sob prisão domiciliar. Era só a primeira barra de muitas que enfrentaria ao lado da cantora.

Após o nascimento do primeiro dos três filhos do casal, Rita deixou os Tutti Frutti e iniciou com o marido a terceira fase de sua carreira, que seria a definitiva e a mais bem-sucedida. Entre o final dos anos 1970 e início dos 1980, explodiu com uma trilha sonora autobiográfica do casal apaixonado, em que uma mulher pela primeira vez cantava sem pudor sobre desejos sexuais.

Em uma sequência de hits que fariam dela um fenômeno do mercado fonográfico, convidava o parceiro para relaxar na banheira, sem culpa nenhuma, em plena vagabundagem, em "Banho de Espuma", vestir fantasias e tirar a roupa, molhada de suor de tanto se beijar, em "Mania de Você", ficar de quatro no ato e exigir "Vê se me dá o prazer te ter prazer contigo", em "Lança Perfume" —esse sucesso, aliás, ganhou versões em várias línguas, hebraico inclusive.

A cantora se tornou a cara de um feminismo menos sisudo. Foi convidada pela Globo para o especial "Mulher 80" e para criar a música de abertura do TV Mulher, que virou hino feminista, com versos assim: "Sexo frágil/ Não foge à luta/ E nem só de cama/ Vive a Mulher/ Por isso não provoque/ É cor-de-rosa choque".

Ela só não fazia sucesso com censores. Em 1981, por exemplo, das 30 músicas que submeteu à Censura, só nove foram liberadas para a gravação do LP "Saúde". Quase todas explodiram nas rádios. No ano seguinte, o LP "Flagra" vendeu dois milhões de cópias.

Multi-instrumentista, era versátil não só no palco. A personalidade transparente, o ar despudorado e o raciocínio rápido tornaram-na figura constante na mídia. Comandou o "Radioamador", na 89 FM, o "TVLeezão", na MTV, o "Madame Lee", no GNT, e integrou, no mesmo canal, o primeiro time de apresentadoras do "Saia Justa".

Em 1991, lançou o LP "Bossanroll", seu projeto financeiramente mais bem-sucedido. Mas chegou ao fundo do poço. Diante do ultimado de Roberto em relação a álcool e drogas, foi morar sozinha. Em seu sítio, trocava legumes por receitas de tarja preta.

Certo dia, de tão chapada, despencou da varanda, teve o maxilar esfacelado e perdeu 40% da audição do ouvido direito. Roberto cuidou de sua recuperação, e quando ela tirou os pontos e conseguiu cantar "Mania de Você", a pediu em casamento. Na saúde e na doença, ainda enfrentariam muitas recaídas de Rita, até que ela tomasse uma decisão mais firme de ficar "careta" a partir do nascimento da primeira neta, em 2005.

Foi o que deu tranquilidade à "vovó do rock" nos últimos anos. Após a aposentadoria dos palcos, em 2013, viveu com Roberto em uma casa de campo onde pintava, cozinhava, escrevia e cuidava dos bichos de estimação, esses, aliás, companhias da vida toda. Ativista da causa animal, teve de tudo, de cães e gatos a jiboia e jaguatirica.

A ideia de se aposentar veio na turnê dos 45 anos de carreira, em 2012, que se encerraria em Aracaju. A despedida foi a sua cara. Ao ver policiais abordando pessoas da plateia que fumavam maconha, interrompeu o show: "Me dá esse baseadinho que eu vou fumar aqui e agora. Seus cafajestes, filhos da puta". Foi detida.

Com o incidente, uma nova despedida foi marcada para 2013, no Anhangabaú, em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo. Nada mais justo que tenha sido na cidade que nasceu e da qual, como cantou Caetano, Rita foi a mais completa tradução.

Na autobiografia, escreveu que seu maior gol foi ter feito um monte de gente feliz e que, quando morresse, cantaria para Deus: "Obrigada, finalmente sedada". E, seu epitáfio, definiu, deve ser o seguinte: "Ela não foi um bom exemplo, mas era gente boa".

 

 

por LAURA MATTOS / FOLHA de S.PAULO

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