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SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Saúde de São Carlos, por meio do Centro de Atendimento de Infecções Crônicas “Ana Claudia Lucato Cianflone” (CAIC), realiza no próximo dia 23 de janeiro, a partir das 13h30, no auditório do Departamento de Economia Solidária, localizado na rua José Bonifácio, nº 885, no centro, uma palestra para que a população tenha mais informações sobre a hanseníase e para que ocorra uma intensificação de busca ativa de doentes, com o tratamento oportuno e interrupção da cadeia de transmissão da mesma. 
Apesar dos esforços dispensados para o seu combate, a hanseníase ainda se mantém endêmica. No Brasil, cerca de 30 mil novos casos da doença são detectados todos os anos. É um dado alarmante, cujo enfrentamento depende da conscientização da população sobre as características da doença para o diagnóstico precoce.
A transmissão do bacilo de Hansen ocorre por meio de gotículas de saliva e secreções nasais de paciente com forma transmissora não tratada, após convivência muito próxima e prolongada, geralmente na mesma residência.
Segundo a dermatologista do CAIC, Lorena Carla Oliveira Costa, profissional que vai ministrar a palestra, a hanseníase se manifesta na pele pelo aparecimento de manchas brancas ou vermelhas e de lesões vermelhas altas denominadas placas ou infiltrações. Essas lesões se caracterizam por terem a perda da sensibilidade (a pessoa se queima e se machuca sem perceber), porque a bactéria tem uma afinidade grande pelos nervos periféricos. Áreas da pele com diminuição dos pelos e do suor, também são sintomas da doença. O diagnóstico constatado por um médico envolve uma avaliação clínica, dermatológica e neurológica do paciente por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos e avaliação de força motora.
“O tratamento da hanseníase está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Varia de seis meses, nas formas paucibacilares (referentes a doentes que apresentam poucos ou nenhum bacilo em seus exames) a um ano, nas formas multibacilares (referentes àqueles que apresentam muitos bacilos e são os responsáveis pela transmissão da doença). No entanto, é importante destacar que, após o início da medicação, o paciente irá parar de transmitir a doença, não devendo ser afastado da sociedade. O tratamento é eficaz e cura”, relata a médica dermatologista.
O Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), localizado na rua José de Alencar, nº 36, no Parque Arnold Schimidt, atende atualmente 16 pacientes com a doença. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.
Os agendamentos para diagnóstico podem ser feitos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s), com os retornos marcados no CAIC após a consulta.

O país é o segundo do mundo nos casos da doença que, apesar de ser a enfermidade mais antiga da história, desperta ainda hoje preconceito pela falta de informação e conscientização

 

SÃO PAULO/SP - Enfermidade mais antiga na história da humanidade, a hanseníase representa, ainda hoje, um problema de saúde pública no Brasil. Com o segundo maior número de casos do mundo, nesta última década o País ultrapassou 300 mil novos diagnósticos, ou 93% do total detectado nas Américas, de acordo com o Ministério da Saúde. Como forma de promover a prevenção e reverter estatísticas tão preocupantes, secretarias municipais de saúde de todo o Brasil, que disponibilizam o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mobilizam-se para realizar o Janeiro Roxo.

A campanha Janeiro Roxo tem o propósito de ampliar o conhecimento da população sobre a hanseníase, cujos primeiros registros na história da humanidade remontam a 400 a.C. Como doença tropical negligenciada e infectocontagiosa de evolução crônica, atravessou os séculos envolta em preconceito e estigmas.

“A hanseníase se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés”, afirma o dermatologista Dário Rosa. Segundo o médico, a transmissão se dá pelo agente Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, por meio de contato próximo e prolongado entre as pessoas.

Os sinais mais evidentes da hanseníase, descreve o médico, são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. “Também observamos caroços na pele, dormências, inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos, entupimento nasal e problemas nos olhos”, completa.

Os especialistas classificam a hanseníase por graus. O grau zero é caracterizado pela ausência de sequela. No grau 1, o paciente perde a sensibilidade nas palmas das mãos e solas dos pés. No grau 2, são notáveis sequelas físicas graves.

Dos mais de 300 mil brasileiros diagnosticados com hanseníase na última década, pelo menos 7% estão no grau 2 e enfrentam sequelas físicas incapacitantes, como perda dos dedos, da ponta do nariz e deformidades nos pés e nas mãos.

Para a dermatologista Anelise Dutra, o Janeiro Roxo é de extrema importância para a detecção e o tratamento precoces da hanseníase. “Quanto mais cedo é diagnosticada, maiores as chances de cura e qualidade de vida para o paciente”, afirma. A médica destaca ainda a contribuição da campanha para reduzir o preconceito acerca da doença.

De acordo com Anelise, a hanseníase acometeu a humanidade por centenas de anos sem que houvesse tratamento e condenou os pacientes ao isolamento. Muitos foram confinados nos chamados “leprosários”. “Atualmente, com tratamentos eficazes, a doença deixa de ser transmissível e o paciente não precisa se afastar de sua rotina. Mas é preciso urgência para diagnosticar e iniciar os procedimentos para se chegar à cura”, avalia.

 

Sigilo agora é lei

A Lei nº 14.289/2022, sancionada no dia 3 de janeiro, determina a preservação do sigilo sobre a condição de infectados pelos vírus da Aids (HIV), hepatites crônicas (HBV e HCV) e pelas pessoas com hanseníase e tuberculose, pois representam barreiras sociais que impedem as pessoas de desfrutarem a plena cidadania.

A proposta da lei considera que as discriminações ocorrem a partir do momento em que a condição de saúde é conhecida. Isso interfere no desempenho profissional e também em outras atividades da vida pessoal.

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