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RIO DE JANEIRO/RJ - Leo Dias foi atacado na internet após Klara Castanho desabafar e expor a violência sofrida. O colunista precisou trancar os comentários do Instagram, a fim de evitar retaliações, e virou alvo de uma campanha de cancelamento. “Demissão é o mínimo”, argumentaram internautas nas redes sociais.

“Já demitiram o Léo Dias? Essa demissão é para ontem”, reforçou uma internauta no Twitter. “Sinceramente, o que eu desejo pro Léo Dias é uma demissão e vergonha de sair de casa. Depois, que ele se torne obsoleto. Que todo mundo esqueça que um dia existiu. Que ninguém se importe com o que ele diz ou deixa de dizer. E uma multa por danos morais que o faça falir”, escreveu outra internauta. 

Teve ainda quem lembrasse Antonia Fontenelle, apresentadora e candidata ao cargo de deputada no Rio de Janeiro. Fãs de Klara afirmaram que ela e Leo eram culpados por expor o caso tanto quanto os profissionais do hospital que vazaram a informação para a imprensa.

“Leo Dias, Antonia Fontenelle, o hospital, o médico, a enfermeira, sejam responsabilizados por toda essa maldade”, exigiu outra internauta no Twitter. “LeoDias e Antonia Fontenelle, que vocês paguem por isso”, reforçou uma segunda.

Nos perfis dedicados à vida dos famosos no Instagram, a reação do público era a mesmo. Houve ainda quem fizesse campanha para que o colunista e a candidata a deputada fossem banidos da plataforma. E, embora Dias tenha fechado os comentários da postagem que envolvia o nome de Klara, internautas passaram a atacá-los no post anterior, que envolvia outro assunto. 

“Tomara que você consiga dormir em paz junto com aquela Antonia por expor uma história tão macabra”, escreveu. “Desumano o que você e sua comadre fizeram parando de te seguir agora”, informou outra. “Tirou os comentários por quê? O mundo está perdendo o amor ao próximo. A história só cabe a ela”, disse uma terceira.

 

 

JETSS

SÃO CARLOS/SP - Um homem sem vida foi encontrado no domingo, 12, na estrada da Babilônia, em São Carlos.

A Pessoa que encontrou o corpo estava caminhando pela estrada municipal João Ponce da Costa, quando sentiu um forte odor e ao verificar o que era se deparou com cadáver. Imediatamente a Polícia Militar foi acionada.

Os Militares ao chegarem ao local acionaram a Polícia Técnica e o Corpo de Bombeiros para resgate do corpo.

O corpo foi encaminhado ao IML de São Carlos. O boletim de ocorrência foi registrado na Central de Polícia Judiciária.

SÃO CARLOS/SP - "Após dois anos do início da pandemia da COVID-19, período em que foram necessários aplicação de medidas sanitárias, distanciamento e isolamento social, ocorreu uma diminuição das notificações de casos de violência contra crianças e adolescentes e ao mesmo tempo um aumento da exposição à violência intrafamiliar". Foi dessa maneira que a Conselheira Tutelar Larissa Camargo iniciou a sua palestra durante a formação para o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente realizada no Paço Municipal dentro da programação da Campanha “Não Pode”.

Somente neste primeiro semestre de 2022 já foram atendidas pelos Conselhos Tutelares de São Carlos (Regiões I e II) 95 crianças e adolescentes, sendo 15% desse total com confirmação para violência sexual. Em 2021, durante o ano todo, foram atendidos 141 crianças e adolescentes, sendo 34 casos confirmados de violência sexual; em 2020 foram 79 notificações, com 12 casos confirmados para violência sexual e em 2019, antes da pandemia, foram atendidos 90 crianças e adolescentes, com 18 casos de confirmação de violência sexual.

“Nós tivemos um aumento nos números após dois anos de pandemia. Nós sabíamos que isso iria acontecer pela falta de notificação, principalmente em 2020. O que percebemos é que a maioria das crianças que atendemos são de famílias vulneráveis. Dificilmente uma criança chega somente com a situação de violência sexual, mas também de conflito familiar, envolvendo drogadição e alcoolismo dos pais ou responsáveis. Sempre é uma criança exposta a várias violações”, afirmou Larissa Camargo.

Já os casos de exploração sexual confirmados são menores. Em 2021 foram confirmados 2, em 2020, 1 caso, e em 2019 também foram 2 casos. “A exploração sexual é mais difícil de ser comprovada e admitida pelas famílias das vítimas, uma vez que ocorre um sistema de troca. Quem explora paga alimentação, uma conta de água ou de luz para a família, fornece roupas e calçados, o que torna mais difícil a denúncia e confirmação”, revela a conselheira.

Larissa Camargo também falou sobre a diferença entre violência sexual e estupro de vulnerável. “Quando a vítima tem menos de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, mesmo que haja consentimento no ato sexual ou demais atividades”.

A pediatra do Hospital Universitário (HU) Mariana Bueno da Silva San Felice, responsável pelo ambulatório multidisciplinar “Adolescer”, foi a segunda palestrante da manhã e falou sobre os atendimentos realizados pelo Hospital Universitário (HU) de vítimas de violência. “Temos dois ambulatórios, o Acolher e o Adolecer que atendem casos referenciados pelas unidades de saúde, Conselhos Tutelares e Centros de Referência de Assistência Social. Realizamos o atendimento, ouvimos a vítima e a família, solicitamos exames e acompanhamos mensalmente essa criança. Os adolescentes passam pelo mesmo processo, porém também pedimos exames de sorologia e no caso das meninas, de gravidez e acompanhamos caso a caso. A maioria dos casos é de violência sexual, porém recebemos todos os tipos de violência”, finaliza a pediatra.

A secretária de Infância e Juventude, Ana Beatriz Sodelli, garantiu que a escuta especializada será implantada para minimizar a revitimização da criança ou adolescente e contribuir para a fidedignidade do depoimento. “O prefeito Airton Garcia já autorizou e estamos abrindo um processo licitatório para a contratação da escuta especializada, um investimento de R$ 490 mil para que o município tenha esse mecanismo”, revelou a secretária.

A escuta deve ser realizada por órgãos da rede de proteção nos campos da educação, da saúde, da assistência social, da segurança pública e dos direitos humanos, com o objetivo de assegurar o acompanhamento da vítima ou da testemunha de violência, para a superação das consequências da violação de direitos.

Participaram da palestra a secretária de Cidadania e Assistência Social, Vanessa Soriano, representantes das áreas da saúde, educação e de entidades.

CONFIRA OS NÚMEROS DOS CONSELHOS TUTELARES (UNIDADES I E II):
NÚMERO DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES ATENDIDAS COM SUSPEITA OU CONFIRMAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL:

2019 – 90 
2020 – 79 
2021 – 141 
2022 – 95 

VIOLÊNCIA SEXUAL CONFIRMADA:
2019 – 18
2020 – 12
2021 – 34
2022 – 14

EXPLORAÇÃO SEXUAL CONFIRMADA:
2019 – 2
2020 – 1
2021 – 2

NÚMERO DE MEDIDAS PREVENTIVAS APLICADAS PELOS CONSELHOS TUTELARES:
2019 – 151
2020 – 131
2021 – 323

NÚMERO DE MEDIDAS PROTETIVAS APLICADAS PELOS CONSELHOS TUTELARES:
2019 – 151
2020 – 131
2021 – 323

PORCENTAGEM DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO COM SUSPEITA OU CONFIRMAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL:
2019 – 88%
2020 – 74%
2021 – 83%

PORCENTAGEM DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES DO SEXO MASCULINO COM SUSPEITA OU CONFIRMAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL:
2019 – 12%
2020 – 26%
2021 – 17%

MÉDIA MENSAL DAS VIOLÊNCIAS:
Psicológica

2019 – 1
2020 – 2
2021 – 9
Física 
2019 – 6
2020 – 6
2021 – 14
Sexual
2019 – 11
2020 – 15
2021 – 27

SÃO CARLOS/SP - A Campanha “NÃO PODE”, idealizada pela Secretaria Municipal de Comunicação e que visa sensibilizar a população para o enfrentamento ao abuso e à violência sexual contra crianças e adolescentes, foi lançada na quarta-feira (11/05), no auditório do Paço Municipal, pelas secretarias de Cidadania e Assistência Social e de Infância e Juventude com a participação do prefeito Airton Garcia, dos Conselhos Tutelare e de Defesa da Criança e Adolescente, além da  Secretaria de Segurança Pública, Delegacia de Defesa da Mulher, Defensoria Pública e Vara de Infância e Juventude de São Carlos.

A secretária de Cidadania e Assistência Social, Vanessa Soriano, abriu o evento falando sobre o trabalho realizado pela pasta. “No Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) atendemos famílias com crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual. Esse ano já foram encaminhados 64 novos casos de abuso sexual de crianças e adolescentes e 7 novos casos de exploração sexual. Somente de janeiro a março foram registrados 20 novos casos de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, sendo 9 novos casos em janeiro, 4 em fevereiro e 7 novos casos em março. Em janeiro de 2022 também atendemos 1 novo caso de vítima de exploração sexual”, revelou a secretária, lembrando que a abertura da Campanha “NÃO PODE” foi realizada neste dia 11 em virtude do Dia 18 de maio quando é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data determinada oficialmente pela Lei 9.970/2000, em memória à menina Araceli Crespo, de 08 anos de idade, que foi sequestrada, violentada e assassinada em 18 de maio de 1973.

O Defensor Público Jonas Zoli Segura falou da importância do papel da instituição. “A Defensoria é a interlocutora entre a população vulnerável e o judiciário. Eu atuo exatamente na área da infância e juventude que engloba a infância protetiva, mas também a área da saúde e educação e percebo que o número de violações de direitos aumentou muito esse ano. Com o retorno das atividades presenciais tivemos um aumento significativo dessas demandas, mesmo assim ainda temos muitos casos que não são notificados, portanto na prática esses números são bem maiores, por isso temos que criar instrumentos que consigam escutar essa criança”, afirmou o Defensor.

A palestra de lançamento da Campanha foi com o juiz Cláudio do Prado Amaral, da 2ª Vara Criminal e da Infância e Juventude, que falou da importância da escuta especializada. “É muito importante que a criança que sofra abuso sexual somente uma única vez para que ela não precise ficar repetindo o sofrimento, por isso os municípios devem implantar a escuta especializada, um mecanismo protetivo de crianças e adolescentes previsto na Lei 13.431/17."

O juiz explicou que depoimento especial consiste em uma metodologia diferenciada de escuta judicial dessas crianças e adolescentes, executada por equipe multidisciplinar, objetivando, principalmente, minimizar a revitimização da criança ou adolescente e contribuir para a fidedignidade do depoimento. 

A escuta deve ser realizada por órgãos da rede de proteção nos campos da educação, da saúde, da assistência social, da segurança pública e dos direitos humanos, com o objetivo de assegurar o acompanhamento da vítima ou da testemunha de violência, para a superação das consequências da violação de direitos.

O vereador André Rebello parabenizou a Prefeitura pelo desenvolvimento da Campanha. “Ainda há uma subnotificação dos casos de abuso e violência contra crianças e adolescentes. As campanhas são extremamente importantes, pois estimulam a denúncia e aumentam os registros”, destacou o vereador.

Já a vereadora Professora Neusa (Cidadania) destacou a relevância da Campanha “Não pode”. A vereadora ressaltou que a iniciativa consagra também Lei n° 20178/21, de sua iniciativa, que instituiu o “maio Laranja" na intenção de tornar o mês uma época de conscientização, prevenção e orientação ao combate do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes através do desenvolvimento de ações preventivas e educativas à comunidade.

Para o prefeito Airton Garcia, a proteção da criança e do adolescente deve ser prioridade. “Temos que priorizar as ações que vão proteger nossas crianças e adolescentes. Já autorizei a secretária de Infância e Juventude, Ana Beatriz Sodelli, para dar andamento a um processo licitatório para a contratação da escuta especializada. Destinamos mais de R$ 490 mil para que o município tenha esse mecanismo”, ressaltou o prefeito de São Carlos.  

Durante todo o mês de maio a Prefeitura vai realizar capacitações para servidores da educação, saúde, assistência social, com encontros sistematizados, formações e rodas de conversas.

As denúncias devem ser realizadas no Conselho Tutelar pelo telefone 3371-3930, na Delegacia da Mulher pelo 3374-1345, no Plantão Policial no 3361-1357 (a partir das 18h) ou na Guarda Municipal pela central 153.

Também participaram da abertura da Campanha “NÃO PODE” os vereadores Lucão Fernandes e Elton Carvalho, o secretários municipais de Segurança Pública, Samir Gardini, de Educação Wanda Hoffmann, da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Amariluz Garcia, de Trabalho, Emprego e Renda, Danieli Favoretto Valenti, a chefe de gabinete da Secretaria de Saúde, Jôra Porfírio, a chefe de gabinete da Infância em Juventude, Juliana Navari, a delegada Beatriz Mendes Pereira Lopes  (DDM), Vanderlaine Santinon, no ato representante da presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescentes (CMDCA), Marina Ferrari e Ariane Quirino, representante do Conselho Tutelar.

BRASÍLIA/DF - Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.

Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.

 

 

Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - O dia de Páscoa que era para ser de confraternização, acabou em violência doméstica neste último domingo, 17, no bairro Boa Vista, em São Carlos.

Segundo informações da mulher de 35 anos, ela teria ido até a casa do ex-marido levar um ovo de páscoa para seu filho que mora com o pai, onde foi recebida pela ex-sogra de 72 anos, e segundo ela, a idosa teria partido pra cima dela, onde ela deu um tapa não rosto da idosa.

A ex-sogra já disse que a ex-mulher do seu filho chegou dizendo que queria ver o filho, mas como o jovem de 18 anos não estava a mulher teria ficado nervosa e agredido a idosa.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP - Um homem de 55 anos foi esfaqueado e agredido por um casal sob acusação de violência sexual contra uma mulher, de 45 anos, em uma casa no Jardim Maria Cândida, região Leste de Rio Preto, no começo da tarde do último domingo, 10. O homem agredido foi socorrido com diversas perfurações no corpo ao Hospital de Base.

Segundo informações do boletim de ocorrência, os três moram na mesma casa. A mulher contou à polícia que teria sido vítima de tentativa de abuso, conseguiu se esquivar e foi dormir em outro cômodo da residência, onde se trancou. No dia seguinte, ela contou o que aconteceu para outro homem, de 49 anos, sendo que ele foi tirar satisfação, mas a vítima negou as acusações.

Após alguns minutos, o homem de 49 anos estava deitado em um cômodo, momento em que notou a presença do outro rapaz, e percebeu que ele segurava um pedaço de ferro, tendo efetuado um golpe contra ele, mas conseguiu se defender com um dos braços. Após uma luta entre os dois, ele segurou o objeto.

Neste momento, a mulher que acompanhava a briga, pegou uma tesoura e uma faca, e golpeou o homem de 55 anos por diversas vezes na tentativa de evitar que companheiro continuasse sendo agredido.

O homem esfaqueado foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Base. Já o outro rapaz também teve ferimentos, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, mas teria recusado o atendimento.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio, lesão corporal consumada e tentativa de estupro. Como a Polícia Civil tinha o relato da Polícia Miliar e não dos envolvidos no caso, a ocorrência foi encaminhada para investigações no 2º Distrito Policial.

 

 

REGIÃOSP

PENÁPOLIS/SP - A Polícia Civil de Penápolis vai instaurar inquérito para investigar a morte de uma menina de 1 ano que deu entrada no pronto-socorro na tarde da última segunda-feira (14).

De acordo com o boletim de ocorrência, a criança chegou com rigidez cadavérica, diversas marcas roxas e dilaceração do ânus, aparentando violência sexual.

A médica responsável por receber a menina, que foi levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros, acionou a Polícia Militar após notar os sinais de violência e suspeitar da versão apresentada pela mãe.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, a mãe e o padrasto da criança foram questionados sobre o ocorrido e disseram que colocaram a filha para dormir na noite de domingo (13) e perceberam que a criança estava morta somente quando foram acordá-la na manhã de segunda-feira (14).

O policial militar que conversou com a mãe e o padrasto entrou em contato com o Conselho Tutelar, descobrindo que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima.

Iniciativas previstas no Plano de Ação de Defesa das Garantias de Direitos das Crianças e Jovens Indígenas serão implementadas nos próximos anos em comunidades de três regiões: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Roraima

 

BRASÍLIA/DF - A titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves esteve, na sexta-feira (28), nos estados de Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS), onde apresentou o Plano de Ação de Defesa das Garantias de Direitos das Crianças e Jovens Indígenas. Na oportunidade a gestora se reuniu com representantes do governo e lideranças indígenas das cidades de Barra do Garças (MT) e Dourados (MS).

“Temos a determinação do presidente da República para enfrentar a violência contra a criança no Brasil Há um grupo de trabalho que reúne oito ministérios para entregar para nação esse plano. Nós detectamos algumas necessidades, por exemplo, o enfrentamento às drogas, ao álcool, ao abuso sexual e o não acesso à educação”, disse a gestora.

“São ações integradas entre diversos órgãos do Governo Federal e terão foco também na garantia de direitos fundamentais. O Plano entrará em vigor imediatamente e será executado ao longo dos próximos anos”, concluiu a ministra.

Na oportunidade, a comitiva do Governo Federal avaliou possibilidades de parcerias para reforçar o enfrentamento às situações de vulnerabilidade, mobilizar gestores locais, equipes técnicas e lideranças que atuam com as comunidades indígenas nos municípios e conhecer a realidade local.

Participaram da agenda a secretária nacional da Família, Angela Gandra, e o secretário adjunto de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Esequiel Roque. Além deles, o secretário Nacional de Futebol, Ronaldo dos Santos, representando o Ministério da Cidadania, integrou a comitiva e reforçou o empenho da Pasta no enfrentamento à violência na região. “Estamos aqui para estabelecer e projetar parcerias profícuas para contemplar muitos meninos e meninas. Não deixaremos ninguém para trás”, afirmou.

Por fim, o representante de uma das aldeias Xavantes em Barra do Garças (MT), Xisto Tserenhi Tserenhimi Rami, se colocou à disposição para contribuir na tarefa de enfrentar a violência contra este público. “Gostaria que o Governo Federal pensasse a escola como centro de tudo isso que está trazendo. Nós, Xavante, trabalhamos a educação e a informação. E este projeto tem tudo a ver com a nossa realidade e será executado prontamente”, disse o indígena.

Durante a agenda em Dourados (MS), a ministra também se reuniu com representantes de povos indígenas das etnias Guarani e Guarani Kaiowá. Presente na atividade, o prefeito Alan Guedes (PP) lembrou que é preciso unir forças entre os governos para resolver problemas como a falta de abastecimento de água. “É algo tão básico para a sobrevivência. A criança fica vulnerável quando tem que andar 3 km para buscar água no poço. É aí que o álcool, as drogas aparecem. Nesse percurso ela acaba à mercê das pessoas que não querem o bem dela”, pontuou.

Plano de Ação

O Plano de Ação de Defesa das Garantias de Direitos das Crianças e Jovens Indígenas será implementado, inicialmente, em comunidades indígenas dos estados de Mato Grosso (Xavante), Mato Grosso do Sul (Dourados-Guarani Kaiowá) e Roraima (Yanomami). É composto por 38 ações e quatro eixos. São eles: capacitações e diagnósticos; ações práticas (para a redução da violência); revisão normativas e projetos de lei; e mobilização e participação social.

De acordo com o Grupo de Trabalho sobre Crianças e Jovens Indígenas, seis ações do Plano já foram executadas e 19 estão em andamento. Entre elas está a contratação de 10 diagnósticos e estudos, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC), realizada em dezembro do ano passado. O investimento será de R$ 1,6 milhão.https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/dezembro/governo-federal-investe-r-1-6-milhao-para-aprimorar-atendimento-a-criancas-e-jovens-indigenas

O Grupo de Trabalho (GT) sobre Crianças e Jovens Indígenas em Situação de Vulnerabilidade, criado pela Portaria nº 869, de 22 de março de 2021, é um órgão de assessoramento, consultivo e de estudo, destinado também a fomentar discussões sobre o tema. Desde a sua criação, já foram realizadas 20 reuniões no âmbito do GT.

UFSCar tem pós-graduação na área com inscrições abertas. Aulas começam em março

 

SÃO CARLOS/SP - O fenômeno da violência, que permeia relações humanas ao longo da história, segue atingindo de forma contundente diferentes grupos sociais. Com indicadores epidemiológicos alarmantes em todo o mundo, a violência - seja física, psicológica, sexual, institucional ou estrutural - foi naturalizada e, muitas vezes, ainda é justificada e aceita socialmente. Estudos científicos realizados no Brasil e em outros países têm alertado que as vítimas correm mais risco de desenvolverem problemas psicológicos, como por exemplo, estresse pós-traumático, quadros de ansiedade e depressão, assim como problemas de adaptação social e dificuldade em se relacionar.
"Apesar dos seres humanos não apresentarem nenhum tipo de marcador genético que indique predisposição a comportamentos violentos, a violência está tão impregnada nas nossas relações que, de fato, acreditamos que ela é necessária para a própria organização da sociedade. Há discursos que legitimam essas situações e fortalecem o imaginário social para que elas permaneçam intactas. Mas a violência é algo que pode ser desconstruído, de forma que sejam estabelecidos relacionamentos interpessoais respeitosos, dialógicos e horizontalizados", explica o professor Alex Pessoa, do Departamento de Psicologia (DPsi) e pesquisador do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência (LAPREV), ambos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
De uma forma geral, crianças, adolescentes, mulheres e idosos são os grupos mais vulneráveis. Mesmo não sendo algo natural, a violência está presente na vida de todos, seja na própria família, dentro de casa ou na sociedade. "Por exemplo, a violência ocorre contra crianças como uma suposta forma de educação. Quando uma criança leva uma palmada, ela não está sendo submetida a um processo educativo. Ela desenvolve medo. Ou seja, ela não se apropria ou aprende sobre uma conduta que é inadequada e deve ser corrigida", afirma Pessoa.
O professor da UFSCar diz que apesar da agressão física - um empurrão, um soco ou mesmo uma cena de homicídio -, vir a mente quando pensamos em violência, outros vários tipos de condutas, como o bullying, o abuso e a exploração sexual, também podem causar diversos tipos de problemas de saúde, físicos e mentais. Além disso, nem sempre a violência é notada de imediato. Ela pode ser um processo longo e naturalizado. "Muitas vezes as vítimas do machismo, de relacionamentos abusivos, de racismo, não se dão conta do que estão sofrendo quando estão sendo agredidas. É importante que práticas educativas sejam experimentadas para que pessoas de diferentes grupos sociais possam olhar para essa situação e entender que isso não é natural e que deve ser desconstruído", alerta o pesquisador.
De acordo com ele, o suporte social é fundamental para lidar com efeitos adversos provocados por situações de violência. Para isso, o professor da UFSCar defende a implementação de programas de prevenção e intervenção para que as vítimas tenham acesso a conhecimentos que as ajudem a compreender e desnaturalizar eventuais situações de violência a que estejam expostas. "Nós temos que intervir para que não ocorram mais. Na medida em que a pessoa tem a possibilidade de acessar um serviço de saúde, de assistência, ela também tem a possibilidade de refletir e diminuir os sintomas decorrente das situações abusivas", explica o especialista.
Segundo o pesquisador, nos últimos anos, foram conquistados diversos avanços no sentido de proteger as vítimas, porém, ainda há muito a ser feito em relação a estratégias efetivas que atendam às necessidades dessas pessoas. "Nós tivemos evoluções jurídicas importantes nas últimas duas décadas, mas sem dúvida nós ainda temos um caminho longo a percorrer. Existem ainda problemas estruturais no atendimento às vítimas como também de responsabilização dos agressores. O fato de haver uma mobilização social mais intensa levou muitas vítimas de violência a falarem sobre o que sofrem e a buscarem ajuda, mas é um desafio enorme", aponta.
Na visão do professor Alex Pessoa, a academia tem um papel fundamental na mudança dessa realidade, seja produzindo pesquisas científicas, conhecendo e analisando os dados disponíveis, mas também entendendo a demanda e promovendo cursos para capacitar profissionais. "Na UFSCar, historicamente, muitas pesquisas foram feitas para entender e avaliar como a violência se manifesta na sociedade brasileira em diferentes instâncias. Hoje, sabemos que para enfrentar esse fenômeno, ajudar a prevenir novos casos e conseguir atender as vítimas, todos os setores da sociedade precisam estar capacitados. Precisamos que o professor esteja qualificado para lidar com as vítimas de violência nas escolas, precisamos de psicólogos, dos funcionários que trabalham na rede de saúde, dentre outros. Quanto maior número de pessoas preparadas para lidar com as vítimas maior é a chance de uma intervenção precoce e menor são as sequelas", conclui ele.
O LAPREV da UFSCar, referência em todo o Brasil, oferece um curso de especialização de Atendimento Psicossocial a Vítimas de Violência, para formar e habilitar profissionais com o objetivo de prevenir casos e atender vítimas em diferentes espaços. Os alunos aprendem a desenvolver programas baseados na realidade psicológica e social das famílias brasileiras e a implementar ações de atendimento, para que essas vítimas se sintam fortalecidas, busquem uma rede de apoio e acabem com o ciclo de violência a que elas estão expostas. Profissionais de diferentes áreas do conhecimento que desejam trabalhar com a temática, sejam psicólogos, assistentes sociais, formados em Direito, profissionais da Educação, enfermeiros, médicos, dentre outros, podem participar. As inscrições da pós-graduação já estão abertas. Mais informações na plataforma Box UFSCar, em www.box.ufscar.br.

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