RIBEIRÃO BONITO/SP - A partir do dia 1º de julho de 2020, o distrito de Guarapiranga, distante 13 km da cidade de Ribeirão Bonito, passará a contar com uma ambulância no Posto de Saúde “Amábile Alves”.
A medida visa oferecer uma melhor qualidade no atendimento aos moradores do distrito e ficará à disposição das 7h às 17h.
*Por: PMRB
SÃO CARLOS/SP - Devido à emergência nacional causada pela pandemia da COVID-19, as instalações onde funcionava a Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), pertencente à Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, e onde se procediam aos tratamentos da fibromialgia, úlceras vasculogênicas e câncer de pele, entre outros, foram cedidas para reforçar as infraestruturas de triagem destinadas ao combate ao novo coronavirus. Por esse motivo, o IFSC/USP, que mantinha nesse local todos os pesquisadores que exerciam suas atividades nos citados tratamentos, tiveram que transferir esses serviços para diversos locais, de forma a que os pacientes não fossem prejudicados.
O IFSC/USP, em parceria com a Clínica Cicatrizze Laserterapia, estão convocando pacientes portadores de úlceras venosas, residentes apenas da cidade de São Carlos, para iniciarem um novo projeto de pesquisa para tratamento de cicatrização de feridas localizadas em membros inferiores, utilizando, para isso, um novo equipamento desenvolvido pelo Grupo de Óptica do Instituto, idealizado pelo cientista, Prof. Vanderlei Bagnato.
Esse novo tratamento, dividido por sessões, utiliza uma combinação de pressão negativa (vácuo) diretamente sobre a úlcera, puxando a circulação sanguínea para o local da lesão, seguindo-se uma estimulação com laser e a aplicação de oxigênio com o intuito de aumentar a circulação, para assim se proceder a uma evolutiva cicatrização.
Os interessando em participar desse projeto deverão entrar em contato com a Clínica Cicatrizze Laserterapia, localizada na San Lucca Center, Rua 7 de Setembro, 3134, segundo andar, centro.
Enfermeira responsável: Elissandra Moreira Zanchin.
Apoio na Gestão dos Tratamentos: Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior (pesquisador do IFSC/USP).
Telefone para contato: 34123036 – ou pelo Celular 997316004
MUNDO - A China impôs neste último domingo (28/06) um bloqueio estrito a quase meio milhão de pessoas em uma província nos arredores da capital, Pequim, para conter um novo surto de coronavírus, quando as autoridades alertam que o surto ainda é "grave e complicado".
Depois que a China praticamente controlou o vírus, centenas de pessoas foram infectadas em Pequim e surgiram casos na província vizinha de Hebei nas últimas semanas.
As autoridades de saúde disseram neste domingo que o cantão de Anxin – a cerca de 150 quilômetros de Pequim – será "totalmente fechado e controlado" e serão impostas as mesmas medidas rigorosas àquelas implementadas no auge da pandemia na cidade de Wuhan no início deste ano.
Somente uma pessoa de cada família poderá sair uma vez por dia para comprar artigos de primeira necessidade, como alimentos e remédios, informou a força-tarefa de prevenção de epidemias de Anxin, em comunicado.
A medida é determinada depois que outros 14 casos de contágio foram registrados nas últimas 24 horas em Pequim, elevando o total para 311 desde meados de junho e provocando a realização de testes em milhões de residentes.
O surto foi detectado pela primeira vez no amplo mercado atacadista de Xinfadi, em Pequim, que fornece boa parte dos produtos frescos da cidade, provocando preocupações sobre a segurança da cadeia fornecedora de alimentos.
Quase um terço dos casos até agora estão vinculados a uma seção de carne bovina no mercado, cujos trabalhadores foram submetidos a uma quarentena de um mês, disseram autoridades locais.
Cerca de 12 casos do novo coronavírus foram registrados em Anxin – incluindo 11 ligados a Xinfadi, informou o jornal Global Times.
Os novos casos em Pequim provocaram temores de um ressurgimento do vírus na China.
A capital realizou testes em massa trabalhadores de mercados atacadistas, restaurantes, moradores de bairros de médio e alto risco e entregadores de mercadorias nas últimas duas semanas.
Em uma entrevista coletiva no domingo, autoridades disseram que 8,3 milhões de amostras foram coletadas até agora, das quais 7,7 milhões já foram testadas.
Agora, os testes foram expandidos para incluir todos os funcionários de salões de beleza e cabeleireiros da cidade, informou o Global Times.
O representante da prefeitura de Pequim Xu Hejian disse a repórteres no domingo que "a situação epidêmica na capital é grave e complicada", alertando que a cidade precisa continuar rastreando a propagação do vírus.
As autoridades da cidade pediram que as pessoas não deixem Pequim, escolas foram fechadas novamente, e dezenas conjuntos residenciais foram isolados na tentativa de acabar com o vírus.
Mas Wu Zunyou, principal especialista em epidemiologia do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, disse a repórteres na semana passada que o novo surto foi "controlado", e as autoridades suspenderam um bloqueio de uma semana imposto a sete distritos de Pequim na sexta-feira.
*Por: dw.com
Fabiano de Abreu revela como usar a raiva de forma benéfica
SÃO PAULO/SP - O neurocientista, neuropsicólogo, psicanalista e filósofo Fabiano de Abreu revela que a raiva pode ser usada de forma benéfica para vencer o medo e o estresse durante a pandemia se não nos deixarmos dominar por ela.
É comum em momentos como este que estamos vivendo, onde pouco sabemos sobre o amanhã e estamos constantemente sobre estresse devido à ameaça de uma doença como a covid-19 e as incertezas no âmbito social e econômico que esta pandemia acarreta, nos deixarmos levar por sentimentos diversos, no calor do momento, entre eles a raiva e até mesmo a agressividade, como fruto de uma frustração com planos adiados ou diversos outros fatores.
No entanto, o neurofilósofo Fabiano de Abreu aponta que se deixar levar pela raiva e a agressividade durante a pandemia não ajudam, pelo contrário, atrapalham: “A raiva mal canalizada se transforma em atos de agressividade ou em sentimentos de ira, que só atrapalham o desenrolar da vida durante a pandemia. O momento nos pede para ajudar, ao invés de atrapalhar. Quando agimos com raiva, estamos nos justificando, com a desculpa de que não temos responsabilidade sobre o que nos acontece. E agindo assim, deixamos de agir com disciplina em relação ao fato que apavora o mundo.”
Não perca a razão durante a pandemia
Segundo Abreu, quando nos vemos tomados pela raiva, deixamos escapar a razão e agimos com agressividade, o que nos prejudica em todos os sentidos: “ao agir movidos pela raiva perdemos também a ética e deixamos de lado a moral. A raiva é uma inconsciência intelectual e revela uma falta de maturidade. É natural que momentaneamente tenhamos raiva por algo que não concordamos, até porque, ela é a emoção que estimula a ação e a resposta motora para aquilo que nos retira a homeostase.”
O especialista ressalta que em lugar de perder a razão durante a pandemia, podemos canalizar a raiva para algo benéfico: “Precisamos aprender a utilizá-la para o bem e não para o mal. Saber usar a raiva para o bem e a favor da solução dependerá do nível de desenvolvimento cognitivo do indivíduo. Estamos num momento que é de extrema importância o equilíbrio, a ajuda mútua, depois de nós mesmos ao próximo. A saúde mental deve receber a atenção devida nesse momento de pandemia, pois ela está se tornando uma consequência do covid-19 e precisa ser precavida com racionalidade. Devemos sentir a raiva e utilizar a motivação que advém dela para fazer uma leitura do cenário mais adequada, possibilitando assim uma melhor compreensão e uma tomada de decisão mais assertiva e positiva.”
Muito além da covid-19
Abreu também revela que a raiva estimula o estresse, o que desencadeia no organismo outras doenças, que podem ser irreversíveis: “Quando nos deixamos levar pela ira perdemos a razão e nos tornamos irracionais diante de uma situação que poderia ser resolvida com um pouco de equilíbrio. Mesmo que as variáveis do momento coloquem a raiva em posição de vantagem sobre a razão, a racionalidade deve ser trazida à tona para que nossas ações reflitam a solução, não o problema.”
Busque o equilíbrio
Para encontrar o seu equilíbrio e vencer a tentação de se entregar a sentimentos nocivos, o neurocientista tem um método: “se você está sentindo muita raiva, precisa se perguntar o que pode fazer com ela para que as suas ações a partir dela, tragam resultados positivos para a sua vida e para os demais que convivem com você. Caso as suas ações causem prejuízo para você e para os outros, é preciso desenvolver a competência para controlá-la. Deve-se tentar, constantemente, vencer a ignorância, pois quem é dominado pela emoção negativa geralmente não tem controle sobre os próprios atos, que faz com que a pessoa perca a razão. Utilize a força da raiva para construir e desenvolver ações transformadoras para o bem, e não para promover a desordem, a baderna, e o caos generalizado. A situação já é difícil o suficiente! Não contribua para que ela fique ainda pior. Faça uma neuroplasticidade, crie novas conexões com hábitos saudáveis e ações positivas para que o seu cérebro crie uma atmosfera positiva que resulte em um melhor bem estar.”
SÃO CARLOS/SP - A terceira e última fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que teve início no dia 11 de maio, com prioridade aos grupos formados por pessoas com deficiência, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, professores e pessoas de 55 a 59 anos de idade, termina nesta terça-feira, dia 30 de junho em todo o país.
Até o momento São Carlos já vacinou contra a influenza 70.869 pessoas, com cobertura vacinal de 80,54% dos grupos prioritários. 33.204 idosos foram imunizados, ultrapassando a meta de 90% e registrando 113,48% de procura; 8.927 profissionais da saúde também foram vacinados, o que corresponde a 113,95% da meta. Na segunda etapa da campanha receberam a vacina 13.726 pessoas com comorbidades (doenças crônicas); 6.640 pessoas que fazem parte de força de segurança e salvamento; os demais grupos como funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medida socioeducativa, população privada de liberdade, caminhoneiros e motoristas de transporte coletivo, somam outras 2.073 doses aplicadas.
Nesta terceira etapa a procura diminuiu com relação os grupos prioritários. Somente 6.863 crianças de 6 meses a menores de 6 anos foram imunizadas o que corresponde a 41,57% da meta; 963 gestantes receberam a vacina (40,96%) e 214 puérperas procuraram as unidades de saúde (55,30%). Também já procuraram as unidades de saúde 1.348 professores (rede pública e particular) e 2.887 pessoas entre 55 e 59 anos.
“O Ministério da Saúde prorrogou duas vezes a Campanha exatamente para que as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, que ainda não se vacinaram, procurem as unidades de saúde. Até terça-feira, dia 30 de junho, todos os públicos, de todas as fases, que ainda não se imunizaram contra Influenza, devem procurar de forma organizada a unidade de saúde mais próxima da sua residência para receber a dose”, explica Kátia Spiller, supervisora da Vigilância Epidemiológica de São Carlos.
A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, auxilia os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a COVID-19, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde.
SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa neste domingo (28/06) os números da COVID-19 no município. São Carlos contabiliza neste momento 501 casos positivos para a doença (nenhum resultado positivo foi liberado hoje), com 12 mortes confirmadas. 42 óbitos já foram descartados até o momento. Dos 501 casos positivos, 440 pessoas apresentaram Síndrome Gripal e não foram internadas, 1 óbito sem internação, 60 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 40 receberam alta hospitalar, 9 estão internados e 11 positivos foram a óbito. 398 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 1.860 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus. Estão internadas neste momento 27 pessoas, sendo 16 adultos na enfermaria (5 positivos – sendo 1 de outro município, 6 suspeitos, 5 negativos); na UTI adulto hoje estão internadas 10 pessoas (6 positivos, 3 suspeitos, 1 negativos ). Uma criança está internada na UTI com suspeita da doença. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje 50%.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 4.116 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 3.399 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 717 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 1.755 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 1.344 tiveram resultado negativo para COVID-19, 335 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 76 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.
ARARAQUARA/SP - O município de Araraquara confirmou mais 36 casos positivos do novo coronavírus neste último sábado (27). Com isso, o total de casos confirmados desde o início da pandemia é de 897. Desse total, há 198 pacientes ainda em quarentena.
Segundo o Governo de São Paulo, a Diretoria Regional de Saúde de Araraquara continua classificada na Fase 2, com restrições no funcionamento de setores comerciais. Mesmo não tendo avançado de etapa, o Comitê de Contingência da doença afirma que a estrutura montada para atendimento de pacientes ainda é satisfatória.
Segundo a secretaria, a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de 35%, com 12 internações. A taxa de ocupação de leitos de enfermaria é de 21%, com 25 pacientes internados, entre casos confirmados e suspeitos.
*Por: Luís Antonio / PORTAL MORADA
Aberto à população geral, a iniciativa conta com apoio do PET-Saúde/
SÃO CARLOS/SP - Analisando o contexto geral e regional da pandemia do novo coronavírus, nota-se a grande circulação de informações cruzadas, fake news e a ausência de respostas para diversas dúvidas. Devido a isso, em parceria com o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/
O Canal de Dúvidas possui ligação direta com o objetivo do InformaSUS que, segundo o Prof. Dr. Gustavo Nunes de Oliveira, do Departamento de Medicina da UFSCar e coordenador do projeto, vai além de só combater as fake news e o negacionismo científico, “mas também problematizar verdades absolutas, produzir encontros entre instituições e pessoas e, por fim, apoiar a construção de consensos e medidas de proteção e de promoção do cuidado da Saúde e da Vida nesse contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus”, conclui.
Este projeto, direcionado à população geral, tem como objetivo sanar dúvidas comuns e específicas que envolvem a questão do coronavírus. As respostas serão elaboradas pelos grupos de alunos do PET, orientados por profissionais de saúde, professores e tutores, juntamente com os grupos temáticos e equipes do InformaSUS.
De acordo com o Prof. Jair Barbosa Neto, coordenador do PET-Saúde São Carlos, psiquiatra, docente do Departamento de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Clínica (PPGGC), o projeto conta com estudantes e docentes dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Psicologia e Terapia Ocupacional, além de profissionais de saúde do SUS de diversas formações. “O nosso foco é o trabalho e a educação interprofissional em saúde, atuamos nas áreas de doenças crônicas, saúde materno-infantil e também saúde mental. Mesmo que as dúvidas não sejam relacionadas a estes temas, nós iremos contar com os integrantes do InformaSUS, buscando sempre responder as perguntas utilizando-se das mais recentes evidências científicas e também dos conhecimentos das diversas profissões relacionadas à saúde”, explica Neto.
Ainda segundo o coordenador do PET, a intenção é de integrar o conhecimento e devolver de forma acessível. Logo, além de elaborar uma devolutiva por e-mail com a resposta à pessoa que enviou a dúvida, as perguntas e respostas serão catalogadas em um FAQ (em tradução livre para perguntas frequentes) disponível dentro do site. Logo, além de trazer respostas às questões levantadas pela população, o Canal de Dúvidas tende a se tornar uma página de consulta e buscas com material informativo revisado e atualizado.
É possível enviar suas dúvidas sobre a Covid-19 pelo link: https://www.informasus.ufscar.
Sobre o InformaSUS:
É uma atividade de extensão da UFSCar que reúne o esforço de servidores docentes e técnico-administrativos e estudantes de diferentes áreas do conhecimento para divulgar informações de qualidade científica sobre o Coronavírus, junto à população geral e à própria comunidade da Universidade. O grupo iniciou seu trabalho em março de 2020 e está dividido em equipes temáticas que organizam, checam e produzem conteúdos, qualificando as informações disponibilizadas ao público e auxiliando no controle da pandemia e no combate de notícias falsas.
Compromisso com a biofarmacêutica AstraZeneca, que detém licenciamento da vacina, foi assumido pelo Ministério da Saúde e a Casa Civil da Presidência da República, e permitirá transferência de tecnologia da vacina desenvolvida pela universidade
RIO DE JANEIRO/RJ - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmará acordo com a biofarmacêutica AstraZeneca para compra de lotes e transferência de tecnologia da vacina para Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. O acordo será resultado da cooperação entre o governo brasileiro e a biofarmacêutica, anunciado neste sábado (27/6) pelo Ministério da Saúde.
Trata-se de uma encomenda tecnológica em que a instituição adquire o produto antes do término dos ensaios clínicos previstos, em função do movimento global de mobilização e para aquisição de vacinas. O acordo com a biofarmacêutica prevê duas etapas de produção. A primeira consiste na produção de 30,4 milhões de doses antes do término dos ensaios clínicos, o que representaria 15% do quantitativo necessário para a população brasileira, ao custo de 127 milhões de dólares. O investimento inclui não apenas os lotes de vacinas, mas também a transferência de tecnologia para que a produção possa ser completamente internalizada e nacional.
“A produção dessa vacina é mais uma importante iniciativa da Fiocruz, que, combinada a outras ações, poderá contribuir para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Como instituição estratégica do Estado brasileiro, carregamos 120 anos de experiência e atuação na saúde pública. Num momento como esse, de emergência sanitária, já temos uma infraestrutura robusta e com capacidade produtiva para incorporar novas tecnologias e introduzir novas vacinas rapidamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso é resultado direto desse acúmulo e de todo o investimento que se fez na Fiocruz nos últimos anos, especialmente na atualização de seu parque tecnológico”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
A expectativa da AstraZenica é de que um primeiro lote, com 15,2 milhões de doses possa ser produzido até dezembro de 2020 e outro lote, com as 15,2 milhões de doses restantes possa ser entregue em janeiro de 2021. Após essa produção, ainda seriam necessárias etapas de registro e validação, antes de uma possível distribuição.
Nesse momento, a Fiocruz já teria capacidade de executar todo o processamento final da vacina, a partir do recebimento do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da AstraZeneca, contemplando as etapas de formulação, envase, rotulagem, embalagem e controle de qualidade. Em paralelo, a Fundação deverá fazer as adequações necessárias em suas instalações para incorporar a produção do IFA, de modo a se tornar autossuficiente em todas as fases do processo. A previsão é de que a incorporação completa do IFA possa ser concluída nos primeiros meses de 2021.
Ao término dos ensaios clínicos e com a eficácia da vacina comprovada, o acordo prevê uma segunda etapa, com a produção de mais 70 milhões de doses, ao preço de custo de 2,30 dólares por dose.
“Caso a vacina se mostre realmente eficaz, por sermos uma referência na região e termos larga capacidade produtiva, o acordo com a AstraZenica ainda nos coloca a possiblidade de sermos responsáveis pelo fornecimento da vacina para a América Latina”, acrescenta a presidente da Fiocruz.
Por designação do Ministério da Saúde, como a instituição com capacidade de avaliar tecnologias, a Fiocruz vem realizando análises prospectivas de diversos projetos de vacinas que estão sendo desenvolvidos pelo mundo nos últimos meses, considerando também os riscos associados a cada uma delas.
“Nosso foco tem sido em vacinas em estágio mais avançado, com potencial tecnológico para atender às demandas do Ministério da Saúde e que utilizem plataformas que possam vir a ser reaproveitadas para outras emergências. A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford atende a esses critérios. Isso significa que, como não estamos apenas comprando os lotes de vacinas e sim internalizando a produção, caso ela não se mostre eficaz após os ensaios clínicos, ainda assim poderemos aproveitar essas novas plataformas tecnológicas adquiridas e aprimoradas para outras linhas de produção”, comenta o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.
40 milhões de doses mensais
A Fiocruz tem capacidade de atuar imediatamente nas etapas de formulação e processamento final da vacina, por meio de seu Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) podendo chegar a produção de 40 milhões de doses mensais sem prejudicar qualquer outra linha de produção atual, considerando a estrutura já instalada e o aumento da produtividade, calculado por meio do estabelecimento de novos turnos de trabalho e do rearranjo das atividades produtivas.
Segundo o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, “o estabelecimento do acordo pelo governo brasileiro é fundamental para garantir a disponibilidade de doses para o país tão logo se chegue ao registro da vacina. E Bio-Manguinhos possui competência tecnológica e capacidade industrial para abastecer o SUS rapidamente e incorporar a tecnologia, de modo a garantir a soberania nacional em relação a este imunobiológico essencial para o combate à pandemia”.
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford foi desenvolvida através da plataforma tecnológica de vírus não replicante (a partir do adenovírus de chimpanzé, obtém-se um adenovírus geneticamente modificado, por meio da inserção do gene que codifica a proteína S do vírus SARS-COV-2). Embora seja baseada uma nova tecnologia, esta mesma plataforma já foi testada anteriormente para outras doenças, como por exemplo nos surtos de ebola e MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio causada por outro tipo de coronavírus), e é semelhante a outras plataformas de Bio-Manguinhos/Fiocruz, o que facilita a sua implantação em tempo reduzido.
Atualmente, a instituição atende às demandas do Programa Nacional de Imunização (PNI/MS) com o fornecimento de 7 vacinas, que imunizam contra 8 doenças – febre amarela, pneumonia, poliomielite, rotavírus, sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
Vacina está em estudo no Brasil
Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos projetos mais promissores até o momento, a vacina está em fase 3 dos ensaios clínicos, que é a última etapa de testes em seres humanos para determinar sua segurança e eficácia.
Estudos preliminares das fases 1 e 2 demostraram que a vacina apresenta respostas imunológicas promissoras. Na fase 3, a vacina tem sido testada em diversos países. No Brasil, o protocolo prevê 2 mil participantes recrutados em São Paulo, pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp); e no Rio de Janeiro, pelo Instituto D'Or. O estudo avalia o chamado “esquema vacinal”: um grupo recebe uma dose da vacina e outro recebe duas doses, sendo a segunda dose administrada 4 semanas após a primeira. O estudo deve ser ampliado no Brasil para 5.000 participantes. Há uma expectativa de que já hajam resultados preliminares dessa fase em outubro ou novembro deste ano.
Especialistas avaliam que a realização de estudos clínicos no país será muito importante para determinar a eficácia da vacina na população brasileira.
“A população brasileira tem caraterísticas próprias e temos avançado muito na pesquisa clínica. É importante testarmos as vacinas considerando tanto as variações genéticas da nossa população, como as variantes de vírus que têm circulado no país. Isso vai nos garantir uma segurança muito maior do que se tivéssemos incorporando uma vacina testada em outras condições e com outro perfil de população”, comenta Krieger.
Desenvolvimento de vacina nacional
A Fiocruz atua também em outras iniciativas na busca por um imunizante, como em seus dois projetos de desenvolvimento:
- Vacina sintética, com base em peptídeos antigênicos de células B e T - ou seja, com pequenas partes de proteínas do vírus capazes de induzir a produção de anticorpos específicos para defender o organismo contra agentes desconhecidos – neste caso, o Sars-CoV-2; e
- Vacina com a plataforma de subunidade (que utiliza somente fragmentos de antígenos capazes de estimular a melhor resposta imune), que testa diferentes construções da proteína S, a principal proteína para a ligação do vírus Sars-CoV-2 nas células do paciente, responsável pela geração de anticorpos protetores/neutralizantes.
Além disso, a Fiocruz está desenvolvendo uma vacina, que utiliza o vírus da influenza como vetor vacinal para gerar resposta imunológica. Com esse processo, uma das possibilidades é desenvolver uma vacina bivalente, que possa ser usada contra influenza e contra o novo coronavírus.
Essas ações dão materialidade ao papel estratégico da instituição pública no estabelecimento da autossuficiência nacional na produção de insumos para a saúde.
SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa neste sábado (27/06) os números da COVID-19 no município. São Carlos contabiliza neste momento 501 casos positivos para a doença (31 resultados positivos foram liberados hoje), com 12 mortes confirmadas. 42 óbitos já foram descartados até o momento. A Vigilância Epidemiológica recebeu hoje o resultado negativo para COVID-19 do exame de uma mulher de 71 anos, de São Carlos, internada desde 19/06 que faleceu no último dia 22 de junho. Dos 501 casos positivos, 440 pessoas apresentaram Síndrome Gripal e não foram internadas, 1 óbito sem internação, 60 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 39 receberam alta hospitalar, 10 estão internados e 11 positivos foram a óbito. 390 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 1.860 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus já que hoje 1 resultado negativo foi liberado. Estão internadas neste momento 29 pessoas, sendo 18 adultos na enfermaria (6 positivos – sendo 2 de outros municípios, 6 suspeitos, 6 negativos); na UTI adulto hoje estão internadas 11 pessoas (6 positivos - sendo 1 de outro município, 3 suspeitos, 2 negativos – sendo 1 de outro município). Nenhuma criança está internada neste momento. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje 50%.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 4.087 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 3.356 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 731 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 1.755 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 1.344 tiveram resultado negativo para COVID-19, 335 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 76 pessoas ainda aguardam o resultado.4 O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.
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