SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta quarta-feira (01/07) os números da COVID-19 no município. São Carlos contabiliza neste momento 563 casos positivos para a doença (22 resultados positivos foram liberados hoje), com 13 mortes confirmadas e uma suspeita. 42 óbitos já foram descartados até o momento. Uma mulher de 86 anos, de São Carlos, internada em 29/06 morreu hoje com suspeita da doença. Dos 563 casos positivos, 499 pessoas apresentaram Síndrome Gripal e não foram internadas, 1 óbito sem internação, 63 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 41 receberam alta hospitalar, 10 estão internados e 12 positivos foram a óbito. 439 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 2.098 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus já que 83 resultados negativos foram liberados hoje. Estão internadas neste momento 33 pessoas, sendo 23 adultos na enfermaria (6 positivos – sendo 1 de outro município, 8 suspeitos, 9 negativos - sendo 1 de outro município); na UTI adulto hoje estão internadas 8 pessoas (5 positivos, 3 suspeitos). Uma criança está internada na UTI com resultado negativo para COVID-19 e outra na enfermaria também com resultado negativo para a doença. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje 38,9%.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 4.310 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 3.589 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 721 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 2.004 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 1.569 tiveram resultado negativo para COVID-19, 371 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 64 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.
Quatro operadoras de saúde do Brasil foram convidadas pela ANS a relatarem em webinar suas ações no combate à Covid-19
SÃO CARLOS/SP - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou no dia 30 de junho um webinar sobre Cuidados em saúde durante a pandemia: como as operadoras estão se organizando para acompanhar a saúde dos seus beneficiários. A Unimed São Carlos foi convidada, junto a outras três operadoras de planos de saúde do Brasil, a apresentar sua experiência. A seleção foi feita por meio de reuniões, notícias de mídia e relatos de beneficiários.
A reunião foi conduzida pela DIPRO/ANS e teve como representantes da Unimed São Carlos seu vice-presidente, o médico Ivan Linjardi, e a gerente de Qualidade e Processos, Esmarilda Lopes Verdério.
A cooperativa foi selecionada para participar da ação exclusiva a partir de análise de suas experiências positivas na coordenação do cuidado e gestão de crônicos durante a pandemia, com busca ativa de beneficiários.
“Trabalhamos bastante desde o início da pandemia para garantir o bom atendimento e a segurança de nossos beneficiários, colaboradores e cooperados. É muito satisfatório poder compartilhar com o país nossas experiências e também aprender com os colegas sobre as ações tomadas em um momento tão difícil e nunca antes vivido pelo mundo. Esperamos ter levado nosso exemplo de maneira clara e estamos à disposição para contribuir com a saúde no Brasil e com a melhoria de todo o sistema”, destacou Linjardi
Recurso vai produzir gratuitamente as peças com alta qualidade e metade do tempo aos pacientes do SUS em tratamento no hospital
JAÚ/SP - A união de esforços de vários setores da comunidade, inclusive internacional, proporcionou a realização de um sonho há tempo esperado. Foi realizada esta semana (29/6) a inauguração simbólica da sala de equipamentos de impressões de próteses 3D do projeto Faces, do Departamento de Prótese Bucomaxilofacial do Hospital Amaral Carvalho. Por restrições impostas pela pandemia do coronavírus, o evento foi realizado na sede do Rotary Clube Leste Jahu, respeitando as orientações de prevenção das autoridades de saúde.
A inauguração reuniu representantes dos setores envolvidos nesse grande projeto. O Governador do Distrito 4480, Sr Antônio Orlando Cavichia Filho, prestigiou o evento por meio de vídeo-conferência. O presidente do Rotary Club de Jahu-Leste, Saulo Sena Mayriques, ressaltou a importância dessa inauguração. "Esse projeto que estamos concretizando hoje vai proporcionar uma vida nova a centenas de pacientes oncológicos de todo o país em tratamento no Amaral Carvalho", disse.
O coordenador do Departamento de Próteses Bucomaxilofacilal do HAC, o cirurgião-dentista Cassiano Alves Ferreira Neto, agradeceu a todos os parceiros que, através de doações e eventos, foram decisivos na realização desse projeto. "Quero agradecer à Fundação Rotária, através do Rotary Club Jahu-Leste, de Pederneiras, de Dracena e também dos Rotarys Clubs de Havelock North, da Nova Zelândia e do Canadá, além do Grupo de Voluntários Amigos de Jacuba, da FEBEC e de todos que colaboraram com as doações. Hoje, é a realização de um grande sonho", disse.
A produção de próteses com a tecnologia 3D vai proporcionar um grande salto de qualidade na vida dos pacientes que, por causa do câncer, tem partes do corpo mutiladas. Desenvolvido em parceria com a empresa de soluções tecnológicas TRÍON, de Brasília/DF, a nova tecnologia produzirá próteses de alta qualidade para pacientes que passaram por tratamento de câncer na região da face. "No processo manual, o paciente tinha que passar por até oito consultas, desde a retirada do molde até a entrega da prótese, exigindo dele um exílio social muito penoso. Agora, com a nova prótese, em até no máximo três consultas, ele já sairá com a nova prótese", afirmou o coordenador do departamento.
As próteses são fornecidas gratuitamente pelo Hospital Amaral Carvalho para os pacientes que sofreram mutilação de órgãos do rosto. Com a implantação do projeto, mais peças deverão ser produzidas por conta da rapidez e economia de material. Podem ser confeccionadas próteses orais, nasais, de orelha, de olho e de olho incluindo pálpebra.
O projeto contou com a aquisição de equipamentos de ponta para a confecção de próteses bucomaxilofaciais, necessárias quando, após a cirurgia de remoção de lesão oncológica, a reconstrução não pode ser realizada por cirurgia plástica, devido à grande área atingida pelo tumor. Com câmeras de alta resolução para a captura das medidas, programas avançados de computador para a confecção de moldes e de impressoras 3D para fabricar as próteses, o conjunto proporciona maior conforto e rapidez no atendimento ao paciente.
SERVIÇO
O serviço oferecido pelo HAC é de extrema importância, não apenas do ponto de vista técnico, mas sobretudo do ponto de vista humano e social. Possibilita ao paciente retornar às suas funções básicas de alimentação, fonação e deglutição com a reabilitação bucal e permite a reintegração ao convívio humano e social com a reabilitação facial. Mais informações pelo telefone 3602-1376.
Agora depende apenas da reformulação do fluxo de atendimentos da saúde no município para que a NOVA ALA COVID possa entrar em funcionamento
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa está reestruturando a Sala Verde do Pronto-Socorro do hospital para montar uma NOVA ALA COVID. No local, vai haver 10 novos leitos de UTI Adulto, com os respiradores cedidos pelo Governo do Estado. Os profissionais de saúde também estão em fase de contratação, com recursos do Governo Federal. O espaço foi escolhido por já possuir uma estrutura pronta para abrigar leitos de UTI, como rede de oxigênio e rede de ar, e assim, viabilizar os novos leitos o mais rapidamente possível.
Para colocar a nova ala em funcionamento, a Santa Casa também vai contar com a equipe de assistência multidisciplinar do hospital, com profissionais como fisioterapeutas e nutricionistas; uma equipe de hotelaria (para a troca de roupas de cama, por exemplo), equipe de limpeza e farmácia.
No entanto, para que essa NOVA ALA COVID possa ser usada, o fluxo de atendimento da saúde do município precisa ser referenciado, para que somente os casos mais graves, de alta complexidade, sejam direcionados para a Santa Casa. A partir desse referenciamento, os novos leitos podem ser entregues em 15 dias. “Essas mudanças são necessárias para não atender em um mesmo espaço, pacientes de baixa complexidade que poderiam ser atendidos em outras unidades (como as UPAs e Unidades Básicas de Saúde) e pacientes com suspeita de COVID, para não colocar em risco a saúde de quem procurou o hospital por outras doenças”, afirma o médico infectologista e diretor técnico da Santa Casa, Vitor Marim.
O referenciamento é uma política pública do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde. Quem teria que seguir essa política é o município. “Nós notificamos o município e comunicamos o Ministério Público sobre a inviabilidade de fazer funcionar a NOVA ALA COVID sem o devido referenciamento, considerando que nós não temos estrutura física montada e capaz de atender as duas demandas ao mesmo tempo, sem colocar em risco a saúde dos pacientes. Reforçamos que a Santa Casa, em momento nenhum, se negou a fazer nada. Ao contrário, sempre se colocou à disposição para as necessidades de quem depende do SUS. Se o município optar por não fazer o referenciamento, vamos continuar trabalhando para oferecer a melhor assistência em saúde para a região”, diz o provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Junior.
A outra opção, para que o hospital não fosse referenciado neste momento, seria montar a NOVA ALA COVID em outro espaço dentro da Instituição. Mas isso só seria possível com reformas, que levariam pelo menos 2 meses. “Se a Prefeitura tivesse feito essa opção lá em março, quando alertamos sobre as consequências da pandemia, essa nova estrutura já poderia estar pronta”, lembra o provedor.
NEGOCIAÇÕES COMEÇARAM EM MARÇO
A Santa Casa de São Carlos esclarece que é um hospital filantrópico e que presta serviços para o SUS. Quando a COVID-19 ainda era um surto e não uma pandemia, a equipe do hospital já havia alertado o governo municipal sobre a necessidade de se montar uma ala exclusiva para atendimento COVID. Foram feitas 11 reuniões de lá para cá.
A primeira reunião com a Secretaria Municipal de Saúde aconteceu no dia 4 de março. Mas não houve definições.
Nessa época, sabendo da necessidade de atendimento, a Santa Casa tomou a iniciativa e montou a ALA COVID, com 8 leitos de UTI e 24 de enfermaria, com o apoio do HU que emprestou os respiradores. A secretaria de saúde também bancou o custeio desses leitos por 3 meses (abril, maio e junho).
Em abril, a Secretaria de Saúde fez novo convite à Santa Casa para que fossem montados 10 leitos de UTI Adulto e 6 de UTI Pediátrica. A Santa Casa prontamente se colocou à disposição para que os novos leitos fossem viabilizados. Mas argumentou que, para isso, seriam necessários:
No dia 4 de junho, foi realizada uma nova reunião entre representantes do Departamento Regional de Saúde de Araraquara (do qual São Carlos faz parte), Prefeitura e diretoria da Santa Casa, com a presença do Secretário de Saúde, Marcos Palermo, representantes da UPAS e representantes do HU. A partir daí, os protocolos foram validados pelos participantes do processo de referenciamento: Santa Casa, HU, UPAs, SAMU e Secretaria Municipal de Saúde e Departamento Regional de Saúde.
Na semana seguinte a essa definição, a Santa Casa já iniciou a readequação da Sala Verde para montar os novos leitos de UTI. Mas até o presente momento, não houve definição por parte da Secretaria de Saúde para o referenciamento.
REFERENCIAMENTO É UMA EXIGÊNCIA ANTIGA
A Santa Casa de São Carlos é um hospital de alta complexidade e faz parte do Departamento Regional de Saúde de Araraquara, que inclui 24 municípios do Centro Paulista. Dentro dessa área, a Santa Casa de São Carlos é responsável pelos atendimentos de média e alta complexidade (oncologia, neurologia e neurocirurgia, cardiovascular, oftalmologia e nefrologia) de 6 municípios – São Carlos, Dourado, Ibaté, Ribeirão Bonito, Descalvado e Porto Ferreira -, num total de 400 mil habitantes. E é o único hospital, nessa região, a não ter o atendimento referenciado.
Importante ressaltar que a Santa Casa, ao se transformar em hospital referenciado, manteria todos esses atendimentos de alta complexidade, os atendimentos COVID e, no Pronto-Socorro do hospital, os casos de urgência e emergência. Apenas os casos mais leves, que hoje representam cerca de 70% dos atendimentos, seriam encaminhados para as UPAs e UBs para receber o primeiro atendimento. E, em caso de necessidade (uma cirurgia, um atendimento mais complexo, internação para tratamento), seriam direcionados para a Santa Casa.
OCUPAÇÃO DA SANTA CASA – ALA COVID X OUTRAS DOENÇAS
A média de ocupação dos leitos de UTI, exclusivos para casos suspeitos e confirmados de Coronavírus tem sido de 90%. E a dos leitos de enfermaria (24 leitos), têm girado em torno de 20 a 30%.
Mas os outros atendimentos continuam sendo realizados. Mesmo com a suspensão das cirurgias eletivas, a taxa de ocupação permanece alta.
TAXA DE OCUPAÇÃO – OUTRAS DOENÇAS
UTI ADULTO – 100%
UNIDADE CORONARIANA (UTI PARA COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES) – 90%
UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL – 120%
LEITOS DE ENFERMARIA – 85%
Os pacientes têm chegado à Santa Casa em condições mais graves, provavelmente por conta da dificuldade das UBS e UPAs, em função da pandemia. Em média, 18 a 20 pacientes têm aguardado leito para internação no Pronto-Socorro.
UTI PEDIÁTRICA
A estrutura da UTI Pediátrica COVID já foi montada com 6 novos leitos, ao lado da UTI Pediátrica. Para isso, estão sendo usados 6 respiradores cedidos pelo Governo do Estado. A Santa Casa agora está na fase de contratação dos profissionais de saúde.
Alimentação, visitas periódicas à rede de podologia de sua confiança e produtos específicos para o fortalecimento são alguns dos cuidados necessários
SÃO PAULO/SP - Ter unhas fortes e cheias de vida é o sonho de muita gente, mas é preciso tratá-las muito bem para conquistar esse resultado. Segundo Maria Lourdes Pinheiro, podóloga e coordenadora técnica da Doctor Feet, unhas fracas podem ser sintomas de algumas condições como diabetes, disfunção hormonal, estresse e até problemas de fígado, pulmão e coração. “O ideal é cuidar das unhas com profissionais habilitados e, ao perceber que elas continuam quebrando com muita frequência, a dica é procurar um dermatologista”, alerta.
No entanto, algumas mudanças de hábito podem amenizar a quebra e deixar as unhas mais bonitas e saudáveis. Confira!
Sobre a Doctor Feet
Pioneira no segmento, a Doctor Feet é a mais ampla rede de serviços de podologia e venda de produtos para cuidados dos pés, médicos e ortopédicos, mobilidade e bem-estar. Os serviços ofertados em todas as unidades são os mais variados e vão desde os tratamentos tradicionais, como remoção de calos, calosidades e unhas encravadas, aos serviços preventivos, como corte técnico, reflexologia e fototerapia. Com 21 anos de mercado, a marca conta com mais de 80 unidades, em 14 estados brasileiros. Para mais informações: www.doctorfeet.com.br, ou nas redes sociais: Instagram: @doctor_feet e Facebook: /doctorfeet.podologia
Apoio ao hospital regional e atividades para comunidades ribeirinhas estão entre as ações da organização
TEFÉ/AM - A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) começou atividades no combate à pandemia de COVID-19 em Tefé, cidade no estado do Amazonas. A cidade fica a 1 dia e meio de barco da capital, Manaus, e é um importante ponto de referência para a região do Médio Rio Solimões. O hospital regional de Tefé recebe pacientes de pelo menos cinco municípios ao seu redor e está sendo apoiado por MSF com treinamentos para seus profissionais e na adaptação da estrutura para implementar medidas de prevenção e controle de infecções. Esses cuidados são fundamentais para evitar que profissionais de saúde e pacientes com outras doenças contraiam o novo coronavírus. MSF trabalha em Tefé em parceria com a prefeitura e a secretaria municipal de saúde, das quais recebeu apoio desde o primeiro momento em se ofereceu para ajudar no combate à pandemia no município.
No Amazonas, os primeiros casos de pessoas com COVID-19 foram identificados em Manaus, mas a pandemia logo se espalhou para o interior, seguindo a calha dos rios, que servem de principal meio de ligação entre a capital e o interior do estado. Agora, a maior preocupação é que a doença chegue até comunidades ribeirinhas mais remotas e mesmo comunidades indígenas isoladas dentro da floresta amazônica.
“A COVID-19 parece estar se espalhando de forma silenciosa para o interior do país. Sem uma metodologia apropriada para a testagem, que nos permita identificar e isolar os casos positivos, é muito difícil impedir a propagação da doença. Além disso, a falta de acesso a cuidados de saúde nessas áreas mais remotas faz com que não seja possível ter uma imagem completa para avaliar de forma adequada a situação, o que é fundamental para oferecer tratamento a quem precisa em tempo oportuno”, diz Dounia Dekhili, coordenadora-geral dos projetos de MSF no Brasil. Sem um panorama claro da evolução da doença, é muito difícil prever as atividades com alguma antecedência.
O descumprimento de medidas de isolamento é outro grande problema. Mesmo durante o período de lockdown que foi instituído em Tefé, era possível ver grande movimento durante o dia no centro da cidade. Além de contribuir para a propagação do novo coronavírus, a retomada precoce das atividades sobrecarrega os hospitais por diferentes motivos. Por um lado, pessoas que tinham medo de buscar atendimento para outros problemas que não a COVID-19 – para doenças crônicas como hipertensão e diabetes, por exemplo – finalmente saem de casa para procurar ajuda. Por outro lado, o número de acidentes de trabalho e de trânsito sobem novamente, voltando às taxas anteriores à pandemia. A médica de MSF Monica Dhand estava trabalhando nos Estados Unidos antes de se juntar ao projeto na Amazônia e traça um paralelo com o que viu em seu país. “Quando os casos de COVID-19 começaram a diminuir e as pessoas passaram a retomar suas atividades habituais, vimos um aumento no número de acidentes, por exemplo. Lidar com esses quadros, ao mesmo tempo em que ainda temos pacientes internados com o novo coronavírus, gerou uma dificuldade a mais. Estamos vendo agora o mesmo cenário em Tefé”, conta a médica, que coordena a equipe de MSF que irá apoiar o hospital regional da cidade.
Para alcançar as comunidades mais afastadas, profissionais de MSF estão também trabalhando com a unidade básica de saúde fluvial, uma embarcação que viaja por semanas pelo rio Solimões levando atendimento médico à população ribeirinha. A equipe da organização se uniu aos profissionais da secretaria municipal de saúde (SEMSA). Reconhecendo a importância de proteger essas comunidades de doenças como a COVID-19, o objetivo é apoiar esses profissionais com as melhores práticas de controle e prevenção de infecções, assim como promoção de saúde, enquanto dão assistência médica à população que vive em áreas onde não há postos de saúde em terra. “As atividades da UBS fluvial estão sendo retomadas agora, depois de três semanas paradas por conta da pandemia. Nossa equipe irá trabalhar justamente para que o atendimento médico tão necessário seja feito seguindo todos os protocolos de prevenção para proteger tanto as pessoas atendidas como os profissionais de saúde”, explicou José Lobo, coordenador do projeto de MSF em Tefé.
No Amazonas, MSF também tem atividades de prevenção e combate à COVID-19 em São Gabriel da Cachoeira e em Manaus. Com a diminuição de casos da doença na capital do estado, MSF vem reduzindo suas atividades na cidade e focando seus esforços no interior do Amazonas. A organização também está atuando em resposta a pandemia nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima.
Sobre Médicos Sem Fronteiras
Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos.
SÃO CARLOS/SP - Hoje é um dia mais que especial, pois há exatamente 14 anos o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), foi implantado em São Carlos.
O SAMU 192 é administrado pelo município por meio da Secretaria Municipal de Saúde, tendo como finalidade acolher o socorro a população em casos de emergência.
O SAMU tem por volta de 105 funcionários trabalhando em diversos setores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. No ano passado de Janeiro à Dezembro foram 12.754 atendimentos. Já neste ano de 2020, de Janeiro até Maio foram 5.053 atendimentos .
O SAMU, assim como todo o serviço que preza pela vida, é uma grande conquista da cidade e um orgulho para a população. São anjos que salvam vidas e os governos deveriam valorizar ainda mais esses profissionais, tanto nos salários, quanto nas condições de trabalho. Hoje, São Carlos conta com 4 Ambulâncias Básicas (USB) e uma USA (Unidade de Suporte Avançado) e o apoio de 2 motolancias. Só lembrando que a USA atende as rodovias em acidentes graves, atende a cidade toda uma população de aproximadamente 250 mil habitantes, e se fosse levar ao pé da letra é necessário pelo menos duas ambulâncias USA.
Quando chamar o SAMU - Na ocorrência de problemas cardiorrespiratórios; em caso de intoxicação, trauma ou queimadura; na ocorrência de quadros infecciosos graves; em trabalhos de parto; em casos de tentativas de suicídio; em crises hipertensivas; quando houver acidentes com vítimas; em casos de choque elétrico; em acidentes com produtos perigosos e na transferência de doentes de uma unidade hospitalar para outra.
Central de Regulação Médica - Ao discar 192, sua ligação será atendida pela Central de Regulação Médica de Urgência. Em um primeiro momento, a telefonista vai fazer algumas perguntas: motivo da ligação, endereço, ponto de referência e, em caso de acidentes, o número de vítimas. Neste caso, outras duas perguntas serão realizadas: A vítima está acordada? A vítima está respirando? Posteriormente, a ligação é transferida para um médico regulador, que faz o provável diagnóstico, orienta sobre as primeiras ações e avalia a necessidade de envio de uma ambulância. Esta avaliação é feita a partir das informações que você fornecer por telefone, por isso é necessário estar junto ao local em que se encontra o paciente. Esta norma, preconizada pelo Ministério da Saúde, tem por objetivo garantir o encaminhamento mais adequado e permite que o médico regulador vá prestando as primeiras recomendações sobre o socorro, ainda pelo telefone, enquanto a pessoa aguarda a chegada da ambulância. A indicação de atendimento dada pelo médico regulador é adaptada a cada necessidade, e pode ser: orientação por telefone ou ativação de unidades móveis de acordo com o tipo de atendimento, traumático ou clínico, e a gravidade estimada do caso, podem ser acionadas unidades de suporte básico (USB) ou unidade de suporte avançado (USA). Após o acionamento das unidades, a central de regulação médica de urgência acompanhará o atendimento até seu término, apoiando as equipes quando necessário e preparando a recepção hospitalar adequada ao atendimento da urgência.
PARABÉNS SAMU!
Informações: PMSC
803 pessoas participaram da coleta de informações e exames de sangue. Voluntários passaram o final de semana trabalhando no Mapeamento da COVID-19
SÃO CARLOS/SP - A segunda fase do “TESTAR PARA CUIDAR – PROGRAMA DE MAPEAMENTO DA COVID-19” atendeu 803 pessoas durante o último final de semana, para a coleta de informações e exames de sangue do levantamento. O número é satisfatório para a continuidade do trabalho que foi realizado em 14 pontos de São Carlos e contou com o apoio de mais de 90 voluntários.
O “TESTAR PARA CUIDAR” é uma pesquisa por amostragem que visa identificar a prevalência da doença COVID-19 no município de São Carlos. Realizado pela Santa Casa, Prefeitura de São Carlos, Statsol, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Hospital Universitário (HU-UFSCar) e Unimed, as pessoas são selecionadas por amostragem e convidadas a participarem da coleta de informações e de exame.
As amostras de sangue serão analisadas no Laboratório de Inflamação e Doenças Infecciosas (LIDI), do Departamento de Morfologia e Patologia da UFSCar por meio de testes sorológicos do tipo Elisa, que vão identificar se a pessoa já teve ou não o Coronavírus. Os testes foram comprados pela Prefeitura de São Carlos e até o final desta semana os primeiros resultados devem ser lançados.
O mapeamento conta com o apoio de mais de 90 voluntários, entre eles, alunos do curso de Medicina e de outras áreas da saúde da UFSCar e de outras instituições de ensino, integrantes ou não da ação “Brasil Conta Comigo”, profissionais da área da saúde do HU-UFSCar e Santa Casa, além de profissionais da Unimed-São Carlos, motoristas da Prefeitura de São Carlos e Guarda Municipal.
A estudante Malu Oliveira da Cunha, do 6º ano do curso de Medicina, é um desses voluntários. “Para mim está sendo um trabalho muito especial, principalmente porque é algo inédito que estamos vivendo. Fazer parte dessa pesquisa é um aprendizado e uma possibilidade de contribuir com a sociedade num momento como esse”, afirmou.
Os moradores selecionados para participar do “TESTAR PARA CUIDAR”, receberam uma máscara de tecido, acompanhada de um encarte com orientações de como usar e cuidar desse equipamento de proteção. 1.400 máscaras foram doadas pelo Clara Resorts. E as 4.200 restantes foram confeccionadas e embaladas pelo Grupo de Voluntários da Santa Casa. “Sabemos da importância desse projeto para estimar, de forma mais precisa, quantas pessoas foram infectadas pela COVID-19 em São Carlos. E quisemos aproveitar essa oportunidade para conscientizar a população sobre a importância de se proteger e usar a máscara”, afirma a coordenadora do Grupo de Voluntárias, Nilce Morillas.
A médica infectologista Carolina Toniolo Zenatti, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção relacionada à Assistência em Saúde (SCIRAS) da Santa Casa e uma das coordenadoras do “TESTAR PARA CUIDAR” explica que a participação dos voluntários foi fundamental para que o PROGRAMA DE MAPEAMENTO saísse do papel. “Esse é o maior levantamento da COVID-19 do Brasil em número de entrevistas por habitante e o mais preciso devido ao uso dos testes sorológicos tipo Elisa. Executar um projeto ambicioso como esse, não seria possível sem a participação dos voluntários que ajudaram na distribuição de senhas, na aplicação dos questionários, na coleta de exames e na confecção das máscaras de tecido”, comenta a infectologista.
O “TESTAR PARA CUIDAR – PROGRAMA DE MAPEAMENTO DA COVID-19” ainda conta com a colaboração do São Francisco, Dr. Tips e Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Biologia Molecular Ivo Ricci.
RIO DE JANEIRO/RJ - Um estudo liderado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou que medicamentos atualmente usados no tratamento da hepatite C inibem a replicação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em experimentos realizados com células. Os experimentos identificaram especialmente o potencial do antiviral daclastavir, que atuou contra o vírus em três diferentes linhagens celulares investigadas, além de reduzir a produção de substâncias inflamatórias associadas aos casos graves de Covid-19. Considerando a relevância do compartilhamento rápido de evidências científicas no contexto da pandemia, os achados foram publicados no site de pré-print bioRxiv.
O trabalho foi liderado pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com participação dos Laboratórios de Imunofarmacologia e de Pesquisa sobre o Timo do IOC. Também colaboraram Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Universidade Iguaçu (Unig), Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Inovação de Doenças de Populações Negligenciadas (INCT-IDPN) e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neuroimunomodulação (INCT-NIM) .
O pesquisador do CDTS e líder do estudo, Thiago Moreno, ressalta a importância de identificar compostos com ação sobre o novo coronavírus entre fármacos clinicamente aprovados para outras doenças. “O reposicionamento de medicamentos é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maneira mais rápida de identificar candidatos ao tratamento da Covid-19. Considerando que os antivirais de ação direta contra o vírus da hepatite C estão entre os mais seguros, nossos resultados indicam que estes fármacos, em especial o daclastavir, são candidatos para a terapia, com potencial para ser imediatamente incorporados em ensaios clínicos”, afirma Thiago.
“Enquanto as medidas de quarentena e distanciamento físico buscam reduzir a transmissão da doença, é esperado que a administração precoce de antivirais melhore o quadro clínico dos pacientes infectados, reduzindo a ocorrência de casos graves da Covid-19. Para isso, é fundamental encontrar compostos efetivos e seguros que possam ser avaliados em testes clínicos”, reforça a chefe do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC/Fiocruz e autora do artigo, Patrícia Bozza. Recentemente, os cientistas apontaram também o potencial de ação do atazanavir, remédio usado na terapia do HIV, contra o novo coronavírus.
Os autores alertam ainda para os riscos da automedicação, destacando que os testes em pacientes são fundamentais para avaliar a eficácia de terapias e todas as pessoas com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 devem procurar atendimento médico para orientação da terapia adequada.
Resultados dos testes
A pesquisa avaliou os antivirais daclastavir e sofosbuvir. Ambos atuam por diferentes mecanismos para inibir a replicação do vírus da hepatite C. Nos testes com o novo coronavírus, o daclastavir impediu a produção de partículas virais infectivas em três linhagens celulares estudadas, incluindo células pulmonares humanas. As análises apontaram que o fármaco interrompeu a síntese do material genético viral, o que levou ao bloqueio da replicação do vírus. Em células de defesa infectadas, o fármaco também reduziu a produção de substâncias inflamatórias, que estão associadas a quadros de hiperinflamação observados em casos graves de Covid-19.
A ação do daclastavir sobre o novo coronavírus foi mais potente que a do sofosbuvir. Este último inibiu a replicação viral em linhagens de células humanas pulmonares e hepáticas, porém não apresentou efeito durante a infecção em células Vero, derivadas de rim de macaco e largamente utilizadas em estudos de virologia. Os ensaios também compararam a ação com os efeitos de outros medicamentos. O daclastavir foi de 1,1 a 4 vezes mais eficiente do que a cloroquina e a combinação de lopinavir e ritonavir – fármacos que são alvo de ensaios clínicos para tratamento da Covid-19 – assim como a ribavirina, antiviral de amplo espectro usado em casos de hepatite. O medicamento superou ainda o atazanavir, que foi testado anteriormente pelos cientistas.
Os autores do trabalho apontam ainda que os parâmetros farmacológicos do daclastavir contra o novo coronavírus mostraram-se compatíveis com a farmacocinética do medicamento em pacientes, o que reforça seu potencial para ensaios clínicos. “Esses resultados sugerem fortemente que o daclastavir, devido a seus efeitos anti-Sars-CoV-2 e anti-inflamatórios, pode trazer benefícios para pacientes com Covid-19”, pontua Thiago.
SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirmou nesta segunda-feira (29/06) a morte da 13ª vítima da COVID-19 no município. Trata-se de homem de 60 anos, de São Carlos, internado desde 16/06 e que morreu nesta segunda-feira (29/06). São Carlos contabiliza neste momento 509 casos positivos para a doença (8 resultados positivos foram liberados hoje), com 13 mortes confirmadas. 42 óbitos já foram descartados até o momento. Dos 509 casos positivos, 448 pessoas apresentaram Síndrome Gripal e não foram internadas, 1 óbito sem internação, 60 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 41 receberam alta hospitalar, 7 estão internados e 12 positivos foram a óbito. 417 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 1.915 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus. Estão internadas neste momento 27 pessoas, sendo 16 adultos na enfermaria (4 positivos – sendo 1 de outro município, 7 suspeitos, 5 negativos); na UTI adulto hoje estão internadas 9 pessoas (5 positivos – sendo 1 de outro município, 3 suspeitos, 1 negativo). Uma criança está internada na UTI com suspeita da doença e outra na enfermaria também com suspeita da doença. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje 44,5%.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 4.202 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 3.437 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 765 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 1.815 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 1.399 tiveram resultado negativo para COVID-19, 343 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 73 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.
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