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Valor é duas vezes maior que o volume de recursos que serão liberados pelo Pronampe até o fim do ano, aponta FecomercioSP
 

SÃO PAULO/SP - As empresas brasileiras pagaram R$ 103,1 bilhões em juros entre janeiro e junho deste ano. O índice é 12,6% maior em comparação ao mesmo período de 2020 – o que representa R$ 11,6 bilhões a mais. Os dados são de um estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
O valor dos juros pago por pessoas jurídicas no período representa duas vezes o montante previsto para ser liberado pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) até o fim de 2022, estimado em R$ 50 bilhões.
 
Embora a taxa de juros cobrada no período tenha permanecido estável, o índice está relacionado ao efeito do ciclo de alta da Selic sobre algumas linhas de crédito. O próprio crescimento deste mercado resulta em aumento do valor de juros.
 
Além disso, a renegociação dos empréstimos com carência e incidência de juros sobre o saldo devedor, durante o período da pandemia, pode ter motivado o aumento de 4,2% em relação a 2021 no montante de juros pagos pelas empresas.
 

 
Queda na inadimplência
Por outro lado, a inadimplência entre as pessoas jurídicas caiu, aponta levantamento da FecomercioSP. Os valores nos atrasos superiores a 90 dias atingiram, em junho deste ano, R$ 22,1 bilhões – 7,2% a menos que os observados no primeiro semestre de 2020 (R$ 23,7 bilhões). Contudo, na comparação com 2021, quando o valor em atraso era de R$ 20,5 bilhões, o índice aumentou 8,2%.
 
É inegável que o crédito, nos últimos dois anos, foi fundamental para evitar a falência de muitas empresas, preservar empregos durante o período de pandemia – diante das restrições impostas a grande parte das atividades – e ditar o ritmo da retomada da economia.
 
Os programas de resgate e a renegociação dos empréstimos, contemplando carência e prazo maior de pagamento, possibilitaram que a inadimplência entre as pessoas jurídicas permanecesse sob controle e em patamar inferior aos seis primeiros meses de 2020.
 
Por fim, de acordo com o levantamento da FecomercioSP, os dados não deixam dúvida de que o crédito no Brasil impõe um custo elevado tanto para as famílias como para as empresas, pois retira da sociedade pouco mais de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) semestral, a título de pagamento de juros, representando uma parcela substancial de rendimentos. Consequentemente, inibe a capacidade de consumo e de investimento.
 
Nota metodológica
O estudo utiliza as informações disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB) em suas notas sobre operações de crédito livre realizadas pelo sistema financeiro nacional, representando, portanto, apenas as operações formais de empréstimos e não contemplando as lastreadas em recursos direcionados. As estimativas são baseadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) e Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para permitir a comparabilidade entre os valores entre os semestres, os dados nominais foram atualizados com base no índice oficial de inflação, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também do IBGE, e trazidos a preços de junho de 2022.

Pagamento de encargo representa 12,6% da renda, aponta levantamento da FecomercioSP

 

SÃO PAULO/SP - As famílias brasileiras pagaram R$ 284,1 bilhões em juros, nos seis primeiros meses de 2022, montante que representa 12,69% da renda dos lares no período. Na comparação com 2020, o valor é 18% maior, enquanto no comparativo com 2021 a variação foi de 9,9%. Isso significa dizer que o volume de juros pago pelas famílias aumentou R$ 43,3 bilhões em dois anos. Os dados são de um estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
O valor dos juros pagos por pessoas físicas no período corresponde a quase cinco vezes o valor estimado de R$ 60 bilhões que será injetado por meio do Auxílio Brasil (R$ 600 por indivíduo), entre agosto e dezembro deste ano. Consequentemente, os recursos que poderiam aumentar a massa de rendimentos das famílias e estimular a economia – ao serem destinados ao consumo e a outras despesas – serão comprometidos com o pagamento desses juros.
 
De acordo com o estudo, esses gastos representaram um dos maiores itens de despesa dos lares brasileiros, superou os valores destinados à educação, aos serviços de saúde e ao vestuário. Ficou abaixo apenas do custo dispendido pelos grupos com aluguel e alimentação.
 
Crédito
O crescimento dos pagamentos com juros está relacionado ao aumento da oferta de crédito no período. No primeiro semestre deste ano, o saldo das operações com recursos livres (que corresponde ao saldo das operações de empréstimo, financiamento, adiantamento e arrendamento) cresceu 11,6%, enquanto as concessões (valor das novas operações contratadas no período) avançaram 14% na comparação com o mesmo período de 2021.
 
Frente ao cenário de inflação elevada, o crédito foi importante para os lares manterem o padrão de consumo. Além disso, o consumo reprimido durante a pandemia cresceu com a volta à normalidade, sendo sustentado pelo crédito em conjunto com a recuperação do mercado de trabalho. A taxa de juros cobrada no primeiro semestre de 2022 foi de 18,8%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
 
Inadimplência
Por outro lado, as sucessivas elevações da taxa Selic, assim como a inflação em alta, provocaram um cenário de deterioração financeira. Entre janeiro e junho, a taxa de inadimplência entre as famílias brasileiras foi de 5,24% – índice que volta ao patamar recorde registrado em 2020 (5,3%).
 

 
O valor dos empréstimos atrasados há mais de 90 dias (que, tecnicamente, conceitua a inadimplência) apresentou alta de 45,1%, somando R$ 85,3 bilhões no primeiro semestre de 2022. Em 2021, eram R$ 58,8 bilhões em atraso.
 
Levantamento mais recente do Banco Central (Bacen) mostra uma situação preocupante quanto ao aumento da contratação de linhas emergenciais de crédito, como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial – as duas modalidades mais caras do mercado.
 
A despeito desse cenário atribulado, a FecomercioSP acredita que a melhora dos níveis de renda observada nos últimos meses, graças à recuperação do mercado de trabalho e à redução na inflação (com deflação por três meses consecutivos), além da injeção dos recursos do Auxílio Brasil no segundo semestre, podem ajudar para que os níveis de inadimplência permaneçam sob controle.
 
Nota metodológica
O estudo utiliza as informações disponibilizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB) em suas notas sobre operações de crédito livre realizadas pelo sistema financeiro nacional, representando, portanto, apenas as operações formais de empréstimos e não contemplando as lastreadas em recursos direcionados. As estimativas são baseadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) e Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para permitir a comparabilidade entre os valores entre os semestres, os dados nominais foram atualizados com base no índice oficial de inflação, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também do IBGE, e trazidos a preços de junho de 2022.

TURQUIA - O Banco Central da Turquia reduziu a taxa básica de juros para 10,5% na quinta-feira (20), patamar mais baixo dos últimos dois anos.

Nos últimos dois anos, os presidentes do BC da Turquia foram trocados de acordo com a política de juros, as taxas foram reduzidas, aumentadas e agora elas estão sendo reduzidos novamente. O processo de mudança dessas políticas ocorreu em apenas dois anos.

Isto porque a política de juros baixos do governo excedeu o mandato de estabilidade de preços do Banco Central. Tornou-se uma política de cortar as taxas de juros a cada oportunidade, em vez de controlar a inflação. A situação atual é muito mais grave. A inflação é agora deixada para trás e o objetivo é reduzir as taxas de juros para um dígito até as eleições.

 

"Os cortes nas taxas de juros estão chegando ao fim", diz BC turco

A taxa de corte hoje foi de 150 pontos base, patamar mais alto desde o ano passado, quando o BC cortou a taxa foi de 200 pontos-base em outubro de 2021. Nas 2 reuniões seguintes, o corte foi em 100 pontos-base cada uma. Nas 7 reuniões subsequentes, a taxa de juros foi mantida, e depois houve mais 100 pontos base de corte em agosto e setembro.

No texto da reunião de hoje, o Banco Central disse que completaria o processo com uma etapa semelhante em novembro. Considerando o desejo do presidente Recep Tayyip Erdoğan de taxas de juros de um dígito, a redução será em 100 ou 150 pontos base na próxima reunião.

 

Por que as taxas de juros estão sendo reduzidas?

Não há resposta a esta pergunta de acordo com os indicadores econômicos e políticas econômicas relacionadas. Em outras palavras, a resposta é um processo errado para um corte nas taxas de juros. Mas infelizmente, a principal razão pela qual as taxas de juros foram reduzidas a cada oportunidade durante um ano não é econômica, mas política. Se fosse econômico, o Banco Central teria tomado medidas reais para reduzir a inflação, que chegou a 80%, a fim de manter a estabilidade dos preços. O que tem sido feito para reduzir a inflação? Nada!

A razão pela qual a frente política quer taxas de juros baixas é para manter as rodas girando. Há um ano ouvimos o mesmo ritmo (formado durante a leitura) de investimento, emprego, produção, exportações e superávit de conta corrente, uma política destinada a elevar completamente a série que está sendo perseguida. Entretanto, além do crescimento numérico e do emprego relativamente aceitável, as exportações (mesmo que o recorde seja quebrado, as importações estão aumentando muito mais) e o superávit da conta corrente infelizmente estão se movendo na direção oposta ao objetivo.

Como manter as taxas de juros baixas e apoiar o setor real é a política de prioridade máxima durante o processo eleitoral, o Banco Central está reduzindo as taxas de juros.

 

Uma economia com alta inflação nunca pode ser eficiente

A Turquia está passando pela maior inflação desde os anos 1990 e o ponto ruim é que este é um problema que não pode ser controlado sozinho, pois os aumentos de preços continuam no mundo. Mesmo que a economia apresente crescimento de dois dígitos, apenas determinados segmentos podem crescer em um momento em que a inflação está corroendo as perdas de renda. Entretanto, o crescimento real deve ser uma melhoria nas classes média e baixa. Não é possível dizer isto.

 

O preço de ignorar a inflação está se tornando mais pesado

Poderia pensar que diferença faz se a taxa de juros é de 19% ou 9% contra os atuais 83% de inflação. No entanto, não é este o caso. Sim, isto é verdade do ponto de vista da perda da lira turca, mas uma das razões da perda de valor da moeda turca (válida para cada moeda) é a expectativa. Há uma diferença significativa entre o Banco Central não aumentar as taxas de juros para reduzir a inflação e se concentrar no superávit da conta corrente e cortar as taxas de juros quando a inflação está aumentando. E como esta diferença cria uma percepção negativa tanto para os investidores quanto para os cidadãos, ela também afeta negativamente as expectativas, o que acontece.

 

O que acontecerá em seguida?

Depois que o Banco Central cortou as taxas de juros em novembro, ele diz que vai esperar e assistir, assim como fez no período de 7 meses de manutenção das taxas. Vamos observar juntos como o aumento da inflação vai continuar e como a mobilidade a ser vivenciada da lira vai empurrar o BC a tomar medidas.

 

 

Şenay Şerefoğlu/Investing.com

EUA - O Fed (Federal Reserve, o banco central americano) elevou nesta quarta-feira (21) a sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez consecutiva, aumentando o indicador de referência para o mercado de crédito dos Estados Unidos para um patamar entre 3% e 3,25% ao ano.

A autoridade monetária americana vem ampliando agressivamente sua taxa de juros diante da necessidade de frear a maior inflação no país em 40 anos.

Preocupações com a escalada de preços ganharam ainda mais força na semana passada, após a divulgação do CPI, sigla em inglês para índice de preços ao consumidor, ter mostrado que a inflação nos EUA subiu 0,1% em agosto, acumulando 8,3% em 12 meses.

Analistas de mercado esperavam que o CPI mostrasse deflação de 0,1% no mês e, no acumulado em 12 meses, queda de 8,5% para 8,1%.

Apesar do desapontamento com a inflação de agosto, o país está aos poucos se afastando do pico de 9,1% registrado pelo CPI em junho.

Um dos motivos para a persistência da inflação americana é o mercado de trabalho extremamente aquecido. Há cerca de duas vagas para cada pessoa procurando emprego no país.

Em entrevista à imprensa após a apresentação da decisão sobre os juros, o presidente do Fed, Jerome Powell, comentou que os Estados Unidos precisam tirar força da inflação mesmo que para isso seja necessário aumentar o desemprego.

"Nós nunca vamos dizer que há gente demais trabalhando, mas o fato é que nós realmente estamos ouvindo das pessoas que elas estão sofrendo por causa da inflação", comentou Powell. "Não desistimos da ideia de ter apenas um aumento modesto do desemprego, mas nós precisamos cumprir esta tarefa", afirmou, sobre a necessidade de aumentar os juros.

Questionado sobre o impacto na economia da alta dos juros, o presidente do Fed afirmou: "Ninguém sabe se esse processo vai levar a uma recessão".

A lenta desaceleração da inflação vem respondendo basicamente à queda dos preços dos combustíveis, enquanto outros segmentos, como o de serviços, seguem em alta, comenta Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. "Isso mostra uma dificuldade do Fed em levar a inflação dos Estados Unidos para perto da meta de 2% ao ano", diz.

Há consenso no mercado sobre a necessidade de tornar o crédito mais caro para retirar dinheiro de circulação. Essa é a principal medida adotada por bancos central na tentativa de frear a inflação mundial, um processo que teve início devido a falhas provocadas pela pandemia no abastecimento global de matérias-primas e bens de consumo. O problema se tornou ainda mais grave com a Guerra da Ucrânia elevando preços de energia e alimentos.

O comitê monetário americano, mais conhecido pela sigla Fomc, vem aprovando elevações da taxa do banco central do pais desde março, quando o indicador estava perto de zero. Cinco aumentos ocorreram desde então, no ritmo mais rápido de crescimento dos juros no país desde a década de 1980.

Antes de junho deste ano, a taxa do Fed havia subido em 0,75 ponto pela última vez em 1994.

Projeções dos formuladores da política monetária dos EUA indicam que a taxa ainda subira 1,25 ponto percentual neste ano, colocando a meta do Fed em um intervalo entre 4,25% e 4,5%. O banco central ainda realizará mais duas reuniões neste ano.

Existem receios, porém, de que o custo desse aperto monetário será uma grave desaceleração da atividade econômica em escala mundial.

Entre os efeitos de uma recessão estão a ausência de crescimento das empresas, aumento consistente do desemprego e queda exagerada do consumo.

Sem perspectiva de crescimento das empresas, investidores tendem a abandonar os mercados de ações para buscar ganhos na renda fixa. A mais segura delas é a americana, onde os títulos soberanos dos Estados Unidos ficam cada vez mais vantajosos.

O rendimento dos títulos do Tesouro americano com vencimento em dez anos, referência para esse mercado, alcançou nesta semana o maior patamar em uma década.

O movimento de dólares em direção à renda fixa americana também torna a moeda escassa em outros países. O dólar ficou mais caro neste ano, na comparação média com as principais moedas.

 

 

CLAYTON CASTELANI / FOLHA de S.PAULO

BRASÍLIA/DF - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) registrou queda de 0,36% em agosto, após recuo de 0,68% em julho, quando a taxa foi a menor desde o início da pesquisa, em janeiro de 1980. Com isso, a inflação acumula alta de 4,39% no ano e de 8,73% em 12 meses. Os dados foram divulgados na sexta-feira (9), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, disse que a desaceleração na deflação foi influenciada pela tarifa da energia elétrica e pelo preço dos combustíveis.

“Um dos fatores é a retração menos intensa da energia elétrica (-1,27%), que havia sido de 5,78% no mês anterior, em consequência da redução das alíquotas de ICMS. Também houve aceleração de alguns grupos, como saúde e cuidados pessoais (1,31%) e vestuário (1,69%), e a queda menos forte do grupo de transportes em agosto”, argumentou.

Ele lembra que, em julho, o preço da gasolina caiu 15,48% e, em agosto, a retração foi de 11,64%. Com isso, o grupo dos transportes registrou -3,37%, com a queda de 10,82% nos preços dos combustíveis. No mês, o gás veicular caiu 2,12%, o óleo diesel retraiu 3,76% e o etanol ficou 8,67% mais barato.

Segundo o IBGE, as passagens aéreas caíram 12,07% em agosto, após quatro meses consecutivos de alta, influenciadas pela sazonalidade das férias de julho que geram aumento da demanda, bem como as altas anteriores que elevaram a base de comparação. Além disso, houve redução do querosene de aviação no período.

O grupo comunicação teve queda de 1,10%, com a redução de 6,71% nos planos de telefonia fixa e de 2,67% em telefonia móvel.

Altas

O grupo habitação subiu 0,10% em agosto. O segmento de  saúde e cuidados pessoais teve alta de 1,31%, com as elevações de 2,71% no item higiene pessoal e de 1,13% no plano de saúde. O grupo vestuário teve a maior variação no mês: 1,69%. As principais influências foram roupas femininas (1,92%), masculinas (1,84%) e calçados e acessórios (1,77%).

O grupo alimentação e bebidas subiu 0,24%, após a alta de 1,30% de julho. Ficaram mais caros o frango em pedaços (2,87%), queijo (2,58%) e frutas (1,35%). Foram verificadas quedas no preço do tomate (-11,25%), da batata-inglesa (-10,07%) e do óleo de soja (-5,56%).

Kislanov destacou, também, a queda de 1,78% no leite longa vida, com a proximidade do fim da entressafra. “Nos últimos meses, os preços do leite subiram muito. Como estamos chegando ao fim do período de entressafra, que deve seguir até setembro ou outubro, isso pode melhorar a situação. Mas, no mês anterior, a alta do leite foi de 25,46%, ou seja, os preços caíram em agosto, mas ainda seguem altos”, explicou.

O levantamento do IBGE aponta que a alimentação fora do domicílio ficou 0,89% mais cara em agosto, com a refeição acelerando de 0,53% em julho para 0,84% e o lanche desacelerando de 1,32% para 0,86% no período.

INPC

A queda no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,31% em agosto, desacelerando com relação à deflação apurada em julho, de 0,60%. Com isso, o índice acumula alta de 4,65% no ano e de 8,83% nos últimos 12 meses.

Os produtos alimentícios passaram de 1,31% em julho para 0,26% em agosto. Já os não alimentícios foram uma queda de 1,21% em julho para retração de 0,50% em agosto.

A inflação medida pelo INPC se refere às famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.

 

 

Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil 

BUENOS AIRES - O banco central da Argentina deve aumentar a taxa básica de juros do país ainda nesta semana, disse uma fonte, depois de o Ministério da Economia estabelecer uma taxa de câmbio preferencial para produtores de soja apelidada de "dólar da soja", em uma tentativa de promover as exportações.

O governo anunciou no domingo o incentivo cambial para acelerar as estagnadas vendas do grão, permitindo que os produtores de soja convertam seus lucros para a moeda local a 200 pesos por dólar, muito acima da taxa oficial, de 140 pesos.

A Argentina é o maior exportador mundial de óleo de soja processado e farelo de soja e o terceiro exportador da commodity em estado bruto.

Uma fonte com conhecimento direto da decisão afirmou que a instituição elevaria a taxa básica nesta semana, já em alta acentuada nos últimos meses, para apertar a liquidez dada a entrada esperada de recursos da nova medida cambial.

"O 'dólar de soja' é uma medida excepcional acertada com exportadores, o banco central e o Ministério da Economia, mas a necessidade de ter pesos para comprar esses dólares faz com que seja necessário absorver mais liquidez urgentemente", disse à Reuters um assessor do banco central, que pediu para não ser identificado.

O banco central se recusou a comentar. A diretoria do banco normalmente se reúne às quintas-feiras para tomar decisões de política monetária, embora a expectativa fosse de que a instituição esperasse até o fim deste mês, quando os dados de inflação de agosto devem ser divulgados, antes de subir a taxa básica.

 

 

Por Jorge Otaola / REUTERS

CHINA - O Banco Central da China reduziu nesta segunda-feira (22) uma taxa de juros sobre empréstimos para estimular a economia, afetada pela rígida política anticovid e uma queda no mercado imobiliário.

A segunda maior economia do planeta registrou um avanço nos números depois que flexibilizou as restrições pela pandemia em junho, mas a opinião dos consumidores e das empresas permanece abaixo do habitual.

A taxa básica de juros para empréstimos a um ano, referência para empréstimos a empresas, foi reduzida de 3,7% para 3,65%, informou o Banco Popular da China (PBOC) em um comunicado.

Ao mesmo tempo, a taxa básica para empréstimos a cinco anos, usada para definir hipotecas, foi reduzida de 4,45% para 4,3%.

Os analistas anteciparam os cortes na taxa básica de juros, mas alertaram que a medida pode ser insuficiente para a recuperação do setor imobiliário, que segundo vários cálculos representa 25% do PIB chinês.

"O corte da taxa a cinco anos sugere que o PBOC está preocupado com os problemas do mercado imobiliário", destacou a Capital Economics em um comunicado.

"Os compradores de imóveis com hipotecas, no entanto, terão que esperar até o início do próximo ano para que a mudança os beneficie", acrescenta a nota.

O mercado imobiliário da China foi abalado por compradores frustrados em dezenas de cidades que boicotaram os pagamentos de hipotecas, enquanto as empresas do setor, sem recursos, tentavam completar as unidades já vendidas.

"A maioria das hipotecas está vinculada a esta taxa básica (a cinco anos). Este corte obviamente reduzirá a carga dos mutuários", disse Iris Pang, economista-chefe para a China do ING.

O crescimento econômico chinês foi de 0,4% em ritmo anual no segundo trimestre, o menor desde o início da pandemia em 2020.

 

 

AFP

ARGENTINA - O Banco Central da República Argentina (BCRA) elevou a taxa básica de juros de 60% para 69,5% ao ano diante do avanço da inflação no país.

A autoridade monetária anunciou que aumentou em 9,5 pontos porcentuais a taxa de juro nominal anual das Letras de Liquidez (Leliq) a 28 dias. Da mesma forma, a autoridade monetária aumentou as taxas mínimas de juros dos depósitos a prazo fixo: para pessoas físicas, a taxa mínima será de 69,5% ao ano para depósitos de varejo de 30 dias, enquanto para os demais depositantes será de 61%.

A elevação da taxa aconteceu poucas horas antes de o índice de preços ao consumidor de julho ser divulgado. A inflação foi de 7,4%, na comparação com o mês anterior, o que levou a um aumento de 46,2% acumulado desde janeiro e de 71% em relação ao mesmo mês do ano passado. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

O setor que teve o maior aumento mensal foi de Recreação e Cultura (+13,2%), fruto em parte das altas dos serviços de turismo e do recesso de inverno. Em seguida, segundo a autoridade monetária argentina, a maior alta foi na área de Equipamentos e Manutenção Doméstica (+10,3%), acompanhada de perto por Restaurantes e Hotéis (+9,8%).

ARGENTINA - O banco central da Argentina elevou sua taxa básica de juros na quinta-feira (16). Foi a maior alta em três anos, na esteira do amplo aumento de juros pelo banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, e enquanto o país sul-americano combate uma inflação altíssima, em cerca de mais de 60%.

O BC elevou a taxa de referência Leliq em 300 pontos-base, para 52%, o aumento mais acentuado desde 2019, citando a crescente percepção de risco financeiro, a disparada dos preços globais e a necessidade de estimular a economia com o fortemente atingido peso local.

O movimento pela Argentina, que tem um dos mais altos níveis de inflação do mundo, ocorre à medida em que os bancos centrais do Brasil e da Europa também elevaram os juros para combater a alta dos preços.

“A alta nos juros age principalmente incentivando a economia em pesos", disse o banco central argentino, acrescentando que continuará calibrando a política monetária conforme a inflação.

 

 

Por Jorge Otaola / REUTERS

ESLOVÁQUIA - O Banco Central Europeu precisa acelerar o ritmo do aperto monetário para 0,50 ponto porcentual em setembro, após um aumento inicial de 0,25 ponto previsto em julho, disse ontem o membro do conselho do governo eslovaco, Peter Kazimir.

“O verão (no Hemisfério Norte) não é o fim de nada, apenas o começo”, disse Kazimir, em comentários enviados por e-mail. “No outono, concretamente em setembro, continuaremos com o aumento dos juros, e aqui vejo claramente a necessidade de acelerar o ritmo e entregar um aumento de 0,50 ponto.”

O BCE indicou um aumento de 0,25 ponto dos juros em julho e disse que uma elevação maior pode ser necessária em setembro, pois as pressões inflacionárias estavam aumentando e se disseminando, elevando o risco de o crescimento dos preços se tornar arraigado.

“Do meu ponto de vista, é mais razoável agir preventivamente do que coçar a cabeça depois”, disse Kazimir, presidente do banco central eslovaco.

O BCE estima inflação de 6,8% este ano, mais do que o triplo da meta, e a subida dos preços pode se manter acima de 2% até 2024, aumentando o risco de as empresas e as famílias perderem a confiança no compromisso do banco com a estabilidade.

 

 

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