ARARAQUARA/SP - O valor médio da cesta básica araraquarense apresentou alta pelo quarto mês consecutivo, segundo levantamento do Núcleo de Economia do Sincomercio. De acordo com a pesquisa, o consumidor que, em maio de 2021, desembolsava R$ 801,17 para adquirir todos os itens que compõem a cesta avaliada, atualmente investe R$ 806,61, ou seja, R$ 5,44 a mais.
Considerando o preço médio dos 32 itens analisados, em junho, 19 apresentaram alta, enquanto 13 registraram redução. Na categoria de alimentação, a elevação atingiu 16 dos 23 itens; na de limpeza doméstica, um dos quatro itens; e na de higiene pessoal, dois dos cinco itens que compõem o grupo tiveram aumento. Por outro lado, as reduções de preço foram observadas em cinco produtos do grupo de alimentos, em três itens de limpeza doméstica e em três produtos do grupo de higiene pessoal.
Os alimentos que apresentaram as maiores altas de preço foram: queijo muçarela (11,03%), batata (9,95%), biscoito Maisena (8,75%), linguiça fresca (6,63%) e açúcar refinado (5,83%). Já os produtos que apresentaram queda foram: cebola (-25,97%), detergente (-12,37%), farinha de mandioca torrada (-9,92%), ovos brancos (-4,65%) e água sanitária (-4,22%).
Para Marcelo Cossalter, pesquisador do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, a alta no mês de junho está associada à elevação nos preços que possuem maior participação, considerando o conjunto de itens, sobretudo, nos alimentos. “Ainda que tenha sido registrada parcial estabilidade entre alguns produtos de maior peso, como o arroz branco e o contrafilé, a alta observada em outros foi superior, pressionando o valor médio da cesta”, explica.
FRANKFURT - O Banco Central Europeu estabeleceu uma nova meta de inflação nesta quinta-feira e adotou um papel na luta contra as mudanças climáticas após uma revisão de estratégia que marca a maior reforma até hoje na instituição financeira mais poderosa da Europa.
O banco central dos 19 países que compartilham o euro já assumiu uma série de funções ao longo dos anos, desde supervisão bancária até infraestrutura de pagamento, especialmente após a crise da dívida do bloco há uma década.
Sua primeira revisão de estratégia desde 2003 estava atrasada há tempos e a presidente do BCE, Christine Lagarde, fez dela uma prioridade ao assumir o lugar de Mario Draghi no final de 2019. O projeto de revisão estava programado para durar um ano, mas foi estendido para 18 meses, já que as autoridades estavam concentradas em responder à pandemia de Covid-19.
Em decisão que já havia sido sinalizada por autoridades de política monetária, o BCE fixou sua meta de inflação em 2% no médio prazo, abandonando uma formulação anterior que almejava inflação "abaixo, mas perto de 2%", o que deu a impressão de que o banco central da zona do euro estava mais preocupado com o aumento dos preços acima de sua meta do que abaixo dela.
Mas, após quase uma década de inflação abaixo do objetivo, a principal questão para os investidores era se o BCE estaria disposto a deixar o aumento dos preços ultrapassar sua meta no futuro ou se seguiria o Federal Reserve, que tem como meta alcançar uma inflação média num período mais longo de tempo para "compensar" momentos de avanço fraco dos preços.
Resolvendo o que era uma das questões mais polêmicas entre as autoridades, o BCE disse que a inflação acima e abaixo de sua meta é indesejável e não terá como objetivo ultrapassá-la após um longo período de inflação baixa.
"Esta meta é simétrica, o que significa que desvios negativos e positivos da inflação em relação ao objetivo são igualmente indesejáveis", afirmou o BCE.
Mas o banco admitiu que, em certas situações, quando um suporte monetário especialmente forte ou persistente é necessário, a inflação pode exceder moderadamente sua meta por um período transitório.
A nova política não se comprometeu com superar a inflação depois de longos períodos de inflação baixa, uma possível decepção para os investidores que buscavam um compromisso com a tolerância da inflação acima da meta após períodos de baixo crescimento dos preços, o que garantiria estímulos mesmo em meio à recuperação.
O BCE também disse que não está satisfeito com a medida atual da inflação, uma vez que omite grandes parcelas dos custos de habitação, de modo que as autoridades também examinarão outros indicadores da alta dos preços.
"Em suas avaliações de política monetária, o Conselho vai levar em conta medidas de inflação que incluem estimativas iniciais do custo de moradias ocupadas pelo proprietário para suplementar suas medidas de inflação mais amplas", disse.
Em sua talvez maior mudança, o BCE disse que fará mais para ajudar na luta contra as mudanças climáticas e vai incluir considerações sobre isso nas operações de política monetária nas áreas de comunicação, avaliação de risco e decisões sobre garantias e compras de ativos do setor corporativo.
*Por Balazs Koranyi / REUTERS
BRASÍLIA/DF - Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em maio podem sacar, a partir de hoje (8) a terceira parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro foi depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 23 de junho.
Os recursos também poderão ser transferidos para uma conta-corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro podia ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.
Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.
O saque originalmente estava previsto para ocorrer em 22 de julho, mas foi antecipado em duas semanas por decisão da Caixa. Segundo o banco, a adaptação dos sistemas tecnológicos e dos beneficiários ao sistema de pagamento do auxílio emergencial permitiu o adiantamento do calendário.
O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.
Neste ano, a nova rodada de pagamentos, durante quatro meses, prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, recebem R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.
Calendário de saques da terceira parcela do auxílio emergencial 2021 - Caixa - Divulgação
Pelas regras estabelecidas, o auxílio será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. É necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não há nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso, seja a parcela paga no programa social, seja a do auxílio emergencial.
* Colaborou Andreia Verdélio
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
SÃO PAULO/SP - O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (7) que ampliará a permissão de funcionamento do comércio até as 23h a partir desta sexta-feira (9). Atualmente, o limite de horário vai até 21h. A medida incluiu todos os setores da economia, como bares, restaurares, shoppings e serviços de um modo geral.
Também foi anunciado o aumento da capacidade de ocupação dos estabelecimentos, que passará de 40% para 60%.
De acordo com o governador João Doria (PSDB), a medida vale para todo o estado, até para as regiões que ainda estão com mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI com pacientes de Covid. Segundo o governador, caberá aos prefeitos adotar medidas mais restritivas, caso necessário.
Além da ampliação do funcionamento do comércio, o governo também pretende realizar 30 eventos testes a partir de 17 de julho: festivais, shows, feiras e eventos esportivos.
Também foi anunciada nesta quarta-feira a retomada das aulas presenciais em universidades e escolas técnicas a partir de 2 de agosto.
Fase de transição
Em 2020, o governo estadual criou o Plano São Paulo, para regulamentar as regras da quarentena em cada região. No entanto, desde 18 de abril, todo o estado de São Paulo está na chamada fase de transição, e os critérios originais do plano deixaram de ser obedecidos.
Esta fase, criada para representar uma etapa transitória da fase emergencial, a mais rigorosa da quarentena, não leva em consideração os indicadores da pandemia no estado.
De acordo com o plano, o funcionamento de estabelecimentos até as 23h seria liberado apenas na fase verde, que poderia ocorrer apenas com taxas de ocupação de UTI abaixo de 60%. Atualmente, a taxa de ocupação desses leitos está em 70% no estado de SP.
Antes da mudança desta quarta (7), o governo de São Paulo havia adiado três vezes a liberação do funcionamento do comércio até as 22h, renovando a chamada fase de transição do Plano SP que iria até o dia 15 de julho.
No final de maio, o comércio foi autorizado a elevar a capacidade máxima de 30% para 40%. Na prática, porém, não há lei, multa ou fiscalização para verificar esse percentual.
Pandemia no estado
Nesta semana, o estado registrou pela primeira vez em quatro meses número total de pacientes internados com Covid em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) menor que 9 mil.
Embora as internações estejam caindo em julho, o número absoluto registrado nesta semana ainda é 40% maior do que o recorde da primeira onda em 2020, quando 6.416 pacientes ocupavam leitos de UTI há exatamente um ano.
A taxa geral de ocupação de leitos de UTI é de 70% no estado e de 64,56% na Grande São Paulo, considerando toda a rede de saúde.
Nove regiões do interior do estado, no entanto, ainda apresentam ocupação acima de 80% (Araraquara, Barretos, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, S. João da Boa Vista, S. José do Rio Preto e Sorocaba).
De acordo com o coordenador executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo, o governo espera que a ocupação caia com o avanço da vacinação.
"Nesses municípios em que a ocupação ainda é superior a 80%, seja analisada, discutida localmente a possibilidade da manutenção de algumas medidas restritivas. Nós esperamos que, com isso, nas próximas semanas já tenhamos indicadores melhores. Então é fundamental que os prefeitos e as regionais de saúde que ainda apresentam ocupação mais alta analisem localmente a manutenção de horários de funcionamento", disse.
O número de novos casos e de mortes por Covid no estado entraram em queda, mas ainda estão em patamar muito elevado, também superior ao registrado no pico primeira onda da doença em 2020.
A média móvel diária de novas mortes é de 465 nesta quarta, valor 20% menor do que o registrado há 14 dias, o que indica tendência de queda. No pior momento de 2020, no entanto, o recorde na média móvel de mortes havia sido de 289.
A média diária de caos é de 13.823 nesta quarta, valor 21% menor do que o registrado há 14 dias.
Autoridades de saúde também se preocupam com a chegada da variante Delta ao estado de São Paulo, o que pode voltar a aumentar o número de casos.
"A notícia de que nós temos a variante Delta aqui no estado de são Paulo é motivo de mantermos todas as normas de segurança, porque nós não sabemos ainda qual vai ser o comportamento dessa variante. Nós sabemos que na Europa e em Israel essa variante tem provocado um aumento no número de casos, inclusive com uma pequena redução da efetividade das vacinas. Mas eu diria que aqui nós precisamos de mais tempo e informação, até porque essa variante concorre com uma outra variante que nós já enfrentamos que é a variante Gama", disse Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência.
*Por G1 SP
BRASÍLIA/DF - O comércio varejista nacional teve alta de 1,4% em seu volume de vendas na passagem de abril para maio deste ano. Essa é a segunda alta consecutiva do indicador, que já havia subido 4,9% de março para abril. O dado é da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor também teve crescimentos de 1,1% na média móvel trimestral, 16% na comparação com maio de 2020, 6,8% no acumulado do ano e 5,4% nos últimos 12 meses.
A receita nominal cresceu 2,4% em relação a abril, 29,8% na comparação com maio do ano passado, 18,1% no acumulado do ano e 13,3% nos últimos 12 meses.
A alta de 1,4% no volume de vendas de abril para maio foi puxada por sete das oito atividades pesquisadas pelo IBGE. A exceção foi o segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que recuou 1,4%.
Entre as altas, o destaque ficou com tecidos, vestuário e calçados (16,8%) e combustíveis e lubrificantes (6,9%). Os demais setores com crescimento foram: outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,4%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,3%), supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1%) e móveis e eletrodomésticos (0,6%).
Varejo ampliado
O varejo ampliado, que também inclui veículos e materiais de construção, teve alta de 3,8% em seu volume de vendas na comparação com abril. Os materiais de construção cresceram 5%, enquanto os veículos e peças tiveram alta de 1% no período.
Segundo o IBGE, o varejo ampliado teve altas de 26,2% na comparação com maio de 2020, de 12,4% no acumulado do ano e de 6,8% no acumulado de 12 meses. Na receita nominal, houve aumentos de 4,7% na comparação com abril deste ano, de 41,1% em relação a maio de 2020, de 24,6% no acumulado do ano e de 15% em 12 meses.
*Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - Apresentado ontem (6), pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a publicação “A Cachaça no Brasil: Dados de registro de Cachaças e Aguardentes” mostra um segmento em pleno crescimento no país. Atualmente, há 5.523 marcas de cachaça e aguardente disponíveis no mercado para comercialização, coleção e degustação pelos apreciadores e colecionadores de rótulos destes destilados.
No ano passado, o número de marcas de cachaça registradas aumentou 18,5%, na comparação com 2019. Já na quantidade de marcas o incremento foi de 11,3%. São 4.743 marcas de cachaça e 780 marcas de aguardente registradas no país. Em 2019 eram, respectivamente, 4.004 e 701. Em 2108 eram 3.648 cachaças e 1.862 aguardentes. No jargão técnico, para que uma aguardente de cana-de-açúcar produzida no Brasil ganhe o status de cachaça a sua graduação alcoólica deve estar entre 38% e 48%. Além de parâmetros físico químicos diferentes, a cachaça pode ser obtida apenas a partir da destilação do mosto fermentado de cana, enquanto a aguardente pode ser obtida deste ingrediente e também a partir do rebaixamento do teor alcoólico do destilado alcoólico simples de cana. Os termos “cachaça” e “cachaça do Brasil” são indicações geográficas para o país, podendo ser utilizadas apenas por produtores nacionais. Com isso, a agroindústria da bebida mais popular do país vem se sofisticando e atraindo novos apreciadores.
Não por acaso, o número de produtores de aguardente e cachaça registrados no Brasil aumentou 4,14% em 2020, quando comparado com o ano anterior, chegando a 1.131 estabelecimentos. O número de produtores de cachaça aumentou 6,8%, o que compensou a retração de 3,5% do número de produtores de aguardente no período. “Tivemos uma recuperação notável em relação ao ano anterior, considerando que estamos atravessando uma pandemia e o consumo desse tipo de bebida é extremamente impactado pela falta de eventos sociais e festejos”, diz Carlos Vitor Müller, coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa.
O estado de Minas Gerais permanece na liderança tanto em número de produtores de cachaça como de aguardente. São 397 produtores, muito à frente do segundo colocado, São Paulo, com 128, e Espírito Santo, terceiro colocado com 64 produtores. A concentração de marcas de cachaça permanece na região Sudeste, com quase 70% delas, sendo este também o percentual aproximado de registros de produtos cachaça. Novamente Minas Gerais se destaca, com 1.908 marcas. A região Sudeste é a que tem o maior percentual de estabelecimentos registrados para produção de cachaça (68,7%), com um total de 656 produtores.
A abrangência nacional de produtores de cachaça aumentou em 2020, quando foram identificados produtores registrados no Mapa em 25 unidades da federação. Apenas os estados do Amapá e Roraima não têm produtores de cachaça registrados. “O anuário demonstrou a manutenção da concentração dos estabelecimentos no Sudeste, especialmente em Minas Gerais, mas com alguns arranjos regionais, como em alguns municípios no Ceará que têm uma grande quantidade de produtores de aguardente, além de municípios em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, com muitos estabelecimentos em pequenos municípios”, diz Müller.
Onde está a cachaça
Segundo o Anuário da Cachaça 2020, o município de Córrego Fundo (MG) apresenta a maior densidade cachaceira do país, com um produtor de cachaça registrado para cada 798 habitantes. Em relação à aguardente, o primeiro lugar na densidade aguardenteira fica para o município de Pinheiro Preto (SC), onde há um produtor para cada 450 habitantes.
O município de Salinas, em Minas Gerais, que é reconhecido como a Capital Nacional da Cachaça, aparece novamente em primeiro lugar no número de estabelecimentos produtores de cachaça com registro no Mapa, com 23 empresas. Em segundo lugar, está São Roque do Canaã (ES), com 10 estabelecimentos. Alto Rio Doce (MG) teve um aumento de 350% no número de estabelecimentos registrados no Mapa.
*Por: FORBES
COREIA DO SUL - A Samsung Electronics deve ter um aumento de 38% em seus lucros para o trimestre entre abril e junho, graças aos preços altos dos chips e um apetite por eletrônicos impulsionado pela pandemia, além da recuperação de investimentos em data centers.
O lucro operacional da maior fabricante de chips de memória e smartphones do mundo provavelmente saltou para 11,3 trilhões de wones (US$ 10 bilhões), segundo uma estimativa da Refinitiv SmartEstimate calculada a partir de projeções de 20 analistas e ponderada entre aqueles que são consistentemente mais precisos.
O forte desempenho da gigante sul-coreana de tecnologia – apesar de ter vendido menos smartphones entre janeiro e março – sublinha a estratosférica demanda por chips que esgotou os estoques e saturou a capacidade de produção.
O resultado representará um crescimento de 20% em relação ao primeiro trimestre, no maior lucro operacional da Samsung no segundo trimestre desde 2018. As receitas provavelmente cresceram 15,4%.
A Samsung deve anunciar os resultados preliminares do segundo trimestre por estes dias.
A divisão de chips da empresa deve ter se beneficiado dos aumentos nos preços de chips de memórias que excedeu as estimativas do mercado, disseram analistas, e as vendas também cresceram.
Os preços dos chips DRAM, muito utilizados em servidores, celulares e outros dispositivos de computação, subiram 27% em comparação ao trimestre de março, e os chips flash NAND, que atendem ao mercado de armazenamento de dados, cresceram 8,6%, segundo a provedora de pesquisas Trendforce.
O lucro também melhorou na indústria de produção de chips sob contrato e de design lógico de chips, parcialmente porque as operações na fábrica do Texas, que havia sido atingida por uma tempestade, voltaram ao normal, afirmaram analistas.
Eles estimam que o lucro operacional da divisão de chips entre abril e junho subiu 22% em relação ao mesmo período do ano anterior, para cerca de 6,6 trilhões de wones.
Ainda assim, a venda de smartphones da Samsung caiu para cerca de 59 milhões em abril-junho, de 76 milhões no primeiro trimestre, segundo a Shinyoung Investment & Secuirities, conforme as vendas caíram para o seu mais recente modelo carro-chefe lançado em meados de janeiro.
A demanda menor da Índia, atingida com força pela pandemia durante o trimestre, e também o fornecimento limitado de alguns chips de processadores móveis podem ter afetado as vendas, dizem analistas, estimando o lucro operacional do setor de celulares será de 2,9 trilhões de wones. (Com Reuters)
*Por: FORBES
BRASÍLIA/DF - O preço médio do GLP (gás liquefeito de petróleo) ou gás de cozinha da Petrobras fica 6% mais caro a partir desta terça-feira (6). É o sexto aumento do produto neste ano. Com isso, o valor passa para R$ 3,60 o quilo, um aumento médio de R$ 0,20. Nesta segunda-feira, a empresa subiu também os valores da gasolina (+6%) e do óleo diesel (+3,7%).
O gás de cozinha já quase dobrou de valor desde 2019, com a mudança na política de reajustes da Petrobras. O valor médio do botijão de 13 kg é de R$ 88,91, segundo dados da última semana da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O preço varia, dependendo da região do país, de R$ 64,99 a R$ 125,00.
O GLP já havia sido reajustado em 6%, em junho passado. A empresa, em nota, reafirma a sua política de paridade de importação e de evitar "o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais".
O novo preço médio para o botijão 13 kg nas refinarias passa a ser de R$ 46,8. Ao valor, porém, é adicionada a fatia da distribuição e revenda (35,6%) e impostos estaduais (ICMS), de cerca de 14%, depois de o governo ter zerado os impostos federais (PIS/Cofins) que representavam menos de 1% do preço na refinaria.
De acordo com dados do FGV Ibre (Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas), o gás de cozinha compromete 1% da renda familiar do brasileiro. A tendência, com o avanço da vacinação contra a covid-19 e o reaquecimento da economia no mundo inteiro, é o petróleo continuar em alta, impactando ainda mais o preço do produto.
*Do R7
BRASÍLIA/DF - Trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos em abril podem sacar, a partir de hoje (6), a terceira parcela do auxílio emergencial 2021. O dinheiro foi depositado nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal em 22 de junho.
Os recursos também poderão ser transferidos para uma conta-corrente, sem custos para o usuário. Até agora, o dinheiro apenas podia ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas domésticas (água, luz, telefone e gás), de boletos, compras em lojas virtuais ou compras com o código QR (versão avançada do código de barras) em maquininhas de estabelecimentos parceiros.
Em caso de dúvidas, a central telefônica 111 da Caixa funciona de segunda a domingo, das 7h às 22h. Além disso, o beneficiário pode consultar o site auxilio.caixa.gov.br.
O saque originalmente estava previsto para ocorrer em 20 de julho, mas foi antecipado em duas semanas por decisão da Caixa. Segundo o banco, a adaptação dos sistemas tecnológicos e dos beneficiários ao sistema de pagamento do auxílio emergencial permitiu o adiantamento do calendário.
O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado pelo governo federal para atender pessoas vulneráveis afetadas pela pandemia de covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.
Neste ano, a nova rodada de pagamentos, durante quatro meses, prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, recebem R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.
Calendário de saques da terceira parcela do auxílio emergencial 2021 - Caixa - Divulgação
Pelas regras estabelecidas, o auxílio será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. É necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não há nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso, seja a parcela paga no programa social, seja a do auxílio emergencial.
* Colaborou Andreia Verdélio
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
ISLÂNDIA - O governo da Islândia realizou recentemente dois testes a respeito da redução das horas de trabalho semanal e, segundo analistas, o resultado foi animador e pode servir de exemplo para outros países.
Mais de 2.500 pessoas em 100 locais de trabalho participaram dos testes apoiados pelo governo de trabalhar apenas quatro dias por semana e não foi registrada nenhuma perda na produtividade.
O processo envolveu cerca de 1% da população ativa da Islândia, que passaram por redução na sua carga horária de trabalho de 40 para 35 horas semanais, sem qualquer redução salarial. Os resultados foram analisados em conjunto pelo grupo Autonomy, do Reino Unido, e pela Associação de Sustentabilidade e Democracia da Islândia.
Os resultados trazem credibilidade à ideia de que uma semana de quatro dias de trabalho sem redução salarial significativa mantém os índices de produtividade altos. A demanda tem ganhado força ao longo do tempo e tem sido defendida como uma solução para uma melhora no equilíbrio entre vida profissional e pessoal, além de aumentar o desempenho dos funcionários.
Outro país que está começando a dar atenção para a ideia é o Japão, conhecido por ter jornadas de trabalho extremamente desgastantes. Em diretrizes econômicas anuais divulgadas em junho, o governo sugeriu uma redução na jornada de trabalho para apenas quatro dias semanais. Dessa forma, além da melhoria no bem-estar, espera-se que o novo dia livre estimule a economia, fazendo com que a população utilize desse dia para sair e gastar mais.
Já na Islândia, as ponderações começaram após grande demanda da sociedade civil e de sindicatos nacionais, que alegam que o país está ficando ultrapassado em relação a seus vizinhos nórdicos em termos de equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
O primeiro teste ocorreu na capital Reykjavik entre 2014 e 2019 e contemplou funcionários de creches e centros de serviço, expandindo eventualmente para funcionários de gabinetes dos prefeitos. Já o segundo ocorreu entre 2017 e 2021 e afetou 440 contratados das agências governamentais nacionais. Os testes ocorreram tanto para aqueles que possuem jornadas de trabalho padrão — de cinco a nove horas — quanto aqueles que possuem horários irregulares.
Os resultados dos testes comprovaram que a produtividade dos funcionários passou a ser mais alta durante a jornada de quatro dias semanais. Além de maior eficiência nas suas funções, houve reorganização do tempo de trabalho e uma melhor comunicação entre os diferentes departamentos empresariais.
Além da melhora em termos profissionais, houve também melhoria no âmbito pessoal. A grande maioria dos funcionários se disseram mais felizes e menos estressados durante o período de testes, ao mesmo tempo que passaram a ter mais tempo para fazer exercícios e se socializar.
Além da Islândia e do Japão, outros países também têm planos de implementar uma jornada de trabalho reduzida. De acordo com o The Guardian, o governo espanhol aprovou em maio de 2021 um plano piloto de três anos, prometendo um bônus de 50 milhões de euros para as empresas que fizerem parte da nova dinâmica.
Já na Nova Zelândia, a primeira-ministra Jacinda Ardern destacou o modelo como uma forma de ajudar a economia do país a se recuperar da pandemia do novo coronavírus.
*Por: VEJA.com
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.