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COLÔMBIA - Após a vitória de Gustavo Petro na eleição presidencial da Colômbia deste domingo (19), lideranças da América Latina parabenizaram o esquerdista, sobretudo mandatários do mesmo espectro político, como o argentino Alberto Fernández, o chileno Gabriel Boric e o venezuelano Nicolás Maduro.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), ainda não se manifestou sobre a vitória, mas seu adversário e ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou logo após o resultado colombiano que a vitória de Petro "fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina."

 

Veja algumas das principais reações.

 

Felicito calorosamente os companheiros Gustavo Petro, Francia Márquez e todo o povo colombiano pela importante vitória nas eleições deste domingo. Desejo sucesso a Petro em seu governo. A sua vitória fortalece a democracia e as forças progressistas na América Latina.

 

Luiz Inácio Lula da Silva

Ex-presidente do Brasil

 

Para defender a democracia, é preciso respeitá-la. Gustavo Petro é o presidente. Deixe um sentimento nos guiar: Primeira Colômbia

 

Álvaro Uribe

Ex-presidente da Colômbia

 

Me enche de alegria o triunfo obtido por Gustavo Petro e Francia Márquez, com o que culmina o processo eleitoral na Colômbia. Acabo de transmitir ao presidente eleito meus parabéns pela confiança que o povo colombiano depositou nele.

 

Alberto Fernández

Presidente da Argentina

 

Acabo de falar com Gustavo Petro para felicitá-lo por seu triunfo na Presidência da Colômbia junto a Francia Márquez. Alegria para a América Latina! Trabalharemos juntos pela unidade de nosso continente nos desafios de um mundo que se transforma rapidamente. Seguimos!

 

Gabriel Boric

Presidente do Chile

 

Parabenizo Gustavo Petro e Francia Márquez pela vitória histórica nas eleições presidenciais na Colômbia. Escutou-se a vontade do povo colombiano, que saiu em defesa do caminho da democracia e da paz. Novos tempos estão à vista para este país irmão.

 

Nicolás Maduro

Ditador da Venezuela

 

Acabo de ligar para Gustavo Petro para parabenizá-lo por seu triunfo democrático histórico na Colômbia. Estamos unidos por um sentimento comum que busca melhoras coletivas, sociais e de integração regional para nossos povos. Irmão Gustavo, conte sempre com o apoio do Peru.

 

Pedro Castillo

Presidente do Peru

 

Parabéns ao povo colombiano! Nossos parabéns ao irmão Gustavo Petro e à irmã Francia Márquez pela vitória de hoje nas urnas. A integração latino-americana se fortalece. Juntamo-nos à festa das e dos colombianos. Viva Colômbia!

 

Luis Arce

Presidente da Bolívia

 

 

FOLHA

COLÔMBIA - Os colombianos que irão às urnas neste domingo (19/06) têm apenas uma certeza: seja qual for o resultado, o país iniciará uma etapa inédita.

Esta é a primeira vez que a disputa será entre um candidato da esquerda ou centro-esquerda e um candidato que se apresenta como outsider do sistema político. Os partidos tradicionais de direita ou de centro-direita, que governaram a Colômbia por décadas, foram derrotados no primeiro turno, realizado no dia 29/05.

Esta eleição tem outras novidades: a união da esquerda e a saída do conflito armado das prioridades dos debates colombianos.

O ex-guerrilheiro e senador Gustavo Petro, da coalizão Pacto Histórico, que é classificado por especialistas como de esquerda ou de centro-esquerda, e o empresário do setor da construção e ex-prefeito Rodolfo Hernández, da Liga de Governantes Anticorrupção, tido por muitos analistas como populista e uma espécie de "Trump colombiano", estariam tecnicamente empatados, de acordo com as pesquisas de opinião.

A perspectiva de uma suposta contagem "voto a voto" tem levado a imprensa colombiana a afirmar que esta será uma "eleição de infarto" ("infartante").

Nos dois casos, as propostas são consideradas disruptivas e refletem o cansaço dos colombianos com os problemas que enfrentam, como o desemprego (em torno de 12%), inflação alta (9% anual) e a crônica desigualdade social, segundo analistas ouvidos pela BBC News Brasil.

Tanto Petro como Hernández dizem representar mudanças contra o sistema atual e a esperança de uma guinada na vida dos colombianos — que, em muitos casos, encaram problemas similares aos de outros latino-americanos e agravados durante a pandemia do novo coronavírus e da guerra na Ucrânia, como o aumento nos preços dos alimentos.

"Esta é uma eleição que reflete o sentimento de esgotamento dos colombianos com os problemas sociais que estão enfrentando. É a primeira vez desde os anos 1980 que os partidos tradicionais (Liberal e Conservador) não estão na disputa", disse a cientista política e especialista em negócios internacionais Luciana Manfredi, da Universidade ICESI, de Cali, e da UNAM, do México.

Ela observa que, diante de um eleitorado fragmentado, ao mesmo tempo em que geram expectativas de renovação, os dois candidatos também provocam dúvidas em relação à estabilidade econômica (caso de Petro) e à estabilidade democrática (caso de Hernández).

Os mais céticos questionam como Petro ou Hernández farão, na prática, para atender às demandas acumuladas dos colombianos.

"Num contexto de baixo crescimento econômico, inflação e desemprego altos, surgiram o 'voto castigo' (contra a classe política tradicional) e o 'voto protesto' (contra as dificuldades sociais). Nas eleições anteriores, essas problemáticas apareciam num segundo plano, com a guerrilha e a segurança como prioridades. Mas Petro e Hernández são demagogos porque não está claro como vão resolver os problemas e se não podem acabar piorando a situação", disse Jorge Restrepo, professor de economia da Universidade Javeriana, de Bogotá.

O debate sobre a guerrilha passou a ser secundário e praticamente inexistente nesta campanha eleitoral, em função do acordo de paz, assinado em 2016, para colocar um ponto final no conflito armado envolvendo as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que durou 50 anos.

A esquerda, que era rejeitada por sua associação com o movimento guerrilheiro, passou a ter maiores chances de eleição para a Casa de Nariño, a sede da Presidência colombiana.

 

Ex-prefeitos

Petro, ex-prefeito de Bogotá, a capital colombiana, e Hernández, ex-prefeito de Bucaramanga, no departamento (Estado) de Santander, são opostos em seus perfis ideológicos.

Na última eleição presidencial, Petro, de 62 anos, foi derrotado no segundo turno, quando os partidos tradicionais e seus opositores em geral se uniram em torno do nome do atual presidente Iván Duque.

Neste ano, no primeiro turno, Petro foi o mais votado, com 40,34% da votação, mas não conseguiu superar os 50% para ser eleito.

Suas bandeiras são a inclusão social e a energia limpa. Suas críticas contra a "dependência colombiana do petróleo" são frequentes e um dos motivos da rejeição de grande parte do empresariado ao seu nome.

Em uma das recentes conversas que teve em suas redes sociais, Petro disse que suspenderia a exploração de petróleo no país e que entre seus objetivos está o setor agrícola, com maior proteção contra os produtos importados e o cuidado com o meio ambiente.

Para o cientista político Alejo Vargas Velázquez, da Universidade Nacional da Colômbia, Petro conta com amplo respaldo da esquerda, mas um dos seus maiores desafios é gerar "credibilidade" entre os investidores.

Na imprensa colombiana falou-se em "petrofobia" — a fobia, o medo dos que rejeitam Petro e a esquerda, principalmente nos setores empresariais e econômicos, e que optariam por Hernández para evitar a vitória do ex-prefeito de Bogotá.

Petro e sua equipe costumam dizer que não há motivos para "temor" e que as mudanças serão feitas a partir do diálogo e do consenso político.

"Se eu vencer, convocarei um grande acordo nacional, baseado no diálogo, incluindo o centro e até (o ex-presidente de direita) Álvaro Uribe. Temos que mudar o ambiente de ódio e sectarismo que existe hoje na Colômbia", disse em entrevista ao jornal espanhol El País.

 

Machismo

Por sua vez, Hernández, de 77 anos, demonstrou conhecer pouco até sobre a geografia do país e fez declarações jocosas e consideradas machistas.

"O ideal seria que as mulheres se dedicassem à educação dos filhos", disse. E fez outras declarações também consideradas "ultrapassadas" ou "exploradoras", apontaram opositores, analistas e acadêmicos, como as de que os trabalhadores deveriam ampliar a jornada de trabalho para dez horas diárias e reduzir o tempo de almoço para meia hora.

No primeiro turno, Hernández foi a grande surpresa e recebeu 28,17% dos votos, superando Federico Gutiérrez, candidato que representava partidos tradicionais.

O índice de abstenção, normalmente alto no país, foi o mais baixo dos últimos 20 anos. Ainda assim, somente 54% compareceram às urnas, segundo dados oficiais.

E analistas, como Luciana Manfredi, das universidades Icesi e Unam, e Victor M. Mijares, da Universidade de los Andes, observam que o eleitorado colombiano é marcado hoje pela fragmentação.

Assim, o eleitor dos dois presidenciáveis está disperso nas várias camadas sociais do país, não significando que os economicamente mais pobres votarão em peso em Petro ou que os mais ricos optarão por Hernández, notam.

Mas o que esperar de um possível governo Petro ou de um possível governo Hernández?

"Petro tem uma política mais orientada à geração de empregos, a de criar oportunidades de educação superior aos jovens e de mudanças na área de direitos humanos, como a preocupação com os desplazados e o desaparecimento de líderes sociais. O temor entre os empresários é como estas medidas serão financiadas. No entanto, ficaram no passado as especulações de que sua política seria de desapropriar (empresas)", disse a cientista política Luciana Manfredi, que também é da Red Politólogas (cientistas políticas) da América Latina.

Ela observa que entre os que rejeitam a possível eleição de Petro existe a preocupação "em relação à estabilidade econômica", já que ele questiona, além do petróleo, os acordos comerciais internacionais da Colômbia.

"Na visão neoliberal, a Colômbia é vista com a mesma estabilidade que o Chile. Mas existe uma realidade que são a desigualdade social e os 'desplazados' (deslocados por conflitos)", disse.

Como no Chile, a Colômbia também registrou fortes protestos em 2019 e em 2020. E, nesta campanha, Petro recebeu apoio de líderes políticos associados à esquerda ou centro-esquerda, entre eles o presidente chileno Gabriel Boric e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

'Desplazados'

Os "desplazados" formam um drama nacional. Eles são aqueles que tiveram que se mudar, dentro do próprio país, diante do avanço territorial da guerrilha ou do tráfico de drogas. Dados oficiais apontam que a categoria superaria os 2 milhões de colombianos em um país de pouco mais de 50 milhões de habitantes.

Na visão da professora da Universidade de Cali, Petro tem "experiência política" e conhece a Colômbia, diferentemente de seu adversário nesta corrida eleitoral.

Mas se Petro gera o temor da "instabilidade econômica", Hernández gera o temor da "instabilidade institucional e democrática", diz ela.

"Ele representa a incerteza institucional e justifica a definição de populista ao dizer que apoia medidas que no fundo desconhece ou não respalda de verdade", disse.

Esse é o caso, diz ela, da sua defesa do uso medicinal da maconha ou do maior acesso dos jovens à universidade. Quando perguntado, Hernández disse que não sabe como fará para colocar as medidas em prática, mas que contará com gente qualificada para resolver a situação.

Ou, quando a pergunta envolve recursos públicos, recorda a analista, ele responde que atenderá a promessa "com o dinheiro que será poupado da corrupção" — o combate à corrupção é uma de suas principais bandeiras.

 

Semelhanças entre os candidatos

O analista econômico Restrepo, da Universidade Javeriana, entende que os dois presidenciáveis têm algo em comum no âmbito econômico, que é a defensa de uma economia mais "protecionista" contra a produção externa.

Ele criticou as propostas econômicas dos dois presidenciáveis. "Representam um retrocesso para o país."

A Colômbia, lembrou, tem cerca de 25 acordos de livre comércio, incluindo com Estados Unidos, União Europeia e Canadá, além de fazer parte da Aliança do Pacífico (Colômbia, Chile e México).

"Vejo os dois candidatos como os mais radicais entre todos os presidenciáveis que tivemos nesta eleição. Realmente estamos em um momento inédito na nossa história recente", disse.

 

- Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61846652

EUA - Os Estados Unidos estão "preocupados" com a "influência antidemocrática" da Rússia na fronteira entre Colômbia e Venezuela, onde a violência envolvendo grupos armados colombianos é frequente, afirmou a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, em visita a Bogotá.

"Por que a Rússia está mais ativa nas fronteiras da Colômbia? Só podemos pensar que estão tentando ampliar sua influência antidemocrática", disse Nuland em entrevista à emissora Blu Radio.

A funcionária também advertiu sobre o risco "potencial" de Moscou "estar abastecendo atores malignos [...] que não apenas estão ativos na Venezuela, mas que podem estar tentando minar a soberania" da Colômbia.

Nesse sentido, Nuland reforçou sua inquietação frente à situação na zona limítrofe. "Estamos particularmente preocupados com a crescente influência russa ao longo da linha fronteiriça".

Na terça-feira, Nuland e o presidente colombiano, Iván Duque, se comprometeram a enfrentar juntos os "atores externos" que tenham a intenção de intervir nas eleições presidenciais na Colômbia, que acontecem no meio do ano.

Bogotá acusa o governo de Nicolás Maduro de abrigar grupos armados colombianos que se aproveitam das receitas do narcotráfico e realizam atentados contra as forças do Estado na fronteira porosa de 2.200 quilômetros. Caracas, por outro lado, nega essas acusações.

As declarações de Nuland coincidem com os desencontros recentes entre Moscou e Bogotá, um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos na América Latina.

O mais recente aconteceu na semana passada, quando o ministro da Defesa colombiano, Diego Molano, acusou a Rússia de "ingerência externa" por sua cooperação com as tropas da Venezuela na fronteira.

A embaixada russa rejeitou essas afirmações, que tachou de "irresponsáveis". Depois disso, Molano garantiu que sua fala tinha sido tirada de contexto.

Na segunda-feira, a chanceler colombiana, Marta Lucía Ramírez, e o representante do Kremlin em Bogotá, Nikolay Tavdumadze, apararam as arestas e a Rússia se comprometeu a evitar o desvio das funções de sua cooperação militar com Caracas.

Em maio de 2021, em meio a um inédito movimento de protesto contra o governo, a Colômbia culpou a Rússia de estar vinculada a ciberataques contra páginas oficiais do país sul-americano. A embaixada russa, por outro lado, negou as acusações.

 

 

AFP

CARTAGENA - A Venezuela está movendo tropas para a fronteira com a Colômbia com assistência técnica da Rússia e do Irã, disse o ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, na quinta-feira, chamando o possível deslocamento de "interferência estrangeira".

Molano, citando fontes de inteligência, disse que movimentos de tropas foram registrados perto da província colombiana de Arauca, palco de combates ferozes entre guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das Farc pelo controle do tráfico de drogas.

O governo da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

"Sabemos que homens e unidades da Fanb (Forças Armadas Nacionais Bolivarianas da Venezuela) foram mobilizados para a fronteira com assistência técnica da Rússia... e do Irã", disse Molano em uma conferência antidrogas na cidade caribenha colombiana de Cartagena.

O ombudsman de direitos humanos da Colômbia informou que confrontos entre grupos armados ilegais em Arauca deixaram 66 mortos e 1.200 deslocados somente em janeiro.

A disputa entre os grupos pelo controle do narcotráfico e outras economias ilícitas começou no Estado de Apure, na Venezuela, e se espalhou para a Colômbia, disse Molano.

O ELN se uniu à Segunda Marquetalia, uma facção das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desmobilizadas que rejeitam um acordo de paz de 2016 com o governo, para combater outro grupo dissidente das Farc, acrescentou.

O governo colombiano acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de abrigar dissidentes das Farc e do ELN, algo que ele tem negado repetidamente.

 

 

 

Reportagem de Luis Jaime Acosta em Cartagena; reportagem adicional de Vivian Sequera em Caracas / REUTERS

CÚCUTA - Três pessoas morreram na manhã de terça-feira após duas explosões em um aeroporto da cidade de fronteira colombiana de Cúcuta, disseram a polícia e autoridades de segurança.

Cúcuta é a capital de Norte de Santander, uma província ao longo da divisa com a Venezuela que se tornou o novo epicentro do prolongado conflito interno da Colômbia à medida que forças de segurança combatem gangues do narcotráfico e rebeldes em meio ao aumento da produção de coca.

"Criminosos entraram no aeroporto Camilo Daza, onde detonaram um artefato explosivo entre a pista e a cerca", disse o comandante da polícia de Cúcuta, coronel Giovanni Madarriaga, em um vídeo. "Por causa desta (explosão), houve restos mortais".

Vários minutos depois, policiais que verificavam a área encontraram uma mala, acrescentou Madarriaga.

"Enquanto eles se aproximavam, com todas as precauções de segurança, ela explodiu".

Os dois policiais mortos, William Bareno Ardila e David Reyes Jimenez, haviam sido reconhecidos por seu trabalho de remoção de minas terrestres, disse a polícia em mensagens a jornalistas.

A polícia está recolhendo indícios para identificar os responsáveis, acrescentou Madarriaga.

Tanto o presidente, Iván Duque, quanto o ministro da Defesa, Diego Molano, repudiaram o ataque no Twitter.

Na casa do suspeito, também foram recolhidos arma e objetos usados para caça; seu filho foi preso em flagrante

 

COLÔMBIA/SP - A Polícia Militar deteve um homem, de 52 anos, e seu filho, de 25, envolvidos com a caça de animais silvestres. Na casa dos suspeitos, no município de Colômbia, foram encontrados um Tatu morto, arma e outros objetos usados para caça. 

Os trabalhos foram realizados por uma equipe do 4º Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) que, durante a Operação Abate, se deslocou até um sítio, localizado no assentamento Perdizes, para cumprimento de mandado judicial.

Chegando no local, os moradores acompanharam a vistoria, sendo que durante as buscas foi encontrado em um freezer, um tatu limpo e congelado. Próximo ao eletrodoméstico, foram localizadas duas carcaças do mesmo animal.

Além disso, ainda foram recolhidos diversos apetrechos usados na caça – lança, facas, armadilha, machadinha, uma espingarda de pressão, uma luneta e uma espingarda calibre .32 com 30 munições do mesmo calibre.

Conforme resolução da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), o homem foi autuado pela infração envolvendo o animal silvestre, com multa de R$ 1,5 mil. Ele foi conduzido à delegacia do município, onde foi ouvido.

EQUADOR - O Equador e a Colômbia concordaram no domingo (21) com a reabertura bilateral da fronteira comum no início de dezembro, após ter sido fechada em meio à pandemia da covid-19, e se comprometeram a trabalhar juntos para combater o tráfico de drogas.

A fronteira entre os dois países foi fechada em março de 2020, conforme ambos os governos procuravam conter a disseminação do novo coronavírus. A reabertura controlada, acompanhada de medidas epidemiológicas, trará maior segurança e atividade econômica à zona.

"A abertura das fronteiras significa que nenhuma família equatoriana ou colombiana terá que pagar grupos criminosos que cobram para cruzar por rotas alternativas, em vez das oficiais, que serão abertas em 1º de dezembro", disse o presidente do Equador, Guillermo Lasso, em Quito, após um encontro com o presidente colombiano, Iván Duque.

Durante a reunião, a Colômbia ofereceu apoio ao Equador na luta contra o narcotráfico.

O Equador tem sido assolado por uma onda de crimes que aumentou os homicídios, e que as autoridades do país vinculam ao tráfico e consumo de drogas.

A ação, deflagrada pela PM Ambiental, resultou na aplicação de quase R$ 16 mil em multas

 

COLÔMBIA/SP - A Polícia Militar apreendeu, na última sexta-feira (22), mais de meia tonelada de peixes pescados irregularmente, na zona rural do município de Colômbia – região de Barretos. Três homens foram autuados com multas que somaram quase R$ 16 mil.

Militares do 4º Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) estavam em patrulhamento rural à margem do Rio Grande quando avistaram uma embarcação com dois pescadores chegar até o barranco e colocar vários sacos com peixes em um veículo.

A equipe realizou acompanhamento até que realizou abordagem aos três ocupantes e vistoriou o carro. No local, foram encontrados 489,155 quilos de curimbatá, piapara, mandi e corvina, além de 13,550 kg de pintado, piapara e curimbatá.

Em continuidade às diligências, os policiais especializados ainda realizaram buscas na residência de um dos infratores, onde localizaram uma câmara fria com aproximadamente 16,2 quilos de pescados fora de medida, sendo: pintado, piapara, pacu e mandi.

Foram então elaborados Autos de Infração Ambiental (AIAs) e os envolvidos autuados por pescar quantidades superiores a permitida, por pescar peixes com tamanhos inferiores aos permitidos e por armazenar peixes provenientes da pesca proibida.

Conforme resolução da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), foram aplicadas multas que somaram R$ 15.920,00. Os pescados apreendidos foram doados as instituições do município de Barretos. A ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil.

COLÔMBIA - Pela primeira vez nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar, em 2022, o Brasil não venceu. A seleção ficou no 0 a 0 diante da Colômbia, em Barranquilla, em partida que representou a décima apresentação do time na competição, mas que foi válida pela quinta rodada, originalmente marcada para o fim de março, mas que fora adiada em virtude da pandemia de Covid-19. O Brasil agora tem nove vitórias e um empate, com 28 pontos, liderando a tabela com folga.

COLÔMBIA - Embora ilegal, a cocaína na Colômbia parece atualmente um negócio estabelecido: muitos trabalhadores recebem um bônus em dezembro, há investidores que pagam adiantado e os preços não oscilam muito.

Já se foi o tempo dos monopólios de Pablo Escobar ou das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Hoje, ao contrário, existe uma multiplicidade de atores especializados em cada etapa da cadeia produtiva. O mercado se regula e há competição.

O que não mudou é que a indústria da cocaína segue sendo um dos principais inimigos do governo colombiano, agora sob o comando do presidente Iván Duque. O político de centro-direita fortaleceu a aliança com os Estados Unidos, que só na Colômbia gastou mais de US$ 11 bilhões no combate às drogas.

O governo Duque conseguiu que, de acordo com algumas estimativas, o cultivo da folha de coca fosse reduzido por três anos seguidos.

Mas isso não impediu que a produção de cocaína aumentasse. Na verdade, nunca na história da Colômbia, por décadas o maior exportador do mundo, tanta cocaína foi produzida de forma tão eficiente e com menos violência.

E para Daniel Rico, economista especialista em narcotráfico, isso não é um paradoxo: "A coca hoje tem mão de obra qualificada, e quando há melhorias na produção é porque há estabilidade estrutural na dinâmica do mercado, ou seja, do plantio, da produção e da distribuição".

Como isso aconteceu?

Menos coca, mas mais cocaína

Em junho, foi apresentado o relatório anual da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), que se baseia em dados oficiais.

O relatório indicou que em 2020 as safras de folha de coca foram reduzidas em 7%; em 2019, caíram 9%; e em 2018, 2,1%.

"As reduções dos últimos dois anos foram as maiores em praticamente 6 ou 7 anos", disse Duque na apresentação do relatório, celebrando uma de suas apostas mais importantes: a erradicação voluntária ou forçada de lavouras de coca.

Além disso, o governo atingiu um número recorde de apreensões de coca e cocaína.

E neste ano o governo vai adotar uma nova estratégia: a pulverização aérea com glifosato, que havia sido suspensa em 2015 em parte devido aos seus efeitos na saúde da população local.

O relatório da Unodc, porém, produziu dados que, segundo alguns especialistas, mostram mais fracassos do que sucessos na estratégia do Estado para acabar com o narcotráfico.

Isso porque com menos coca se produz mais cocaína do que antes: para cada tonelada de folha de coca, extraem-se hoje 2,14 quilos de pasta base de cocaína. Em 2016, compara o relatório, eram extraídos 1,87 quilo.

Não é só uma questão de eficiência, mas de quantidade: a Unodc estima que foram produzidas 1.010 toneladas de cocaína pura em 2020, o que ante as 936 toneladas de 2019 dá um aumento de 8%.

Duque reconheceu esse aumento da produção: "Os criminosos do narcotráfico sempre buscaram a profissionalização e vêm adaptando muitas de suas práticas para tentar aumentar a produtividade", disse ele em junho passado.

"Eles concentram seus centros de produção em reservas e parques naturais (...), onde sabem que as autoridades ficam mais tempo sem agir."

O presidente garantiu que, embora a Colômbia mantenha seu esforço para chegar aos laboratórios em áreas remotas, "é importante que os países consumidores também façam seu trabalho e que nessa corresponsabilidade assumam uma maior capacidade pedagógica e policial para enfrentar este fenômeno".

Fatores externos

Para explicar o fenômeno de menos coca, mas mais cocaína, os especialistas sugerem uma série de eventos externos à indústria.

Não só a saída das FARC, que se desmobilizaram em 2016, mas os quatro anos de negociações entre o governo e a guerrilha geraram mudanças estruturais no mercado.

A erradicação de um monopólio que influenciava todas as etapas da produção abriu o mercado para mais inovação, diversidade e competição. Além disso, entre 2012 e 2016, centenas de camponeses decidiram replantar coca porque pensavam que o acordo de paz beneficiaria os plantadores de coca.

Soma-se a isso a entrada de narcotraficantes mexicanos no país, que chegaram com grandes investimentos adiantados e sistemas de organização do trabalho quase corporativos que aumentam a eficiência.

Um terceiro elemento externo, dizem os especialistas, foi a queda do preço internacional do ouro, desvalorizado entre 2013 e 2019. Com isso, milhares de garimpeiros e mineiros foram buscar outras atividades ilegais para seu sustento.

Fatores internos

Esse contexto externo gerou mudanças na indústria da coca.

"Sem as Farc, abriram-se espaços para que os camponeses entrassem na rede e tentassem agregar valor à sua produção", diz Elizabeth Dickinson, pesquisadora da consultoria Crisis Group, e autora de uma extensa reportagem sobre o assunto recentemente.

Ao contrário de outros produtos agrícolas, a coca pode ser convertida em algo mais caro sem muito esforço: com técnicas de maceração com gasolina, cimento ou amônia, o mesmo agricultor que cultiva a folha pode transformar sua produção em pasta base de cocaína e vendê-la por mais cinco ou seis vezes.

Durante os últimos 30 anos, a produção de coca se concentrou em setores remotos da Colômbia, onde a fumigação e a erradicação de plantações são difíceis para o Exército. Esse processo permitiu que as lavouras se instalassem em locais propícios à coca, com alta radiação solar e altitude média, e que as lavouras se tornassem mais técnicas e recebessem melhores sementes e fertilizantes.

Esses "enclaves produtivos" raramente sofrem a intervenção do Estado, razão pela qual a folha atinge seu nível ótimo para ser colhida e o processo de produção é realizado em larga escala e de forma técnica.

Lá, diz Rico, "opera uma espécie de paz mafiosa, onde cada um faz seu trabalho em favor da indústria, e o custo da violência é baixo, porque nunca se produziu tanta coca com tão poucas mortes".

Tudo isso se soma ao fato de que a Colômbia, com uma das menores taxas de produção agrícola da região, continua sendo um país onde viver do campo não é lucrativo.

No relatório do Crisis Group, um cocaleiro diz: "A coca é o único produto que pode ser retirado da área onde é cultivado [com bom lucro]. Com outros produtos você pode ter colheitas confiáveis, mas o transporte para o mercado é tão caro que o ganho se perde".

A coca, embora ilegal, continua sendo o único sustento possível para milhares de famílias colombianas.

 

 

*Por: BBC NEWS

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