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COLÔMBIA - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, reuniu-se com representantes da oposição da Venezuela e apresentou uma proposta para "paz política" a poucos meses da eleição presidencial no país do ditador Nicolás Maduro, marcada para 28 de julho, cuja lisura do processo já vem sendo questionada por parte da comunidade internacional.

Considerado um aliado de Maduro, Petro disse se tratar de uma proposta democrática para garantir o "bem-estar do povo venezuelano". Ele não especificou, entretanto, quem eram seus interlocutores nem revelou detalhes do plano.

A reunião com opositores fez parte da agenda de viagem de Petro a Caracas, onde o colombiano também encontrou Maduro no Palácio de Miraflores, a sede do regime. Ao ditador, o presidente reiterou sua defesa da "paz política na Venezuela" e disse que a Colômbia "pode ajudar muito" nos diálogos, segundo comunicado divulgado por Bogotá.

A visita diminuiu o mal-entrar entre a diplomacia dos dois países estabelecida após Petro descrever, na semana passada, a inabilitação de Marina Corina Machado como um "golpe antidemocrático" na Venezuela. Machado é a principal opositora ao regime e está impedida de disputar a eleição.

"Falei com o presidente Maduro sobre a proposta que fiz a ele e a setores da oposição, talvez a mais importante neste momento para garantir que este país possa ter paz política", afirmou Petro. "Fundamentalmente, uma intermediação, uma mediação colombiana para alcançar a paz política."

Representantes da PUD (Plataforma Unitária Democrática), a mais importante força de oposição ao regime venezuelano, negaram ter participado do encontro, assim como o círculo próximo de María Corina Machado, a vencedora das primárias opositoras.

Desde agosto de 2021, governo e oposição na Venezuela mantêm um processo de negociação com mediação da Noruega. Nos diálogos, as partes estabeleceram, por exemplo, que as eleições devem ser realizadas com transparência e a presença de observadores internacionais.

Mas a inabilitação de Machado e o veto à candidatura de Corina Yoris, indicada sua substituta, motivaram críticas da comunidade internacional. Em março, Yoris viu seu debute na política institucional frustrado ao não conseguir inscrever seu nome na plataforma eleitoral.

A oposição acabou nomeando provisoriamente o diplomata Edmundo González Urrutia enquanto define uma candidatura. Manuel Rosales, ex-adversário de Hugo Chávez e governador do estado produtor de petróleo de Zulia (oeste), também se inscreveu pelo partido Um Novo Tempo, que compõe a PUD.

Durante o processo de nomeação, que terminou à meia-noite de 25 de março, foram registrados 13 candidatos, incluindo Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos. Embora nove deles se definam como antichavistas, são rotulados pela oposição tradicional como "colaboradores" do governo.

 

 

POR FOLHAPRESS

ARGENTINA - O presidente da Argentina, Javier Milei, durante uma entrevista à rede CNN, rotulou Gustavo Petro, da Colômbia, como um "assassino terrorista". Em resposta, o governo colombiano expulsou os diplomatas argentinos da embaixada de Bogotá na quarta-feira (27).

Apenas um trecho da entrevista de Milei foi divulgado, onde ele mencionou que "não se pode esperar muito de alguém que era um assassino terrorista", referindo-se ao presidente colombiano.

Além disso, Milei criticou o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmando: "É um elogio que um ignorante como López Obrador fale mal de mim, isso me enaltece".

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Em um comunicado, o Ministério de Relações Exteriores da Colômbia condenou veementemente as declarações de Milei, alegando que ele ofendeu a dignidade do presidente Petro, eleito democraticamente, e destacou que tais declarações deterioraram a confiança entre os dois países.

Essa não é a primeira vez que Milei critica Petro de maneira considerada ofensiva pelos colombianos. Em janeiro, a Colômbia convocou seu embaixador na Argentina para consultas, como sinal de descontentamento. Na ocasião, Milei havia chamado Petro de "comunista assassino" e afirmou que o presidente estava "afundando a Colômbia". O Ministério de Relações Exteriores da Colômbia também emitiu um comunicado, condenando as declarações de Milei como desrespeitosas e irresponsáveis, ferindo a honra de Petro.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

COLÔMBIA - A seleção brasileira até saiu na frente, mas jogou muito mal no estádio Metropolitano, em Barranquilla, para ser derrotada de virada por 2 a 1 pela Colômbia em partida válida pela 5ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

Após este revés, o Brasil caiu para a quinta posição da classificação da competição, com 7 pontos. A liderança é da Argentina (com 12 pontos), que, mesmo jogando em Bueno Aires, foi superara por 2 a 0 pelo Uruguai, vice-líder agora com 10 pontos. A 3ª posição é ocupada pela Colômbia, com 9 pontos, enquanto a Venezuela, que ficou no 0 a 0 com o Equador, é a 4ª colocada com 8 pontos.

Apostando em um quarteto de ataque formado por Rodrygo, Raphinha, Vinícius Júnior e Gabriel Martinelli, o técnico Fernando Diniz viu a seleção atuar bem nos primeiros movimentos da partida e abrir o placar cedo, aos 3 minutos, quando Martinelli aproveitou passe de Vinícius Júnior para finalizar e superar o goleiro Vargas.

Porém, aos 26 minutos Vinícius Júnior teve que deixar o gramado após sentir uma lesão muscular. Sem o jogador do Real Madrid (Espanha), uma das referências técnicas da equipe nos últimos jogos, a seleção caiu muito de produção. Esta queda de rendimento ficou mais acentuada na etapa final, após a substituição de Rodrygo aos 22 minutos.

A partir daí a equipe de Fernando Diniz se desorganizou de vez em campo e viu o atacante Luis Díaz aproveitar duas jogadas pelo alto (aos 29 e aos 33 minutos) para virar o marcador em favor da equipe da casa, que, até então, nunca tinha superado o Brasil na história das Eliminatórias Sul-Americanas.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

 

COLÔMBIA - Os assassinatos de ambientalistas dobraram em um ano na Colômbia, o país mais perigoso para a defesa do planeta, com 60 vítimas em 2022, aponta o relatório anual da ONG Global Witness, divulgado nesta terça-feira.

O relatório indica que 177 ambientalistas foram assassinados no mundo no ano passado, 88% deles na América Latina. Embora o número global seja levemente inferior ao do ano anterior (200), “a situação não melhorou substancialmente” e manteve-se a média de um ativista assassinado a cada dois dias, apurou a organização britânica.

A Colômbia, que enfrenta um conflito armado de meio século, sempre esteve entre os países mais perigosos para os ambientalistas. No ano passado, o número de assassinatos quase dobrou em relação a 2021, quando foram registradas 33 vítimas.

“Mais uma vez, os povos indígenas, as comunidades afrodescendentes, aqueles que se dedicam à agricultura de pequena escala e as pessoas que defendem o meio ambiente foram duramente atingidos” no país sul-americano, ressaltou a Global Witness.

Defender a natureza no ano passado também foi letal no Brasil (34 assassinatos), no México (31), em Honduras (14) e nas Filipinas (11).

“Continua sendo difícil especificar as causas exatas dos assassinatos”, destacou a Global Witness, embora a maioria tenha sido relacionada ao agronegócio, à mineração, à exploração madeireira, ao acesso à água e à caça furtiva.

Menores de idade também foram alvos da violência: “Três no Brasil, um na Colômbia e outro no México. Três deles eram indígenas”, aponta o relatório.

 

- 'Nem mais um morto' -

Após o assassinato de quatro colegas ambientalistas, Nadia Umaña, 35, e os outros três que sobreviveram fugiram do seu território, no norte da Colômbia. Socióloga, ela faz parte de uma organização que reivindica terras de camponeses deslocados por paramilitares, na fronteira entre dois departamentos historicamente marcados pela violência dos esquadrões de direita.

Nadia denuncia o que chama de ataque sistemático contra a sua organização por se opor aos paramilitares e aos seus negócios ligados à pecuária e à exploração de hidrocarbonetos nas terras roubadas, entre outros.

A vice-presidente, Francia Márquez, que recebeu em 2018 o Prêmio Goldman, também conhecido como Nobel do Meio Ambiente, também recebeu ataques e ameaças. Em 2019, antes de chegar ao poder, ela sobreviveu a um ataque com granadas e tiros de fuzil por defender a água das comunidades negras frente à mineração.

Nadia Umaña e seus companheiros lutam agora à distância, a partir da capital. “Tomamos a decisão de não deixar nem mais um morto” e de nos mudar para Bogotá, lamentou.

 

- Amazônia -

A Floresta Amazônica também representou um 2022 letal para os ambientalistas. “No ano passado, morreram ali 39 defensores, 11 deles procedentes de comunidades indígenas", destaca o relatório.

“Ano após ano, aqueles que defendem esse bioma dão a vida protegendo seus lares, seus meios de subsistência e o bom estado do nosso planeta”, alertou a Global Witness.

Em 2022, o assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira na Amazônia tornou-se um símbolo da violência crescente naquela região, onde atuam traficantes de drogas, garimpeiros ilegais e caçadores furtivos.

 

- Brasil e México -

Embora haja uma subnotificação, “pelo menos 1.910 pessoas defensoras da terra e do meio ambiente perderam a vida em todo o mundo desde que a Global Wittness começou a documentar esses homicídios, em 2012”. Um total de 70% deles ocorreram na América Latina.

O primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia quer levar o país a uma transição energética e coloca a proteção da Amazônia e dos ativistas no centro do seu discurso, mas a ONG Somos Defensores aponta que “a dívida persiste”, com um aumento de 42% nos assassinatos de defensores dos direitos humanos em 2022 e uma impunidade que ronda os 95%.

No Brasil, os ambientalistas enfrentaram “uma hostilidade implacável” da parte do então presidente, Jair Bolsonaro (2019-2022), um negacionista das mudanças climáticas.

O México, país com mais assassinatos em 2021, registrou uma queda, passando de 54 para 31, mas a situação local continua alarmante, ressalta o relatório.

Na Ásia, foram documentados 16 homicídios, 11 deles nas Filipinas.

 

 

Itatiaia

RECIFE/PE - O Brasil venceu a Colômbia pelo campeonato Sul-Americano de vôlei por 3 sets a 0, parciais 25/15, 26/24 e 25/13. Com o resultado, a seleção tem a terceira vitória em três jogos, todos sem perder sets. O próximo confronto do Brasil será pelo título do torneio. O sportv2 transmite o jogo contra a Argentina, na quarta-feira, às 20h30min. O evento faz parte da corrida olímpica e acontece no ginásio do Geraldão, no Recife.

Na história, a seleção jamais perdeu uma edição do Sul-Americano. São 33 vitórias no currículo. A Argentina levou o título de 1964, quando os brasileiros não participaram.

Algozes do Brasil na disputa do bronze em Tóquio 2020, os argentinos também estão invictos, mas jogam ainda nesta terça-feira contra o Peru. No formato do Sul-Americano, todos os times se enfrentam e ao final das quatro rodadas quem tiver mais pontos na classificação leva a medalha de ouro.

 

Terça-feira

18h - Peru x Argentina (sportv2)

20h30 - Colômbia x Chile (sportv2)

* Brasil folga

 

O jogo mais duro até aqui

Contra a Colômbia, o Brasil fez o confronto mais duro do Sul-Americano até aqui. Após vitória tranquila no primeiro set por 25 a 15, a seleção foi pressionada pela primeira vez no torneio durante a segunda parcial. Comandados pelo brasileiro Jorge Schmidt, os colombianos reagiram depois de uma dura cobrança do treinador. Após boa passagem de Piza no saque, eles encostaram no placar levando o técnico Renan Dal Zotto a fazer o primeiro pedido de tempo técnico no campeonato.

De volta à quadra, a seleção ainda sofreu mais dois pontos de bloqueio. No 19 a 18, Bruninho, que tinha dado lugar a Cachopa no segundo set, retornou ao time. Em seu primeiro levantamento acionando Judson pelo meio a bola caiu na quadra adversária. No primeiro set point do Brasil, quando o placar marcava 24 a 23, Felipe Roque atacou para fora. O técnico Renan Dal Zotto chegou a pedir um desafio de toque na rede, sem sucesso.

Com nova igualdade no placar no 24 a 24, a voz da torcida no Recife subiu o volume. Mais novo time do campeonato, a Colômbia não conseguiu segurar a pressão. Assim, o Brasil fez 25 a 24 num erro de saque dos adversários e 26 a 24 numa falha do levantador colombiano, que deixou a bola passar entre as mãos quando tentava um toque de costas.

No terceiro set, Cachopa voltou ao time no lugar de Bruninho; Honorato também entrou para jogar até o final da partida. Pernambucano, o jogador da seleção teve o prazer de ter a presença dos familiares na arquibancada do Geraldão. Após parcial tranquila, Honorato embalou uma sequência de três aces no finzinho. Vitória por 25 a 13 e festa da família do ponteiro.

- Um momento de muita alegria estar vestindo a camisa do meu país na minha terra natal. Muito carinho, muitas mensagens de apoio. Eu só tenho a a agradecer. Jogar com a minha família presente, minha mãe veio de Uberlândia para assistir com a gente, fazia cinco anos que ela não vinha para o nordeste. É muito especial - vibrou Honorato

 

Além do título

Além da disputa pelo título do torneio em si, há ainda uma competição paralela por pontos no ranking mundial, que pode definir quem vai aos Jogos Olímpicos de Paris. E a briga brasileira é direta com a Argentina.

A explicação é complexa. Serão 12 times em Paris. A França, dona da casa, já está garantida. Mas seis equipes se classificarão diretamente pelo Pré-Olímpico, que começa no dia 30 de setembro. As outras sairão do ranking mundial, com prioridade para os continentes que ainda não tenham conquistado vaga. Ou seja, se Brasil e Argentina não se classificarem no Pré-Olímpico, vão depender do ranking. E brigarão pela vaga prioritária para a América do Sul para não dependerem das vagas que sobrarão.

É uma hipótese pequena, mas que a comissão técnica brasileira vem estando atenta desde a Liga das Nações. Hoje, o Brasil é quarto no ranking, com a Argentina em sétimo, mas o ranking é bastante fluído e apenas quarenta pontos separam os dois times.

- Uma coisa que a gente fala muito aqui: todo jogo vale muito, todo jogo vale uma vaga olímpica. Independente do jogo. Você tem muitas vezes pouco a ganhar e muito a perder. E outras vezes é muito importante você buscar aquele pontinho extra porque o ranking hoje define muita coisa. E com certeza nesse sul-americano o foco é total jogo por jogo. Em especial o último jogo contra Argentina, que é um adversário que sempre promove grandes duelos. Vai ser foco total e sempre tentando manter esse compromisso com a vitória de tentar vencer mais um sul-americano - explicou o técnico Renan Dal Zotto.

 

Veja os confrontos do Brasil:

  • 26 de agosto: Brasil 3 x 0 Peru - 25/18, 25/18 e 25/11
  • 27 de agosto: Brasil 3 x 0 Chile - 25/17, 25/18 e 25/19
  • 28 de agosto: Brasil 3 x 0 Colômbia - 25/15, 26/24 e 25/13
  • 30 de agosto: Brasil x Argentina (20h30)

 

 

Redação do ge

COLÔMBIA - A construtora anteriormente conhecida como Odebrecht ainda deve ao governo da Colômbia mais de 494 bilhões de pesos (119,6 milhões de dólares) por danos causados por um esquema de corrupção de anos envolvendo políticos de alto escalão, informou a procuradoria-geral do país nesta quinta-feira.

A Odebrecht esteve no centro do maior escândalo de corrupção da América Latina desde que admitiu em 2016 ter subornado autoridades em dezenas de países.

A empresa mudou seu nome em 2020 para Novonor em uma reformulação de marca após o escândalo de corrupção.

Na Colômbia, a empresa pagou cerca de 30 milhões em propinas em troca de contratos de infraestrutura, segundo investigações da procuradoria-geral da Colômbia.

Um relatório do gabinete da procuradoria disse que 19 bilhões de pesos foram recuperados de um total de 514 bilhões de pesos em danos.

A Odebrecht foi premiada com um contrato na Colômbia para a construção de uma rodovia de 528 quilômetros em 2010, um contrato de 1 bilhão de dólares que ganhou com o pagamento de propinas, segundo os promotores.

A Novonor não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

 

 

Por Luis Jaime Acosta / REUTERS

(Reportagem adicional de Carolina Pulice)

BOGOTÁ - Um cessar-fogo de seis meses entre o governo da Colômbia e o grupo rebelde Exército de Libertação Nacional (ELN) começou nesta quinta-feira, representando o progresso mais sólido até agora nos planos ambiciosos do presidente Gustavo Petro de acabar com o conflito de 60 anos no país.

O cessar-fogo, previsto para vigorar até fevereiro, é o resultado das negociações de paz em andamento entre o ELN e o governo, que recomeçaram no ano passado na esperança de acabar com a participação do grupo no conflito, que matou pelo menos 450 mil pessoas.

"O comando central do ELN ordena a todas as unidades que suspendam as operações ofensivas contra as Forças Armadas, policiais e organizações de segurança do Estado colombiano", disse o principal comandante do grupo, Eliecer Herlinto Chamorro - mais conhecido por seu nome de guerra Antonio Garcia - em um vídeo na segunda-feira.

O ELN continuará se defendendo durante o cessar-fogo, se necessário, acrescentou Garcia.

O alto comissário de paz do governo, Danilo Rueda, disse na terça-feira que o cessar-fogo impediria violência e abusos dos direitos humanos, como sequestros.

"A população civil pode ficar tranquila durante o período de cessar-fogo", afirmou Rueda.

Petro e as equipes de negociação devem inaugurar uma comissão para garantir a presença da sociedade civil nas negociações ainda nesta quinta-feira.

As negociações do ELN avançaram mais do que qualquer outro esforço de construção da paz de Petro.

O governo cancelou um cessar-fogo com a organização criminosa Clã del Golfo - também conhecida como Força de Autodefesa Gaitanista da Colômbia (AGC) - em março devido ao suposto envolvimento do grupo em protestos violentos de garimpeiros informais.

 

 

Por Luis Jaime Acosta / REUTERS

COLÔMBIA - A Colômbia pedirá aos Estados Unidos o retorno em extradição de Salvatore Mancuso, um dos comandantes dos paramilitares que se desmobilizaram em 2006, designado recentemente pelo presidente Gustavo Petro para trabalhar em seu governo, informou o gabinete do conselheiro presidencial de paz na quarta-feira (26).

Mancuso cumpre prisão desde 2008 nos Estados Unidos, que o requisitou por tráfico de drogas depois que ele renunciou às armas como parte de um acordo que pôs fim às Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), a associação de esquadrões que enfrentavam as guerrilhas.

No domingo, Petro anunciou que designou o colombiano-italiano como "gestor de paz", ou seja, que integrará o Escritório do Alto Comissariado para a Paz, que mantém diálogos com diversos grupos ilegais como a guerrilha do ELN e a maior dissidência das Farc.

Nesta quarta, o Alto Comissariado garantiu que o governo vai acionar "os mecanismos diplomáticos necessários para concretizar o requerimento de extradição de Salvatore Mancuso à Colômbia".

Petro não especificou o papel que o ex-comandante paramilitar terá ou se ele receberá alguma retribuição econômica pelo trabalho.

"Sua presença no território nacional é imprescindível", acrescentou a entidade encarregada de tornar realidade a "paz total", a política com a qual o presidente Petro pretende extinguir o conflito armado no país.

Mancuso, de 58 anos, foi extraditado de surpresa por decisão do então presidente Álvaro Uribe (2002-2010), sem fornecer sua versão para revelar detalhes da guerra e sem reparar as vítimas, como determinava o acordo.

De dentro da prisão, ameaçou revelar as relações sensíveis do paramilitarismo com políticos e empresários.

A decisão de Petro foi fortemente criticada pela oposição, enquanto as famílias das vítimas esperam que, com o retorno de Mancuso à Colômbia, seja esclarecido o paradeiro de centenas de corpos e se conheça a verdade sobre quem patrocinou os paramilitares.

Em maio, Mancuso se ofereceu para ajudar nas buscas de aproximadamente 200 corpos de camponeses assassinados pelas AUC perto da Venezuela e sepultados do outro lado da fronteira.

O acordo de paz de 2006 previa um máximo de oito anos de prisão na Colômbia para os chefes paramilitares em troca de seu desarmamento e da confissão de crimes, mas os líderes foram extraditados sem aviso prévio.

Na luta contra a insurgência, os paramilitares semearam o terror com chacinas e perseguiam quem eles afirmavam que possuía vínculos com organizações de esquerda.

 

 

AFP

BOLGOTÁ - Os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá (Colômbia) começam na próxima quinta-feira (2). O evento é disputado por jovens com deficiência que têm entre 12 e 20 anos e reunirá cerca de 900 atletas de 21 países, em 12 modalidades. A competição estava inicialmente marcada para 2021, mas foi adiada por causa da pandemia de covid-19.

O Brasil participará do Parapan de Jovens com 96 atletas, sendo 44 deles integrantes do Bolsa Atleta (programa federal de patrocínio individual, considerado um dos maiores do gênero no mundo), além de dois calheiros, que auxiliam os competidores da bocha. A equipe verde e amarela começa a se reunir em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico, a partir desta segunda-feira (29). O embarque está previsto para a próxima quarta-feira (31).

O basquete em cadeira de rodas e o halterofilismo são as modalidades nas quais o país terá mais representantes (16). A delegação brasileira ainda brigará por medalhas em futebol de cegos, futebol de paralisados cerebrais (PC), goalball (esporte que é praticado por jogadores com deficiência visual), judô, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.

A edição de Bogotá será a quinta da história do evento. A primeira ocorreu há 18 anos, em Barquisimeto (Venezuela). A estreia brasileira se deu em 2009, coincidentemente, também na capital colombiana. A competição foi disputada pela última vez em 2017, em São Paulo. Entre os participantes estiveram atletas campeões paralímpicos nos Jogos de Tóquio (Japão), em 2021, como Mariana D'Andrea (halterofilismo) e Emerson Ernesto (goalball).

“O que sempre buscamos é dar aos atletas uma primeira experiência internacional de forma positiva, para que entendam como funcionam as competições, [pensem em] levar o esporte como uma carreira e possam desempenhar, no futuro, em outros eventos. Quem sabe uma Paralimpíada”, detalhou o diretor de Esportes de Alto Rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Jonas Freire.

Para Amanda Braz, do goalball, o Parapan de Bogotá será o primeiro grande desafio internacional pelo Brasil. A convocação à seleção de base não emocionou somente à jovem de 18 anos, que nasceu com glaucoma e tem baixa visão, mas também ao pai, igualmente atleta da modalidade para deficientes visuais.

“O coração está acelerado, batendo forte, muito ansiosa. O primeiro passo que um atleta pode dar é na base. A expectativa está muito alta, mas estou firme para não perder o foco. Espero que o Parapan traga ainda mais novidades para a minha carreira”, declarou.

Como algumas fases de treino da seleção de base coincidem com as das equipes principais, masculina e feminina, Amanda, por vezes, tem a oportunidade de interagir com nomes experientes da modalidade, como o veterano Romário Marques, de 33 anos. Tricampeão mundial e medalhista de ouro paralímpico, ele disputou o Parapan de Jovens em 2009, um ano após representar o país nos Jogos de Pequim (China).

“Quando o atleta vai para um evento de jovens, ele coloca a meta de, um dia, participar das competições adultas. Isso é muito importante para formarmos atletas para o futuro. Temos que conversar com eles [jovens], fazer nosso papel, incentivá-los dentro e fora de quadra para, além de atleta, serem bons cidadãos”, destacou Romário.

“A gente [seleção de base] sempre acompanha as meninas e os meninos da equipe principal, segue a trajetória deles. É uma inspiração, com certeza. São experientes, têm história e estão aqui para nos ajudarem no que precisarmos. Isso é muito legal”, comentou Amanda.

Se Amanda viverá uma experiência inédita em Bogotá, para Lucas Arabian, do tênis de mesa, competir internacionalmente (inclusive entre adultos) já é uma realidade. Em 2022, o garoto de 17 anos foi medalhista de bronze no Campeonato Mundial de Granada (Espanha), na classe 5, para cadeirantes (Lucas retirou um tumor da medula quando pequeno).

“Fiz uma cirurgia logo que voltei do Mundial. Fiquei seis meses parado. O Parapan de Jovens será um torneio, vamos dizer, de teste, para ver como estou, se a cirurgia afetou alguma coisa e para pegar ritmo de jogo”, projetou o mesatenista, que, em novembro, deverá disputar os Jogos Parapan-Americanos, em Santiago (Chile), podendo assegurar vaga na Paralimpíada de Paris (França) se for o campeão de sua categoria.

O Brasil estará presente em dez das 12 modalidades do Parapan de Jovens. As exceções são atletismo e natação, justamente as que mais distribuem medalhas. Em 18 de abril, o CPB divulgou nota explicando que não levaria as equipes após o Comitê Organizador do evento afirmar que não conseguiria oferecer a classificação funcional (processo que define a classe do atleta conforme a deficiência) a todos os competidores de ambos os esportes.

“Como tinha essa indefinição em relação à classificação e também a validação de marcas internacionais, entendemos que a melhor situação seria replanejarmos para que esses atletas pudessem ter outra oportunidade, em outra competição, em outro momento. Vamos atendê-los com outras ações no segundo semestre, para suprir a ausência no Parapan”, resumiu Freire.

 

 

Por Lincoln Chaves - Repórter da EBC

AGÊNCIA BRASIL

COLÔMBIA - Desde que os traficantes desapareceram, Carlos não consegue vender por um bom preço os torrões de pasta de coca que se acumulam em sua casa. Em outros tempos, teria recebido muito dinheiro por eles, mas uma crise no mercado da droga tem afetado muitos trabalhadores do campo na Colômbia.

O homem de 36 anos fala baixo e usa um nome fictício por temer represálias de grupos armados que atuam perto de suas terras.

Ele diz à AFP que cultivar dois hectares de coca custou-lhe cerca de 660 dólares (o equivalente a 3.264 reais na cotação atual). Ele estima que, com sorte, poderá recuperar 154 dólares (761 reais) em um contexto sem precedentes de baixos preços e de poucos clientes. Foi a primeira de quatro colheitas do ano.

Grupos de "raspachines", os coletores de coca, avançam em um mar verde de cultivo da droga em Llorente, um município do departamento de Nariño (sul).

Sacas de folhas de coca chegam às mãos de Carlos, que as "cozinha", trituradas com uma mistura de químicos, em um pequeno fogareiro até obter pedras brancas.

Há mais de um mês, oito quilos de pasta de coca estão guardados em sacos plásticos sob sua cama.

"A única opção é guardá-la", afirma, preocupado com o futuro das filhas de 10 e 15 anos. A mais velha quer ir para a universidade.

A febre dos opiáceos sintéticos como o fentanil, a superprodução de coca e a desarticulação de cartéis são algumas das hipóteses dos especialistas, cultivadores e autoridades para o aparente colapso da chamada "bonança cocalera" na Colômbia, o maior produtor mundial de cocaína.

A economia de pelo menos 250.000 famílias dependem dessa safra, ou seja, 1,5% dos 50 milhões de colombianos, segundo números oficiais.

A crise se estende pelo litoral Pacífico colombiano empobrecido e dominado por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que não aderiram ao acordo de paz de 2016. A região concentra 44% dos 204.000 hectares de cultivo de droga na Colômbia, segundo o último balanço das Nações Unidas (2021).

O diretor do Programa de Substituição Voluntária do governo, Felipe Tascón, supõe que "pactos de não agressão" anteriores ao desarmamento das Farc foram rompidos e acabaram com a ordem estabelecida pelos cartéis. Também acredita que há uma "superprodução".

Para Julián Quintero, da ONG Échele Cabeza, a coca tem cada vez mais "alcalinidade e rendimento", e cada vez menos folhas são necessárias para a produção de cocaína.

 

- Mudança no consumo -

Em 13 de maio, o presidente Gustavo Petro visitou o município de Olaya Herrera, onde o preço do quilo da pasta passou de 695 dólares (3.438 reais) para 440 dólares (2.176 reais).

É "provável que a baixa demanda" esteja relacionada à "mudança no consumo dos americanos", disse Petro.

Nos Estados Unidos, onde 97% da cocaína é de procedência colombiana, proliferam os opiáceos sintéticos, mais causadores de dependência do que o pó branco.

Para Quintero, a cocaína se transformou em uma droga para consumidores "de alto poder aquisitivo", como executivos com longas jornadas de trabalho.

Petro chegou a afirmar ainda que a desvalorização da moeda local se deve, em parte, à falta de circulação de dólares procedentes do narcotráfico.

Agricultores na fronteira com a Venezuela asseguraram à AFP que a crise coincidiu com a extradição para uma prisão americana de "Otoniel", líder do maior cartel, o Clã do Golfo.

A fome aumenta nas regiões cocaleras, onde muitos já buscam alternativas como o corte ilegal de madeira.

 

 

AFP

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